sábado, 20 de março de 2021

O GENOCIDA BUNDA SUJA, AO JUNTAR-SE COM SEU GADO PERTENCE AO GRUPO DA "AL QAEDA" ESTÃO FAZENDO AMEAÇA EXPLÍCITA AO ESTADO DEMOCRÁTICO DE DIREITO

 


Reinaldo Azevedo


O presidente Jair Bolsonaro fez a sua "Live Al Qaeda" de ontem falando manso, quase baixo. Jogo de cena. Note-se que, como é quem é, fez uma caricatura de uma pessoa sufocada pela Covid-19. Tentou ser engraçado. Impossível não trazer a memória o que diz a literatura especializada sobre a falta de empatia dos psicopatas. Se o presidente não é um deles, ele os imita muito bem. Ademais, como sabem, psicopatas bonzinhos, que só se insurgem contra os maus, é coisa de ficção. O segredo do sucesso da serie "Dexter" — quem não conhece pode pesquisar — é excitar na imaginação do espectador delírios punitivos, mas só contra os maus, como em alguns filmes de Tarantino. Acho um sentimento  perigoso. Na vida real, os congenitamente maus não selecionam seus alvos. Apenas cuidam de seus próprios interesses. Adiante.


O governo realmente recorreu ao Supremo com uma Ação Direta de Inconstitucionalidade para que o tribunal revise matéria já votada, com um resultado de 11 a zero contra a pretensão do governo. Decisão: Estados e municípios têm competência concorrente para adotar medidas de restrição de circulação e outras. A decisão se ancora na Constituição. Mais: fez-se uma interpretação, conforme a Carta, da Lei 13.979, votada pelo Congresso e sancionada pelo próprio Bolsonaro, que regulamenta tal competência.


Como não é possível atacar por meio de uma ADI os decretos país afora a que recorrem, no desespero, governadores e prefeitos, o truque consistiu em recorrer contra medidas adotadas no Distrito Federal, Bahia e Rio Grande do Sul. Caso venha a ser bem-sucedido, criar-se-ia jurisprudência para o resto do país. O governo já tentou ter o monopólio dessas ações por meio da Medida Provisória 926. Não conseguiu. Por 11 a zero.


O presidente anunciou o recurso na live de ontem. Fez ameaças, como já vimos aqui. Voltou a fazê-las nesta sexta em conversa com seus apoiadores. Falou em "medida dura": "Que que é (medida) dura? É para dar liberdade pro povo, é para dar o direito do povo trabalhar. Não é ditadura não, uns hipócritas aí falando de ditadura o tempo todo, uns imbecis. Agora, um terreno fértil para ditadura é exatamente a miséria, a fome, a pobreza, onde o homem com necessidade perde a razão. Estamos esperando o quê? Vai chegar o momento, eu gostaria que não chegasse esse momento, vai acabar chegando."


Achando pouco, votou a incitar seus seguidores contra governadores e prefeitos. Repetiu a expressão "meu Exército". "Jamais adotaria o lockdown no Brasil. E digo mais como também já disse: o meu Exército não vai para a rua para cumprir decreto de governadores. Não vai. Se o povo começar a sair [de casa], entrar na desobediência civil, não adianta pedir Exército, que o meu Exército não vai. Nem por ordem do Papa, não vai".


A população está com medo da Covid-19, no que faz muito bem. Mais de 70% dos ouvidos em pesquisas aprovam medidas de restrição de circulação. Os únicos que ameaçam recorrer a ações violentas são partidários do próprio presidente, que ele convida agora, ainda que de maneira oblíqua, para a ação direta. E depois diz que "seu Exército" — que ele privatizou — não combateria eventuais ações violentas.


O Artigo 142 da Constituição prevê que, em caso de grave ameaça à segurança pública, as Forças Armadas podem atuar como subsidiárias das forças policiais, a pedido de qualquer dos Poderes da República. Na prática, o presidente está dizendo que, caso ele próprio concorde com uma eventual e grave agressão à ordem, as Forças Armadas nada fariam. Ao contrário: ele ameaça empregá-las — e só assim imporia "medida dura" — para garantir o seu ponto de vista, que é minoritário. E menor a cada dia, diga-se


ESTIMULA O DESASTRE E CRITICA OS EFEITOS -  O grande responsável pelo caos que vivemos é Jair Bolsonaro. Já sabem disso 42% dos brasileiros, segundo pesquisa Datafolha. Ficará crescentemente claro que é assim. Ao estimular o desrespeito a qualquer padrão de distanciamento social, ele contribuiu para levar o sistema de Saúde ao colapso. Já morrem pessoas por falta de oxigênio também no Rio Grande do Sul. O setor opera no limite. Em breve, o país pode virar uma Manaus continental.


Bolsonaro finge — porque sabe que é mentira — que as dificuldades, inclusive as econômicas, em curso decorrem de um "lockdown" que nunca existiu. Na live desta quinta, ele já deixou claro qual é seu ideal de vida — que é também de morte: vida normal e sem máscara. Sim, ele voltou a dizer que, em transportes coletivos lotados, a proteção não serve para nada, o que é uma mentira estúpida.


Na conversa com apoiadores, em que ameaçou com golpe, afirmou: "Espero que essa minha ação no Supremo Tribunal Federal no dia de ontem... que os decretos falam em simplesmente toque de recolher... O que é toque de recolher? Só em países ditatoriais. Estão aqui aplicando a legislação do estado de sítio prevista na Constituição, que não basta eu decretar estado de sítio, o Congresso tem que validar embaixo. E governadores e prefeitos humilhando a população, dizendo que estão defendendo a vida deles. Ora bolas, que defendendo a vida, estão matando essas pessoas".


Como se nota, a responsabilidade sobre o desastre em curso, para ele, recai sobre os ombros de quem tentou evitar o caos. Milhares de pessoas aguardam à espera de uma vaga nas UTIs. Medicamentos estão chegando ao fim. Associar toque de recorrer à noite a "estado de sítio" ou de "defesa" não é só uma mentira. É também uma burrice.


Reitero: ele, sim, está tentando cavar uma oportunidade para botar a tropa na rua. Sempre quis isso. Começou a fazer pregação golpista em 2019, quando nem oposição organizada a seu governo havia ainda. O que o atrapalhava era a simples existência de outros dois Poderes na República.


PODERES DE BICO FECHADO -  Até agora, nem o presidente do Supremo, Luiz Fux, nem os respectivos presidentes das Câmara e do Senado, Arthur Lira e Rodrigo Pacheco, soltaram um pio. Devem achar que, se fizerem como o avestruz não faz -- enfiar a cabeça no buraco --, a coisa passa.


Andrea Sadi informa em seu blog que Fux ligou para Bolsonaro porque teria recebido "informações desencontradas" (hein?) sobre declarações do presidente... Como está no Rio, teria indagado ao presidente se seria o caso de voltar a Brasília.

Como é que é? Em vez de uma declaração forte e necessária em defesa da Constituição, esse papinho furado?. Bolsonaro pretende que suas ameaças funcionem agora como o tuíte do general Villas Bôas funcionou no dia 3 de abril de 2018 para manter Lula na cadeia: ou o Supremo faz o que eu quero, anulando a si mesmo, ou viro a mesa.


Vira mesmo? Ainda que contasse com celerados que aceitassem a empreitada, duraria quanto tempo? A propósito: como o nosso "arauto da liberdade" garantiria o direito de todo mundo ao trabalho? Empurrando-os para morte debaixo de baionetas? Essa era já tem a sua imagem-símbolo: o presidente, na live, a fazer pouco caso de um doente sufocado pela Covid-19.


@@@ - A manchete e imagem não fazem parte do texto original. 

sexta-feira, 19 de março de 2021

A CARCAÇA PODRE DO SEBOSO DE CAETÉS, AGORA É QUE VOLTOU A MENTIR... XÔ, CARNIÇA!!!

 



Mário Sabino

A entrevista que Lula deu ao jornal francês Le Monde é prova de que prisão curta dificilmente tem efeito reeducativos.  Os petistas elogiam a entrevista como muito “didática”. De fato, o didatismo sobre a capacidade de Lula mentir é evidente.


Tanto a entrevista ao jornal Le Monde como a aparição de Lula na CNN americana, no programa de Christiane Amanpour, fazem parte da velha, mas eficaz, estratégia do PT e da esquerda em geral: usar as conexões internacionais na imprensa para promover-se, vitimizar-se ou ambos, a depender da necessidade. Depois de Estados Unidos e França, eu chutaria que as próximas entrevistas de Lula serão a jornais da Espanha, Alemanha, Itália e Reino Unido. Vamos ver se os assessores petistas cumprirão diligentemente a agenda, como deve ser.


Mesmo que os jornais estejam povoados de militantes sobre os quais não temos dúvidas, apenas certezas, Lula solto voltou a ser um personagem relevante, embora não mais tão interessante ao leitor estrangeiro. A entrevista foi publicada no jornal Le Monde às 10h58, horário francês, e até este momento, 12h29, horário brasileiro, o aplicativo do jornal do qual sou assinante não mostra nenhum comentário. É bom os petistas tomarem logo providências.


Na entrevista publicada hoje, Lula mente sobre a Lava Jato, para não variar, dizendo que Sergio Moro e os procuradores que o denunciaram se comportaram com “gângsters” e que “hoje a verdade está sobre a mesa”. Nenhuma palavra — e também nenhum pergunta — sobre os bilhões desviados da Petrobras. Não há mais nem a necessidade de dizer que ele não sabia de nada. Outra mentira repisada: a que “a decisão do juiz Edson Fachin, no início de março, provou a minha inocência, com cinco anos de atraso”. Fachin não declarou Lula inocente, somente facilitou o caminho para que os crimes de Lula prescrevessem, ao declarar que Sergio Moro era incompetente para julgar o petista. Roubaram a verdade e a mesa.


