sexta-feira, 25 de outubro de 2019

ROSA WEBER VOTOU COMO SE FOSSE UM ROBÔ


Carlos Newton

Rosa Weber entra para História como a Viúva Porcina dos tribunais, “aquela que foi sem ter sido”, na definição genial de Dias Gomes. Seu voto no mais importante, imoral e antidemocrático julgamento da História do Supremo, nesta quinta-feira, foi tipo robotizado. Nenhuma criatividade, nenhum brilho, nenhuma demonstração de conhecimento jurídico. Votou mecanicamente e ainda desdenhou da possibilidade de muitos milhares de presos (ela disse “milhões”, ironizando) ganharem direito à liberdade.

Segundo o Conselho Nacional de Justiça (CNJ), seriam beneficiados apenas 4.895 presos. Não se sabem onde descobriram este número nem se nele incluíram apenados como Sergio Cabral. José Dirceu ou Eduardo Cunha. Mas há controvérsias.

NÚMERO INDETERMINADO – Segundo o ministro Dias Toffoli, que preside o CNJ, na verdade seriam 196 mil. Foi este número que Toffoli anunciou em dezembro de 2018, quando deu a louca em Marco Aurélio Mello e o ministro alagoano mandou soltar todos os presos ainda não condenados em terceira e quarta instâncias (STJ e STF).

Mas há duas semanas a assessoria de imprensa do STF tentou confortar os brasileiros argumentando que o fim do encarceramento em segundo grau vai tirar da cadeia apenas 85 mil criminosos, e não 169 mil.

A ministra Rosa Weber, do alto de sua sabedoria, não está nem aí para essa questão. Somente se interessa pelo cumprimento estrito da Constituição, mas citou apenas um inciso, esquecendo os outros constitucionais que têm sentido diverso.

PRESUNÇÃO DE INOCÊNCIA – A ministra dedicou a maior parte de seu voto robotizado à presunção de inocência. Se tivesse “notório saber”, como exige o cargo, Rosa Weber teria conhecimento de que é patética e ridícula sua justificativa de suposta “presunção de inocência” dos réus. Mal informada, disse também que “a maioria” dos recursos às instâncias superiores não tem acolhimento. Mas não se trata de “maioria”.

Seu argumento chega a ser indecoroso, porque as estatísticas do Conselho Nacional de Justiça indicam exatamente o contrário. Dos recursos apresentados ao Superior Tribunal de Justiça após condenação em segunda instância, menos de 1% são acolhidos, beneficiando os réus. Para ser mais exato, deve-se frisar que apenas 0,6% são inocentados pelo STJ. Porém, muitos deles nem podem ser considerados inocentes, porque geralmente o julgamento anterior é anulado por falhas processuais.

Os outros 99,4% dos réus têm a condenação confirmada pelo STJ, demonstrando que após a segunda instância não há mais “presunção de inocência”, mas “certeza de culpa”.

DECISÃO IMORAL – Mas a ministra Rosa Weber não se interessa por esse tipo de detalhes. Com seu voto, ela vai permitir que o Supremo Tribunal Federal tome a decisão mais importante, imoral e antidemocrática da História Republicana.

O resultado deve ser considerado importante, devido ao grande número de presos que ganham direito de liberdade; ao mesmo tempo, é imoral, porque visa exclusivamente a preservar a impunidade de políticos corruptos e seus corruptores; e deve também ser tido como antidemocrático, porque confirma a existência de um pacto entre os Três Poderes, que inclui não somente a liberdade de criminosos de elite, mas também o favorecimento de dois filhos do presidente da República – Flávio e Carlos Bolsonaro–, ambos já flagrados em lavagem de dinheiro, com abundância de provas.

Fecha-se  esta postagem com uma música tocante e comovente. Dedicada vocês sabem a quem.

quinta-feira, 24 de outubro de 2019

MINISTRA ROSA WEBER BROCHOU!!!




Eduardo Cunha e Sérgio Cabral já estão se preparando e arrumando suas malas para se fazerem presentes  na Magia do Natal de Garanhuns...

P.S.: - Já me decidi: quando eu crescer quero ser bandido...

Uma musiquinha bastante romântica para a brochadeira:





terça-feira, 22 de outubro de 2019

GARANHUNS VAI TER UM HOSPITAL DAS FLORES



Por Altamir Pinheiro

Uma das plataformas do futuro governo Hélder Carvalho é incluir Garanhuns entre as cidades mais floridas do país. “Quero equiparar a nossa Suíça pernambucana a cidades floridas como Holambra(SP), Joinville(SC), Curitiba(PR) e Granado(RS), inclusive estou prestes a fazer uma visita à Holambra(SP) para conhecer a “EXPOFLORA”, a maior exposição de flores e plantas na América Latina”, assegurou Hélder.  Não tenhamos dúvida que vai ser em seu  governo  que Garanhuns terá orgulho de voltar a  ser chamada de cidade das flores ou cidade jardim. Para isso ele já está determinado a criar o HOSPITAL DAS FLORES.

Sua  meta é apresentar, através de empresas especializadas, projetos paisagísticos que passarão pelo crivo ou avaliação de uma comissão formada por integrantes do Departamento de Meio Ambiente, Departamento de  Agricultura, Departamento de Trânsito, Departamento de Comunicação e Secretaria de Infraestrutura e Planejamento. Para isso, Garanhuns terá praças e canteiros ROTATÓRIOS para que todos os dias com o alvorecer da aurora, a cidade  vai se acordar com aqueles grandes   vasos que estão localizados em plenas  Avenidas Santo Antônio e Rui Barbosa completamente enfeitados  de lindas  flores perfumadas. A iniciativa visa a adoção destes locais por parte da iniciativa privada, podendo ser pessoas jurídicas ou físicas, bastando apenas que esses interessados cumpram o que prega  o projeto paisagístico e sua devida manutenção, sem demais custos para o adotante.

