sexta-feira, 14 de janeiro de 2022

SE 65 MILHÕES DE POBRES, PRETOS E PUTAS COGITAM MESMO VOTAR NO SEBOSO DE CAETÉS, ONDE FOI QUE ERRAMOS?!?!?!

 


Por Paulo Polzonoff


Só poderei entender o outro se a mim mesmo entender - Gustavo Corção - 


No texto que escrevi sobre a preocupação presidencial com o possível avanço de uma onda vermelha sobre o Brasil, convidei os leitores a uma conversa. Quem chegou ao quarto parágrafo leu o convite para puxar uma cadeira e participar do bate-papo, talvez até tomando uma cervejinha gelada. Nem todos, contudo, reagiram bem ao convite. Houve quem entrasse chutando a mesa e as cadeiras cuidadosamente dispostas e esbravejando: “Você está errado! Eu tenho razão!”.


Mas não aprendo. E, se não aprendo, é porque não quero aprender. Sei que há muita gente viciada em estar com a razão, mas não me vejo como traficante de certezas. Pelo contrário, se é para viciar as pessoas em algo, que seja na dúvida. Refletir dá uma barato que nem te conto!


Por isso, e a despeito de um ou outro malcriado, insisto no convite: chega mais. Puxe uma cadeira. Não, não essa. Essa é muito dura. Ô, Dani, onde é que tá aquela almofada? Não, não a verde; a amarela. O amigo aqui tá precisando. Melhor assim? Maravilha! Não liga, a Catota é desse jeito mesmo. Logo ela se acostuma com você. Ah, já já o café fica pronto. Vai querer? Daqueles bem fortes. Também tem cerveja na geladeira. Prefere uísque? É pra já! Quantas pedras de gelo? Seja sempre bem-vindo à nossa conversa diária.


PESQUISAS ELEITORAIS - Este texto se baseia nos dados de uma recente pesquisa eleitoral. E, sim, eu sei que as pesquisas eleitorais, não é de hoje, sofrem uma grave crise de credibilidade. Sucessivamente, os números das pesquisas insistem em contrariar a realidade que apreendemos intuitivamente. Acontece comigo também. Olho para os lados e não vejo 45% dos familiares e amigos afirmando que votarão em Lula. Por consequência, dou um passo atrás e digo para mim mesmo que, sei não, algo de estranho está estranho.


“Como assim um candidato ex-presidiário que não pode nem ir no barzinho da esquina bebericar sua cachacinha pode estar 20 pontos percentuais à frente do candidato e atual presidente que ainda atrai razoáveis multidões por onde passa?”, você e eu nos perguntamos. E, para essa e tantas outras perguntas, não tenho uma resposta. A lógica me faz crer que os institutos de pesquisa não teriam interesse em fraudar esse tipo de resultado. Afinal, o bem mais valioso para um instituto de pesquisa é, em teoria, sua credibilidade. Se ninguém acredita nas pesquisas de opinião, para que elas servem?


Feitas essas ressalvas necessárias (mas sempre insuficientes), o fato é que uma pesquisa recente mostra que Lula teria 45% dos votos dos brasileiros. Numa conta rápida, levando em consideração que o Brasil tem 147 milhões de pessoas aptas a votar, isso equivaleria a 66 milhões de eleitores. Arredondemos para 65, só para o título ficar bonitinho. Este é o número de brasileiros, nossos concidadãos, pessoas com as quais dividimos o escritório, o transporte público e o restaurante, e que, em teoria, a julgar pelos números de uma pesquisa, estariam dispostas a votar num ex-presidente que já passou 580 dias numa prisão de luxo.


As condenações pelos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro posteriormente foram malandramente anuladas pelos “guardiões da Constituição”. O que não quer dizer, em hipótese alguma, que Lula tenha sido inocentado.


IGNORÂNCIA TÃO PROFUNSA QUE NOS ESCAPA - Dito isso, chegou a hora daquele momento que incomoda tanta gente: o de olhar para dentro. A fim de tentar entender onde foi que erramos, enquanto sociedade, a ponto de termos entre nós 65 milhões de semelhantes que no mínimo cogitam votar em Lula – o que significa devolver o poder a um grupo político caracterizado pela corrupção, autoritarismo e mentira.


O que leva um caminhoneiro, por exemplo, a dizer que prefere a corrupção do PT a um governo “que cobra um preço desses pelo diesel”? O que leva um intelectual todo racional, iluminista e ateuzão a depositar todas as suas esperanças (fé) em Lula? O que leva jornalistas – olá, colegas! – a defenderem um partido que despreza a liberdade de expressão? O que leva um cristão a cogitar votar numa facção que já se mostrou antirreligiosa e que, pior, se baseia numa ideologia que tem como base a força, e não a misericórdia?


De todos os exemplos citados, os únicos que fazem algum sentido são o dos intelectuais e o dos jornalistas – grupos tradicionalmente cooptados pelo espírito coletivista que insiste em nos assombrar, mesmo depois de todas as tragédias totalitárias do século XX. Aliás, faz sentido que todas as pessoas que de alguma forma sucumbiram à tentação da engenharia social (incluindo aí médicos, arquitetos e escritores) vejam até com naturalidade a ideia de votar em Lula. Afinal, eles agem movidos pela ambição de um dia construir uma nova Torre de Babel.


Quanto aos demais exemplos e outros tantos que não me ocorrem, resta a dúvida: agem movidos por ignorância ou por uma má-fé disfarçada de “jeitinho brasileiro”? Ora, quem me lê com as devidas frequência & atenção sabe que prefiro sempre pressupor ignorância a cogitar que alguém aja de forma deliberadamente mal-intencionada.


É ela, a ignorância, o que leva uma pessoa honesta a não enxergar a relação entre a crise e, por exemplo, o intervencionismo econômico. É a ignorância o que faz certas pessoas darem de ombros para a liberdade, considerando-a um valor menor. É a ignorância, inclusive a ignorância de si mesmo (daí a frase de Gustavo Corção lá no alto), que impede alguns de entenderem que o outro às vezes age movido por sentimentos mesquinhos, como a inveja e a vaidade, mesmo que de sua boca saiam palavras a exaltar “o bem comum”.


HONESTIDADE, AUTONOMIA, AUTOSSACRIFÍCIO - Se há, portanto, algo de verdadeiro na pesquisa, e se de fato 66 milhões de brasileiros pensam em entronar Lula novamente, é porque, nas últimas duas décadas, não conseguimos, apesar de todos os textos e debates e memes e documentários e cultos e decisões judiciais, criar uma sociedade baseada em valores como a honestidade, a autonomia e o autossacrifício. Pelo contrário, fomentamos essa ignorância que agora nos ameaça com a volta de Lula, exaltando a preguiça sobre a honestidade, a dependência sobre a autonomia e os prazeres sobre o autossacrifício.


Mas me diga: ainda tá bom esse uísque? Não quer mais gelo, não? Acho que vou cortar um salaminho pra gente. Xi, olha que sujeirada! Limpa logo isso, cara. Se a Dani vir vai ficar furiosa! Ah, meu Deus, aí vem ela. Disfarça, disfarça. Oi, amor, tudo bem? Não, não. Eu tava me levantando agora mesmo pra cortar um salaminho pra gente. A Catota? Não tenho a menor ideia de onde essa gata se enfiou. Mas onde é que estávamos mesmo? Ah, sim. Eu falava dos brasileiros que, de acordo com uma pesquisa aí, cogitam votar em Lula. Em Lula! Não dá mesmo pra acreditar numa coisa dessas.

 



Todas as eleições presidenciais desde a redemocratização foram vitais e colocaram a sociedade diante de escolhas difíceis. Não será diferente agora. Mas, neste ano, há uma diferença importante. O próprio fundamento da Constituição estará em jogo. Se o atual presidente conseguir permanecer no posto, há o risco de que os seus ataques à democracia saiam fortalecidos. Desde que a reeleição foi introduzida, todos os presidentes conseguiram renovar seus mandatos, beneficiando-se da máquina pública. Apesar da baixa popularidade (a rejeição ronda os 60% dos eleitores nas principais pesquisas), Bolsonaro mantém o apoio de cerca de um quarto do eleitorado. Ele tem chances reais de se reeleger.


