domingo, 5 de agosto de 2012

A VIDA DOS MENSALEIROS


SETE ANOS DEPOIS, OS PROTAGONISTAS SEGUIRAM CAMINHOS DISTINTOS, MAS SEMPRE CONFORTÁVEIS: UNS MANTIVERAM A INFLUÊNCIA POLÍTICA, OUTROS CONQUISTARAM SUCESSO EMPRESARIAL.

DELÚBIO SOARES
Bode expiatório e resignado no processo do mensalão, o ex-tesoureiro do PT é apontado pelo Ministério Público como membro do estado-maior do esquema. Sobre seus ombros, José Dirceu, a quem ele era (e de certa forma continua) subordinado, jogou a responsabilidade pelos pagamentos aos políticos. Delúbio não disse não. Ele é daqueles militantes que consideram que tudo o que o PT fez, incluindo as práticas nada republicanas, é parte de um projeto, o “NOSSO PROJETO”, como costuma repetir. O sucesso do “nosso projeto” moldou os hábitos simplórios do tesoureiro, que, poderoso e respeitado no governo Lula, PASSOU A USAR ROUPAS DE GRIFE, DEGUSTAR VINHOS PREMIADOS E FUMAR CHARUTOS CUBANOS – numa rotina incompatível com o salário de professor que recebia do governo de Goiás. Antes do escândalo, Delúbio foi pilhado comprando terras em Goiás com notas de reais acomodadas em sacos de pano. Expulso do PT após o mensalão, continuou viajando pelo país, dessa vez com passagens custeadas por uma obscura ONG ligada a petistas. Para aplacar as suspeitas sobre a origem do dinheiro usado para bancar suas despesas, Delúbio fundou uma empresa de propaganda na internet. Num site mal-ajambrado, oferece imóveis para venda e aluguel. Readmitido nos quadros do PT no ano passado, ele mora em São Paulo com a mulher, num confortável apartamento de três quartos comprado em 2005 por 190 000 reais – pagos em dinheiro com notas de reais, dólares e euros levadas ao cartório por sua sogra. SE ABSOLVIDO, ELE JÁ ANUNCIOU SEU PROJETO IMEDIATO: DISPUTAR UMA CADEIRA NO CONGRESSO NACIONAL EM 2014.

MARCOS VALÉRIO
Há sete anos o publicitário administra o que restou de seu patrimônio: segredos valiosos que ele diz deter sobre o mensalão. Marcos Valério era dono de duas agências de publicidade que tinham contratos milionários com o governo petista – e que quase nunca resultavam na correspondente prestação de serviços, já que o grosso do pagamento ia para o caixa do mensalão. Foi operando essa engrenagem que ele ganhou prestígio e muito dinheiro. Descoberta a fraude, caiu em desgraça. Hoje, porém, é um “CONSULTOR” de sucesso. Costuma dizer que, dada a relação com o PT, é atendido em seus pleitos junto a órgãos do governo, bancos públicos e estatais – e cobra caro, e em dinheiro vivo, pela intermediação. A vida pessoal segue atribulada. Sua mulher, Renilda Santiago, tem crises emocionais frequentes por medo de que o marido volte para a cadeia. O próprio Valério, vez ou outra, se diz acometido por algum mal. Tempos atrás, disse a um interlocutor de Brasília que estava com câncer no cérebro. A desconfiança de que era mais um recado aos petistas veio com o que ele disse em seguida: que, como estava com os dias contados, não tinha o que perder e estava pensando em contar o que ainda não havia contado à polícia. O veredicto do STF pode definir os rumos dessa chantagem sem fim.