Lula também mente ao afirmar que “honestamente” não sabe se será candidato a presidente em 2022. Honestamente, ele é candidato e já está em campanha. Está tão em campanha que, ao contrário daquele Lula radical da presepada de 7 de abril de 2018, quando ele ensaiou resistir à prisão, em assembleia permanente e indecorosa na sede do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, agora novamente se apresenta como o presidente que governou “também para os banqueiros e os empresários”. E afirma que o seu vice, José de Alencar, era “empresário trabalhador, honesto, vindo de uma partido de centro-direita, que foi o melhor vice-presidente que este planeta já conheceu!”. É o Lula de centro, da Carta aos Brasileiros, doido para voltar ao Planalto e para deixar os Guilhermes Boulos úteis pelo caminho.


Quando perguntado sobre o fato de a esquerda brasileira não ter produzido “novos dirigentes da mesma estatura sua”, o petista faz uma comparação futebolística, também para não variar (ele já havia feito outra antes, ao dizer que o PT era como o Paris Saint-Germain): “Quanto tempo foi necessário para que a França produzisse um Kylian Mbappé ou um Zidane? Muito tempo, não? A política, é a mesma coisa. Foi necessário pelo menos um século para que as esquerdas europeias produzissem um François Mitterrand ou um Willy Brandt. Demora! Mas eu lembro que o PT dispõe de muitas figuras importantes, que poderiam muito bem ser candidatos à eleição presidencial. Esse partido é um produtor de talentos, desde a antiga presidenta Dilma Rousseff até o ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad”. Ter Lula Mbappé e as suas comparações futebolísticas de volta é mesmo doloroso, especialmente para explicar como ele se acha incomparável. A falsa modéstia é uma virtude que Lula, o criador de postes (e Deus nos livre deles), não tem.


Perguntado sobre por que falou tão pouco de ambiente na sua última entrevista à imprensa brasileira (eu chamaria de comício), ele respondeu que o desmatamento na Amazônia atingia 27 mil quilômetros quadrados por ano e que “nós baixamos essa cifra para 4.000 km2. Nós conseguimos reduzir os gases do efeito estufa em 69%. Nós criamos 114 zonas de preservação ambiental, um Instituto Nacional de Pesquisa Especiais, o Inpe, para controlar o desmatamento e os incêndios. Bolsonaro terminou com esse instituto porque ele não queria diminuir os incêndios”. Antes de mais nada, o Inpe existe desde 1961, não foi Lula que o criou, e o instituto controla os incêndios na Amazônia desde 1988, quando o presidente era José Sarney, como mostra a série histórica que o próprio instituto mantém no ar. O Inpe foi alvo de Bolsonaro, mas não foi extinto, como pode supor o leitor francês pela resposta de Lula. Quanto ao desmatamento na Amazônia, em 2003, primeiro ano do primeiro mandato do petista, o Inpe registrou a destruição de 25.396 quilômetros quadrados. Em 2004, esse número subiu para 27.772 quilômetros quadrados, a segunda maior da série histórica; em 2005, diminuiu para 19.014 quilômetros quadrados. Foi nesse momento, se bem me lembro, que a Veja publicou uma reportagem de capa sobre como o PT estava destruindo a Amazônia. A tendência foi de queda a partir de 2005, mas durante o governo Lula somente em 2009 e 2010 a cifra ficou abaixo de 10.000 quilômetros quadrados, passando à casa dos 7.000 quilômetros quadrados. Ou seja, durante a maior parte do governo do chefão petista, o desmatamento na Amazônia manteve-se acima do verificado em 2019, primeiro ano de mandato de Bolsonaro, quando a barbárie voltou a crescer e atingiu 10.129 quilômetros quadrados. Os dados são do Inpe, lembre-se, aquele instituto que Lula não criou, que começou a medir o desmatamento na Amazônia no governo de José Sarney e que não foi extinto sob o atual presidente.


Lula foi muito didático, ainda, ao dizer que a cultura do ódio surgiu com Bolsonaro, que o povo brasileiro foi “bombardeado, nesses últimos anos, por um discurso de ódio e fanatismo que negou a política. Antes, se encontrávamos um adversário político do Brasil num restaurante, a gente apertava a mão. Hoje, arriscamos tomar um tiro de fuzil! É preciso desmontar tudo isso. A democracia, é o oposto: é a civilidade, a maturidade”. Foi com o petista na presidência que o discurso de “nós contra eles” ganhou intensidade. Foi com o petista na presidência que foram financiados blogs sujos para atingir oponentes políticos e jornalistas que apontavam os crimes do PT e do próprio Lula. Foi com o petista na presidência que dossiês falsos eram criados para tumultuar o processo eleitoral. Foi com o petista na Presidência que a democracia foi sabotada com a compra de parlamentares a baciada e campanhas eleitorais financiadas com dinheiro roubado. Foi com o petista na  presidência que se tentou criar um Conselho Federal de Jornalismo para amordaçar a imprensa. Foi com o petista na presidência que eu fui indiciado pela PF lulista, como redator-chefe da Veja, a mando do ministro da Justiça que funcionava como advogado de defesa de Lula. O sociopata atual deu continuidade formidável ao trabalho iniciado pelo mitômano.


Surfar nas enormidades assassinas de Jair Bolsonaro é fácil, basta dizer o óbvio sobre as medidas de enfrentamento da pandemia, assim como Lula fez na entrevista; difícil é reeducar-se em prisão curta interrompida por decisão do STF, o tribunal que propiciou a um criminoso condenado em três instâncias inaugurar a categoria de ex-condenado — e, desse modo, avacalhar a Justiça brasileira na imprensa internacional, para dizer o mínimo.


@@@ - A manchete e imagem  não fazem parte do texto original. 


PLENO DO TSE VAI MARCAR NOVA ELEIÇÃO PARA CAPOEIRAS, QUE MAIS UMA VEZ TERÁ UM CANDIDATO DE MÃOS LIMPAS

 



Por Altamir Pinheiro


O mãos sujas Dudu, definitivamente,  se despediu da política de Capoeiras por receber uma grande e justa punição do TRE-PE e do TSE-DF, quando foi barrado pela justiça eleitoral por não ter zelo com a coisa pública e NÃO rezar na cartilha da honestidade,   quando foi prefeito entre 2013 a 2016. A JUSTIÇA ELEITORAL DISSE NÃO A DUDU!!! Em Pernambuco, ele levou uma surra de 6 X 0 dos desembargadores, já em Brasília, tudo indica que o placar será de 7 X 0, aplicado  pelos ministros do TSE. Quer dizer, nos dois casos   ele perderá por unanimidade. Ou seja,  foi humilhado perante o seu povo e ainda ficou com um carimbo na testa onde se lê: DESONESTO!!!


O Blog Capoeiras acabou de informar que até o momento votaram negando provimento ao recurso apresentado pela defesa de Dudu, os Ministros: Edson Fachin (Relator), Alexandre de Moraes, Luiz Felipe Salomão, Mauro Campbell, e Tarcísio Vieira de Carvalho. Faltam os votos dos Ministros: Sergio Banhos e Luís Roberto Barroso. Daí, deduz-se que, a decisão final deve ser proferida ainda nesta sexta-feira quando será BATIDO, eleitoralmente falando, o último prego do caixão  sepultando de uma vez por toda a pretensão do candidato ficha-suja governar o município de Capoeiras. Portanto,  Dudu despede-se melancolicamente da política de sua terra  por ficar impedido de se candidatar a qualquer cargo eletivo durante oito longos  anos. 


Diante de todas essas mazelas, tome uma atitude coerente, eleitor!!! Vote com sua consciência limpa e pura. Candidato ou candidata  apoiado por  ficha-suja deverá ficar de  fora da nova eleição que  será marcada logo, logo. Este é o sentimento e o desejo que deve predominar em uma parcela significativa do povo de Capoeiras que tinha certeza que Dudu seria barrado pela lei eleitoral.  Eleitor, nessa nova eleição, não deixe de votar, não vote em branco nem anule o voto. Faça uma escolha consciente para prefeito  que tenha as mãos limpas. A eleição que será  remarcada para este ano de 2021  determinará o futuro de Capoeiras para os próximos 3 anos e meio. É  fundamental que cada eleitor faça a sua opção de modo consciente e com seriedade. De uma vez por toda, fique atento e diga NÃO ao candidato ou candidata que será apoiado pelo ex-prefeito cassado pelo TSE por possuir as mãos sujas ao misturar o dinheiro dele com o da prefeitura e depois não saber tirar o seu...


É bom que se diga que, nesses últimos 20 anos surgiu no cenário político de Capoeiras, uma dupla,  então jovens NENÉM & NEIDE, esse casal governou o município por quase duas  décadas e, juntos, goste-se ou não deles, o casal em muito contribuiu para com o desenvolvimento de sua terra natal. Com o término do ciclo dos dois,  Capoeiras precisa enveredar pelo caminho ou a procura  de uma  nova liderança e o posto hoje está vago. Elegendo-se prefeito nas eleições vindouras, a novidade deste pleito é, sem sombra de dúvidas, o empresário Nego do Mercado. Para se transformar num líder político o candidato a prefeito pelo PSB precisa se eleger  para conhecer o poder e se consolidar, porque como gestor de seus empreendimentos ele já mostrou alta capacidade pela sua vitoriosa trajetória de empresário local.