Até o momento seu ímpeto golpista foi contido pelo Supremo Tribunal Federal, por meio de inquéritos que investigam as milícias digitais bolsonaristas, os atos antidemocráticos e a interferência na Polícia Federal. O cerco judicial, até o momento, conseguiu limitar os ataques à democracia, freando o financiamento dos seus autores e bloqueando a monetização da indústria de fake news.


Mas isso não significa que a possibilidade de uma ruptura possa ser descartada. O presidente tem agido para minar as instituições, mesmo com os obstáculos que enfrentou. Pesquisadores da FGV, incluindo o professor da FGV-Direito Oscar Vilhena, apontam que o presidente usou em seu mandato expedientes para erodir a democracia e a institucionalidade. Entre eles, abusar do uso de normas infraconstitucionais, como decretos e medidas provisórias, além de minar por dentro órgãos de Estado. Faz parte dessa estratégia asfixiar entidades com cortes de verbas (como acontece na Educação) e subvertê-las por meio de dirigentes que se posicionem de forma oposta aos seus próprios princípios. Nesse último caso, os exemplos mais cabais são a indicação de Sérgio Camargo para a Fundação Palmares (que se volta contra a defesa dos negros e a luta por mais diversidade) e a de Ricardo Salles para o Ministério do Meio Ambiente (o ex-ministro desmontou os órgãos de fiscalização e é investigado até por favorecimento de quadrilhas de desmatamento ilegal). Isso pode se agravar num eventual segundo mandato.

A pandemia também serviu de pretexto para Bolsonaro tentar subtrair poder de prefeitos e governadores e para a ocupação militar do Ministério da Saúde, com consequências nefastas. Com a explosão dos casos da variante ômicron (não devidamente captados pelo apagão digital na pasta, mais um desmanche conveniente), o chefe do Executivo volta a usar o risco de lockdown como forma de atacar os gestores locais, a ciência e as autoridades sanitárias. Não aprendeu nada com a doença, continua investindo contra a vacinação e permanece ignorando a tragédia de mais de 620 mil mortos. “A ômicron não tem matado ninguém. Dizem até que seria um vírus vacinal. É bem-vinda”, declarou em mais uma frase repugnante, ao mesmo tempo em que criava obstáculos para a imunização das crianças. Se permanecer no Planalto, o combate à Covid e a novas ameaças globais à Saúde, já previstas pelos especialistas, será ainda mais difícil.


Além de não combater a doença, o presidente enxergou nela a oportunidade de debilitar a democracia. “A nova ditadura não é de uma hora pra outra, vem aos poucos. Vai tirando pedaços da sua liberdade aqui e acolá. E quando você vê, está até a cintura na areia movediça, não tem como sair mais”, afirmou na última segunda-feira, afrontando as medidas de restrição social para combater a doença que provavelmente serão novamente necessárias. Tentava reproduzir pela enésima vez a parábola orwelliana da ameaça representada pela implantação de um hipotético regime esquerdista, mas traiu suas próprias aspirações. Na prática, parecia descrever a sua própria tática para assaltar o Estado, que tem cada vez mais os órgãos de controle aparelhados e desvirtuados – o que ocorre até com a Polícia Federal, órgão vital que teve sua cúpula removida para seguir fielmente os interesses pessoais do presidente.


Acuado pela corrupção no governo, exposta especialmente pelas compras fraudulentas de vacinas no Ministério da Saúde, o presidente tem negado até que o combate à corrupção tenha sido sua bandeira para chegar ao poder: “Eu não apareci em 2018 e falei que sou a favor da Lava Jato e vou combater a corrupção. Não foi isso. Minha história começa há muito tempo”. É mais um embuste. Todos se lembram das cenas de Bolsonaro tentando assediar o então juiz Sergio Moro em um aeroporto em 2018. As manifestações anticorrupção turbinadas pela Lava Jato foram o principal laboratório para a cristalização do bolsonarismo. O atual presidente usou o movimento para se legitimar como candidato. Eleito, convidou o próprio Moro para seu ministério, para em seguida isolá-lo e operar na surdina para desmontar a operação. Com isso, conseguiu enredar os órgãos de controle para proteger os grupos fisiológicos capturados no Petrolão e no Mensalão que são sua principal base de sustentação no Congresso, além de impedir as investigações sobre os crimes de rachadinha no seu clã. O presidente não vai abrir mão dessa blindagem facilmente. E tem se esforçado para isso.


O maior movimento coordenado por ele até o momento para se perpetuar no poder e melar as eleições ocorreu no Sete de Setembro, quando mobilizou manifestações em Brasília e São Paulo e afirmou que não aceitaria mais as determinações do ministro Alexandre de Moraes – o juiz do STF está à frente dos principais inquéritos contra o mandatário e seus apoiadores. Desde então, Bolsonaro precisou recuar em suas investidas para não abrir espaço a um processo de impeachment e nem atiçar uma reação popular que seria fatal para ele. Um triunfo eleitoral em outubro, ao contrário, seria assumido imediatamente como uma revanche e um sinal verde para seu projeto autocrático.


Para isso acontecer, Bolsonaro tenta reverter sua impopularidade desesperadamente. Já faz isso por meio de programas eleitoreiros, feitos improvisadamente driblando o teto de gastos. É o caso do Auxílio Brasil, sucedâneo do Bolsa Família, empacotado para ele tentar aumentar sua penetração no Nordeste, região em que ainda é largamente rejeitado. Com a ajuda do Centrão, tenta também irrigar inúmeros projetos paroquiais e eleitoreiros espalhados pelo País por meio do orçamento secreto, uma aberração introduzida pelos aliados no Congresso para subverter a vontade popular, comprar apoios políticos e fortalecer os caciques que aderiram ao seu projeto de poder.


Mesmo assim, esse plano enfrenta percalços. A economia, que será vital para o pleito, é plenamente desfavorável ao mandatário. Pesarão contra ele em outubro uma inflação de dois dígitos, altos índices de desemprego e risco de estagflação. O Banco Mundial acaba de revisar sua previsão do crescimento do Brasil este ano, de 2,5% para 1,4%. Ainda assim, a instituição é bem mais otimista do que consultoras e bancos brasileiros, que já preveem estagnação ou mesmo um PIB negativo até o final do ano. Mesmo a previsão positiva do Banco Mundial reflete a menor taxa de crescimento entre os 18 países emergentes analisados. Considerando 28 economias da América Latina e Caribe, o Brasil deve superar apenas o Haiti. É um péssimo prognóstico para um governo que vem anunciando desde o início uma época de prosperidade, mas até agora só entregou resultados pífios e recessão. Nem no seio do governo esse malogro passa em branco. Em sua justificativa para o estouro da meta de inflação em 2021 (10,06%), o próprio presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, elencou o descontrole fiscal como uma das causas. Entre economistas, não restam dúvidas. A crise econômica no Brasil foi fabricada pela incompetência do próprio governo, apesar dos truques retóricos de Paulo Guedes, que são recebidos cada vez com mais tédio e impaciência por empresários e agentes econômicos. Se o mandatário continuar no poder, esse cenário não pode ser revertido —­­­ é o cálculo que todos começam a fazer.


Apesar disso, há chances reais de o mandatário garantir mais quatro anos no Planalto. Analistas apontam as particularidades do próximo pleito, em que o antipetismo ainda pode jogar um papel relevante, beneficiando o atual morador do Palácio do Alvorada. “Desde o período da redemocratização, a gente nunca teve um presidente que afrontasse tanto as instituições, mas é preciso levar em consideração outros fatores que podem impactar o atual cenário”, defende Bruno Soller, especialista em Comunicação Política pela George Washington University. Ele aponta que o líder atual nas pesquisas, o ex-presidente Lula, teve suas condenações anuladas por questões processuais, e não por ter sido isentado de corrupção. Isso pode pesar ao longo da corrida eleitoral. Esse é o cálculo que Bolsonaro fez ao facilitar a soltura e a reabilitação política de Lula. Mas pode ter errado na dose, criando um problema para si mesmo.