DUDA MENDONÇA
No seu tempo de marqueteiro mais famoso do Brasil, ele ajudou a eleger de Paulo Maluf a Luiz Inácio Lula da Silva. Com o escândalo, afastou-se dos holofotes, mas nunca ficou longe do poder. Embora não tenha feito campanhas em 2006, Duda Mendonça manteve polpudos contratos com o governo federal, que lhe renderam 102 milhões de reais até 2011. Na última eleição, mergulhou de novo no ramo que o tornou famoso e ajudou a eleger de petistas, como a agora senadora Marta Suplicy, a tucanos, como Cássio Cunha Lima. Neste ano, voltará a oferecer seus préstimos a candidatos Brasil afora. A bonança financeira ajudou a alimentar o estilo espalhafatoso. No início deste ano, decidiu adotar um brasão para a família – um cê-cedilha com um círculo em volta, que tatuou no ombro e que adorna a pele de quatro de seus sete filhos e também seu helicóptero e seu avião. Tentará, agora, livrar-se de outra marca: a acusação por ter recebido 10,5 milhões de reais no exterior, crime por ele admitido em cadeia nacional.


JOÃO PAULO CUNHA
O mensalão encolheu as ambições do deputado federal. Estrela em ascensão, era o nome do PT para o governo de São Paulo em 2006. Hoje, o seu grande desafio é eleger-se prefeito de Osasco (SP), cidade onde trabalhou como metalúrgico, estreou no movimento sindical e construiu sua base eleitoral. O caso de João Paulo Cunha acabou se transformando num dos mais emblemáticos do mensalão pela estrondosa materialidade dos rastros que deixou. Na lista de “clientes” de Marcos Valério, achou-se o nome da mulher do deputado. Ela esteve três vezes na agência que fazia os pagamentos do mensalão. Questionado, o deputado mentiu: disse que a mulher fora pagar uma conta de TV a cabo. A quebra do sigilo revelou que ela havia sacado 50000 reais da conta abastecida pelo “valerioduto”.

JOSÉ GENOINO
Figura ruidosa no Congresso e onipresente nos jornais antes do mensalão, José Genoino – que, como presidente do PT, avalizou empréstimos milionários, depois apontados como fictícios – foi um dos que mais sentiram os efeitos da hecatombe. Nos meses seguintes ao estouro do escândalo, trancafiou-se em casa e entrou em depressão. Mesmo amigos só se comunicavam com ele por e-mail. Ainda conseguiu eleger-se deputado em 2006, mas o protagonismo se esvaiu. Quatro anos depois, não obteve os votos para reeleger-se e amargou uma suplência. Espera voltar à Câmara se for absolvido. Enquanto isso, o ex-guerrilheiro, um dos poucos sobreviventes do Araguaia, trabalha como assessor do Ministério da Defesa – que chegou a lhe dar a Medalha da Vitória, concedida a quem prestou serviços relevantes ao país.

ROBERTO JEFFERSON
O mais teatral dos protagonistas do escândalo, o ex-deputado federal que escancarou e batizou o mensalão foi cassado por quebra de decoro, mas continua a fazer política no posto de presidente do PTB. “Mantenho minha influência. Sou ouvido”, disse a VEJA. Ensaiou uma volta à advocacia e eventualmente presta consultoria jurídica a amigos, mas a dedicação maior é a articulação nos bastidores. Inelegível até 2015, planeja, se absolvido, voltar à ribalta na Câmara na primeira eleição possível, em 2018. Se for condenado da acusação de receber propina para manter o PTB na base de governo, já avisou sua turma: deixa a presidência do partido e, talvez, a política. No dia 28 de julho último submeteu-se a uma operação para remover um tumor no pâncreas(maligno) e ele terá de reverter a cirurgia bariátrica a que se submeteu em 1999. Diz que a chance de cura chega a 70%. Está confiante em que, mais para a frente, haverá duas vitórias para comemorar.

VALDEMAR COSTA NETO
"O mensalão existiu e o Valdemar recebeu”, vociferou numa sessão da CPI, em 2005, a socialite Maria Christina Mendes Caldeira, ex-mulher do deputado e hoje promovida a sua inimiga figadal. Acusado de receber propina em troca de apoio político e de montar uma quadrilha para lavar o dinheiro, Valdemar Costa Neto continua onde sempre esteve e fazendo o que sempre fez – no Congresso, dirigindo o PR e tendo ideias vantajosas para ele e seu partido e ruinosas para o resto do Brasil. Foi do deputado a estratégia de lançar Tiririca como atração eleitoral do PR – o palhaço recebeu mais de 1,3 milhão de votos para a Câmara em 2010 e ainda arrastou junto políticos da categoria do ex-delegado Protógenes Queiroz.