Ontem,  quinta-feira(18),   em um depoimento corajoso  de pouco mais de 20 minutos, em que  o ex-prefeito Neném deu na rádio local, quando afirmou que em Capoeiras, a verdade deu de goleada na  mentira. E que mais uma vez  a Justiça comprovou o que ele sempre vinha pregando   sobre o desastrado  ex-candidato  Dudu que não pode mais se candidatar a nadica de nada. Na verdade, corajosamente, Neném rasgou o verbo e botou pra lascar a tampa do tabaqueiro tanto nas falcatruas do mãos sujas  Dudu,  como de seu filho, pois só não os chamou de santo, mas do resto saiu de um tudo.



quinta-feira, 18 de março de 2021

VICENTE CELESTINO; O ÉBRIO QUE JAMAIS BEBEU EM TODA SUA VIDA



Por Altamir Pinheiro


Para começo de conversa, assim como Elvis Presley, Vicente Celestino era abstêmio. Os dois tinham pavor a bebida alcoólica, o máximo que bebiam era uma única taça de vinho nas quatro festas do ano.  Em sua biografia consta que é  de sua autoria a música que o tornou conhecido através dos tempos: "O Ébrio", que foi transformado num dos filmes de maior bilheteria do país em 1946, dirigido por sua esposa Gilda de Abreu. Também são suas as músicas "Ouvindo-te", "Coração Materno", "Patativa" e "Porta Aberta". Tendo cantado sempre no Brasil, foi ídolo de quatro gerações e cantou, sempre em seu estilo com o vozeirão de tenor, mesmo músicas mais modernas e de caráter intimista, como canções de bossa nova "Se Todos Fossem Iguais a Você". Em pleno tropicalismo.


O jornalista e escritor  capoeirense radicado há muito tempo  em Garanhuns, Roberto Almeida,   que é um bom crítico de cinema,  música e literatura, através de suas pesquisas nos confirma que  Antônio Vicente Celestino nasceu no Rio no final do Século XIX  e morreu em São Paulo, às vésperas de completar 74 anos, em 1968. O artista, que tinha voz de tenor e muitos o queriam vê-lo cantando ópera, teve uma das carreiras mais longas do Brasil. Foram 54 anos interpretando suas canções pelo país, sem nunca ver diminuída sua popularidade. Cantou em festas, serenatas, restaurantes, até passar pelo teatro e chegar à popularidade com o lançamento dos primeiros discos. Gravou na fase “mecânica” da canção, depois na fase “elétrica”, produzindo 137 discos em 78 rotações, 31 LPs e mais 10 compactos, com mais de 300 músicas.


Falando-se de O Ébrio, no telão, a película cinematográfica O Ébrio é um dos maiores sucessos de bilheteria do cinema brasileiro. Estima-se que tenha sido vista por mais de 12 milhões de pessoas desde seu lançamento. Baseia-se na canção homônima de Vicente Celestino  que tocou  nas rádios pela primeira vez no ano  de 1936. A música completou 85 anos de lançada e o filme 75. O Ébrio, que teve como protagonista o próprio Vicente Celestino e na direção, sua esposa Gilda Abreu, lançado no final do ano de 1946, diga-se de passagem,  foi um dos filmes mais populares do Brasil, ficando duas décadas em cartaz e também o filme brasileiro do qual mais cópias se tiraram na época (500). No período de lançamento, superou com facilidade a bilheteria em Farrapo Humano, de Billy Wilder.


No campo musical, sua inigualável voz de tenor, fizeram com que o povo o elegesse como “A Voz Orgulho do Brasil”. Vicente Celestino tinha um potencial de voz  tão grande que nos teatros que ele se apresentava não usava microfone. Aliás, como nos conta o publicitário Túlio Ceci Villaça, em estúdios ele dava as costas ao microfone e cantava para as paredes para não haver interferência no som. Afinal,  na época não tinha tantos recursos e nada de tecnologia. De longe um dos  mais importante intérprete da música popular brasileira, possuía uma  voz de tenor. Quer dizer, a única maneira de conseguir gravar sem abandonar seu estilo foi virar de costas, e passar a gravar voltado para a parede.


Naquela época, cantor que se prezava  tinha voz e não precisava de calça jeans justa e camisa xadrez com mangas dobradas nem se dopar com anabolizante, tinha que ter gogó. No caso do Ébrio ou de toda  música boa ela  é atemporal. Tanto faz  se estamos  ouvindo em 2021 ou 2071, é indiferente. É por essas e outras que a letra  de O Ébrio é uma  pérola!!! Quem presta atenção nesta música, fica emocionado e muitos chegam a chorar. Ela tem uma declamação no disco original que traz toda a história do Ébrio. A pena que faz é essa baita voz ser  esquecida no tempo em  um país sem memória. Na Argentina, Carlos Gardel teve seu reconhecimento,  já no Brasil  Vicente Celestino foi quase que esquecido.


Pois bem, o  baiano Gerivaldo Neves que é Juiz de Direito e Psicólogo, levanta uma tese bastante interessante quando afirma com todas as letras que geralmente  as pessoas são solidárias, PRINCIPALMENTE A ALA MASCULINA, tanto na traição quanto no alcoolismo. Basta ver que, há 85 anos, o cantor Vicente Celestino gravou uma canção que se transformaria em um clássico de estrondoso sucesso por várias décadas: Na letra e melodia de O Ébrio muitas gerações de ébrios por este Brasil afora se solidarizaram com a história desse homem e cantaram essa música com forte emoção, como se fosse a sua própria história.


O Ébrio, em sua letra   nos mostra que ela  retrata a história de um cantor de sucesso que teve muitas mulheres, mas que terminava fugindo com outros homens, apesar de lhe jurarem amor eterno.  Nos versos finais da canção, um último pedido: “Quando eu morrer, à minha campa(lápide) nenhuma inscrição. Deixai que os vermes pouco a pouco venham terminar este ébrio triste e este triste coração. Quero somente que na campa em que eu repousar, os ébrios loucos como eu venham depositar os seus segredos ao meu derradeiro abrigo e suas lágrimas de dor ao peito amigo”.


Noutra canção mais recente, também cantada  por ébrios e abstêmios, o pernambucano de Recife,  Reginaldo Rossi,  narra a história de um homem que recebeu uma carta de seu grande amor avisando que iria se casar e, por isso mesmo, em uma mesa de bar, adverte ao garçom: “E pra matar a tristeza, só mesa de bar. Quero tomar todas, vou me embriagar. Se eu pegar no sono, me deite no chão”.


Para ficar apenas em clássicos da música brasileira, Waldick Soriano, também em uma mesa de cabaré, lamenta ao garçom amigo que a formosa dama de vermelho já lhe pertenceu, como se fosse um objeto, e agora morre de ciúmes até do perfume que ela deixa no salão. Novamente, o pedido ao garçom: “Apague a luz da minha mesa, eu não quero que ela note em mim tanta tristeza. Traga mais uma garrafa, hoje eu vou me embriagar. Quero dormir para não ver outro homem em meu lugar”.


Na verdade, o álcool e a embriaguez servem de consolo para homens traídos e abandonados por suas mulheres. Nessas canções, as razões das mulheres não existem e os homens são apresentados como pobres coitados que precisam afogar suas mágoas na cachaça. Até mesmo as antigas marchinhas de carnaval fazem referência à cachaça e ao comportamento de se embriagar como algo natural e divertido. Alguns exemplos: “Pode me faltar o amor (Disto eu até acho graça), só não quero que me falte a danada da cachaça”, na marchinha “Cachaça não é água”, e “Não vai dar? Não vai dar não? Você vai ver a grande confusão que eu vou fazer bebendo até cair. Me dá, me dá, me dá, oi! Me dá um dinheiro aí!”.


Finalmente, a melodia O Ébrio  é de um sentimento de muita profundidade.  A  letra, de poesia espetacular e a voz dele é  de um poder e beleza formidáveis, pois, em nossa retina fica  a imaginar  de esplendor, a magnitude da canção, a voz impressionante que o Vicente Celestino tinha e a mensagem que não deixa de ser atual 85 anos depois de gravada. Vicente Celestino teve suas músicas regravadas por grandes nomes, como Caetano Veloso, Marisa Monte e Mutantes. Essa música conta uma história, nada diferente da vida de muitos que se jogaram na bebida, por algum momento de desilusão. Tornou-se num  verdadeiro hino  dos abandonados, traídos, tristes e infelizes que dormem nas calçadas frias  das marquises da vida...

https://www.youtube.com/watch?v=BFOO-HFoMSg

terça-feira, 9 de março de 2021

AO TIRAR LULA DA FOGUEIRA, SUPREMO SE CARBONIZA



Josias de Souza

Um tribunal chamado Supremo tem o mesmo problema de uma mulher chamada Vitória. A qualquer momento, seu comportamento pode desmentir o seu nome. A supremacia do Supremo convive com a ameaça constante de uma notícia inusitada —como o despacho do ministro Edson Fachin, relator da Lava Jato, que anulou as condenações impostas a Lula, reabilitando eleitoralmente o personagem. Depois dessa decisão, a supremacia do Supremo, já tão diminuta, passou a caber numa caixa de fósforos. Resta-lhe o papel de Ministério substituto da Saúde.


O brasileiro não gosta do que não entende. E a decisão de Fachin é 100% feita de contradição. O resgate de Lula grudou no Supremo a aparência de uma Corte autossuficiente. Ela mesma deu mão forte a Curitiba para julgar Lula, ela mesma autorizou a prisão de Lula, ela mesma revogou a regra que mantivera Lula em cana por um ano e sete meses… Agora, a mesma Suprema Corte retira o aval que concedera a Curitiba para virar Lula do avesso. Anula as sentenças. Entre elas a do tríplex do Guarujá, reafirmada em três instâncias do Judiciário.