Mesmo com a eventual reeleição de Bolsonaro, cientistas políticos ponderam que as instituições já estão suficientemente maduras para suportar investidas autoritárias. “Não podemos esquecer que o País passou por dois impeachments nos últimos 30 anos, e foram respeitados todos os ritos do processo”, pontua Soller. “A eleição de um personagem político diferente de Bolsonaro não traz exatamente estabilidade política, econômica e social. Mas traria mais estabilidade do que o governo Bolsonaro. Ele alimenta crises com suas declarações e atitudes, defende o indefensável. Ele só para seus ataques quando se sente realmente ameaçado”, diz o cientista político Rubens Figueiredo. “O País passou nos últimos três anos pelo seu mais duro teste, com um governante que trabalha basicamente pela ruptura da democracia. Na outra ponta, ele tem um profundo desprezo por gestão. Tem sido um teste muito duro para nossa democracia. Espero que isso se encerre com o final do seu mandato”, acrescenta Felipe Santa Cruz, presidente da OAB.


As eleições são, de qualquer forma, a única chance de interromper o projeto autoritário de Bolsonaro. Por isso, até o processo eleitoral precisa ser protegido. O risco de subversão das eleições, com o questionamento das urnas eleitorais, pode aumentar à medida que o chefe do Executivo se sinta fragilizado ou veja as chances reeleitorais minguarem. Num primeiro momento, seu ataque às urnas, copiado de Donald Trump, foi superado pela “Declaração à Nação” escrita às pressas pelo ex-presidente Michel Temer após o Sete de Setembro. Mas isso não significa que as redes digitais, inclusive clandestinas e robotizadas, não serão sacadas durante a campanha, escapando à vigilância de Justiça Eleitoral. Para lembrar esse risco, o presidente fez novos ataques na última quarta-feira aos ministros Luís Roberto Barroso e Alexandre de Moraes do STF, acusando-os de ameaçar e cassar “liberdade democráticas” com o objetivo, segundo ele, de beneficiar a candidatura de Lula (o que motivou essa nova explosão foram as investigações contra ele e seus aliados). “É possível que vivamos um Sete de Setembro permanente até as eleições. Haverá muito investimento de recursos públicos nas campanhas eleitorais deste ano”, alerta a cientista política Juliana Fratini. Para ela, esta será uma campanha cheia de estereótipos e raiva.



Em outubro, o País terá um encontro com seu destino. Em pleitos passados, o País rejeitou o populismo de esquerda, referendou o Plano Real e chancelou o PT apenas quando este partido se mostrou moderado. A estabilização monetária, implantada pelo governo FHC, é um pilar da sociedade até hoje. Esses valores precisam ser preservados, assim como o espírito da Constituição de 1988. A substituição de Bolsonaro não é apenas um salutar movimento de alternância no poder. Ela é necessária para evitar que o bolsonarismo se constitua em movimento perene de ameaça à ordem institucional. Ainda que o presidente não tenha a mesma habilidade de Trump, ele pode exercer uma influência nociva antidemocrática. Bolsonaro não precisa apenas ser derrotado eleitoralmente. O mal que representa precisa ser extirpado, para que o País retome o curso do desenvolvimento e do amadurecimento democrático, um ideal que segue ameaçado por aventureiros e extremistas.






domingo, 9 de janeiro de 2022

SE ELEITO, PT VAI VOLTAR À CENA DO CRIME PARA REEDITAR O MENSALÃO E O PETROLÃO, TENDO COMO PROTAGONISTAS OS MESMOS ESPERTALHÕES DA VELHA GUARDA, DO FILME DAS ANTIGAS A COMEÇAR POR LULA, DIRCEU, AMANTE, LINDINHO. MERCADANTE, GUIDO MANTEGA E ATÉ ROSEMARY NORONHA...



O ano eleitoral mal começou e o PT já reativou sua máquina de reescrever a história. Depois de disseminar a falsa narrativa da perseguição política para se esquivar das inúmeras – e robustas – denúncias de corrupção envolvendo seus principais quadros, o partido comandado por Luiz Inácio Lula da Silva dedica-se agora à estratégica tarefa de apagar da memória dos brasileiros os erros que ajudaram a afundar a economia nos últimos anos da era petista. A artimanha para tentar voltar ao poder ganhou forma nesta semana, com a publicação de um artigo que defende a velha cartilha do lulismo para “consertar” o país. O texto provocou enorme repercussão, não apenas pelo seu conteúdo desonesto, que omite o catastrófico apagar das luzes do governo Dilma Rousseff, mas também pela figura que Lula escolheu para assiná-lo: Guido Mantega.


Mais longevo ministro da Fazenda da era petista (comandou a pasta de 2006 a 2014), Mantega ressurgiu na cena política como porta-voz do petismo em uma série de artigos sobre economia que o jornal Folha de S. Paulo solicitou aos principais presidenciáveis. O texto ataca a “herança maldita” que será deixada pelos “governos Temer e Bolsonaro” e defende um modelo intervencionista, controlando os juros e estimulando “políticas industriais”. Nenhuma linha foi dedicada a explicar a pior recessão da história, iniciada ainda em 2014 e marcada pela grave retração do PIB sob Dilma Rousseff. Adversários de Lula na corrida ao Planalto, como Sergio Moro e Ciro Gomes, criticaram duramente o artigo e até lulistas de carteirinha caçoaram da peça de Mantega. “Oxalá seja apenas mal-assombração!”, escreveu o deputado Orlando Silva, do PCdoB, que também foi ministro nos governos de Lula e Dilma.


Lideranças petistas passaram os últimos dias explicando a opção por Mantega como porta-voz econômico da candidatura de Lula. Venderam como uma espécie de alento a tese de que, apesar de encarnar a ideologia desenvolvimentista do petismo, o ex-ministro foi escolhido porque já se sabe que ele não voltará à Esplanada dos Ministérios em um eventual novo governo do PT. “Qualquer outro nome geraria especulação de que poderia ser o ministro da Fazenda do Lula”, diz um dirigente petista. O fato é que a síntese do plano econômico de Lula, que visa a acabar com o teto de gastos públicos e revogar a reforma trabalhista, está presente no artigo de Mantega e é fruto de conversas semanais que o ex-ministro manteve durante a pandemia com os economistas Luiz Gonzaga Belluzzo e Delfim Netto, dois outros conselheiros de Lula na área – às sextas-feiras, eles costumavam se falar por videoconferência na hora do almoço, para conversar sobre o cenário econômico e alinhavar ideias a serem oferecidas ao chefe petista.

Aliados afirmam que o ex-presidente deve buscar um perfil mais parecido com o de Antonio Palocci, que foi ministro da Fazenda em seu primeiro mandato. Um nome ligado ao PT, claro, mas palatável ao mercado. Palocci virou desafeto dos petistas depois que confessou seus crimes e delatou antigos companheiros de partido em um acordo de colaboração feito com a Polícia Federal. Entre os delatados está o próprio Mantega, seu sucessor no ministério, acusado de antecipar decisões do Banco Central para o banqueiro André Esteves, dono do BTG. Os relatos de Palocci e de outros delatores graúdos da Lava Jato, como Marcelo Odebrecht e Eike Batista, ajudam a explicar por que Guido Mantega ainda goza de tanto prestígio nas hostes lulistas.


Ao longo dos nove anos em que esteve à frente da Fazenda, Mantega foi o mais eficiente tesoureiro de campanha do PT. Os empresários acusaram o ex-ministro de cobrar repasses ilícitos ao partido como contrapartida para atender seus pedidos dentro do governo. O caso mais notório envolve o pagamento de 50 milhões de reais da Braskem, do grupo Odebrecht, à campanha de Dilma em 2010, referente à “compra” da medida provisória conhecida como Refis da crise, que abatia dívidas tributárias da empresa. O acerto rendeu a Mantega o apelido “Pós-Itália” na planilha do setor de propinas da empreiteira baiana. A denúncia apresentada à Justiça pela força-tarefa de Curitiba foi rejeitada e as provas foram anuladas depois que o Supremo Tribunal Federal determinou o envio da ação do Paraná para Brasília. Mantega chegou a ser detido por algumas horas pela PF, em 2016, e conseguiu se livrar da tornozeleira eletrônica graças ao STF.