A situação dos envolvidos
Confira, ao longo das próximas páginas, o que faziam na época e do que se ocupam hoje todos os personagens que tiveram a denúncia aceita pelo Supremo Tribunal Federal, e qual o seu papel no esquema, de acordo com a Procuradoria-Geral da República

Carlos Alberto Quaglia
O que fazia: dono da Natimar
O que faz hoje: escritor
Acusação: A Natimar integrou a quadrilha que lavava a propina do valerioduto em favor da cúpula do PP

Anderson Adauto
O que fazia: ministro dos Transportes de Lula até 2004
O que faz hoje: prefeito reeleito de Uberaba (MG)
Acusação: recebeu 950000 reais de Valério e intermediou a compra de apoio político

Anita Leocádia
O que fazia: assessora do deputado Paulo Rocha (PT-PA)
O que faz hoje: assessora do diretório nacional do PT
Acusação: recebeu 620000 reais do esquema em nome do deputado federal petista

Antonio Lamas
O que fazia: assessor da liderança do PT na Câmara
O que faz hoje: trabalha como gerente em uma casa lotérica
Acusação: intermediou repasses ao PL e integrou o grupo de Valdemar Costa Neto

Ayanna Tenório
O que fazia: executiva do Banco Rural
O que faz hoje: consultora
Acusação: Liberou empréstimos fraudulentos para as empresas de Marcos Valério, abastecendo o esquema

Breno Fischberg
O que fazia: sócio da corretora Bonus-Banval
O que faz hoje: empresário
Acusação: a Bonus-Banval fez a intermediação dos repasses ao PP, lavando o dinheiro e ocultando a sua origem

Bispo Rodrigues
O que fazia: deputado (PL-RJ) e vice-presidente do partido
O que faz hoje: sócio de emissoras de rádio e televisão
Acusação: recebeu propina para votar a favor do governo

Cristiano Paz
O que fazia: empresário
O que faz hoje: empresário
Acusação: sócio de Marcos Valério, ajudou a montar a estrutura que servia para mascarar o pagamento a deputados

Emerson Palmieri
O que fazia: tesoureiro informal do PTB e diretor da Embratur
O que faz hoje: fazendeiro
Acusação: ajudou a intermediar o pagamento da propina em favor do PTB

Enivaldo Quadrado
O que fazia: diretor da corretora Bonus-Banval
O que faz hoje: empresário
Acusação: a Bonus-Banval fez a intermediação dos repasses ao PP, lavando o dinheiro e ocultando a sua origem

Geiza Dias
O que fazia: gerente financeira da SMP&B
O que faz hoje: analista do setor financeiro em uma agência de publicidade
Acusação: era uma das operadoras do grupo de Valério

Henrique Pizzolato
O que fazia: diretor de marketing do Banco do Brasil
O que faz hoje: aposentado
Acusação: recebeu propina para favorecer uma agência de Marcos Valério na execução de contratos com o BB

Jacinto Lamas
O que fazia: Tesoureiro do PL até fevereiro de 2005
O que faz hoje: funcionário da Câmara
Acusação: ligado a Valdemar Costa Neto, intermediou parte dos repasses ao PL

João Cláudio Genu
O que fazia: assessor do então deputado José Janene
O que faz hoje: abriu empresa de gestão empresarial e consultoria imobiliária
Acusação: foi intermediário do valerioduto para o PP

João Magno
O que fazia: deputado (PT-MG)
O que faz hoje: sócio de uma consultoria política
Acusação: recebeu 360000 reais do valerioduto e ocultou a transação valendo-se de um assessor e de seu tesoureiro

José Borba
O que fazia: líder do PMDB na Câmara dos Deputados
O que faz hoje: prefeito de Jandaia do Sul (PR)
Acusação: recebeu propina para votar a favor de matérias de interesse do governo

Pedro Corrêa
O que fazia: deputado (PP-PE) e presidente do partido
O que faz hoje: integra a direção nacional do PP
Acusação: recebeu propina em troca de apoio ao governo e lavou o dinheiro