Todo esse vaivém pode ser resumido em duas palavras: insegurança jurídica. Anuladas as sentenças, os processos contra Lula voltam à primeira instância, dessa vez na Justiça Federal de Brasília. Alega-se que as condenações de Curitiba podem ser reafirmadas. Lorota. Serão sepultadas. Se não morrerem a golpes de caneta de um juiz de primeiro grau, fenecerão pela prescrição dos crimes atribuídos a Lula: corrupção passiva e lavagem de dinheiro.


O mais inusitado é que coube justamente a Fachin, principal defensor da Lava Jato na Suprema Corte, jogar terra em cima do buraco em que operação se meteu. Alega-se nos subterrâneos que o ministro quis evitar o mal maior: a reabilitação eleitoral de Lula por meio de um veredicto em que a Segunda Turma do Supremo grudaria na testa de Sergio Moro a pecha de juiz parcial. Algo que, na visão de Fachin, empurraria para cima do telhado uma penca de sentenças da Lava Jato.


A manobra pode ter vida curta. Fachin anotou em seu despacho que a anulação da sentença sobre o tríplex do Guarujá torna desnecessário o julgamento do pedido de suspeição de Moro, escorado nas mensagens tóxicas que o ex-juiz trocou com procuradores. O problema é que Gilmar Mendes, responsável por levar a encrenca à pauta da Segunda Turma do Supremo, não parece disposto a abrir mão de esfolar a reputação do ex-juiz da Lava Jato.


Gilmar conta com os votos do lulista Ricardo Lewandowski e do bolsonarista Nunes Marques para formar uma maioria de 3 a 2 contra Moro. Além de reacender a polarização que deve resultar num embate de Lula com Bolsonaro em 2022, a decisão enfraqueceria a articulação para colocar a candidatura de Moro entre os dois.


Nessa hipótese, Fachin terá poupado o trabalho dos advogados de Lula. A defesa nem precisará pedir que a anulação referente ao tríplex seja estendida ao caso do sítio de Atibaia. A menos que o plenário do Supremo reveja a decisão de Fachin, o que parece improvável, Lula vai a 2022 com pose de inocente. Trata-se de uma inocência de fancaria, pois a anulação das sentenças não cancelou as provas.


Fachin rememorou os dados que demonstram que as empreiteiras OAS e Odebrecht financiaram os confortos de Lula em troca de contratos fraudulentos firmados com o Estado. Deve-se a anulação das sentenças à alegação de que tais contratos não foram firmados apenas com a Petrobras, o que retiraria de Curitiba a primazia para julgar os processos.


No alvorecer da Lava Jato, Sergio Moro arrastou para Curitiba a apuração de crimes praticados nos mais variados escaninhos do Estado, desde que tivessem um liame qualquer com a Petrobras. O Supremo avalizou esse entendimento, empurrando para o colo de Moro gente graúda como o ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha e o próprio Lula. Os réus reclamavam da vala comum de Curitiba há pelo menos cinco anos.


Aos pouquinhos, o Supremo foi fatiando os processos, distribuindo-os por diferentes praças. Fachin acabou se transformando na Segunda Turma numa espécie voto vencido perpétuo.


Ironicamente, Fachin lembrou no despacho sobre Lula que Gilmar Mendes já esteve do seu lado. Reproduziu manifestação em que Gilmar votou contra o esvaziamento da Vara que Moro comandava. “No fundo, o que se espera é que processos saiam de Curitiba e não tenham a devida sequência em outros lugares. É essa a expectativa”, escreveu esse Gilmar de outrora.


No processo autodestrutivo a que se dedica o Supremo, a reabilitação política de Lula é o penúltimo prego num caixão que vem sendo confeccionado há tempos. A decisão de Fachin chega nas pegadas do sepultamento das denúncias contra os quadrilhões do MDB de Renan Calheiros e Cia. e do PP de Arthur Lira e Cia..


“A Justiça, além de imparcial, precisa ser apartidária”, escreveu Edson Fachin, como se desejasse realçar que já não fazia sentido manter apenas Lula na fogueira. Engano. Ao retirar das labaredas símbolo mais vistoso do esforço anticorrupção, Fachin apressou a conversão da manobra de reabilitação de Lula num processo de carbonização do Supremo Tribunal Federal. 

QUE PAÍS É ESTE?!?!?! RASGARAM AS CONDENAÇÕES DO SEBOSO DE CAETÉS E JOGARAM NO LIXO...

 


Magno Martins

O que o ministro Edson Fachin, nomeado pela ex-presidente Dilma para o Supremo Tribunal Federal, fez, ontem, numa decisão monocrática, salvando Lula de todas as condenações, atingiu o coração da justiça brasileira numa flechada mortal, a flecha da imoralidade, da impunidade. Fachin devolveu a Lula, seu ídolo maior, o prêmio de ter sido nomeado por Dilma para a alta corte da justiça brasileira.


Como advogado militante, Fachin já pediu voto para Dilma, conforme vídeo postado ontem neste blog e em vários sites do País. E logo após a petista ser eleita, foi nomeado ministro do STF. Como poderia contrariar o PT? Ao rasgar todas as condenações de Lula – três ao todo, uma delas tendo levado o ex-presidente ao xadrez – o Fachin de bigodão branco tingido de vermelho envergonhou a Nação.


Por mais que explique sua decisão, que julgou incompetente a Justiça do Paraná a condenar Lula, o bigodudo de coração vermelho não convence. Enterrou com uma só canetada todo legado da Lava Jato no País. O Brasil definitivamente não é para amadores, é o País da impunidade, que impera fortemente, protegendo bandidos, assaltantes do dinheiro público, uma quadrilha como a do PT que assaltou a feriu de morte a Petrobras.


O que mais estranha nessa decisão é a demora. Fachin levou quatro anos para decidir, assistiu tudo que ocorreu em Curitiba de camarote, mesmo o STF, a sua casa, tenha criado jurisprudência em casos do gênero. Só corrobora para aumentar ainda mais a insegurança jurídica no País. A anulação, mesmo que tenha sustentação jurídica, é ruim para o País, porque Lula é, verdadeiramente, culpado das acusações do maior assalto aos cofres públicos da história nacional.


Canoniza, ministro! – Se Fachin acha que Lula é um santo, não ganhou triplex, sitio em Atibaia nem recebeu dinheiro sujo para montar o seu instituto então vai uma sugestão do blog: que canonize o ex-presidente. Triste povo brasileiro, que tem culpa no cartório: a corrupção política é apenas uma consequência das escolhas do povo. Não é a política que é corrupta, os políticos é que são e Lula é um deles para 83% dos brasileiros ouvidos em pesquisas, menos para Fachin, que o julga um santo.

@@@ - A manchete e a imagem não fazem parte do texto original.

DECISÃO ABSURDA DE FACHIN MOSTRA A QUE PONTO CHEGOU A PODRIDÃO DO STF...

 


Carlos Newton

A defesa do ex-presidente Lula da Silva diz ter recebido “com serenidade” a inusitada decisão proferida nesta segunda-feira pelo ministro Edson Fachin, que veio a acolher o habeas corpus impetrado em 3 de novembro de 2020 e reconheceu a incompetência da 13ª Vara Federal Criminal de Curitiba para julgar as quatro denúncias que foram apresentadas pela extinta “força-tarefa” da Lava Jato, consequentemente anulando todas as condenações até agora aplicadas.


Quem não pode receber “com serenidade” essa decisão é a opinião pública brasileira. A competência da Justiça Federal de Curitiba sempre foi óbvia, por se tratar de processos abertos a partir da delações premiadas das empreiteiras Odebrecht e OAS na Operação Lava Jato.


ARRANCOU A MÁSCARA – Mas o ministro Fachin deixou o carnaval passar, resolveu imitar o presidente Jair Bolsonaro e arrancou a máscara da face, para exibir ao respeitável público seu verdadeiro semblante, eivad0 de covardia, subserviência e servidão.


Essa incompetência do então juiz Sérgio Moro, segundo a própria defesa de Lula, foi denunciada desde a primeira hora e se viu desprezada por cinco anos em instâncias superiores, como o Tribunal Regional Federal, o Superior Tribunal de Justiça e o Supremo Tribunal Federal.


Somente agora o trêfego bufão Fachin – não mais que de repente, como diria Vinicius de Moraes – decidiu reconhecer a incompetência da 13ª Vara Criminal Federal de Curitiba, e seu pífio argumento é digno da Piada do Ano.


DISSE FACHIN – O ilustre relator se justificou de forma bisonha, bizarra e burlesca. Afirmou que a questão da competência já havia sido levantada “indiretamente” pela defesa, mas que esta foi a primeira vez que os advogados apresentaram um pedido que “reúne condições processuais de ser examinado, diante do aprofundamento e aperfeiçoamento da matéria pelo STF”.


Ora, ora, em nota oficial a defesa diz que esgrime esse argumento há cinco anos, em todas as instâncias, “desde a primeira manifestação escrita que apresentamos nos processos, ainda em 2016”. Mas o acrobático Fachin inventa que até agora a tese foi levantada apenas “indiretamente”?


DECISÃO INCOMPLETA – O pior de tudo é que, ao exercitar seu contorcionismo jurídico, Fachin esqueceu o principal. Sentenciou que o juiz Moro não tinha a competência, anulou tudo, mas não afirmou qual é Vara Criminal Federal que deve refazer o julgamento.


Vejam a que ponto de desfaçatez e falta de caráter chega esse tipo de magistrado. Em tradução simultânea, sua sentença apenas diz que Moro não é competente e manda os processos voltarem à primeira instância. Então é hora de perguntar a Fachin: “De qual Vara é a competência?”. Mas esse magistrado de fancaria só pode responder: “Não sei”. É isso que se extrai de sua decisão. Além disso, se as denúncias não envolviam a Petrobras, através da Odebrecht e da OAS, envolviam o quê?