O ex-ministro foi um dos assuntos políticos mais candentes da semana, mas não é só ele quem dá ares de filme antigo à pré-candidatura de Lula. Outros importantes personagens da era petista estão diretamente envolvidos na campanha presidencial. Três vezes ministro de Dilma entre 2011 e 2015, Aloizio Mercadante, por exemplo, é o responsável pela formulação do que será apresentado em alguns meses como o plano de governo lulista. Presidente da Fundação Perseu Abramo, bancada com o fundo partidário, Mercadante é quem organiza as reuniões de onde saem as teses que depois a militância passa a difundir nas redes. Foi na fundação que ele e Lula se reuniram com Belluzzo antes de turnê pela Europa, em novembro, onde o chefe petista se encontrou com líderes da centro-esquerda e com o presidente francês, Emmanuel Macron.

Mercadante terá neste ano tanta projeção quanto Gleisi Hoffmann, a presidente nacional do PT, que tem acompanhado Lula em todas as agendas eleitorais. Sem autonomia para negociar em nome do partido, a deputada, também beneficiada por decisões da Segunda Turma do STF contra a Lava Jato, atua como emissária de Lula nos encontros dos quais o chefe petista não consegue participar. Nos últimos meses, Gleisi passou a seguir também as diretrizes traçadas por outro ex-ministro que Lula trouxe para perto de si, de olho na disputa pelo Planalto: Franklin Martins, que foi chefe da Secretaria de Comunicação no segundo mandato do petista, entre 2007 e 2010. Franklin assumiu a coordenação das redes sociais de Lula e deve comandar a estratégia de comunicação da campanha. Aliados atribuem à chegada do ex-ministro à equipe as declarações de Lula no ano passado em defesa da regulação da mídia, um desejo antigo do petismo raiz. Franklin Martins foi o responsável por alimentar uma série de blogs petistas, depois do mensalão, especializados em tentar manchar a reputação de adversários políticos e jornalistas independentes.


O “acordão” do establishment político para sepultar a Lava Jato deu ao PT não apenas a condição de lançar Lula na corrida presidencial, mas também munição para que outros quadros históricos e igualmente enrolados com a Justiça voltassem a circular com desenvoltura nos bastidores. O caso mais emblemático é o do ex-ministro José Dirceu. Como mostrou Crusoé em dezembro, o chefe da Casa Civil no primeiro governo Lula, condenado no mensalão e no petrolão, tem rodado o país para conversar com governadores, parlamentares e dirigentes partidários – a atuação é classificada por um interlocutor dele como “prospecção” eleitoral. Dirceu tem sido bastante elogiado dentro do partido, que para evitar danos de imagem o mantém estrategicamente afastado do círculo mais próximo de Lula.


Outro rosto conhecido que ganhou espaço nas hostes petistas nos últimos tempos é o do ex-deputado José Genoino, que também já presidiu o PT, como Dirceu, e foi igualmente condenado no processo do mensalão, em 2012. Hoje, Genoino vocaliza a ala mais radical do partido. Ele encampou um abaixo-assinado contra a ideia de lançar o ex-governador paulista Geraldo Alckmin como vice na chapa de Lula, defendida por Fernando Haddad. É no grupo de Genoino que flui o petismo mais ideológico, defensor das ditaduras de esquerda da América Latina, como a da Venezuela, e que responsabiliza a “hegemonia neoliberal” pelas agruras do país – um discurso que, vez ou outra, e a depender de quem está a ouvi-lo, o próprio Lula também adota. Embora seja muitas vezes engolida pelo pragmatismo lulista, essa ala exerce influência e forte pressão interna nas decisões partidárias. Foi assim, por exemplo, na constrangedora nota que celebrou em novembro passado a “vitória” do ditador Daniel Ortega nas eleições na Nicarágua e a polêmica ida de Gleisi à posse do ditador venezuelano Nicolás Maduro, em 2019.

A face mais moderada do grupo é a do deputado Rui Falcão, que antecedeu Gleisi no comando do PT e coordenou a campanha de Dilma em 2014, ápice do esquema de caixa 2 revelado pela Lava Jato – Marcelo Odebrecht, por exemplo, admitiu ter repassado 150 milhões de reais por fora para a reeleição da petista naquele ano. O parlamentar também é refratário à aliança com o ex-tucano Alckmin, mas nem por isso perdeu espaço no núcleo duro lulista. O ex-presidente já garantiu a participação de Falcão no grupo que coordenará sua campanha. Caberá a ele conter a ira dos mais fanáticos contra o pragmatismo eleitoral e a grita a favor de bandeiras antidemocráticas da esquerda xiita, que certamente serão exploradas pelos adversários.


Até o ex-tesoureiro Delúbio Soares, condenado ao lado de Genoino e Dirceu no mensalão, começou a dar pitacos nos grupos de WhatsApp da militância petista, cavando espaço. A mulher de Delúbio, Mônica Valente, ainda integra a Executiva Nacional do partido, na qual já comandou o departamento de relações internacionais, e é a principal representante da legenda no Foro de São Paulo, que reúne a esquerda latino-americana e costuma defender gente como os narcoguerrilheiros colombianos das Farc – recentemente, a agremiação se manifestou a favor da prisão de políticos opositores por Ortega na Nicarágua. Por ora, nas questões diplomáticas, Lula tem seguido mais os conselhos do ex-chanceler Celso Amorim, ex-ministro das Relações Exteriores e da Defesa. Integram ainda a tropa os ex-ministros Fernando Haddad e Jacques Wagner, que só não se dedicarão mais à campanha do chefe petista porque precisarão gastar sola de sapato para tentar vencer as eleições ao governo paulista e baiano, respectivamente.


Enquanto na base petista já tem gente sonhando em voltar a ocupar um cargo em Brasília, o discurso das principais lideranças do partido é de cautela, para conter o clima de “já ganhou” que começou a se espraiar pela militância diante da vantagem que Lula tem sobre os demais candidatos nas pesquisas. Os mais experientes lembram da campanha de 1994, quando ele tinha 40% das intenções de voto em maio, cinco meses antes do pleito, e perdeu para o tucano Fernando Henrique Cardoso no primeiro turno. “Naquela eleição, teve um jornal que publicou uma lista completa de quem seriam os ministros do Lula e deu no que deu”, recorda um dirigente.


É espantoso que, hoje, uma parte significativa dos eleitores brasileiros não tenha memória do filme antigo protagonizado pelo PT e o seu chefe. - Texto gentilmente roubado lá da Revista Crusoé -

sexta-feira, 7 de janeiro de 2022

NOSSAS CONDOLÊNCIAS AO MESTRE COM CARINHO, SIDNEY POITIER, QUE SE ENCANTOU AOS 94 ANOS



Por Altamir Pinheiro


No próximo mês,  fevereiro,  Sidney Poitier completaria 95 anos de idade.  Em 1963 fez história ao se tornar o PRIMEIRO ATOR NEGRO DA HISTÓRIA a receber o prêmio Oscar de melhor ator principal por sua performance no drama Uma Voz nas Sombras (Lilies of the Field) em 1963. Ao apresentar Sidney Poitier como ganhador da estatueta do Oscar, a consagrada atriz Ann Bancroft lhe deu um beijo na face, um gesto que causou escândalo entre o público mais conservador. Três anos depois, Poitier, contracenando com Katherine Houghton, protagonizaram uma das mais comentadas cenas, ao trocarem um ardente e prolongado beijo – o primeiro beijo inter-racial da tela cinematográfica – em Adivinhe Quem Vem para Jantar (1967).


Morreu nesta sexta-feira(7), nas Bahamas, o cidadão bahamense-americano Sidney L. Poitier. A informação foi confirmada pelo ministro das Relações Exteriores das Bahamas, Fred Mitchell  aos sites internacionais. A causa e  da morte não foi informada.   Sua última aparição no Oscar foi em 2014, quando apresentou o prêmio de Melhor Diretor ao lado da atriz Angelina Jolie. Na ocasião, o ator foi ovacionado de pé pelos presentes.


O chamado BLACK WESTERN num país racista tipo os Estados Unidos era coisa impensável, na década de 60,  um negro protagonizar um filme de Cawboy... Como diz o pesquisador e cinéfilo de bang bang Darci Fonseca, Nos anos 60 os Estados Unidos viram crescer as manifestações políticas pelos direitos civis e o mundo assistiu constrangido à morte do líder negro Martin Luther King. Muitos avanços ocorreram na sociedade norte-americana como reflexo dessa turbulência social e na década de 70 ocorreu a explosão dos chamados BLACK MOVIES(filmes com negros). JOHN FORD havia sido o diretor que mais incisivamente focalizou um personagem negro em um faroeste em “Audazes e Malditos” (1960) e o cinema teve que esperar até 1972 para ver produzido um autêntico Black Western.