Pedro Henry
O que fazia: deputado federal (PP-MT) e líder do partido na Câmara em 2003 e 2004
O que faz hoje: deputado federal (PP-MT)
Acusação: recebeu propina em troca de apoio ao governo

Professor Luizinho
O que fazia: deputado (PT-SP) e líder do governo de abril de 2004 a março de 2005
O que faz hoje: consultor
Acusação: recebeu 20000 reais do valerioduto e ocultou a origem do dinheiro

Ramon Hollerbach
O que fazia: empresário
O que faz hoje: consultor
Acusação: sócio de Valério, ajudou a mascarar o destino dos recursos. Também ordenou a doleiros os pagamentos a Duda Mendonça no exterior

Rogério Tolentino
O que fazia: advogado
O que faz hoje: advogado
Acusação: era um dos principais elos entre o núcleo operacional da quadrilha e o Banco Rural. Era o braço direito de Marcos Valério

José Janene
O que fazia: deputado (PP-PR)
O que faz hoje: Faleceu em setembro de 2010
Acusação: como líder da bancada, “fechou acordo com o PT, assumindo postura ativa no recebimento de propina”

José Luiz Alves
O que fazia: chefe de gabinete de Anderson Adauto
O que faz hoje: diretor de empresa de saneamento ligada à prefeitura de Uberaba (MG) Acusação: recebeu 600000 reais em nome de Adauto

José Roberto Salgado
O que fazia: executivo do Banco Rural
O que faz hoje: é do conselho de administração do Rural
Acusação: autorizou e renovou empréstimos fraudulentos para Valério

Kátia Rabello
O que fazia: presidente do Banco Rural
O que faz hoje: é uma das administradoras da holding do Rural
Acusação: o banco foi o braço financeiro do mensalão

Paulo Rocha
O que fazia: líder do PT na Câmara dos Deputados entre fevereiro e agosto de 2005
O que faz hoje: presidente de honra do PT no Pará
Acusação: recebeu 820000 reais do valerioduto

Romeu Queiroz
O que fazia: deputado (PTB-MG)
O que faz hoje: deputado estadual do PSB-MG
Acusação: pegou propina para o PTB e para si próprio e ocultou a origem do dinheiro

Silvio Pereira
O que fazia: dirigente do PT
O que faz hoje: empresário
Acusação: coordenava a distribuição de cargos no governo. Ganhou um Land Rover de fornecedora da Petrobras. Fez acordo e não é mais réu

Simone Vasconcelos
O que fazia: diretora administrativa e financeira da SMP&B
O que faz hoje: trabalha em locadora de veículos da família
Acusação: era operadora de Valério

Vinícius Samarane
O que fazia: diretor do Rural
O que faz hoje: vice-presidente do Banco Rural
Acusação: ajudou a omitir do sistema de informações do BC o nome dos beneficiários dos recursos do mensalão

Zilmar Fernandes
O que fazia: sócia do publicitário Duda Mendonça
O que faz hoje: trabalha com Duda
Acusação: recebeu pagamentos pelo esquema de lavagem de dinheiro de Valério (Toda essa canalhice patrocinada pelo PT eu vi, li e roubei lá das páginas da revista VEJA).

O BRASIL QUE PRENDE “POBRE, PRETO E PUTA” TOMARÁ VERGONHA NA CARA PARA PRENDER “POLÍTICO, PETISTA E PODEROSO”?!?!?!



O PT É UM SINDICATO DE LADRÕES  HABITADO POR 38 MENSALEIROS.