Toda a produção de flores  será mantida pela sementeira localizada no Bairro  de Mané Chéu, que também produzirá novas espécies ativas que abastecerão canteiros de parques,  praças, avenidas e outros espaços públicos de nossa cidade. A sementeira vai sofrer um processo de recuperação com técnicos especializados que irá conta com câmara de germinação de sementes,  viveiros para desenvolvimento das mudas,  estruturas de climatização das plantas, área para montagem de vasos, floreiras e  sofisticados e enormes   depósitos ou caqueras de cerâmica. Cada espaço tem função específica e uma ordem lógica, que garantem mais qualidade e produtividade ao trabalho dos  funcionários capacitados supervisionados por engenheiros agrônomos e designer floral que irão   gerenciar o Hospital das Flores.



Na estrutura do Hospital das Flores haverá um profissional conhecedor do riscado que se denomina DESIGNER FLORAL. Para se ter ideia da capacidade desse especialista, geralmente prevalece mais pessoa  do sexo feminino,  ela é capaz de em determinado ambiente  deixar as “flores falarem”. Afinal, quando estamos presentes em uma solenidade pomposa completamente lotada por autoridades e mulheres elegantes, por exemplo, aproveitamos e admiramos o evento. Porém, poucos percebem todo o trabalho envolvido ali, onde cada canto da decoração possui um motivo para estar onde foi colocada, transformando o todo em algo maravilhoso para os olhos de quem vê.


Assim, com a criação do Hospital das Flores por Hélder Carvalho, na parte de embelezamento e arranjos de flores as repartições públicas municipais serão muito bem supridas através de decoração de festas e eventos; assinatura de flores com renovação semanal de arranjos e plantas; faz parte também do projeto do Hospital das Flores fornecer a classe menos favorecidas no campo  econômico e financeiro, a distribuição GRATUITA de arranjos funerais para seus ente queridos que venham a falecer, como também será distribuído buquês de noivas as senhoritas que procurarem os serviços de atendimento aos mais necessitados localizado na prefeitura.

A bem da verdade, hoje,  já somos uma charmosa cidade encravada entre Maceió, Caruaru e Recife com raízes históricas profundas, natureza abundante e uma das poucas cidades onde o Nordeste garoa que só contribui para aumentar o charme e autenticidade desse paraíso natural!!! Aliás, uma das metas do prefeiturável Hélder é transformar ou consolidar Garanhuns entre a mais limpa, florida e estruturada cidade de porte médio do Nordeste com melhor qualidade de vida  pra  se morar. Pois bem!!! Diante do que pensa e o que está determinado para executar em prol da cidade quando assumir a prefeitura, Hélder Carvalho é uma pessoa determinada que caminha com passos firmes com visão no presente para enxergar bem o futuro, sem menosprezar o passado, assim é essa nova liderança política que surge em   Garanhuns que tem tudo para ser eleito prefeito em outubro de 2020.

sexta-feira, 18 de outubro de 2019

80% DO BRASILEIRO DO BEM APOIAM PRISÃO EM SEGUNDA INSTÂNCIA



O primeiro dia do julgamento das ADCs 43,44 e 54 no plenário do Supremo Tribunal Federal não teve definição alguma; o ministro relator, Marco Aurélio Mello, leu seu relatório e os ministros ouviram as argumentações de advogados que representavam partes envolvidas e interessadas nas ações, que buscam definir a partir de que ponto a pena de prisão pode começar a ser cumprida – se apenas com o esgotamento de todos os recursos, ou se a partir da condenação em segunda instância, como ocorre atualmente. Os votos propriamente ditos começarão a ser lidos apenas na próxima semana.

No entanto, Marco Aurélio aproveitou a chance para criticar fortemente o presidente da corte, Dias Toffoli, devido a um episódio ocorrido em dezembro do ano passado. Às vésperas do recesso do Poder Judiciário, Marco Aurélio concedeu uma liminar monocrática – ou seja, em que o magistrado decide sozinho – determinando a soltura de todos os presos que cumpriam pena após condenação em segunda instância, mas sem trânsito em julgado, e que também não tivessem contra si ordens de prisão preventiva ou temporária. A atitude gerou enorme polêmica que durou toda uma tarde, até que Toffoli interviesse e revogasse a liminar, a pedido da Procuradoria-Geral da República. Na sessão desta quinta-feira, Marco Aurélio atacou o que chamou de “visão autoritária e totalitária no Supremo”, afirmando que, quando o presidente da corte age como “superior hierárquico dos pares”, “enfraquece a instituição”.

Aqui, cabe a pergunta. Quando um ministro, de forma monocrática, atropela a jurisprudência estabelecida pelo plenário da corte – não uma, mas várias vezes desde 2016 – para fazer valer a própria opinião, e outro ministro, no comando da corte, restabelece o respeito a essa mesma jurisprudência, quem está “enfraquecendo a instituição”? Naquele 19 de dezembro, a normalidade institucional foi colocada em risco porque um ministro estava insatisfeito com a demora para se julgar as ações das quais era relator, sem disposição para esperar pela data do julgamento, que já estava definida. Esta, sim, foi uma manifestação de autoritarismo, e não a atitude daquele que restaurou a segurança jurídica naquele momento.