No mundo artístico ninguém mais que Harry Belafonte lutou pelos direitos dos afro americanos, que é como os negros de lá gostam de ser chamados.  Este consagrado cantor foi quem produziu, em 1972, “UM POR DEUS, OUTRO PELO DIABO”, contratando para estrelar esse western seu amigo de passeatas Sidney Poitier.  Esse primeiro verdadeiramente grande astro negro de Hollywood havia sido, em 1968, o campeão de bilheterias dos Estados Unidos estrelando os filmes “Adivinhe quem Vem para Jantar” e “Ao Mestre com Carinho nesses dois filmes Poitier personificou o negro digno e exemplar, produto tipicamente hollywoodiano.


O faroeste “Um Por Deus, Outro Pelo Diabo” tem história similar à do belíssimo “Caravana de Bravos”, de John Ford. Porém a saga das famílias negras atravessando desertos e toda sorte de perigos rumo ao desconhecido para fugir do terrível passado, dá lugar às aventuras da dupla Buck e o Reverendo. Aos poucos o filme de Sidney Poitier segue como modelo “Butch Cassidy e Sundance Kid”, o western que dois anos antes obteve o mais retumbante sucesso que um faroeste havia alcançado na história do cinema. Paul Newman e Robert Redford disputam a preferência entre  Poitier e Belafonte, não faltando nem mesmo o elemento feminino na figura de Ruth (Ruby Dee), perfazendo um inequívoco triângulo amoroso. “Um Por Deus, Outro Pelo Diabo”, até hoje um faroeste único e que merece ser revisto nem que seja para rir um pouco com Harry Belafonte e para saber que os heróis nem sempre eram brancos.


Por se recusar sistematicamente a representar papéis com chavões ou clichês a ele oferecido como ator negro, Poitier tornou-se um pioneiro para si mesmo e para outros atores negros. À época recebeu indicação de Melhor Ator por sua atuação em Acorrentados (1958). Seu trabalho em filmes como Sementes da Violência fez dele o primeiro astro cinematográfico negro de destaque. Entretanto, o filme que consagrou definitivamente Sidney Poitier foi AO MESTRE, COM CARINHO (1967). Um jovem professor, Mark Thackeray, enfrenta alunos indisciplinados neste filme clássico que refletiu alguns dos problemas e medos dos adolescentes dos anos 60. Sidney Poitier tem uma extraordinária performance como um engenheiro desempregado que resolve dar aulas, num conhecido  bairro operário em Londres.


Da última geração de mitos do cinema, ainda com os pés no clássico, Poitier via sempre  um tempo de transformações. As questões raciais eram levadas às telas. Nascido em Miami, ele logo sentiu os problemas da população negra nos Estados Unidos. Tentou ingressar no Teatro Americano Negro, ainda nos anos 40, só conseguindo na segunda tentativa. Eis os cinco filmes que tornaram Sidney Poitier o maior ator negro de todos os tempos: ACORRENTADOS, de Stanley Kramer; NO CALOR DA NOITE, de Norman Jewison; UMA VOZ NAS SOMBRAS, DE RALPH NELSON(Com a personagem Homer Smith, Poitier tornou-se o primeiro afro-americano a ganhar o Oscar na categoria principal); AO MESTRE, COM CARINHO, de James Clavell; ADIVINHE QUEM VEM PARA JANTAR, de Stanley Kramer. O beijo entre a menina branca e seu noivo negro é visto pelo retrovisor do veículo, de forma distante. O impacto, na época, foi grande, ainda que hoje o filme pareça comportado demais.


Com o filme  Acorrentados, vem a primeira indicação ao Oscar. A estatueta chegaria pouco depois, pelo seu papel em UMA VOZ NAS SOMBRAS, de 1963, que marcou época. Um ator à altura de seus grandes filmes. Em 2002, a Academia Cinematográfica de Hollywood lhe conferiu o Prêmio Honorífico por sua obra, sempre representando a indústria do cinema com dignidade, estilo e inteligência. Possui uma estrela na Calçada da Fama, localizada em Hollywood Boulevard. Poitier foi embaixador das Bahamas no Japão e na Unesco, além de ter recebido em 2009, das mãos do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, a Medalha Presidencial da Liberdade, a condecoração civil mais importante do país.


Clic no endereço abaixo para assistir ao TRAILER  e  entender o contexto histórico da época do filme ADIVINHE QUEM VEM PARA JANTAR.   É um filme que funciona apenas quando você tem ideia do contexto histórico: Em 1967, 17 estados americanos ainda proibiam o "casamento inter-racial''.   Spencer Tracy e Katherine Hepburn (que foi premiada com o OSCAR por sua atuação) estão inesquecíveis como os atônitos pais, neste filme de 1967 que é um macro sobre as questões de miscigenação racial no casamento.

https://www.youtube.com/watch?v=cJa4zBgP-eU

 

 

 

 

 

quinta-feira, 23 de dezembro de 2021

SEM LEI E SEM ALMA

 


Por  Altamir Pinheiro


Eis uma grande película cinematográfica do conhecido diretor de cinema John Sturges, protagonizados pelos estupendos Burt Lancaster e Kirk Douglas. Trata-se do  filme SEM LEI E SEM ALMA, que ainda nos proporciona uma bela canja com a participação da lindíssima ruiva Rhonda Fleming, uma das atrizes mais bonitas de seu tempo, que coestrelou vários western roubando cenas apenas com sua beleza encantadora que morreu em agosto de 2020 com 97 anos de idade. Quanto ao diretor John Sturges, este faleceu no ano de 1992 aos 82 anos. SEM LEI E SEM ALMA é mais um clássico de Sturges, que já nos dera Punido Pelo Próprio Sangue, antes deste e após, Joe Kid, com Clint Eastwood, Duelo de Titãs, Sete Homens e Um Destino, dentre outros. No filme em tela também temos a presença de ótimos atores coadjuvantes que não deixa de ser um deleite ver grandes figuras como Lee Van Cleef, DeForrest Kelley e Dennis Hopper em início de carreira!!!


A  sinopse do filme nos conta que, Wyatt Earp (Burt Lancaster), lendário homem da lei, aposenta-se e vai visitar a família no Arizona. Lá ele se une a Doc Holliday (Kirk Douglas) - um dentista de formação, famoso pela rapidez no gatilho, gravemente doente e viciado em jogo, que também acaba de chegar na cidade para combater o temido bando de Ike Clanton (Lyle Bettger). Esta obra relata uma versão romanceada de um fato real ocorrido no Velho Oeste dos Estados Unidos da América: o famoso tiroteio do O.K. Corral em Tombstone, ocorrido de 26 de outubro de 1881. Este famoso duelo, que colocou Wyatt Earp e Doc Holliday frente a frente com a quadrilha dos Clanton, foi refilmado várias vezes pelo cinema, mas não de forma tão espetacular como neste clássico nomeado ao Oscar.


Na projeção há dois momentos com Wyatt(Lancaster) e Doc(Douglas) enfrentando bandidos não chegam a emocionar o espectador ávido por ação. No primeiro deles o enorme bando de desordeiros liderado por Shangai Pierce  é facilmente dominado por Wyatt e Doc. Os bandidos são encarcerados na pequena cadeia de Dodge City e não se ouve mais falar deles. O confronto seguinte passa-se à noite quando três bandidos atacam Doc e Wyatt acreditando que ambos estão dormindo e o trio é morto pelo marshal e pelo jogador-pistoleiro. O assassinato de James, o mais novo dos irmãos Earp abrevia o clímax de “Sem Lei e Sem Alma” com o confronto marcado para o amanhecer no OK Corral. É quando o western de Sturges se torna eletrizante com os três Earps e mais Doc Holliday liquidando os cinco temíveis oponentes.