Ao Supremo Tribunal Federal caberá, sim, dizer se cadeia, no Brasil, continua a ser um “PRIVILÉGIO” que só atende aos três “pés”: pobre, preto e puta. Eu convido os ministros do Supremo, então, a democratizar a língua do “pê” e a dizer se “político” e “petista” também podem gozar desse benefício, o que significará acrescentar um outro “pê”, este sim fundamental: “PODEROSO”. Então ficamos assim: os ministros do Supremo dirão se o país que prende, com especial desenvoltura, “pobre, preto e puta” também tem a coragem de prender “político, petista e poderoso”. Tem ou não? É o que veremos. Muitos ficaram chocados — “OH, QUE EXAGERO!” — com o procurador-geral da República, Roberto Gurgel, quando ele pediu, clara e abertamente, a prisão dos protagonistas do mensalão. É mesmo, é? Por quê? Então estamos tão narcotizados por essa quadrilha que não podemos nem cogitar a hipótese de que gente que rouba um banco público para financiar larápios mereça mesmo é cana? Por quê? Um sonegador deixa de arrecadar — e merece ser punido, sim! Mas um ladrão subtrai. Um deixa de acrescentar o que deve; o outro tira o que não lhe pertence. Disse Roberto Gurgel: “CONFIANTE NO JUÍZO CONDENATÓRIO DESSA CORTE SUPREMA E TENDO EM VISTA A INADMISSIBILIDADE DE QUALQUER RECURSO COM EFEITO MODIFICATIVO DA DECISÃO PLENÁRIA, QUE DEVE TER PRONTA E MÁXIMA EFETIVIDADE, A PROCURADORIA-GERAL DA REPÚBLICA REQUER, DESDE JÁ, A EXPEDIÇÃO DOS MANDADOS DE PRISÃO CABÍVEIS IMEDIATAMENTE APÓS A CONCLUSÃO DO JULGAMENTO (…). ESPERA-SE A CONDENAÇÃO DE 36 DOS RÉUS E A EXPEDIÇÃO DOS MANDADOS DE PRISÃO CABÍVEIS. EM PRINCÍPIO, É ALGO QUE SE APLICA A TODOS”. Cadeia, sim! Parabéns a Roberto Gurgel, procurador-geral da República, por ter tido a coragem de chamar as coisas pelo nome que elas têm. Em alguns casos, a prova grita. Fim de papo! O sujeito foi lá e sacou a grana do esquema no banco. “AH, MAS ERA PARA PAGAR DÍVIDA DE CAMPANHA…” Tanto pior se fosse! Mas poderia ser para comprar leite para os gatinhos “em situação de vulnerabilidade”, como diriam os esquerdopatas amorosos hoje em dia. Em outros casos, a prova é menos escandalosa porque deriva da ação mais sorrateira. Não por acaso, ele abriu o seu texto citando “Os Donos do Poder”, de Raymundo Faoro. O mensalão é nada menos que um aggiornamento do conhecido patrimonialismo, agora temperado por seu oposto combinado: o gangstarismo que se formou para supostamente lhe dar combate. O filme-símbolo do período que vivemos é “On the Waterfront” — ou “SINDICATO DE LADRÕES”, como ficou conhecido no Brasil. Quem não viu deve fazê-lo hoje mesmo. Está em todas as locadoras e deve ser achável na Internet.

OS 11 DO SUPREMO VÃO DIZER SE ROUBAR O BANCO DO BRASIL É NORMAL.

OS 11 DO SUPREMO VÃO DIZER SE ROUBAR DINHEIRO PÚBLICO É NORMAL

OS 11 DO SUPREMO VÃO DIZER SE CONCEDER BENEFÍCIOS A UM BANCO PRIVADO EM TROCA DE GRANA É NORMAL.

OS 11 DO SUPREMO VÃO DIZER SE COMPRAR PARLAMENTARES E PARTIDOS COM DINHEIRO SUJO É NORMAL.

OS 11 DO SUPREMO VÃO DIZER SE AGÊNCIAS DE PUBLICIDADE PAGANDO PARLAMENTARES EM NOME DE UM PARTIDO É NORMAL.OS 11 DO
SUPREMO VÃO DIZER SE PAGAR EM 2003 UMA CAMPANHA ELEITORAL FEITA EM 2002, EM MOEDA ESTRANGEIRA, NO EXTERIOR, AO ARREPIO DE QUALQUER CONTROLE, É NORMAL.
Os 11 do Supremo vão dizer, em suma, se a safadeza deve ser tomada como a medida da normalidade brasileira. Para tanto, eles têm inteira clareza do domínio dos fatos. Uma coisa é certa: nenhum deles será esquecido. O poder petista, à diferença dos diamantes, não é eterno. Mas a memória histórica é, sim! Enquanto houver Brasil, haverá os 11 ministros que julgaram os réus do que se chamou “MENSALÃO”. (Texto do Jornalista Reinaldo Azevedo tendo sido suprimido alguns parágrafos).