Um contraponto à atitude de Marco Aurélio está na atitude que a ministra Rosa Weber tomou em abril do ano passado, durante o julgamento de um habeas corpus do ex-presidente Lula para impedir que ele fosse preso. A ministra defende o início da execução da pena apenas com o trânsito em julgado, ou seja, com o esgotamento de todos os recursos nos tribunais superiores – portanto, havia sido voto vencido em 2016. Mesmo assim, ela votou contra o habeas corpus, em respeito à colegialidade e ao plenário que havia decidido de forma contrária à convicção da ministra. Se a jurisprudência em vigor permitia a prisão após a condenação em segunda instância, era preciso decidir de acordo com essa jurisprudência. E, não havendo ilegalidade nas decisões judiciais anteriores contra Lula, não havia por que conceder o habeas corpus, afirmou a ministra, enquanto era atacada por outros colegas, como Ricardo Lewandowski e o próprio Marco Aurélio. O voto de Rosa Weber foi decisivo para que, dias depois, o ex-presidente começasse a cumprir sua pena por corrupção e lavagem de dinheiro no caso do tríplex do Guarujá.

O que o Brasil espera dos ministros do Supremo é justamente esse respeito à colegialidade e à jurisprudência estabelecida pelo tribunal, demonstrada por Rosa Weber em abril de 2018 e por Dias Toffoli em dezembro daquele mesmo ano, pois esse respeito ajuda a construir a segurança jurídica de que o país tanto necessita. O autoritarismo surge quando um ministro resolve ignorar as determinações anteriores da corte, colocando sua vontade acima daquela da maioria dos colegas e causando crises institucionais desnecessárias. - Fonte: Gazeta do Povo. - 



SUPREMO: TURMA DO ASSIM E DO ASSADO



Percival Puggina

Nossa lei penal, nosso processo penal, nossos tribunais são zonas de litígio. Quase nada está pacificado fora da letargia das gavetas e dos arquivos. Nas cortes, as posições divergem segundo el color del cristal con que sus miembros miran. No STF, há a turma do assim, e a turma do assado. Um ministro manda soltar e o outro manda prender. Não se entendem entre si, mas esperam ser compreendidos. Integram um poder político, fazem política sem voto, curtem a celebridade, mas querem ser tratados como se fossem exclusivamente poder jurídico imune às adversidades de relacionamento social e às críticas inerentes à vida pública. Topar com um cidadão é um desconforto que os faz enrubescer. Vergonha do STF!

Nesta quinta-feira (17/10), os senhores ministros retomam o trôpego caminho por onde têm elucubrado e andado nesta aparentemente indeterminável questão: quando deve ser preso o réu condenado em 2º grau de jurisdição, sobre cuja culpa não incide mais a presunção de inocência? Retornar ao criminoso patrocínio da eterna impunidade e da prescrição, ou manter vigente a interpretação que interrompeu a atividade criminosa nos negócios com o Estado brasileiro? É preciso, afirmam, pacificar essa questão.

Pois “pacificar” é uma boa palavra. Se tudo andar como pretendem os ministros, essa “pacificação” vai soltar algo entre quatro mil e 84 mil criminosos. Eles retornarão a seus negócios, às nossas ruas, estradas, parques. Somar-se-ão a outras centenas de milhares de inimigos da sociedade, à qual declararam uma guerra de conquista e formação de servidão. Ocupam território no meio urbano e rural; tomam o patrimônio e a vida de tantos; atacam nossas mulheres, nossas crianças e, em grande número, se constituem como estado paralelo dentro do Estado, a exigir integral submissão às suas determinações. Se não fui inteiramente entendido, esclareço: há uma parcela dessa bandidagem agindo com representatividade e vigor nas nossas instituições.

É essa a “pacificação”, sinônimo dolorido da nossa submissão, que muito provavelmente receberá notável reforço logístico da maioria do lamentável, desastrado e escandaloso Supremo Tribunal Federal brasileiro. O simples emprego da palavra “pacificar” é uma afronta e uma evidência suplementar da relação doentiamente alienada que o Poder mantém com a sociedade. A Corte vive num universo paralelo onde o brasileiro não conta, onde a realidade nacional é informação desconhecida. Nesse universo, a dubiedade dos tratados de Direito e dos precedentes contraditórios fazem o pretensioso cotidiano para que o próprio querer se imponha. Haverá muito mais bandido nas nossas ruas, a guerra contra a população recrudescerá, mas o STF “pacificou”. Ufa! Cairá a noite sobre um Brasil mais triste, mais desesperançado, mais perigoso, mais roubado, mas violento.

A grande celebração do crime, que fez do STF santuário de suas devoções, atravessará a noite. Metralhadoras, em festa, matraquearão balas perdidas arrepiando os morros. Abstêmios na prisão, grandes corruptos reabrirão suas garrafas de uísque. Farão o mesmo aquelas figuras conhecidas que exalam os maus odores da ira quando um endinheirado é preso.

Como obra de suas mãos, o Brasil se terá tornado um país pior para se viver. A vontade e a dignidade nacional sangrarão no pelourinho! Mas quem se importa com isso no STF? Lisboa, onde eles passam mais tempo, e a civilização ficam logo ali.

