segunda-feira, 18 de setembro de 2017

ENTREVISTA DE LULA AO JORNAL ‘’A CIDADE’’ DE RIBEIRÃO PRETO



07.02.2014 

Josias de Souza


Fica entendido que, no Partido dos Trabalhadores, o critério que define o que merece a exaltação ou a execração não é o crime, mas a capacidade do criminoso de não delatar os seus cúmplices.

O artigo 231 do estatuto do partido prevê a expulsão dos filiados que incorrerem em “inobservância grave da ética”. Ou que praticarem “improbidade no exercício de mandato parlamentar ou executivo, bem como no de órgão partidário ou função administrativa”. Ou que sofrerem ''condenação por crime infamante ou por práticas administrativas ilícitas, com sentença transitada em julgado.''

Dirigentes condenados e presos no mensalão jamais foram submetidos ao conselho de ética do PT. Reicindentes do petrolão, como José Dirceu, são cultuados pelos devotos petistas como “guerreiros do povo brasileiro”. Palocci vai à fogueira por ter desonrado a omertà. Quebrou o código de silêncio sobre os crimes da famiglia. Pior: levou à bandeja da Lava Jato o poderoso chefão. Imperdoável!

domingo, 17 de setembro de 2017

LULA ACABOU, MAS A ESQUERDA INVENTARÁ OUTRO PAI  



SEM LULA, O PT E A ESQUERDA FICARAM ÓRFÃOS, e essa é mais do que uma imagem. A esquerda, em qualquer latitude, SEMPRE PRECISOU CULTUAR UM PAI. No caso da brasileira, chegaram ao cúmulo de adotar  Getúlio Vargas como figura paterna esquerdista — o ditador que, entusiasta de Mussolini e simpatizante de Hitler, despachou a mulher do comunista Prestes para a Alemanha nazista. A adoção coincidiu com a desmistificação de Stalin — AQUELE PAIZÃO UNIVERSAL DE QUEM ELES GOSTAVAM DE APANHAR. (Para minúscula parte da esquerda internacional e nacional, Trotsky continuou a ser papai no céu. E para uma terceira, ínfima, Mao servia como daddy, embora fosse produto muito chinês para parecer original.) Sem Getúlio no pedaço, tentaram transformar Jango em sucessor do pai adotivo suicida.  Mas Jango era apenas ficante ideológico e não escondia isso. Uma decepção. Tudo bem, na falta de espécime nacional, Fidel Castro tinha um charutão grande o suficiente. ENTÃO VEIO O BARBUDO SINDICALISTA E, AFORA UMA E OUTRA CRIANÇA BIRRENTA, A ESQUERDA NACIONAL SE UNIU EM TORNO DO REDENTOR DO ABC. Os adeptos românticos quebraram a cara com o oportunista; os cínicos, adeptos ou não, quebraram o país. E DEPOIS DE LULA? Cedo ou tarde, inventarão outro pai, porque a esquerda não vive sem um. – O Antagonista -






UM FANFARRÃO CADA VEZ MAIS ISOLADO


A CARAVANA DESGOVERNADA – Réu em seis ações por corrupção, Lula especializou-se em jogar para a plateia

O ex-presidente Lula deve achar que o banco dos réus é um puxadinho do sítio de Atibaia. Só pode. A caminho da segunda condenação da Lava Jato, o petista entrou na nova audiência com o juiz Sergio Moro, realizada na última quarta-feira 13, em Curitiba, a destilar fanfarronices, como quem se sentisse em casa e jogasse para a plateia – a dele, claro. Faltou colocar os pés sobre a mesa. Foi agressivo com o juiz, a quem desafiou, questionando sua imparcialidade, chamou uma procuradora de “querida”, como se fosse alguém que privasse de sua intimidade, e quis discutir com Moro a condenação a nove anos e meio de prisão no caso do tríplex do Guarujá. “Posso olhar na cara dos meus filhos e dizer que vim a Curitiba prestar depoimento a um juiz imparcial?”, indagou. Moro afirmou que não cabia a Lula fazer aquele tipo de pergunta, “mas de todo modo, sim”. “Não foi isso que aconteceu na outra ação”, retrucou o petista, ao que Moro respondeu: “Não vou discutir a outra ação. A minha convicção é que o senhor era culpado”. Lula chegou a elevar o tom de voz, mas não conseguiu dar explicações sobre os fatos pelos quais é acusado, numa ação por corrupção e lavagem de dinheiro: receber da Odebrecht um terreno para o Instituto Lula e ganhar de presente uma cobertura ao lado da sua em São Bernardo do Campo. Ao fim, atacou seu ex-ministro da Fazenda, Antonio Palocci. Em 2005, quando Palocci era ministro da Fazenda, o petista chegou a compará-lo a Ronaldinho, então astro do Barcelona.