SEM LEI E SEM ALMA é um dos maiores clássicos do cinema, uma fita quase que imortal, sem falar nas atuações de Burt Lancaster e Kirk Douglas  ambos no melhor de suas formas. Perfeito, bem dirigido, bem interpretado, mas com falhas no roteiro, segundo o que o próprio Earp deixou escrito. De qualquer forma o melhor de todos feito sobre o tema.  a fotografia é simplesmente espetacular. O  enredo é  baseado em fatos reais da famosa veracidade dos acontecimentos ocorridos no O.K.CORRAL. Vale destacar a ótima direção de John Sturges e a trilha sonora de Dimitri Tiomkin que são simplesmente maravilhosas.  Cena marcante é quando presenciamos um desolado Xerife  Wyatt Earp(Burt Lancaster), com a morte do seu  irmão,  ao retirar o distintivo jogando-o ao chão, repetindo o gesto de Will Kane (Gary Cooper) em “Matar ou Morrer”. 


Conforme nos conta o estudioso de cinema bang bang, Darci Fonseca, “Sem Lei e Sem Alma” (Gunfight at The OK Corral) foi um grande sucesso quando de seu lançamento. E não poderia ser de outra forma já que o elenco era encabeçado por Burt Lancaster (Wyatt Earp) e Kirk Douglas (Doc Holliday), ambos no auge de suas respectivas carreiras. Mas não foi fácil para o produtor Hall B. Wallis convencer Lancaster a fazer este filme. Como o ator de “Apache” havia a princípio se recusado a atuar nesse western, Wallis chegou a oferecer o papel de Wyatt Earp para Richard Widmark, Jack Palance e Van Heflin. Porém Hall B. Wallis sabia que a dupla Lancaster-Douglas atrairia muito mais público, o que significaria maior lucro para ele. Afinal de contas era Wallis quem estava bancando o filme que seria distribuído pela Paramount. Na verdade, Sem Lei e Sem Alma é um  Western de raiz em questão presentes todos os elementos caros ao gênero como honra, lealdade e acerto de contas naquele tiroteio final, no O.K.CORRAL. Um baita filme!!!


Assista na íntegra ao filme que tem duração de  2 horas.

https://pt-br.facebook.com/tubodeimagem80/videos/sem-lei-e-sem-alma-filme-completo/124690339614555/






segunda-feira, 6 de dezembro de 2021

...ERA UMA VEZ NO OESTE, JÁ É UM FILME CINQUENTÃO

 


Por Altamir Pinheiro

Um anos antes e outro depois de 1968(aliás, muitos afirmam que 1968  foi um ano que nunca terminou). Enquanto o mundo vivia em efervescência com o movimento estudantil de maio/68  em Paris; também acontecia o festival de música de Woodstock em Nova Iorque; o clima apreensivo pela morte do  guerrilheiro Che Guevara na Bolívia, alheio a todos esses movimentos em curso,  numa  vasta área arenosa do Monument Valley, o cineasta Sergio Leone comandava uma tropa de atores  formada por Charles Bronson,  Woody Strode, Henry Fonda,  Jack Elam, Jason Robards e tantos outros,  além da divina e maravilhosa Claudia Cardinale. 


Estamos falando das filmagens da película ERA UMA VEZ NO OESTE, donde,  todo cenário se passa no Monument Valley, no Arizona(palco  do lendário ator  John Wayne e do baita diretor John Ford). Pois bem, o filme em tela que se tornou num divisor de águas entre Hollywood e a cinematografia italiana, caracteriza-se pela  modalidade conhecida como faroeste spaghetti, adequadamente dirigido por Sergio Leone e com a trilha sonora empolgante e extremamente melancólica do também italiano, o  excepcional maestro Ennio Morricone que faleceu no ano de 2020 aos 91 anos  de idade. 


O interessante que àqueles personagens que compõem o elenco não são heroicos, bonitos, com topetes e pele clara,  de jeito nenhum!!!  Seus respectivos protagonistas são sujos, suados, com aspectos grudentos e maltrapilhos, afinal, estamos no Velho Oeste, e o diretor Leone dá características únicas para cada um de seus personagens, desde a mosca na cena inicial a gaita de Charles Bronson, passando pelas muletas de snaky e o ranger  dos dentes de Frank...


Há quem diga que, na década de 1960, os westerns estavam atravessando uma nova linha, já que o formato norte-americano de se observar o cotidiano cansativo  das coisas já estava consumindo os  amantes do bang bang. Como  relatado acima, nesta época, muitas mudanças culturais estavam ingressando na sociedade. Pareciam que os westerns americanos já eram clichês passados, se não fosse a interferência da Itália em realizar também suas próprias produções.  Na verdade,  o  gênero estritamente americano por excelência, mas que conseguiu adeptos de fãs no mundo inteiro, o cinema norte americano levou para todos os costumes dos velhos pioneiros na conquista da terra bravia, caravanas, diligências, salons, homens da lei e bandidos ou mocinhos.


O que se via era  herói salvando a mocinha e beijando-a no final, e principalmente, a característica do herói, sempre limpinho, arrumadinho e barbeado, que nas brigas nunca caía o chapéu  de cowboy? Sim, isto era o contraste dos verdadeiros homens do oeste, que em sua grande parte eram sujos e desalinhados.  Quando víamos cowboys alinhados como Randolph Scott, Audie Murphy, Gary Cooper, John Wayne, George Montgomery, Jock Mahoney, e tantos outros, analisamos o quanto é contrastante para com a realidade do que foi o Velho Oeste e seus contemporâneos.


O cinéfilo de muita  grandeza e  especialista em filmes faroestes, o carioca  Paulo Telles, faz uma pergunta bastante interessante aos aficionados desta modalidade de cinema,  mas por que um país da Europa se interessaria em realizar westerns se este é um gênero somente americano?!?!?! Ele mesmo responde,  simples: somente um cineasta italiano, que era um fã dos westerns americanos, queria apresentar ao mundo o que os americanos nunca ousaram mostrar nas telas, e este cineasta era Sergio Leone que lamentavelmente morreu em 1989 com apenas 60 anos de idade.


Leone queria mostrar ao público o que era, na realidade, o velho oeste americano, retratando seus “mocinhos e bandidos” sujos, suados, poeirentos, e com barba por fazer, e tramas nada românticas, afastando definitivamente toda legenda áurea que Hollywood mostrou ao longo de quase 50 anos. Doravante, surgia uma nova etapa no gênero, o “WESTERN SPAGHETTI”, como era definido o gênero além mar, produzido por cineastas italianos e rodados em alguns lugares na própria Itália, mas precisamente também na Espanha, na região de Alméria, lembrava também alguns lugares do deserto do Oeste dos Estados Unidos, como o Monument Valley, no Arizona (Estado de Utha), que é tida como a “Terra de John Ford”, pelo fato do grande Mestre ter dirigido muitas de suas películas westerns neste local.


O enredo do  filme propriamente dito começa  com Jill McBain (Claudia Cardinale)  que é uma ex-prostituta de New Orleans que chega à cidade de Flagstone, no Arizona, para conhecer seu marido, o irlandês Brett McBain (Frank Wolff), com quem se casara um mês antes em New Orleans. McBain é proprietário de terras por onde passará a estrada de ferro pertencente a Morton (Gabriele Ferzetti). Este quer as terras de McBain e contrata o pistoleiro Frank (Henry Fonda) para intimidar o irlandês, mas Frank assassina friamente McBain e seus três filhos. A princípio Jill pensa em se desfazer da propriedade chamada Sweetwater, porém após conhecer o bandido mexicano Manuel ‘Cheyenne’ Gutierrez (Jason Robards) e ainda um estranho apelidado ‘Harmônica’ (Charles Bronson), Jill muda de ideia. A mulher passa então a acalentar o sonho do marido de transformar Sweetwater não apenas em uma mera estação, mas em uma pequena cidade. 


Esta história relativamente simples, escrita por Dario Argento, Bernardo Bertolucci e pelo próprio Sergio Leone rendeu um roteiro de 420 páginas das quais somente 14 eram de diálogos. Leone costumava citar uma frase de John Ford na qual o Mestre das Pradarias afirmara que “um bom filme de ação não pode ter muitos diálogos”. Contraditoriamente, “Era Uma Vez no Oeste” não foi concebido por seu diretor para ser um filme de ação, mas sim uma espécie de ópera onde pudesse exercitar sua criatividade cinematográfica. Assim como em muitas óperas, cada personagem é caracterizado por um tema musical e disso se encarregou magistralmente Ennio Morricone. Além  da música Leone contou com um bom diretor de arte para construir os impressionantes cenários para a magna ópera-western que o delirante diretor imaginou. Não se canta em “Era Uma Vez no Oeste”, mas este monumental e compassado western é um espetáculo que bem poderia ser encenado no Scala de Milão ou no Metropolitan Opera de Nova York.