quinta-feira, 17 de outubro de 2019

ROGER VADIM, O HOMEM QUE COMEU BARDOT, DENEUVE E FONDA



Por Altamir Pinheiro
Nada de orgia gente, tudo foi pura  verdade!!! Por mais incrível, espetacular, fantástico que isso possa parecer, o bimba doce de fato comeu Brigitte, Catherine e Jane – e não uma vez só, mas uma tuia de vezes. Viveu com cada uma delas, foi casado no papel com a primeira e a terceira, teve filhos com a segunda e a terceira. E isso para não falar que foi casado também com outro avião, outra deusa dinamarquesa, Annette Stroyberg. E mais tarde com a milionária Catherine Schneider e a atriz Marie-Christine Barrault. Mais ainda: soube manter-se amigo de todas as ex-mulheres, façanha  raríssima, e maravilhosa. Quando morreu, em 2000, aos 72 anos, foi enterrado por todas elas – Brigitte, Annette, Catherine, Jane e Marie-Christine estavam lá. 
O historiador Sérgio Vaz nos conta que, Vadim começou a namorar Brigitte quando ela estava com 16 anos, e ele, com 22. Catherine tinha 17, e ele, 32. Jane, rompendo uma tradição, já era maior de idade: tinha 24. Um fato pitoresco contado no livro de memórias de Roger Vadim que estava separado de Brigitte Bardot(depois da separação ela tinha tido diversos amantes e alguns maridos. Estava casada então com Gunter Sachs, um bilionário alemão). Nesse ínterim, Brigitte convidou Vadim para fazer-lhe uma visita em sua casa, em Roma,  e num bate papo informal deles três  na sala de estar Brigitte convidou seu ex-marido no seguinte tom: Vavá(Vadim), venha me ajudar a escolher um vestido. Ao menos você sabe como vestir as mulheres. 
Durante as filmagens de E DEUS CRIOU A MULHER, de 1956, o filme que transformou Brigitte em estrela internacional, Vadim e ela, casados à época, se encontraram com ninguém menos que Sir Winston Churchill, em Nice. O encontro e o diálogo entre o estadista que liderou a Grã-Bretanha na guerra contra o nazismo e a estrela de cinema lindíssima e sexy, relatado por Roger Vadim, foram assim: “Após a costumeira troca de formalidades, houve um silêncio. Churchill tinha os olhos brilhantes ao encarar a jovem atriz, e não dizia uma palavra. Parecia estar imaginando que banalidade viria daquela boca sensual, feita para o amor e as telas. (…) “- Quando eu tinha oito anos e o escutava pelo rádio, o senhor me assustava – falou enfim Brigitte. – Mas agora me parece tão gracioso, considerando que é uma lenda. (..) “O grande orador permaneceu calado. “- O que está fazendo em Nice? – perguntou Brigitte, a fim de quebrar o silêncio. “- Pintando – respondeu Churchill. – Você é uma atriz, e eu sou um pintor. Temos a arte em comum. (…)
Em se tratando da  sensualidade de BRIGITTE era tamanha que,  até falando a mulher  transmitia libertinagem, volúpia, satisfação. Brigitte Bardot(hoje, com 85 anos) era um tipo de fêmea que, no auge de sua carreira, na tela,  semeava voluptuosidade. Sua sensualidade vinha do corpo perfeito, da boca carnuda, do olhar expressivo e de um comportamento livre, incomum para as mulheres da época. BB chegou a ser considerada a versão francesa de Marilyn Monroe. Ao completar 18 anos, veio o casamento com o diretor de cinema Roger Vadim.  A união durou apenas cinco anos. Vadim foi responsável por lançá-la em "E Deus Criou a Mulher" (1956) e ainda a dirigiu em "Quer Dançar Comigo?" e "Amores Célebres". 
Além de Roger Vadim,  CATHERINE DENEUVE (hoje, com 76 anos) foi casada com o fotógrafo David Bailey e Marcello Mastroianni(de 1971 a 1975),  Mastroianni  que morreu em 1996 aos 72 anos. Conta-se nos dedos as atrizes bonitas quando jovens que, com o passar dos anos, acabaram adquirindo maior magnetismo e beleza. Ao lado de Sophia Loren (84 anos), a francesa Catherine Deneuve  é uma dessas exceções. Certa vez disse  Deneuve: “Estou cansada da minha suposta beleza em primeiro plano, principalmente da dita “BELEZA FRIA”, que pouco tem a ver comigo. O consolo que tenho na maturidade, ao perder a beleza física, é que finalmente lembraram a boa atriz que sempre fui”. 
JANE FONDA(82 anos) transbordando beleza e graciosidade, pertence a árvore genealógica dos Fondas, uma das maiores dinastias do cinema. É filha de Henry Fonda, astro do cinema nos anos 40 e 50, irmã do ator Peter Fonda(falecido este ano) e tia da também atriz Bridget Fonda. Jane Fonda foi lançada, tal como  Catherine Deneuve, Brigitte Bardot, pelo diretor Roger Vadim(que foi seu primeiro marido). Dirigida por ele, rodou, entre outros, o filme de ficção científica Barbarella (1968), cujas cenas arrojadas a tornaram uma SEX SYMBOL. Jane  ficou afastada dos holofotes durante 15 anos. Aos 53 anos, ela  resolveu largar uma bem-sucedida carreira, abandonando o ofício  e só aos 67 ela decidiu que o show tinha que continuar, inspirada pela separação traumática do então marido, o magnata das telecomunicações Ted Turner, em 2001.
Roger Vadim ficará para a história não tanto pela sua obra como pelas mulheres que ao seu nome estiveram associadas. seu último casamento - com a comediante francesa Marie-Christine Barrault, em 1990 - durou até ao fim dos seus dias, até morrer. Vadim costumava  refletir sobre a vida ao dizer certa vez: "O mal que eu fiz foi ter tornado famosas mulheres que eram anônimas quando com elas me casei". Assista ao vídeo de Roger Vadim com as três mulheres de sua vida  que dormiram ao seu lado.





quarta-feira, 16 de outubro de 2019

ABRIRAM-SE AS PORTEIRAS DO INFERNO: ZÉ DIRCEU, VACCARI, DELÚBIO E, PASMEM, O SEBOSO DE CAETÉS VÃO SER LIBERTADOS...