Como sempre, Lula terceirizou responsabilidades. Ao dizer que a cobertura não é sua, e que pagava aluguel por ela, o ex-presidente não soube explicar por que não tinha pago os alugueis. De novo, jogou nas costas da mulher Marisa Letícia, morta em fevereiro, a culpa por ela não ter pago os alugueis. Disse que o apartamento foi alugado por sua falecida esposa e que era ela quem cuidava desse tipo de coisa. “Em 76, abri uma conta conjunta com a dona Marisa para ela administrar a casa. Passei quase 30 anos sem assinar um cheque, porque a dona Marisa fazia tudo. Foi ela que fez esse contrato”, disse Lula. Quanto à compra do terreno, afirmou que era tarefa de Paulo Okamotto, presidente do Instituto Lula. Pressionado por acusações de delatores e colegas de partido de peso, como seu ex-ministro da Fazenda Antonio Palocci, Lula partiu para o confronto aberto. “Se o Palocci não fosse um ser humano, seria um simulador. É frio e calculista”. O ex-presidente foi acusado por seu antigo braço direito de agir, ao lado da ex-mandatária Dilma Rousseff, para frear a Lava Jato, além de fazer um pacto de sangue com Emílio Odebrecht para o recebimento de propinas.
TRAMA – Lula e Dilma fizeram conluio para frear a Lava Jato

Lula divide a esquerda
À medida que as ações da Lava Jato avançam, menores são as possibilidades de Lula disputar as próximas eleições presidenciais. Com o ex-presidente cada vez mais isolado, os petistas se preparam para enfrentar o eleitorado sem pai nem mãe. O próprio Lula acredita que pode ser carta fora do baralho e, na sua recente caravana pelo Nordeste, levou à tiracolo o ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad, “plano B” do PT. “Sem o Lula, a eleição será menos passional”, aposta Basileo Margarido, da REDE.

Marina Silva, em 2014, já atraiu para si parcela do eleitorado da antipolítica, agora espera canalizar ainda mais o voto do inconformismo. Quem também aposta em ocupar parcela do espaço que seria de Lula é o candidato do PDT, Ciro Gomes. Os trabalhistas acreditam que há uma tendência natural de unidade do Nordeste com Ciro.

Já a esquerda radical acredita que herdará parcela do eleitorado que ficou desencantado com o caminho adotado pelos petistas. Esse é o caso de Guilherme Boulos, coordenador do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), que pode ser candidato pelo PSTU. “O projeto lulista se esgotou”, sentencia o deputado do PSOL, Chico Alencar, que trabalha para construir uma candidatura alternativa. Uma prova cabal e irrefutável do isolamento petista é que o PCdoB, um apêndice do PT desde 1989, pode até lançar candidatura própria. Cogita nomes como o do ex-ministro Aldo Rebelo. Que fase.

Uma prova inegável
Documentos encontrados pelo Ministério Público no sistema Drousys da Odebrecht indicam que pelo menos R$ 3,1 milhões dos R$ 12,4 milhões pagos por um imóvel para o Instituto Lula saíram do “departamento de propinas” da empreiteira. Os pagamentos foram feitos no exterior, através de empresas offshores ligadas a um ex-diretor da construtora. O sistema Drousys é um dos servidores usados pela Odebrecht para efetuar os pagamentos ilícitos.

No Drousys, os repasses aparecem registrados como “Prédio IL”, que seria uma referência ao Instituto Lula. Essa anotação é uma ligação direta do ex-presidente com as contas da Odebrecht fora do país. A partir disso, será possível rastrear eventuais pagamentos de propina a Lula. O Drousys, servidor localizado em Estocolmo, na Suécia, tem 1.781.624 arquivos, totalizando 2,67 terabytes de dados distribuídos em quatro discos rígidos. São e-mails, planilhas, comprovantes de pagamentos e outros arquivos e documentos que atestam os ilícitos praticados pela Odebrecht, e acima de tudo, os beneficiários das propinas milionárias. Transcrito da Revista Isto É

sábado, 16 de setembro de 2017

Por ser mentiroso, frio e calculista, LULA condenou-se ao descrédito...


Josias de Souza
Até amigos de Lula avaliaram que ele errou ao desqualificar tão drasticamente Antonio Palocci no depoimento que prestou a Sergio Moro. No PT, ninguém ignora que Palocci sempre foi um suavizador das necessidades monetárias de Lula. Fora do PT, todos sabem que Palocci era um fiel escudeiro de Lula. Por isso, petistas chegados ao ex-presidente ficaram com a impressão de que, ao pintar Palocci como um mentiroso frio e calculista, Lula condenou-se ao descrédito. DE FATO, NUNCA UM INOCENTE PARECEU TÃO CULPADO —OU NUNCA UM CULPADO PARECEU TÃO INOCENTE.