O cinéfilo paulista Darci  Fonseca nos afirma com grande precisão que, Leone pretendeu mostrar a chegada da civilização ao Velho Oeste realizando um filme majestoso e deslumbrante. Atingiu seu objetivo pois nenhum outro western se compara a “Era Uma Vez no Oeste” quanto a impressionar pelo lirismo de suas imagens. Reconhecido tanto por sua criatividade quanto por seus excessos, Leone não dosou seu estilo e concebeu uma grande ópera-western, a suprema teatralização do gênero que mais justo seria ser creditada como um filme de Sergio Leone e Ennio Morricone.  

https://www.youtube.com/watch?v=hVL2gc_CRTY

 


quarta-feira, 6 de outubro de 2021

PREFEITO ELEITO DE CAPOEIRAS FEZ UMA CAMPANHA SEM AGRESSÃO, E JAMAIS FEZ USO DA “CANALHOCRACIA” OU “SAFADOCRACIA” PERANTE SUA ADVERSÁRIA


 Por  Altamir Pinheiro


Na política interiorana a atmosfera bélica dos exaltados sempre teve histórico de resolver de forma violenta suas contendas eleitorais.  A hostilidade ou agressividade é um instrumento elementar da política, pois  o embrutecimento dos embates locais fazem parte do clima acirrado das disputas eleitorais que nos faz lembrar a  Hecatombe  de Garanhuns, no começo do século passado(1917), quando  duas famílias se digladiaram  em busca ou disputa sangrenta do poder municipal. Em Capoeiras, ainda bem, que as tensões e os casos mais cabeludos foram relativamente apaziguados e as pequenas mágoas  e ressentimentos  que ficaram pelo caminho quase que não continuaram após o veredicto das urnas. Que bom!!! Pois houve  um SALTO DE QUALIDADE muito grande em relação aos resultados eleitorais de desavenças  passadas. 


Quanto ao voto propriamente dito, a  literatura da ciência política do município de Capoeiras nos trouxe à tona     uma ocorrência bastante peculiar nessa eleição complementar  de 2021. O fato é que, em apenas 11 meses, o candidato do PSB aumentou o seu  patrimônio eleitoral em 1.100 votos. Ou seja,  em 2020 ele recebeu 5.069 sufrágios, já em 2021 descambou para 6.165, mesmo  com uma abstenção   em torno de um quarto dos eleitores aptos a votar que não compareceram às urnas.  os dois candidatos receberam  um montante de quase 12 mil votos. Percentualmente, Nego do Mercado cresceu cerca de 10 pontos,   justamente o que  preconizavam ou previam as últimas  pesquisas eleitorais, com suas margens de erros, mas  que davam o candidato do PSB(40) como vencedor do pleito.


Quanto à campanha  em si, a  dupla se  comportou à altura. Depois de dada a largada,  os dois  candidatos correram atrás do prejuízo e  seguiram suas devidas  jornadas sem desrespeitar o eventual cumprimento das regras impostas pela  justiça eleitoral. Em toda batalha  pela caça ao voto,  participaram  livremente  obedecendo as regras sobre propaganda nas ruas e na internet aplicadas  e recomendadas pela justiça.  Tanto Joaquim Teixeira(PSB) quanto Celina Miranda(PL) foram alunos exemplares e fizeram corretamente os seus respectivos  deveres  de casa. 


E por fim, o    candidato vencedor  Joaquim Costa Teixeira (Nego do Mercado), mesmo numa sociedade machista em que se faz presente nas cidades de interior, ele jamais usou da  “Canalhocracia”  ou da  “Safadocracia” para denegrir  à  imagem de uma senhora casada, mãe de família que foi à sua respeitosa e disciplinada  adversária.  O matuto do Gurjão provou à classe  que  pratica as ciências  políticas  que:  há, sim, muitos modos de fazer política. Mas só uma postura é digna: com a planta dos pés do chão e a coluna ereta.   Esses afazeres   foram cumpridos na íntegra pelo prefeito  eleito de Capoeiras.




domingo, 3 de outubro de 2021

VITÓRIA ESMAGADORA DE NEGO DO MERCADO, EM CAPOEIRAS, HOJE, DEVE SER ACIMA DOS 500 VOTOS DE DIFERENÇA

 



Por Altamir Pinheiro

Mesmo todas as pesquisas oscilando entre 10 a 15 pontos percentuais em prol da candidatura a prefeito de Nego do Mercado, tudo indica que ele terá, neste domingo(3), uma esmagadora vitória podendo ultrapassar a casa dos mil votos na frente  de sua fraca concorrente que vem se arrastando, sabe lá deus como,  desde o começo da campanha dessa eleição complementar de Capoeiras que sua adversária não mostrou ser páreo para enfrentar uma candidatura pés no chão e equilibrada como é a de Nego do Mercado,  Na batalha decisiva de hoje, o candidato do PSB está bastante otimista e acredita que não haverá nenhum empecilho que venha atrapalhar sua consagradora vitória que sairá das urnas eletrônicas logo mais à  noite. 


Ao se eleger logo mais, Capoeiras vai ganhar um prefeito de MÃO-CHEIA. Trata-se do conhecido empresário Nego do Mercado que é pré-candidato a um cargo executivo na terra do queijo e da maior feira de gado do Agreste Meridional. Nesta eleição quem se predispor ou optar pelo voto livre e soberano em Nego do Mercado vai ter certeza que está votando num administrador que, na vida empresarial, tudo que fez deu certo e tem tudo para na vida pública mostrar o que um gestor com senso de responsabilidade deve fazer com o dinheiro dos impostos arrecadado.


O projeto de sociedade que Nego do Mercado promete defender vai trazer bons frutos para  toda comunidade que se propõe a  confiar em um futuro governo de  cara nova  que traz em seu bojo a renovação política dos quadros partidários do município. Se o eleitor de Capoeiras vinha se sentindo inseguro, neutro ou indeciso esse temor vai desaparecer por completo nessas eleições, que começam a partir das 7 horas da manhã de hoje e se estende até às 5  da tarde e  a partir das 7 horas da noite tudo indica que o povo feliz de Capoeiras está correndo para o abraço comemorando  uma vitória maiúscula da família 40 que terá em NEGO  DO MERCADO sua honrosa  representatividade.

quarta-feira, 29 de setembro de 2021

VAI DAR CADEIA PARA QUEM COMPRAR VOTOS NESTA ELEIÇÃO COMPLEMENTAR DE CAPOEIRAS

 


Por Altamir  Pinheiro


Há  quem diga, e as redes sociais estão alarmando que  nessa sexta, sábado e domingo, sacos e mais sacos de dinheiro estariam inundando  ruas, becos e vielas de   Capoeiras. Grana esta, saindo dos bolsos de empresários de Garanhuns e São Bento do Una.  As pessoas iriam se vender por 30 moedas, principalmente cabos eleitorais e eleitores descompromissados com o bem do seu município. Ainda bem que a Polícia Federal, Militar, Civil e a Promotoria Pública estarão de prontidão para impedir tal ato criminoso, pois têm elementos que se  vendem fáceis, que negociam sua dignidade de cidadão por migalhas, isso acontece com o  eleitor totalmente descompromissado com à sua cidadania, pois  vende o seu voto esquecendo por completo o valor que sua dignidade representa perante tal sociedade à qual pertence. 