O bandido Zé Dirceu, assim como o Seboso de Caetés, também vai sair da cadeia. Ele é um dos favorecidos pela manobra do STF de impedir a prisão de condenados em segundo grau. A lista inclui ainda os dois tesoureiros do PT, João Vaccari Neto e Delúbio Soares, que vão sair do regime semiaberto e tirar a tornozeleira eletrônica. Lula não tem escondido certo otimismo em relação ao julgamento do STF, que irá analisar a prisão após condenação em segunda instância. Ele sabe exatamente com quais ministros pode contar. As estatísticas do STJ não deixam margem a dúvidas. Em um total de 68.944 recursos contra condenações na segunda instância, menos de 1% dos réus foram absolvidos. Para sermos mais exatos, somente 0,6% tiveram seus recursos deferidos. Isso demonstra que a campanha para impedir o cumprimento da pena após segunda instância tem apenas objetivo de garantir a impunidade de criminosos de elite, que podem pagar honorários a advogados de griffe, digamos assim, para aguardar tranquilamente a prescrição. P.S. 2 – Esse excelente levantamento de Mariana Schreiber, na BBC Brasil, mostra que impedir o cumprimento da pena após segunda instância será um retrocesso medieval no Direito brasileiro. E o resto é folclore

terça-feira, 15 de outubro de 2019

GARANHUNS PODE VIR A GANHAR O SEU DELMIRO GOUVEIA



Por Altamir Pinheiro

O cearense Delmiro Gouveia que foi brutalmente assassinado no mesmo ano que aconteceu a Hecatombe de Garanhuns em 1917, aos 54 anos de idade,  foi um herói em seu tempo. De sua visão empresarial originou-se, no início do século XX, a formação do primeiro polo industrial do sertão nordestino junto com a implantação da primeira indústria têxtil no Sertão das Alagoas, a indústria chamava-se  Cia. Agro Fabril Mercantil que começou a funcionar no ano de 1914, na longínqua Vila da Pedra, hoje município de Delmiro Gouveia. Os primeiros carretéis vieram da Finlândia. A primeira compra de algodão do Egito. Depois veio a utilização do algodão Seridó, plantado por ele mesmo nas suas próprias terras esturricadas na época dos chuvosos e tenebrosos invernos  no sertão alagoano. Passaram-se 100 anos, mais precisamente 102 anos da morte do considerado Barão de Mauá do Nordeste, mas o VISIONÁRIO DELMIRO continua na memória da nossa  região.

Como descreve o historiador José Cícero Correia, “A Fábrica da Pedra inaugurada em 1914 não surgiu do nada, como muitos descrevem, no entanto, os projetos de Delmiro para o sertão eram outros. Pretendia juntamente com investidores estrangeiros gerar energia elétrica a partir da Cachoeira de Paulo Afonso e fornecer aos grandes centros do Nordeste. Já estava quase tudo certo, Delmiro e os gringos tinham o apoio político dos Governos de Alagoas e Bahia para iniciarem as obras. Faltava apenas o aval de Pernambuco, o que não aconteceu, pois o Governador pernambucano achava que aquele negócio tinha alguma velhacaria, e não assinou a concessão para instalação da rede e dos postes para transmissão de energia elétrica gerada a partir da Cachoeira de Paulo Afonso”. Depois, com sua intuição  visionária e sendo um utopista extravagante, teimoso e cabeça dura,  sozinho, ele fez na marra, na tora, de supetão!!!

Esse  destemido comerciante conhecido como o Rei das Peles(negociava com couros de boi e bode),  “O Mauá do Nordeste” e também era tachado como  o  “O coronel dos coronéis”.  No Recife, comprou a moderna Usina Beltrão;  construiu o Mercado do Derby, considerado o primeiro SHOPPING CENTER do Brasil. Perdeu tudo num incêndio criminoso. Raptou uma jovem de 16 anos e fugiu para o Sertão de  Alagoas. A  trajetória do cearense que modernizou o Recife no final do século XIX e viveu os últimos 15 anos no lugarejo da Pedra, hoje Delmiro Gouveia. Com seu  pioneirismo, essa sumidade denominada de  Delmiro Augusto da Cruz Gouveia,  deixou no seu exemplo, a marca da superação e ousadia de um nordestino “cabra – macho sim senhor”. Que foi capaz de realizar tamanha obra, graças a sua capacidade visionária de enxergar o grande potencial natural daquela região.

No cancioneiro nordestino há uma bonita letra que se traduz em um hino intitulado Paulo Afonso que é um lindo e   inspirado baião  composto no ano de 1955 por dois monstros sagrados da música nordestina que eram os parceiros  Luiz Gonzaga e Zé Dantas  e  em um dos seus refrões têm-se a impressão que os dois  inspiraram-se no grande poeta português Fernando Pessoa com aquela  famosa frase, “DEUS QUER, O HOMEM SONHA, A OBRA NASCE”. Ei-la: Delmiro deu a ideia / Apolônio Aproveitô / Getúlio fez o decreto / E Dutra realizô / O presidente Café / A usina inaugurô / E graças a esse feito / De homens que têm valô / Meu Paulo Afonso foi Sonho / Que já se concretizô...

Delmiro era um visionário,  um expansionista congênito,  inclusive, sem o menor apoio dos governadores de Alagoas e Pernambuco, ele construiu, braçalmente com seus jagunços, quase  500 quilômetros de rodovias no sertão: a estrada em sua primeira etapa teve  as picadas que saíram    de Pedra até Santana do Ipanema; na segunda até Bom Conselho; na terceira chegou em Garanhuns. Os primeiros automóveis que transitaram na poeirenta Avenida Santo Antônio   foram carros de fabricação inglesa que se moviam do lugarejo  Pedra, ele pernoitava em Santana do Ipanema e depois seguia viagem  até Garanhuns e daqui  pegava o trem até a metrópole Recife. Lamentavelmente,  tudo isso foi truncado quando do seu assassinato, em 1917,  aos 54 anos - um crime nunca inteiramente esclarecido.