Aguarda-se uma posição firme do presidente Luiz Fux, que precisa colocar para julgamento em plenário essa triste e vexatória decisão de Fachin, para mostrar que ainda há juízes em Brasília.

segunda-feira, 8 de março de 2021

O SEBOSO DE CAETÉS, CONSIDERADO O VÍRUS MAIS LETAL DA CORRUPÇÃO, ESCANDALOSAMENTE ESTÁ LIVRE, SOLTO, RINDO À TOA, BARRIGA CHEIA E PALITANDO OS DENTES...



O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Edson Fachin, que tem cara de sacristão,  concedeu Habeas Corpus e declarou a incompetência da 13ª Vara Federal de Curitiba para julgar quatro processos que envolvem o ex-presidente e ex-presidiário, Luiz Inácio Lula da Silva: o do tripléx, o do sítio de Atibaia, o do Instituto Lula e o de doações para o mesmo instituto.


O ex-advogado do MST, Fachin,  declara a "NULIDADE" dos atos decisórios, inclusive do recebimento das denúncias contra Lula.


Os autos, agora, devem ser remetidos para a Justiça do Distrito Federal. E, segundo o ministro, caberá ao "juízo competente decidir acerca da possibilidade da convalidação dos atos instrutórios", no caso de depoimentos e coleta de provas.


A decisão, incrivelmente, acaba beneficiando o ex-juiz Sérgio Moro que deverá se eleger, tranquilamente, presidente da República o ano que vem.  


Os advogados do Seboso disseram  que ainda vão se manifestar sobre o caso.


CONFIRA A DECISÃO: 


"Ante o exposto, com fundamento no art. 192, caput , do RISTF e no art. 654, § 2º, do Código de Processo Penal, concedo a ordem de habeas corpus para declarar a incompetência da 13ª Vara Federal da Subseção Judiciária de Curitiba para o processo e julgamento das Ações Penais n. 5046512-94.2016.4.04.7000/PR (Triplex do Guarujá), 5021365-32.2017.4.04.7000/PR (Sítio de Atibaia), 5063130-17.2018.4.04.7000/PR (sede do Instituto Lula) e 5044305-83.2020.4.04.7000/PR (doações ao Instituto Lula), determinando a remessa dos respectivos autos à Seção Judiciária do Distrito Federal. Declaro, como corolário e por força do disposto no art. 567 do Código de Processo Penal, a nulidade apenas dos atos decisórios praticados nas respectivas ações penais, inclusive os recebimentos das denúncias, devendo o juízo competente decidir acerca da possibilidade da convalidação dos atos instrutórios. Considerada a extensão das nulidades ora reconhecidas, com fundamento no art. 21, IX, do RISTF, declaro a perda do objeto das pretensões de duzidas nos habeas corpus 164.493, 165.973, 190.943, 192.045, 193.433, 198.041, 178.596, 184.496, 174.988, 180.985, bem como nas Reclamações 43.806, 45.948, 43.969 e 45.325. Junte-se cópia desta decisão nos autos dos processos relacionados, arquivando-os. Comunique-se a Presidência do Supremo Tribunal Federal, perante a qual tramita o ARE 1.311.925. Publique-se. Intime-se. Brasília, 8 de março de 2021.

NA VIDA, EXISTEM LIMITES PARA TUDO, MAS FLÁVIO BOLSONARO ULTRAPASSOU TODOS OS LIMITES

 



Carlos Newton

Na democracia, todos são iguais diante da lei e submetidos a limites, sem exceção. Séculos antes de Cristo, o filósofo grego Sócrates já ensinava que sábio é aquele que conhece os limites da própria ignorância. E o barão de Montesquieu, que doutrinou as bases do regime democrático, assinalava que “até a virtude precisa de limites”. Tanto tempo depois desses ensinamentos, a democracia brasileira passou a viver sem limites, nesse desgoverno liderado por Jair Bolsonaro.


O capitão-presidente realmente se comporta como se não fosse submetido a limites, vive num mundo à parte, no qual seus principais conselheiros não são os generais que o assessoram no Planalto.


TRÊS RECRUTAS ZERO – Nas lições da História, já houve muitos governantes que se apoiaram em conselheiros, como os Lourenço Médici com Maquiavel, Nicolau II com Rasputin e Luiz XIII com Richelieu. Governar pode até ser definido como “ouvir assessores e decidir”, não há novidade alguma.


O problema, no caso da atual conjuntura brasileira, é que o capitão-presidente despreza os experientes generais que o cercam e claramente prefere ouvir os filhos, que ele próprio rotula de recrutas e os identifica como Zero Um, Zero Dois e Zero Três, em homenagem às histórias em quadrinhos, e a família inteira segue os extravagantes conselhos do filósofo Olavo de Carvalho, uma espécie de guru de extrema-direita.


É claro, é óbvio, é evidente que um governo com essa hierarquia se posiciona de cabeça para baixo (ou de ponta-cabeça, como dizem em São Paulo). Isso não pode dar certo, porque recrutas não têm como comandar generais.


A COMPRA DA MANSÃO – O capitão-presidente demonstra claramente que não se preocupa com o interesse público. Suas preocupações principais são a reeleição e a anulação de inquéritos contra os filhos, que não têm a mínima condição de provar inocência e, para escapar da Justiça, dependem de tecnicalidades jurídicas e da boa vontade de magistrados desprovidos de caráter e dignidade.


O caso da compra da mansão pelo recruta Zero Um representa não somente uma afronta ao país, mas também a desmoralização dos generais que continuam a trabalhar no Planalto e não podem ficar eternamente fazendo olhar de paisagem, como se não estivesse acontecendo nada a seu redor.


Tudo na vida tem um limite. E a família Bolsonaro acaba de ultrapassar todos os limites, com a acintosa, indecorosa e insultuosa demonstração de enriquecimento ilícito.


DIZ LYA LUFT – Essa situação nos faz lembrar um pensamento da grande escritora gaúcha Lya Luft: “A crise da autoridade começa em casa, quando temos medo de dar ordens e limites ou mesmo castigos aos filhos. Estamos iludidos por uma série de psicologismos falsos. Muito crime, pouco castigo! Leis antiquadas, ou insuficientes. Assim chegamos a essa situação, como reféns em casa ou ratos assustados na rua”.


Lya Luft votou em Bolsonaro em 2018 e agora está arrependida, como tantos milhões de brasileiros. E ao contrário desses generais que se humilham diariamente perante o capitão-presidente, ela não se omite e faz questão de demonstrar seu desagrado.


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terça-feira, 2 de março de 2021

O Rei das Rachadinhas Flávio Bolsonaro VERSUS o Ronaldinho dos Negócios, Lulinha...



Naquela intransponível crença nacional de que dois erros fazem um acerto, a mansão comprada por Flávio Bolsonaro, em Brasília, foi comparada ao triplex de Lula no Guarujá. Para o bem da Nação, contudo, é preciso medir alhos com alhos e bugalhos e com bugalhos. No caso, os bugalhos são Flávio e Fábio Luís Lula da Silva, primogênitos de Jair Bolsonaro e do Grande Timoneiro do PT, respectivamente.


Certo de que a Justiça divinamente superior garantirá o seu Estado de Direito privado, Flávio decidiu entrar para o vasto clube dos políticos e autoridades que adquirem imóveis de luxo com preços bem acima do que permitiriam os seus proventos declarados. Talvez aconselhado por homens retos e verticais, como o advogado Frederick Wassef e Fabrício Queiroz, de profissão indefinida, Flávio, o 01 do papai na política, cometeu a delicadeza de lavrar a escritura de compra do imóvel na aprazível cidade-satélite de Brazlândia, a 45 quilômetros do Plano Piloto. Já Fábio Luís Lula da Silva, o Lulinha, praticou a cortesia de não comprar casa nenhuma. Alugou um apartamento de luxo em São Paulo do empresário Jonas Suassuna, aquele mesmo que emprestava metade do sítio em Atibaia para Lula e Marisa Letícia — a mesma Atibaia onde Wassef escondeu Queiroz, em outros quinhentos. Curiosamente, a casa de Flávio foi comprada por aproximadamente 6 milhões de reais, o mesmo valor do apartamento alugado por Lulinha, a preço de 2015.


Fábio Luís teve a mão profissional de Jonas Suassuna; Flávio contou com a seriedade e competência do presidente do Banco Regional de Brasília, Paulo Henrique Costa, apadrinhado do governador Ibaneis Rocha e cotado para presidir o Banco do Brasil. O primogênito de Jair Bolsonaro pagou à vista 3,1 milhão de reais pela mansão, apesar do seu patrimônio declarado em 2018 ser de 1,7 milhão, e convenceu, provavelmente a duras penas, o presidente do banco a lhe emprestar o restante. Está vendo aquele financiamento ali? Não? É porque foi a perder de vista. Está vendo aquela mansão que baixou de preço em tempos de valorização de imóveis?Senador atento às oportunidades é assim. Sem gastos com uma família construída por ele próprio, Carlos Bolsonaro não precisou de financiamento: pôde contentar-se com um apartamento de 470 mil reais, comprado à vista no ano passado na capital federal, em nome da mãe. Mas esse é outro bugalho, assim como Eduardo e Renan Bolsonaro.


Flávio é empresário no ramo do chocolate. Só não alcançou maior sucesso porque tem de dedicar aos interesses do povo brasileiro, questão de sacerdócio, e o setor chocolateiro anda muito rachado entre diversos competidores de maior peso. Sem o chamado vocacional para a política, embora tenha tentado entrar no negócios pela porta dos fundos, Fábio Luís é empresário nas adjacências do ramo dos jogos eletrônicos. Experimentou um sucesso fulgurante, tanto que Lula se referiu a ele como o seu Ronaldinho, mas as multinacionais gananciosas e impiedosas decidiram não mais admitir concorrência nacional. Seria preciso resolver isso aí, mas o governo liberal só se preocupa em subsidiar o preço do petróleo com dinheiro do pagador de impostos.