Petistas que privam da intimidade de Lula acham que, em vez de desqualificar Palocci, o pajé do PT deveria ter recoberto seu ex-ministro de elogios. Na sequência, Lula associaria o desejo de Palocci de se tornar um delator à prisão longeva e a uma hipotética pressão psicológica da equipe da Lava Jato. O efeito seria o mesmo. Com a vantagem de que Lula não precisaria ter cutucado Palocci com o pé, arriscando-se a ser mordido com mais força pelo delator-companheiro.

Apesar do discurso externo, situado em algum lugar entre a VITIMIZAÇÃO e o TRIUNFALISMO, O PT RUMINA INTERNAMENTE A IMPRESSÃO DE QUE PALOCCI FICOU AINDA MAIS À VONTADE PARA CONTAR O QUE SABE AOS INVESTIGADORES. E ele sabe demais. Já havia declarado diante do juiz da Lava Jato que Lula fizera um “PACTO DE SANGUE” com a Odebrecht, que rendeu um pacote de propinas de R$ 300 milhões.

Descobre-se agora, que Palocci já informou em sua proposta de delação que entregou dinheiro  vivo a Lula em pelo menos cinco ocasiões. Foram pacotes de R$ 30 MIL, R$ 40 MIL ou R$ 50 MIL. Formalmente, Lula nega. Informalmente, começa a admitir, longe dos refletores, que pode ter subestimado o teor radioativo de uma delação de Palocci. O resultado prático é que a candidatura presidencial de Lula vai migrando rapidamente da condição de “PROVÁVEL” para a de “INVIÁVEL”.

sexta-feira, 15 de setembro de 2017

PALOCCI AGORA É COXINHA...




PALOCCI DIZ QUE LULA DESVIAVA DINHEIRO DO INSTITUTO
O ex-ministro Antonio Palocci relata na proposta de delação que negocia com a força-tarefa da Lava-Jato que o ex-presidente Lula usava o dinheiro que era doado ao Instituto Lula para bancar suas despesas pessoais e de seus familiares. Palocci afirma que o Instituto Lula mantinha uma contabilidade paralela para acobertar o desvio das doações. Segundo o ex-ministro, quem administrava esse caixa clandestino era o petista Paulo Okamotto, o presidente formal do instituto. Okamotto sempre negou qualquer irregularidade no comando da instituição.



PALOCCI REVELA REUNIÃO COM LULA E DILMA SOBRE O PETROLÃO EM 2010
O ex-ministro Antonio Palocci relata na proposta de delação que negocia com a força-tarefa da Lava-Jato que a ex-presidente Dilma Rousseff e o ex-presidente Lula tinham total conhecimento da existência do petrolão. Palocci conta que participou de uma reunião no Palácio da Alvorada, em 2010, com a então candidata petista e o então presidente da Petrobras, Sérgio Gabrielli, em que Lula expôs abertamente os planos de usar as engrenagens do petrolão para financiar a campanha de Dilma ao Planalto.




PALOCCI RELATA PROPINA PARA GLEISI HOFFMANN
Na proposta de delação que negocia com a força-tarefa da Lava-Jato, o ex-ministro Antonio Palocci afirma que a anulação das provas da Operação Castelo de Areia no Superior Tribunal de Justiça (STJ) rendeu ao PT uma propina de 50 milhões de reais. O dinheiro foi repassado ao partido pela empreiteira Camargo Corrêa, que estava no centro das investigações. Para mascarar os pagamentos, a empreiteira realizou diversas doações oficiais ao PT na campanha de 2010. Segundo Palocci, a atual presidente nacional do partido, senadora Gleisi Hoffmann, recebeu doações da Camargo Corrêa como parte do acerto envolvendo a operação no STJ. Gleisi elegeu-se senadora pelo Paraná naquele ano. Ela sempre negou o recebimento de qualquer doação ilícita de campanha
 




PALOCCI CONFIRMA QUE LULA FOI NOMEADO PARA ESCAPAR DA CADEIA 
 
Na proposta de delação que negocia com a força-tarefa da Lava-Jato, o ex-ministro Antonio Palocci confirma que a ex-presidente Dilma Rousseff nomeou o ex-presidente Lula ministro-chefe da Casa Civil, em março de 2016, PARA EVITAR QUE ELE FOSSE PRESO PELA OPERAÇÃO LAVA-JATO. O ex-ministro descreve uma reunião sigilosa que teve com Lula, dias depois de o presidente ter sido conduzido coercitivamente pela Lava-Jato, em que Lula confidenciou que sabia que seria preso e que estava inclinado em ser nomeado por Dilma.

----Todos estes textos foram gentilmente roubados lá na VEJA ON LINE