Por fim, respeitando a maçaranduba do tempo há o que se perguntar:  o que o prefeiturável de Garanhuns  Hélder Carvalho tem em comum com a ousadia e o voluntarismo de Delmiro Gouveia?!?!?! TUDO!!!   Delmiro na iniciativa privada muito nos deu, Hélder na gestão pública tem tudo para retificar os rumos do município. Até porque o empresário garanhuense tem um perfil de liderança e totalmente voltado para a inovação. Hélder, na frente da prefeitura tem tudo para ser um agente de mudanças. Governar Garanhuns é um exercício de criatividade, planejamento e persistência. Por ser uma pessoa capacitada para idealizar projetos, espero que esse artigo tenha sido o estopim para Hélder incorporar o espírito arrojado de Delmiro, e ao ter em mãos  as rédeas da prefeitura saiba conduzi-la com eficácia as broncas que  estão por vir  e até correr alguns riscos calculados, e POR QUE NÂO?!?!?!






segunda-feira, 14 de outubro de 2019

BABACAS, REACIONÁRIOS E PELEGOS SÃO OS SUCESSORES DA ESQUERDA


J.R.GUZZO

A “esquerda” que as pessoas com algum tipo de interesse por política conhecem, essa do tipo socialismo-comunismo-petismo e outras manifestações apenas patológicas, deixou de ser fator relevante na luta, centenária e fracassada, contra o capitalismo. Não é nenhuma surpresa, claro. Como alguém com a cabeça em ordem vai acreditar hoje em aberrações do porte das Venezuela, Cuba ou Angola da vida? Ou dessas miseráveis ditaduras africanas que se dizem “socialistas”, mas que são apenas espaços geográficos controlados por gangsters? “O socialismo tem um histórico de fracasso tão flagrante que só mesmo um intelectual poderia ignorar um desastre deste tamanho”, diz o pensador americano Thomas Sowell. O fato é que nem mesmo os “intelectuais de esquerda”, hoje em dia, acreditam mais que a “esquerda” tenha capacidade de eliminar o capitalismo da face da Terra, ou fazer qualquer coisa que não seja cuidar do próprio bolso. Resultado: outras forças assumiram o comando dessa tarefa.

O mais ativo inimigo da liberdade econômica, hoje, é um consórcio disforme, sem comando definido, que age por fora e por cima de partidos políticos. Sua meta é limitar, dificultar e quando possível anular os mecanismos de produção hoje em vigor no mundo. São milhares de grupos que trabalham em projetos apresentados ao público como essenciais, segundo os seus critérios de “bem” e de “mal”, para a melhoria da qualidade de vida na sociedade moderna. Chamam de “causas” os desenhos que fazem de como o mundo deveria funcionar. Estão presentes de forma maciça em toda a mídia mundial, onde transmitem uma imagem de cruzados em luta para salvar o planeta, nas organizações internacionais, nos departamentos de marketing e nas diretorias de multinacionais assustadas, em governos, em dezenas de milhares de ONGs, nas escolas — enfim, em virtualmente todos os lugares em que possam exercer alguma influência. Não são um sistema lógico de ideias; são uma religião.

Em primeiro lugar, na linha de vanguarda dessa confederação, vêm as mil diferentes modalidades de ambientalistas. São, para resumir a ópera, contra praticamente tudo que esteja ligado de alguma forma à atividade de produzir. São contra a indústria automobilística, porque ela gera emissão de carbono — assim como tudo aquilo que se movimente ou funcione com base em “energia suja”. Também são contra as usinas hidroelétricas que produzem energia limpa, a mais limpa disponível no mundo — pois elas interferem com os rios, estressam os peixes e provocam, a seu ver, todo tipo de desequilíbrio ecológico. São contra estradas, túneis, viadutos. São contra fábricas velhas, que poluem a atmosfera, e também contra as novas, que vão poluir. Na verdade, e como questão de princípio, são contra toda a atividade industrial — se saiu de alguma linha de montagem, ou de um processo automático, deve ser banido. São contra, talvez mais do que tudo, a agricultura moderna — que só consegue alimentar bilhões de pessoas por ser extensiva, mecanizada, tecnológica, resistente a pragas e de alta produtividade. Suas propostas, para substituir isso tudo, são o artesanato, a alimentação orgânica, a vida em comunhão com a natureza e por aí afora — ou algo equivalente à essas coisas.

Aos ambientalistas se juntam os movimentos pelo “fim das fronteiras” ou pela liberdade de imigração. São seus aliados os defensores da “relativização” da identidade nacional de cada país — as nações, segundo eles, deveriam reduzir suas exigências quanto à independência, tender à adoção de leis internacionais e abrir mão de valores próprios. Há os pregadores de uma “maior aceitação do islamismo” por países cristãos, os “animalistas” e toda uma constelação de entidades, grupos ou seitas com objetivos disparatados, mas com a suprema ideia comum de que “o capitalismo fracassou”.

São esses os revolucionários de hoje. Podem se revelar apenas um incômodo. Mas a cada dia vão fazer mais barulho — e levar muitas coisas a mudarem na economia.

domingo, 13 de outubro de 2019

JANJA É A “DONA DO PEDAÇO” DO PT E DO LULA...





Jefferson Coppola

Chegou a “DONA DO PEDAÇO”. É o que sussurram os petistas quando a socióloga Rosângela da Silva, a Janja, noiva de Lula, irrompe entre as centenas de pessoas que se acotovelam na porta da Polícia Federal de Curitiba, no distante e frio bairro de Santa Cândida. Lá, evidentemente, ela dispõe de passe-livre. No PT, Janja está mais do que à vontade. Ela é a nova mandachuva do partido. Com o aval do ex-presidente petista, com quem deve se casar em breve, a socióloga distribui ordens, enquadra dirigentes partidários, dá orientações a Fernando Haddad e Gleisi Hoffmann, presidente da legenda, e até faz as vezes de tesoureira informal, ao se ocupar de questões de natureza financeira. Empoderada, Janja, nos últimos dias, avocou para si uma nova missão: a de preparar o PT para o pós-Lula Livre — o que ela e todos os petistas acalentam.