Em 2022, se tudo der certo para eles e errado para o Brasil, Jair Bolsonaro e Lula poderão incluir na disputa do segundo turno a história dos seus dois filhos mais velhos.  E culpar o Ministério Público e a imprensa independente pelo fato de ambos os rebentos terem tido as suas aptidões para os negócios colocadas em dúvida. O mercado também não anda fácil. Alhos com alhos, bugalhos com bugalhos, honestamente. (Fonte: O Antagonista).

segunda-feira, 1 de março de 2021

sábado, 27 de fevereiro de 2021

A TRAJETÓRIA DO ATUAL PRESIDENTE DO BRASIL QUE É TAXADO PELA GRANDE IMPRENSA COMO UM GENOCIDA PSICOPATA


Jair Messias Bolsonaro é o 38º presidente do Brasil. Ele foi eleito pelo PSL, em 2018, e tem como vice Hamilton Mourão, com quem vem se desentendendo. Bolsonaro foi eleito com um discurso de defesa do combate à corrupção e da Lava Jato. Ao chegar ao poder, o presidente descumpriu promessas de campanha e gradualmente cedeu ao Centrão. 


Ele e seus aliados não se mobilizaram para aprovar pautas como a PEC da prisão após condenação em segunda instância e fizeram pressão para que medidas como a CPI da Lava Toga fossem enterradas. O presidente também destoa de boa parte das promessas de campanha no campo econômico. Apesar de ter prometido uma série de privatizações, em mais de dois anos de governo, não concretizou uma sequer.


Bolsonaro é casado com Michelle Bolsonaro e pai de cinco filhos, de três casamentos diferentes: Flávio, Carlos, Eduardo, Jair Renan e Laura, a única filha da primeira-dama com o presidente. Bolsonaro nasceu em 1955, na cidade paulista de Glicério. Em 1977, se formou na Academia Militar das Agulhas Negras, com especialização em paraquedismo.


Enquanto capitão do exército, Bolsonaro foi preso em 1986, quando servia no 8º Grupo de Artilharia de Campanha Paraquedista. Ele escreveu um artigo para a revista Veja protestando contra os baixos salários pagos à categoria, o que irritou os superiores e o levou à prisão por 15 dias.


Em 1987, Bolsonaro planejou um atentado com bombas de baixa potência em banheiros da Vila Militar da Academia das Agulhas Negras, em Resende, para novamente reivindicar salários melhores. Ele foi julgado, e o Conselho de Justificação Militar o considerou “incompatível para o oficialato”. O capitão foi para a reserva em 1988.


No mesmo ano, Bolsonaro entrou para a política. Ele foi vereador por dois anos e deputado federal por 27, até assumir como presidente em 2019. No perídodo, aprovou apenas 2 projetos de lei.


No período, Bolsonaro demonstrou ser bastante “eclético” no que diz respeito a partidos, tendo passado por diversas legendas. Além do PDC, ele foi filiado a PPR, PPB, PTB, PFL, PSC, PP e PSL. Bolsonaro apresentou mais de 170 projetos legislativos, mas aprovou apenas dois.


Como deputado, ele ganhou projeção nacional ao defender pautas ligadas a costumes e a segurança pública. A partir de 2014, Bolsonaro esteve em uma espécie de campanha eleitoral informal nas redes sociais de olho nas eleições de 2018. Ele ganhou força com os fatos revelados pela operação Lava Jato, ao manter um discurso mais duro em relação aos crimes cometidos pelo PT.


Hoje, Bolsonaro busca um novo partido para disputar as eleições de 2022. A ideia inicial era criar uma nova legenda, o Aliança pelo Brasil, o que tem ficado cada vez mais distante. 


HISTÓRICO POLÍTICO DE JAIR BOLSONARO 

1988 – Jair Bolsonaro entra para a reserva do Exército com a patente de capitão e inicia sua carreira política ao se eleger vereador da cidade do Rio de Janeiro pelo Partido Democrata Cristão (PDC).

1990 – É eleito deputado federal. Abandona a Câmara Municipal para ingressar na Câmara dos Deputados, em Brasília. Bolsonaro ocuparia o cargo por 27 anos, até 2018.


1993 – O então deputado passa pela primeira mudança de partido, deixando o PDC para ingressar no Partido Progressista Reformador (PPR).


1994 – Bolsonaro é reeleito deputado federal.


1995 – Jair muda de partido mais uma vez. Passa a integrar o então Partido Progressista Brasileiro (PPB), que viria a se transformar no atual Partido Progressista (PP).


1998 – Bolsonaro é eleito para o terceiro mandato como deputado.


2002 – O então deputado é reeleito para o quarto mandato.


2003 – Bolsonaro deixa o PPB para se filiar ao PTB.


2005 – Jair tem uma passagem rápida pelo antigo Partido da Frente Liberal (PFL), que viria a se tornar o atual DEM, e ingressa no PP, partido em que passou a maior parte de sua carreira política.


2006 – Bolsonaro eleito para o quinto mandato como deputado federal. 


2010 – O então deputado se reelege mais uma vez e parte para o sexto mandato.


2014 – Bolsonaro eleito para o sétimo mandato como deputado federal. Chegou-se a especular se Bolsonaro concorreria à presidência na ocasião. Desde então, ele esteve em uma espécie de corrida eleitoral informal pensando no pleito presidencial de 2018, com forte mobilização nas redes sociais. Ao longo dos anos subsequentes, as revelações da Lava Jato viriam a descredibilizar os representantes da “velha política”, criando um lapso de representatividade que viria a ser ocupado por Bolsonaro.


2018 – Jair Bolsonaro ingressa no Partido Social Liberal (PSL) para disputar as eleições presidenciais. Ao longo da campanha, ele desponta como alternativa ao poste de Lula, Fernando Haddad, do PT. Quando já estava à frente nas pesquisas, é esfaqueado em Juiz de Fora, durante comício. Bolsonaro é eleito como o 38º presidente do Brasil. 


Depois das eleições, vem à tona o relatório do Coaf que aponta movimentações financeiras atípicas de Fabrício Queiroz. As investigações viriam a se desdobrar no escândalo das rachadinhas no gabinete de Flávio Bolsonaro na Alerj. Mais tarde, a Crusoé descobriria que Queiroz depositou R$ 89 mil para Jair Bolsonaro por meio da conta de Michelle.


2019 – Bolsonaro deixa o PSL depois de um desentendimento com a presidência do partido. O Presidente promete fundar um partido próprio, Aliança Pelo Brasil, que nunca chegou perto de sair do papel.


QUEM É A MULHER DE JAIR BOLSONARO? 


Jair Bolsonaro é casado com Michelle Bolsonaro desde 2007. A atual primeira-dama do Brasil é natural da cidade de Ceilândia, no Distrito Federal. Ela trabalhou como secretária parlamentar entre 2004 e 2008 na Câmara dos Deputados, onde conheceu o atual marido, na época, deputado federal. 

Michelle é defensora de causas sociais ligadas a pessoas com deficiência e foi responsável por emplacar a figura do tradutor de libras como presença garantida nas aparições públicas do presidente. Em 2019, ao lado de uma tradutora de libras, Michelle foi a primeira primeira-dama a discursar durante uma posse presidencial.


O nome da primeira-dama ganhou o noticiário em agosto do ano passado. Uma reportagem da Crusoé revelou que, entre 2011 e 2016, ela recebeu uma série de cheques de Fabrício Queiroz e sua esposa Márcia Aguiar. Os valores somam R$ 89 mil reais. Queiroz é apontado pelo MP-RJ como operador do esquema de peculato no gabinete de Flávio Bolsonaro na Alerj. A revelação dos depósitos de Queiroz proporcionou à primeira-dama o apelido de “Micheque” nas redes sociais e suscitou a pergunta mais repetida de 2020: “Por que o Queiroz depositou R$ 89 mil reais na conta da Michelle?”


O escândalo dos cheques é o elo mais forte entre o esquema de Flávio e Jair Bolsonaro. Em dezembro de 2020, o presidente disse, em entrevista, que eram para ele os cheques, não para sua esposa.


Michelle é a terceira esposa do presidente. Bolsonaro se casou pela primeira vez em 1978, com Rogéria Bolsonaro, com quem permaneceu até 1997. No mesmo ano, ele se casou com Ana Cristina Valle. O segundo relacionamento durou 10 anos.


As duas ex-mulheres do presidente tentaram a vida na política. Rogéria foi vereadora do Rio de Janeiro entre 1992 e 1996. Ana Cristina Valle se candidatou para a Câmara dos deputados em 2018, mas não foi eleita. Durante a campanha, veio à tona a informação de que ela afirmou, em 2011, ter sofrido ameaça de morte de Bolsonaro. Ela disse que o relato não era real. Ana Cristina também atuou em cargos de confiança no PPB e no próprio gabinete de Bolsonaro.


As primeiras esposas de Bolsonaro também fizeram movimentações financeiras no mínimo suspeitas. Em 1996, Rogéria comprou um apartamento no Rio por mais de R$ 600 mil reais em dinheiro vivo em valores corrigidos pela inflação. Entre 1997 e 2008, Ana Cristina comprou 14 imóveis, que somam R$ 5,3 milhões em valores corrigidos pela inflação, sendo 5 imóveis pagos com dinheiro vivo.


QUEM SÃO OS FILHOS DE JAIR BOLSONARO? 



Jair Bolsonaro tem cinco filhos, quatro homens e uma menina caçula. O presidente costuma se referir a eles, em ordem cronológica de nascimento, como 01, 02, 03 e 04, aderindo a uma linguagem militar. A menina fica de fora da contagem.