Exigir que petralha se comporte como gente, convenhamos, é pedir demais.























































sábado, 4 de agosto de 2012

ESQUEMA DO MENSALÃO USOU ATÉ CARRO FORTE PARA TRANSPORTAR A GRANA PODRE DA QUADRILHA DO PT...


GURGEL FOI SUPIMPA, ARRASOU, PARECIA JÔ...

O procurador-geral da República, Roberto Gurgel, sósia de Jô Soares, sustentou que José Dirceu foi o “MENTOR, PROTAGONISTA E IDEALIZADOR” do sistema ilícito a que se chamou mensalão. Negou de forma peremptória que inexistam provas contra o acusado, que voltou a ser chamado de “chefe da quadrilha”. Gurgel fez uma observação óbvia, Durante as eleições de 2002, José Dirceu era presidente do Partido dos Trabalhadores e coordenador da campanha de seu partido à Presidência da República. Com a posse do presidente Lula, em janeiro de 2003, tornou-se ministro-chefe da Casa Civil e, em março do mesmo ano, renunciou ao cargo de presidente do PT. Segundo o procurador-geral da República, Roberto Gurgel, Dirceu associou-se aos dirigentes do seu partido e a empresários do setor publicitário e financeiro para corromper parlamentares em troca de apoio às ações do governo do PT. “AS PROVAS COLIGIDAS NO CURSO DO INQUÉRITO E DA INSTRUÇÃO CRIMINAL COMPROVARAM, SEM SOMBRA DE DÚVIDA, QUE JOSÉ DIRCEU AGIU SEMPRE NO COMANDO DAS AÇÕES DOS DEMAIS INTEGRANTES DOS NÚCLEOS POLÍTICO E OPERACIONAL DO GRUPO CRIMINOSO. ERA, ENFIM, O CHEFE DA QUADRILHA”. Gurgel demonstrou que José Dirceu participou pessoalmente de reuniões que resultaram em empréstimos fraudulentos feitos ao PT pelos bancos Rural e BMG. Assinou algum documento? Não! Há os testemunhos e há os empréstimos fictícios, que buscavam justificar a movimentação de dinheiro das empresas de Marcos Valério, que iam parar nas mãos dos políticos indicados pelo PT. Roberto Gurgel utilizou cerca de cinco horas para listar as provas de que o mensalão existiu e que usou dinheiro público para corrupção: EI-LAS:


 ---"ALGUNS DOS SAQUES FEITOS PELA QUADRILHA IMPUSERAM QUE POLICIAIS E CARROS-FORTES FOSSEM CONTRATADOS, TAMANHO O VOLUME DE RECURSOS";

--- "JOSÉ DIRCEU FOI O MENTOR DA AÇÃO DO GRUPO, SEU GRANDE PROTAGONISTA", resumiu. "DIRCEU SABIA DA COOPTAÇÃO DE POLÍTICOS PARA A COMPRA DE BASE PARLAMENTAR DE APOIO AO GOVERNO, SABIA QUE ESSA BASE ESTAVA SENDO FORMADA À CUSTA DE VANTAGENS INDEVIDAS E, ACIMA DE TUDO, SABIA DE ONDE VINHA O DINHEIRO", disse ele;

--- "O AUTOR DOS CHAMADOS CRIMES ORGANIZADOS AGEM A QUATRO PAREDES. O AUTOR INTELECTUAL QUASE SEMPRE NÃO FALA AO TELEFONE, NÃO ENVIA MENSAGENS, NÃO ASSINA DOCUMENTOS E NÃO MOVIMENTA CONTAS", explicou;

--- "CONVENHAMOS, FOSSEM LÍCITAS ESSAS OPERAÇÕES, POR QUE FAZÊ-LAS AO LARGO DO NOSSO SISTEMA FINANCEIRO, DO NOSSO SISTEMA BANCÁRIO?", questionou o procurador;

---"OS VALORES PERTENCIAM AO BANCO DO BRASIL E O DESVIO REPERCUTIU NO PATRIMÔNIO DO BANCO". ATUARAM DE FORMA CRIMINOSA E À MARGEM DO SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL", O BANCO NÃO TINHA PREOCUPAÇÃO DE RECEBER OS EMPRÉSTIMOS. POR ISSO, NÃO SE PREOCUPAVAM COM A GARANTIA" (Textos de Laryssa Borges e Gabriel Castro  e Reinaldo Azevedo com suas devidas adaptações pelo Blog Chumbo Grosso).