Na condição de porta-voz do ex-presidente, a socióloga foi quem transmitiu aos correligionários que o futuro marido não admitiria a progressão da pena para o regime semiaberto. “O presidente não quer deixar a cadeia com tornozeleira eletrônica: isso ele não admite de forma alguma”, disparou ela. “A liberdade não virá assinada pelos que fraudaram a Justiça”, reforçou a noiva em suas redes sociais no último dia 29 de setembro, ao comentar o pedido do Ministério Público Federal do Paraná, assinado pelo procurador da República, Deltan Dallagnol. O primeiro a receber a informação foi o ex-prefeito de São Paulo, Fernando Haddad.

O presidenciável da legenda acostumou-se rápido com estilo Janja de ser e agir. Desde a campanha os dois tocam de ouvido, mas Haddad ouve mais do que fala. Ela, ao contrário, fala mais do que ouve. A relação com a nova toda-poderosa do PT é regida por uma lógica simples. Basta entender que “Janja é Lula”, e tudo está resolvido. O mesmo se aplica quando Rosângela da Silva participa das reuniões da cúpula do PT em Curitiba e em São Paulo. Nos encontros em que Janja tem voz ativa, já se discute o futuro da legenda a partir da tão sonhada liberdade de Lula. O partido se prepara para um novo confronto contra Jair Bolsonaro em 2022. É o adversário dos sonhos.

A aposta no petismo é que o bolsonarismo chegará às vésperas do pleito em processo avançado de deterioração. A confirmar o cenário, o tom será de radicalização, dissemina Janja. Além de Haddad, Emídio de Souza, ex-presidente do PT de São Paulo, e o deputado Paulo Pimenta (RS), líder do PT na Câmara também já estão habituados com as orientações da nova primeira-dama. As recomendações estendem-se a Francisco Rocha da Silva, o “Rochinha”, um dirigente histórico do PT, que fundou o partido com Lula e nunca mais deixou a direção partidária, transformando-se num lulista incorrigível.

FIEL ESCUDEIRA

Em suas incursões no PT, Rosângela da Silva é escudada por Neudicléia Oliveira, a Neudi – chefe do Movimento de Atingidos por Barragens (MAB), abrigado no PT quase como uma corrente interna, em patamares semelhantes ao do MST. Ela atua como uma espécie de ajudante de ordens de Janja. Neudi faz de tudo: paga até contas do casal e depois as cobra do PT. Para custear pequenas despesas, Neudi vale-se do “lucro” das barraquinhas que o MAB explora na porta da PF, onde são vendidas de água a camisetas do movimento “Lula Livre”.

Neudi, ao lado de Marco Aurélio Marcola, advogado e funcionário do Instituto Lula, que se auto-proclama “chefe de gabinete” do ex-presidente, são os responsáveis por montar uma espécie de cordão de isolamento à sala-cela de Lula em Curitiba, toda vez que Janja vai visitá-lo. Depois que a noiva passa pela catraca que dá acesso ao quinto andar, pavimento onde o petista está detido, Neudi e Marcola não deixam mais ninguém entrar. Nem mesmo os cinco filhos do presidente, que só alcançam Lula com a expressa autorização de Janja. Não por acaso, A MAIORIA DOS REBENTOS TORCE O NARIZ PARA A FUTURA ESPOSA. A exceção é Lurian, filha mais velha, que virou a “queridinha” da socióloga, a ponto de elogiá-la publicamente.

O grupo dos petistas mais ligados a Rosângela da Silva foi batizado de “PANELINHA”. A turma se reúne em Curitiba praticamente todas as quintas-feiras, dia de visitas na federal. Há, no local, todo um esquema de proteção a eles. Por exemplo, só os integrantes da “PANELINHA” podem entrar no prédio da Polícia Federal quando chove. Já os companheiros do MST e do Movimento de Atingidos por Barragens ficam ao relento mesmo, faça chuva ou sol. Por isso, as vigílias estão encolhendo cada vez mais. Hoje, não reúnem mais do que 30 pessoas por dia. Antes, eram centenas. No início, até milhares. Agora, o público só aumenta quando as “celebridades” comparecem ao local para visitar o petista. “Nesses dias enche de gente. Vêm assessores dos deputados do PT de Brasília e aqui do Paraná mesmo. São militantes do partido e da CUT de Curitiba, além do pessoal do MST e do MAB”, contou uma fonte à ISTOÉ. Um dos momentos mais badalados, e de glória para Janja, foi o último dia 19, quando o compositor Chico Buarque de Hollanda encontrou-se com o amigo preso. Durante a visita, o músico, considerado um ícone na esquerda, foi ciceroneado o tempo todo por Janja, que não se conteve de alegria.