Em seu primeiro casamento, com Rogéria Bolsonaro, o presidente teve Flávio, em 1981; Carlos, em 1982; e Eduardo, em 1984. Do casamento com Ana Cristina Valle, nasceu Jair Renan, em 1998. A filha mais nova, Laura, nasceu em 2010, fruto do casamento de Bolsonaro com a atual mulher, Michelle.


Flávio Bolsonaro


Flávio Bolsonaro atuou na política desde cedo como um braço do pai. Aos 19 anos, foi nomeado para atuar em gabinetes ligados a ele, em Brasília. Na época, o 01 cursava faculdade no Rio de Janeiro, o que indica que ele tenha atuado como funcionário fantasma.


Aos 22, Flávio foi eleito deputado estadual pelo Rio de Janeiro, cargo que ocupou até 2018, quando se candidatou ao Senado.


O 01, que hoje é filiado ao Republicanos, foi denunciado pelo MP-RJ em novembro de 2020 passado por peculato, lavagem de dinheiro e organização criminosa. Ele e seu ex-assessor são acusados de liderarem um esquema de desvio de dinheiro público em seu antigo gabinete na Alerj por meio de funcionários fantasmas.


O Órgão Especial do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro deve analisar o caso. Em junho do ano passado, Flávio ganhou um foro privilegiado retroativo da 3ª Câmara Criminal do Tribunal, por isso o caso não pode ser analisado pela Justiça comum. O ministro do STF, Gilmar Mendes, é relator de um recurso do MP que tenta anular o foro do 01.


A investigação contra o filho assusta Bolsonaro profundamente. De acordo com os fatos revelados pela divulgação do vídeo da reunião ministerial de 22 de abril de 2022, o presidente tentou interferir na Polícia Federal para protegê-lo. O presidente conseguiu trocar o diretor-geral da entidade após dizer que não ia “deixar fuder” sua família.


Bolsonaro também movimentou a Abin para blindar Flávio. Como revelado pela Crusoé, o diretor da agência de inteligência enviou relatórios aos advogados do senador dando instruções sobre como anular as investigações contra ele.


Em fevereiro de 2021, o STJ declarou a nulidade das quebras de sigilo de Flávio no caso das rachadinhas. Elas não podem mais ser usadas como provas.


Carlos Bolsonaro


Carlos Bolsonaro entrou ainda mais cedo para a política, aos 17 anos, quando assumiu como vereador no Rio de Janeiro pelo PPB. Ele ocupa o cargo até hoje. Desde então, ele passou por partidos como PTB, PP e PSC até chegar ao Republicanos.

Investigações do MP apontam que Carlos também manteve assessores fantasmas em seu gabinete de vereador.


Apesar de ser vereador, Carlos atua como um assessor informal de Jair Bolsonaro, sendo um dos responsáveis por administrar as redes sociais do presidente. Segundo o próprio pai, Carluxo comandou, desde 2010, todo o marketing eleitoral daquilo que viria a se consolidar como a campanha presidencial de 2018.


Em 2020, a Polícia Federal apontou que o 02 é um dos articuladores de um esquema criminoso de fake news.


Carlos é conhecido por causar intrigas entre membros do governo. Já atuou e foi o pivô de exonerações de ministros, como nos casos de Gustavo Bebiano e General Santos Cruz.


Eduardo Bolsonaro


Eduardo Bolsonaro, assim como seu irmão Flávio, foi nomeado, aos 18 anos, para atuar em gabinetes ligados ao pai em Brasília enquanto fazia faculdade no Rio de Janeiro. O que indica que ele tenha exercido o papel de funcionário fantasma.

O 03 entrou para a política de fato mais tarde que seus irmãos, apenas em 2014, quando se elegeu deputado federal por São Paulo pelo PTB, mesmo sem morar no estado.


Em 2018, já no PSL, ele foi reeleito ao cargo como o deputado federal mais votado da história do Brasil, como um repositório de votos de seu pai, eleito presidente na ocasião.


Eduardo gosta de arrumar problemas internacionais para o Brasil. O 03 já atacou a China diversas vezes. Em uma das oportunidades, o país asiático reagiu e ameaçou dificultar as relações comerciais com o Brasil. Eduardo foi apelidado de “bananinha” depois de uma declaração do vice-presidente Hamilton Mourão sobre os ataques que fazia à China.


O 03 chegou a ser cogitado por Bolsonaro para ocupar a embaixada brasileira nos Estados Unidos, em 2019, mas a repercussão negativa gerou uma mudança de planos. O presidente afirmou na época que vai dar um “filet mignon” para os filhos sempre que puder.


Renan Bolsonaro


Jair Renan Bolsonaro, o 04, completa a prole de Bolsonaro como o único filho que não entrou para a política, pelo menos por enquanto. Aos 22 anos, ele é dono da empresa Bolsonaro Jr Eventos e Mídia, que tem supostamente como objetivo a promoção e a criação de conteúdo publicitário para eventos

A produtora Astronauta Filmes, que é contratada pelo governo federal, já realizou um trabalho supostamente “gratuito” para a empresa de Renan Bolsonaro, enquanto recebeu mais de 1 milhão e 400 mil reais do governo.


Jair Bolsonaro e as redes sociais


Desde que começou, em 2014, sua campanha informal em busca da presidência, Jair Bolsonaro usou as redes sociais como principal meio de promoção. Durante a corrida eleitoral de 2018, o então deputado tinha poucos recursos e quase nada de tempo de Televisão. Hoje, Bolsonaro acusa os veículos de imprensa de propagarem notícias falsas e prefere as redes sociais para se comunicar.

Twitter

O perfil oficial de Jair Bolsonaro no Twitter tem 6,6 milhões de seguidores. A rede social é a mais ativa do presidente. Em várias oportunidades, Bolsonaro opta por relatar as ações do governo nela, antes de divulgá-las à imprensa. Ele também compartilha vídeos de reportagens de programas jornalísticos passadores de pano, que o defendem a todo custo.

O Twitter do presidente é palco de ataques à imprensa, a adversários políticos e às instituições. Um dos principais alvos é o governador de São Paulo, João Doria. Recentemente, Bolsonaro rejeitou veementemente a compra da vacina Coronavac, produzida pelo Instituto Butantan. Ele disse que não compraria “a vacina chinesa de João Doria”.


A rede social já apagou publicações de Bolsonaro porque elas violavam suas políticas internas. Entre elas, estavam comentários do presidente se posicionando contra o isolamento social e defendendo o uso da cloroquina. O Twitter alegou que os posts poderiam colocar as pessoas em maior risco de transmitir a Covid-19.


Em 2019, o perfil oficial do presidente questionou: “O que é Golden Shower?”. Mais cedo, ele havia publicado um vídeo de um homem urinando em outro durante o carnaval.


Facebook

No Facebook, Jair Bolsonaro tem 10,8 milhões de curtidas. Na rede social, além de replicar os posts do Twitter, o presidente costuma responder comentários de apoiadores.

Em uma dessas respostas, Bolsonaro celebrou a morte de um voluntário da Coronavac que havia se suicidado. Na ocasião, ele escreveu: “Mais uma que Jair Bolsonaro ganha”. Em outra, o presidente endossou a opinião de um seguidor que chamou a mulher do primeiro-ministro da França, Emmanuel Macron, de feia.


No Facebook, Bolsonaro realiza lives semanais ao lado de ministros para anunciar ações do governo e comentar polêmicas.


Youtube

A conta oficial de Jair Bolsonaro no Youtube tem 3,2 milhões de inscritos. Na plataforma, o presidente também transmite suas lives semanais e replica vídeos de reportagens favoráveis ao governo, alguns da TV Brasil.


Depois que Donald Trump teve suas contas nas redes sociais suspensas, Bolsonaro seguiu o exemplo do então presidente americano e aderiu ao Parler. A rede social tornou-se um reduto da extrema direita internacional.

Whatsapp

Ainda em 2018, surgiu a denúncia de que empresários financiaram disparos de mensagens no Whatsapp para favorecer Jair Bolsonaro na disputa contra Fernando Haddad. Posteriormente, o TSE arquivou as ações que pediam a cassação da chapa do presidente e do vice, Hamilton Mourão, por falta de provas.

Governo Bolsonaro


Apesar de ter sido deputado federal por 7 mandatos consecutivos, tendo passado por 9 partidos, Jair Bolsonaro foi eleito com um discurso contrário à “velha política”. Em um primeiro momento, assim que assumiu, em 2019, o presidente não buscou coalizões com o Congresso e não procurou formar uma base aliada majoritária estável de parlamentares.


No entanto, Bolsonaro foi cedendo gradualmente ao Centrão para se blindar de possíveis investigações. O presidente entregou ministérios ao bloco partidário e apoiou as candidaturas de Arthur Lira e Rodrigo Pacheco às presidências da Câmara e do Senado. Ambos foram eleitos. Lira é réu por corrupção.


Economia

Em 2019, o governo conseguiu aprovar a reforma da previdência, uma das principais promessas de campanha. A medida foi promulgada em novembro do primeiro ano da gestão Bolsonaro.

O texto aprovado deixou de fora uma série de pontos planejados pela equipe de Paulo Guedes. Com isso, a projeção de economia proporcionada pela reforma foi menor.


Um dos elementos que permitiu que a proposta fosse desfigurada foi o próprio Jair Bolsonaro, que cedeu à pressão às reivindicações de corporações como as polícias e o Exército.


O andamento da agenda de reformas econômicas do governo não caminhou a passos largos em 2019 até que, o ano de 2020 trouxe a pandemia de coronavírus, que impossibilitou a aprovação das medidas esperadas.