OS PETRALHAS MENSALEIROS COMEÇARAM A CONTAGEM REGRESSIVA PARA SUMIR DO MAPA.




















































sexta-feira, 3 de agosto de 2012

LULA PÉ NA COVA...


  

QUE DEUS SE APIEDE DESTA ALMA PODRE

Por Manoel Santos

Na próxima segunda feira, o CHEFÃO DOS 40 LADRÕES DO MENSALÃO fará uma bateria de exames. Será um check-up completo. Quem sabe, com a presença de um PET-SCAN. Fiquei sabendo que aquela "PAPADA ENORME", que estranhei há muito tempos atrás, tornou-se grande preocupação dos integrantes do BBB do Sírio&Libanês, que cuidam do PINGUNÇO GERAL DA NAÇÃO PETRALHA. Outra grande preocupação dos homens de branco é com uma das pernas do inveterado alcoólatra. Não voltou a dar boa sustentação ao meliante e por isso, na foto em que tirou com a nova geração petralha, ele teve que se sentar em um banquinho e fechar o cerco com os NEW PETRALHAS para que ninguém notasse. Um dos maus indícios de que a coisa não anda lá bem das pernas, é que o meliante não recuperou a voz que tinha e ainda permanece com a voz meio Pato Donald, enlatada, voz de robô. Se a preocupação de não fazer a cirurgia que era necessário foi para não evitar que isto viesse a acontecer, parece que a estratégia,  neste caso, foi para as cucuias. Repito aqui o que já disse e que já tive oportunidade de discutir com alguns médicos amigos: O PINGUNÇO NÃO ESTÁ CURADO. Que Deus se apiede da alma vagabunda deste infeliz. MAS, AO MESMO TEMPO, QUE NÃO DEIXE DE SER BRASILEIRO.


SE CINISMO DOESSE OS PETISTAS VIVERIAM AOS BERROS.






































LULA ACELEROU A DECOMPOSIÇÃO MORAL DO PAÍS.


E eis que, após tanto lenga-lenga e atrasos premeditados, começa o julgamento do século no Brasil. Depois da tentativa de sabotagem de Bastos, Melo e Lewandowski (polonês?), que trabalham escancaradamente para os mensaleiros e pagam pedágios ao Lula, dá-se início à (talvez!) punição da turma que propinou parte do Congresso para votar fechado nas propostas feitas pela máfia de Dom Corleone. E o mensalão certamente passará à história como a maior obra do Molusco, havendo condenação ou não. Um fato intrigante: como pôde ele, o Corleone, ter escapado quase ileso dessa enrascada e ainda ter-se tornado um deus? O interessante nesta novela é que, a princípio, Lula se disse traído pelos 40 trambiqueiros do esquema. De uma hora para outra, o Grande Chefe passou-se de traído e engabelado a defensor dos companheiros. Assim, num estalar de dedos. Nunca atentaram pra isso? Em outro momento, Lula pediu desculpas ao país em rede nacional. Passada a poeira, ele veio dizer que caixa-dois é coisa rotineira em qualquer partido e que o mensalão nunca existiu. Que coisa, não? Só o Lula mesmo. No mais, resta-nos esperar! Mesmo com o Supremo aparelhado como está, sendo mais um escritório de advocacia petista, quem sabe não ocorre um milagre? Tem até ex-advogado de réu julgando o antigo cliente. Uma coisa cabeludíssima só vista nestas plagas tupiniquins, não é? E como dizia Tom Jobim: ''O Brasil não é para principiantes!'' (Este texto foi gentilmente roubado do Blog de Hadriel Ferreira – ESPAÇO LIVRE DE BOBAGENS – Que fica lá pras bandas do Norte, com a seguinte manchete: E começou o julgamento do mensalão. A maior obra do Lula. – As manchetes e as imagens não condizem com o artigo original escrito pelo ótimo Hadriel).