No início da noite, com a socióloga e Ricardo Stuckert — fotógrafo e amigo pessoal do ex-presidente Lula — à frente, O GRUPO INVARIAVELMENTE SAI PARA JANTAR, SEMPRE COM FARTURA DE COMIDA E BEBIDAS, INCLUINDO CERVEJA À VONTADE E VINHOS DE R$ 500 À GARRAFA. Um desses jantares aconteceu recentemente no Bar Jacobina, em Curitiba, com a presença de Emídio de Souza e Haddad. O encontro serviu para embalar a solenidade dos 500 dias de Lula preso. Ao presidenciável coube dedilhar o violão. O timbre, não raro, com traços de rouquidão não o impediu de soltar a voz: Haddad foi também o cantor oficial do convescote.
Janja e Stuckert estavam acomodados na primeira fila da seleta mesa. Ao redor, Marcola e a mulher Nicole. A despesa foi paga por Florisvaldo Souza, tesoureiro do PT. Na verdade, o partido banca os custos de toda a estrutura da campanha “Lula Livre” em Curitiba e País afora. Conforme revelou ISTOÉ em reportagem de julho deste ano, BOA PARTE DESTE DINHEIRO É PÚBLICO E ORIUNDO DO FUNDO PARTIDÁRIO. Incluindo as passagens aéreas para deslocamentos a Curitiba, adquiridas junto a uma agência de viagens pertencente a Marta Romano e Otávio Augusto. O diretor da empresa, Cláudio Kabne, é quem atende os integrantes da turma de Janja.

Na campanha de Fernando Haddad a presidente da República, Kabne ajudou nas viagens do petista pelo Brasil, em especial, na reta final da eleição. Àquela altura, Janja integrava a comitiva do candidato e já dava as cartas em nome de Lula. Quando, no segundo turno, Haddad coloriu a bandeira petista de verde e amarelo e reduziu as idas a Curitiba na tentativa de se dissociar de Lula (ao menos publicamente), Janja era quem lhe confiava as preciosas orientações do ex-presidente. Inclusive sobre como amealhar recursos para a campanha. Dinheiro não faltou e, pelo visto, não faltará aos projetos eleitorais do partido para 2020 e 2022.

Recentemente, a equipe liderada por Rosângela da Silva ganhou um reforço de peso: a milionária Rosane Gutjahn, cujo marido foi um dos 154 mortos no acidente da Gol no Mato Grosso em 2006. A viúva rica “abraçou” a causa Lula e estaria doando R$ 100 mil por mês ao grupo. Recentemente, ela arrematou todas as fotos que Ricardo Stuckert expôs num leilão em Curitiba a fim de arrecadar dinheiro para o movimento. Rosane doou as fotos depois para os próprios petistas, incluindo Paulo Okamoto, presidente do Instituto Lula, e Gleisi Hoffmann, presidente nacional do PT.

GLEISI NO CÓRNER

Glesi, a propósito, foi quem mais perdeu com a ascensão de Janja ao Olimpo petista. Apesar de também morar em Curitiba e ter sido habituê nas visitas à sala-cela de Lula, “ELA FOI JOGADA PARA ESCANTEIO” por Rosângela, asseguram fontes petistas. Para se ter uma ideia da confusão, a ex-senadora teve de alterar os hábitos para não ter de “trombar” com a noiva do ex-presidente: só visita Lula às sextas-feiras, na condição de advogada, e não mais às quintas, quando a “panelinha” de Janja costuma dominar o ambiente. Ninguém sabe ao certo o motivo da rusga. Em tempos de PTinder, há quem diga que Gleisi despertaria ciúmes em Janja. O fato é que não deu “match” entre as duas. Não só. O ex-senador Lindberg Farias (RJ) é outra persona non grata no PT que se curva aos desígnios de Rosângela da Silva. Em meio ao evento dos 500 dias da prisão de Lula houve um entrevero entre os dois. Lindbergh queria ser um dos que subiriam ao palco para proferir um discurso. Foi admoestado por Neudi, a pedido de Janja. “O Lind não vai discursar”, sentenciou Neudi, cumprindo ordens da nova primeira-dama.

Ao menos enquanto Lula estiver preso, será difícil saber até onde os desejos manifestados por Janja expressam as vontades de Lula. Pelo sim, pelo não, a maioria a respeita. A socióloga — todos concordam — faz de tudo para agradar o futuro marido. Desde que assumiram o noivado, ela passou a controlar até mesmo sua alimentação. Não deixa mais o petista se servir da comida da cadeia, embora seja de excelente qualidade — trata-se do mesmo cardápio dos delegados da Superintendência da PF. Agora, Lula só se alimenta da quentinha preparada por Eduardo, o dono do Empório Zambrano, restaurante instalado defronte o prédio da PF. Zambrano é casado com uma funcionária da PF e é querido por todos, Janja incluída. O que mais dá prazer a Eduardo é preparar o prato preferido do ex-presidente: bife a cavalo com ovos mal passados.

O fotógrafo Ricardo Stuckert, que também goza de prestígio no local, tem um prato com seu próprio nome. O recinto dedicado às refeições tem o sugestivo nome de “Espaço Marielle”. OS PREÇOS É QUE SÃO MEIO SALGADOS PARA OS MILITANTES: UMA CERVEJA CUSTA R$ 8. MAS COMO É NEUDI QUEM ASSINA AS CONTAS DE LULA, COM DINHEIRO DO PT E DAS BARRAQUINHAS DO MAB, NÃO HÁ PROBLEMA ALGUM. Janja também tem renda própria. Como funcionária da Itaipu Binacional, ela ganha R$ 17,5 mil por mês. Rosângela foi alçada ao cargo por Gleisi Hoffmann, quando ela era diretora financeira da estatal, cumprindo ordens de Lula, claro. Recentemente, os 142 funcionários de Itaipu em Curitiba foram transferidos pelo presidente Jair Bolsonaro de volta a Foz do Iguaçu, sede da estatal.

Janja segue lotada na estatal, mas não se sabe onde realmente ela presta expediente e durante quantas horas por dia. As horas ela conta para “poder viver seu amor” com Lula na plenitude. “Vou me casar virgem”, brincou o ex-presidente, ao lembrar que não pôde manter relações sexuais com a socióloga na cadeia. JANJA NÃO É MAIS VIRGEM. DA POLÍTICA PARTIDÁRIA.