O pagamento do auxílio alavancou a popularidade do presidente entre as camadas mais pobres e marcou uma guinada populista do governo. Bolsonaro, que antes chamava o Bolsa Família de “Bolsa Farelo”, passou a cogitar que o auxílio se tornasse permanente.


No período, Bolsonaro se rendeu ao Centrão, que tanto criticou durante a campanha. O presidente nomeou como líderes e vice-líderes do governo no parlamento deputados e senadores de partidos do bloco e recriou o Ministério das Comunicações para abrigar Fábio Faria. Hoje, Bolsonaro cogita se filiar a partidos do Centrão.


Nos dois anos de governo, o governo não concretizou nenhuma privatização, como prometido em campanha e reiterado diversas vezes pelo ministro Paulo Guedes. Até o momento, as reformas administrativa e tributária foram apresentadas apenas de forma parcial.


Combate à corrupção

Ainda no primeiro ano de governo, o ministro da Segurança Pública, Sergio Moro, apresentou um projeto para endurecer os mecanismos de combate à corrupção e ao crime organizado, o pacote anticrime. A proposta não contou com grande mobilização do governo para que fosse aprovada.

No Congresso, o texto foi desfigurado por parlamentares e várias medidas que iam contra a ideia inicial de Moro foram embutidas. A mais famosa delas foi o juiz de garantias, que cria a figura de um juiz responsável por atuar somente na fase de investigação criminal de um processo, enquanto outro atua no julgamento. Até hoje, não se sabe como a medida pode ser colocada em prática. Uma liminar de Luiz Fux suspendeu sua implementação.


Bolsonaro e seus aliados não se mobilizaram para aprovar pautas que fortaleceriam o combate à corrupção como a PEC da prisão após condenação em segunda instância e fizeram pressão para que medidas como a CPI da Lava Toga fossem enterradas. O presidente sabotou a operação Lava Jato nomeando o petista Augusto Aras para a PGR, que destruiu a Força Tarefa da operação e fez uma série de ataques aos procuradores.


Em outubro de 2020, o presidente foi encarregado de nomear um ministro para o STF com a aposentadoria de Celso de Mello. Bolsonaro escolheu Kassio Marques, o candidato do Centrão e de Gilmar Mendes. Nos primeiros meses no Supremo, Kassio deu votos a favor de Lula e contra a Lava Jato.


Pandemia de Covid-19

Desde o início da crise sanitária, Bolsonaro se posicionou contra o isolamento social e minimizou os riscos trazidos pela Covid-19. Por não concordar com orientações médicas, o presidente demitiu 2 ministros da Saúde e nomeou o militar Eduardo Pazuello para o posto. Bolsonaro promoveu aglomerações, incentivou o uso de medicamentos sem comprovação científica e sabotou a vacinação. O Brasil ultrapassa as 250 mil mortes em decorrência da doença.

Questão ambiental

O governo Bolsonaro também é marcado pelo avanço do desmatamento. No segundo semestre de 2020, o Brasil teve um surto de queimadas no Pantanal que destruiu centenas de milhares de hectares de vegetação. Chefes de estado de potências internacionais chegaram a ameaçar impor sanções comerciais ao Brasil.


O Ibama chegou a paralisar combate a incêndios alegando falta de caixa. O ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, afirmou na reunião ministerial de 22 de abril que o governo deveria aproveitar a comoção da mídia com a pandemia para “passar a boiada” no que diz respeito a afrouxar normas de preservação ambiental.


O QUE FOI FEITO NO GOVERNO BOLSONARO 


2019

Janeiro – Jair Bolsonaro assume como 38º presidente do Brasil. Ele reduz o número de ministérios de 29 para 22. Durante a campanha ele havia prometido que seriam apenas 15.

Fevereiro – Ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Gustavo Bebiano, deixa o governo após desentendimento com a família Bolsonaro. Após a revelação de reportagens sobre um esquema de laranjas envolvendo o PSL, Jair e Carlos Bolsonaro passam a fritar Bebiano até a exoneração. Essa foi a primeira crise interna do governo.


Governo envia ao Congresso texto da Reforma da Previdência, uma das principais promessas de campanha de Bolsonaro e de sua equipe econômica. Texto do Pacote anticrime também é enviado, mas fica em segundo plano.


Março – Jair Bolsonaro posta um vídeo de sexo explícito em público, em que um homem urina em outro e questiona: “o que é golden shower?”


Avançam investigações sobre Ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio, que também está envolvido no caso dos Laranjas do PSL.


Julho – Governo libera saques de parte dos recursos do FGTS, como forma de estimular o consumo. Os trabalhadores ganharam a oportunidade de sacar até R$ 500 por conta.


Agosto – Câmara dos Deputados conclui votação da reforma da previdência. Texto vai ao Senado.


Setembro – Senadores do PSL, Juíza Selma, Major Olímpio e Soraya Thronicke assinam CPI da Lava Toga e são pressionados por Jair Bolsonaro e Flávio a retirarem suas assinaturas. A Comissão pretendia investigar os ministros do STF, uma das principais bandeiras da campanha eleitoral do presidente.


Jair Bolsonaro nomeia o petista Augusto Aras para o comando da PGR.


Outubro – Jair Bolsonaro se recusa a comparecer à posse do presidente eleito da Argentina, o kirchnerista Alberto Fernández. Bolsonaro diz que os argentinos escolheram mal.


Senado conclui votação da previdência.


Novembro – Jair Bolsonaro rompe com o PSL e promete criar seu próprio partido, o Aliança pelo Brasil, que nunca chegou perto de sair do papel.


Congresso promulga reforma da previdência. A proposta foi desidratada ao longo do ano. O Texto final prevê uma economia de cerca de R$ 800 bilhões em 10 anos, abaixo do R$ 1 trilhão prometido pelo governo.


Dezembro – Pacote anticrime é aprovado. Texto original de Sergio Moro é desfigurado e são inseridos dispositivos que dificultam o combate à criminalidade, como o juiz de garantias. Governo não se mobiliza para defender proposta original.


Ao longo de 2019, governo promove uma redução histórica da taxa básica de juros, que atinge a marca de 4,5%, a menor desde a implementação do regime de metas.


2020

Março – Brasil começa a sentir os efeitos da pandemia de Covid-19. Começam a ser impostas as primeiras medidas de isolamento social. Jair Bolsonaro inicia uma escalada de negacionismo, com uma série de declarações no sentido de menosprezar a periculosidade do vírus e incentivar aglomerações.

Abril – Jair Bolsonaro demite o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, por discordâncias sobre a orientação a respeito do isolamento social. O presidente nomeia Nelson Teich.


Jair Bolsonaro tenta interferir na Polícia Federal, provocando a saída de Sergio Moro do Ministério da Justiça. O Presidente tenta nomear o amigo da família Alexandre Ramagem para o comando da PF, mas é impedido por Alexandre de Moraes. 


André Mendonça assume como novo ministro da Justiça e Rolando Alexandre passa a comandar a PF.


Ministério da Economia propõe auxílio emergencial de R$ 200 para auxiliar trabalhadores informais e os que ganham até dois salários mínimos durante a pandemia. Congresso amplia proposta e valor final das parcelas fica em R$ 600.


Maio – Jair Bolsonaro se desentende com o novo ministro da Saúde. O presidente defendia o uso da cloroquina contra a Covid-19, mesmo sem comprovação científica. Nelson Teich deixa o governo após quase um mês no cargo. General Eduardo Pazuello é nomeado ministro da Saúde. Brasil atinge 10 mil mortes por Covid-19.


Vídeo da reunião ministerial de 22 de abril é divulgado, comprovando interferência de Jair Bolsonaro na PF.


Junho – Jair Bolsonaro recria Ministério das Comunicações para abrigar o integrante do Centrão, Fábio Faria.


Brasil atinge a marca de 50 mil mortes por Covid-19. Bolsonaro segue desrespeitando o isolamento social e defendendo o uso da cloroquina.


Julho – Jair Bolsonaro contrai Covid-19 e toma cloroquina. Presidente exibe caixa do medicamento a uma ema.


Agosto – Jair Bolsonaro indica o expoente do Centrão Ricardo Barros como líder do governo na Câmara.


Brasil atinge marca de 100 mil mortes por Covid-19.


Setembro – Governo substitui vice-líderes do governo na Câmara. Saem os bolsonaristas fanáticos e entram os nomes do Centrão.


Pantanal vive uma onda de incêndios florestais que destruiu centenas de milhares de hectares de vegetação. Chefes de estado de potências internacionais chegaram a ameaçar impor sanções comerciais ao Brasil.


Outubro – Jair Bolsonaro nomeia o indicado do Centrão e de Gilmar Mendes, Kassio Marques, para a vaga de Celso de Mello no STF, o presidente participa de convescote na casa de Dias Toffoli para selar a nomeação.


Dezembro – Kassio Marques dá votos favoráveis a Lula e contra a Lava Jato e Bolsonaro diz que concorda integralmente com o ministro.


2021

Janeiro – Governo Bolsonaro apoia os representantes do Centrão Arthur Lira e Rodrigo Pacheco na disputa pelas presidências da Câmara e do Senado. Ambos são eleitos. Lira é réu por corrupção.

Brasil atinge marca de 100 mil mortes por Covid-19.


Fevereiro – Jair Bolsonaro intefere na Petrobras, substituindo o presidente da estatal pelo general Joaquim Silva e Luna. Ações da empresa despencam na bolsa.


Governo tenta convencer o mercado de que, apesar disso, é liberal e envia ao Congresso propostas de privatização da Eletrobrás e dos Correios. Até hoje, governo não concretizou nenhuma privatização. - Texto gentilmente roubado lá do Blog O Antagonista. - A manchete não faz parte do texto original. -