 

quinta-feira, 2 de agosto de 2012

O DIA “D”: O TÃO ESPERADO DIA 2 DE AGOSTO VAI SER DESGOSTO PARA OS MENSALEIROS E CONSTRANGIMENTO PARA OS PETISTAS ARREPENDIDOS.







HORA DA VERDADE


Por Ricardo Noblat

Já valeu!
No país da jabuticaba e do jeitinho, do esperto que leva vantagem em tudo e da impunidade que beneficia os mais influentes e endinheirados, dá gosto ver 38 notáveis do governo passado enfrentando anos de incerteza quanto ao seu futuro próximo. Na condição de réus são acusados pelos crimes de FORMAÇÃO DE QUADRILHA, CORRUPÇÃO ATIVA E PASSIVA, PECULATO, EVASÃO DE DIVISAS, LAVAGEM DE DINHEIRO E GESTÃO FRAUDULENTA. Acabarão condenados? Convenhamos: foram condenados, embora possam ser absolvidos pela Justiça. Lembra-se de Fernando Collor? Acusado de corrupção, renunciou ao cargo de presidente para escapar do impeachment no Senado. Ignorou-se sua carta-renúncia. Decisão política, meus caros! O mandato de Collor foi cassado por larga margem de votos. Mais tarde, o Supremo Tribunal Federal (STF) o absolveu por falta de provas de que prevaricou. Mudou a situação de Collor? Ele passou a ser apontado como uma triste inocente vítima de escandalosa injustiça? Collor pode se reeleger senador em seu Estado quantas vezes queira ou quantas os alagoanos desejem. E ser tratado pelos poderes da República com as mesuras reservadas a todo ex-presidente. Pouco importa. Daí não passará. Está escrito com tinta irremovível na memória coletiva que ele deixou roubar antes e durante o seu governo. E que desfrutou do roubo. Isso é suficiente para impedi-lo de sonhar com a recuperação da sua imagem. Mesura nada tem a ver com respeito. Tem a ver com protocolo. COLLOR É UM MORTO-VIVO, UM FANTASMA QUE VAGA PELOS CORREDORES DO SENADO. As prerrogativas dele são iguais às dos seus colegas. Nem por isso Collor é igual a eles. Faz parte de um passado que desejamos envergonhadamente esquecer. O "caçador de marajás" foi uma fraude. Hipnotizou a maioria dos brasileiros ansiosos por mudanças. Os candidatos da mudança foram para o segundo turno. Collor derrotou Lula. Por que Lula, que considerou "prática inaceitável" o suborno de parlamentares, confessou sentir-se traído por antigos companheiros e foi à televisão pedir desculpas?; por que ele, agora, se refere ao "mensalão" como uma farsa montada com o único propósito de derrubá-lo? O que o fez mudar de lado? Não vale responder que Lula é uma "metamorfose ambulante". E que se reconhece como tal. A verdade - ou algo parecido: O JULGAMENTO DOS MENSALEIROS É TAMBÉM O JULGAMENTO DE LULA E DO PT. Lula quer ser lembrado como o "pai dos pobres". Não como o chefe dos mensaleiros. Nem dos aloprados. Nem... O julgamento marcado para começar nesta quinta-feira não revelará o PT que temos por que esse já sabemos qual é. Revelará o STF que temos. Um STF capaz de ignorar o clamor popular pela condenação dos acusados - e assim afirmar sua independência. Ou um STF capaz de ouvir o clamor - e assim dar o basta mais forte à impunidade. Da redemocratização do país para cá, dois dos três poderes da República se viram expostos a sucessivas avaliações da sociedade – o Executivo e o Legislativo. Esse último foi reprovado todas as vezes. Chegou a hora do Judiciário, o poder mais refratário a qualquer tipo de exame. O mais fechado. O mais autocrático.
OREMOS POR ELE!