No passado, o voto de cabresto em nossa região  estava relacionado ao domínio direto, uma força de superioridade direta dos antigos proprietários de fazendas com os seus subordinados. Com o voto aberto, eleitores eram obrigados a votar em quem o grande CORONÉ quisesse, sujeitos à violência ou fiscalização de jagunços. Pelo que está se vendo nos dias de hoje,  haveria, também,,    compra de voto, pois o dinheiro farto   seria a moeda de troca, porém, graças as denúncias,  as autoridades vão se fazer presentes para impedir tamanha sacanagem que é induzir o eleitor a votar por uma determinada quantia


É bom que se diga, que não são apenas os pobres que veem o voto com descaso e enxergam o período eleitoral como oportunidade de ganhar um trocado. Os cabos eleitorais  também estão interessados no assunto  e  preocupado com seus próprios interesses. Só que,  nesses casos as negociações acontecem de outra forma. Ou seja, por baixo dos panos... Mesmo assim,  aqui,  fica dado o recado: comprar voto ainda é crime!!! POLÍCIA FEDERAL  NELES!!!  Até porque, eleitor que vende voto pode pegar quatro anos de cadeia. A infração está prevista no artigo 299 do  Código Eleitoral.



segunda-feira, 27 de setembro de 2021

DERROTADA, OPOSIÇÃO DE CAPOEIRAS AGRIDE JUSTIÇA E FALA BOBAGENS NO SEU GUIA ELEITORAL

 


Por Altamir Pinheiro

Com a derrota acachapante batendo à porta, a oposição de  Capoeiras  está  com ar de louca.  Com a boca escancarada cheia de dentes esperando a morte eleitoral chegar, o casal RAINHA DA INGLATERRA & FICHA SUJA atira desordenadamente pra tudo quanto é lado. O  pior que os tiros estão saindo pela culatra indo  em  direção da quase defunta oposição que já passou da hora de colocar a venerada  vela na mão, pedir misericórdia e partir pra outra eleição no longínquo ano de  2024.


Eis o que a candidata praticamente derrotada  repete diariamente no seu cansativo e chato  guia eleitoral juntamente com o seu marido: DESABAFA, FORASTEIRA!!!  “Realmente, não estava em meus planos ser prefeita de Capoeiras. Até porque, estava em nossos planos meu marido ser prefeito de Capoeiras. Isso todo mundo sabe e é bem claro. A gente sabia que ele ia ser prefeito e eu estava pronta para ajudá-lo. Mas, diante de tanta humilhação em todos os setores, foi humilhação por ele ter nascido um menino simples, uma pessoa negra, uma pessoa da zona rural  e sem estudo. Então, essa discriminação que tiveram com ele aqui, pois foi uma das coisas que mais levou a gente, assim, a gente continuar na vida pública. Agora, eu vou ser eleita(?) e reparar essa barbaridade, esse erro que foi cometido, certo!!! É como se fosse um passar a limpo!!! Eu vou passar tudo isso a limpo e reparar essa injustiça.”, diz a forasteira perdedora.


Já diz o poeta que, quando me lembro, eu sinto uma dor e bate tão forte, não quer mais parar,  por isso o consolo que eu tenho é chorar. FAAALA, PERDEDOR!!! “o que aconteceu comigo nessa última eleição foi uma coisa que me machucou, porque fui eleito, minhas contas foram todas aprovadas no Tribunal de Contas(?), a Juíza deferiu minha candidatura porque eu não tinha nenhum processo(?), meus adversários fizeram de tudo que você  pode imaginar, mas... a justiça de Deus vai ser feita, porque o povo de Capoeiras é um povo bom e inteligente; é um povo que sabe que estou falando a verdade. Se eu estivesse tomado posse no dia primeiro, de uma coisa eu tenho certeza: Capoeiras estava noutro rumo.”


DESABAFA  MAIS UMA VEZ,  MARIDÃO!!!  “Capoeiras pela primeira vez, se ela for eleita vai ter dois prefeitos. Um prefeito que foi eleito e tomaram o mandato e uma prefeita, se Deus quiser, vai ser eleita  e tomar posse. Converso com ela, vejo ela pronta para fazer uma boa administração em  Capoeiras. Eu sempre acreditei na política honesta e é por isso que estou aqui.”,  afirma o ex-candidato a prefeito que ludibriou o seu povo quando mentiu descaradamente dizendo que poderia ser candidato e porque  sua barra estava limpa.


Pois bem!!! Sem se iludir, a OPOSIÇÃO DE CAPOEIRAS tem plena consciência que está chegando sua hora, pois     foi entubada e respira por aparelhos  em profundo estado de desespero e sofrendo de um tremendo  desespero. É bom que se saiba que, no  mundo eleitoral em que se  vive,  a morte NÃO fede  (haja vista que assim que as urnas se fecham o defunto é logo enterrado!!!), mas só os agonizantes fedem, só os podres fedem, como também só os DERROTADOS FEDEM... Enquanto isto, eleitoralmente falando,  a família 40 como se presume já esteja com  a eleição praticamente ganha,  pois vive nadando num verdadeiro  e eterno  MAR DE ROSAS!!! Todas as pesquisas eleitorais mostram que Nego do Mercado  está na frente. Isso mesmo, pois pra frente é que se anda!!!



quinta-feira, 23 de setembro de 2021

PESQUISA ELEITORAL: NEGO DO MERCADO APARECE COMO FAVORITO ABSOLUTO PARA SE ELEGER PREFEITO DE CAPOEIRAS



Por Altamir Pinheiro


É preciso entender quais os requisitos necessários que um candidato a prefeito  deve apresentar para merecer a confiança do voto consciente, pois para ocupar um lugar de prefeito, não é necessário ser um político de carreira, eis que não é esse o requisito básico. Pelo contrário, para um cargo de prefeito deve ser ocupado por gente que queira trabalhar de verdade, e devemos buscar alguém que pelo menos já tenha demonstrado  vontade de trabalhar correta e decentemente, principalmente o que ele faz na sua vida particular e saber o que  faz e como faz e se faz bem. Alguém com tais requisitos merece ser votado. Afinal de contas,  eleitor capoeirense, um voto consciente é um passo certeiro na direção do futuro que você deseja para o lugar onde você mora.


Todo eleitor do município de Capoeiras deve  enfrentar essa  eleição complementar de 3 de outubro  com mente aberta para eleger o melhor,  pois será preciso muita força de vontade,  muita esperança  para dar seu tiro certeiro. Além de cobrança e fiscalização constante sobre o futuro prefeito eleito, é preciso comprometimento e consciência no ato de votar. Eleitor capoeirense, vote com consciência e escolha o NOVO e principalmente o candidato que nasceu em Capoeiras,  mora na sua cidade e tem compromisso com o mesmo povo de sua terra. Por uma questão de consciência o povo de Capoeiras está preparado para dar o voto da sensatez, votando em um candidato da terra.  Por isso, diga não a candidatura de gente que mora fora!!!!


Mapeando-se o cenário pré-eleitoral, o candidato NEGO DO MERCADO, tem aparecido com destaque em pesquisas de intenção de voto para  essa eleição complementar. O favoritismo dele extrapola as pesquisas e conclusões de especialistas, passando ao campo de uma eleição que ele aparece como favorito. Atenção eleitor consciente de Capoeiras!!! Existe uma margem de erro em porcentagem nas pesquisas eleitorais e nas urnas eletrônicas. A GRANDE  MARGEM DO ERRO ESTÁ NO NÚMERO 22.  Até porque,  há quem diga que a candidata forasteira do PL já entregou os pontos, pois não tem mais chance e nada a fazer.  Portanto.  sua derrota nas urnas  por uma margem bastante acentuada é só uma questão de dias... É por essas e outras que  o número  40 é favorito  disparado!!!


Portanto eleitor, não se iluda com promessas, ofertas ou compra de votos (que é crime). Até porque, pense bem eleitor: QUEM COMPRA VOTOS, VENDE ILUSÕES!!!

terça-feira, 21 de setembro de 2021

PREFEITO DE GARANHUNS PROÍBE VENDA DE BEBIDAS ALCOÓLICAS EM PLENO FESTIVAL DE INVERNO, NOS CAMAROTES E NO PÁTIO DA PRAÇA MESTRE DOMINGUINHOS



Por Altamir Pinheiro


Numa atitude inédita e radical, o prefeito de Garanhuns  fez uso do seu poder de mando com sua potente caneta e exagerando no rigor, pôs em vigor, o DECRETO 043/2017, impedindo que seja comercializado bebidas alcoólicas e  outras substâncias psicoativas no Festival de Inverno e no   Festival Dominguinhos. Segundo o Decreto, em seu paragrafo único reza que só será permitido o consumo se  houver a respectiva  AUTORIZAÇÃO expedida pelo poder público municipal. Eis o  que  diz  o Artigo  primeiro do referido Decreto:  Abre aspas: fica proibida a comercialização, fornecimento e consumo  de bebidas alcoólicas, nas PRAÇAS, locais  considerados como ponto turísticos e no interior de parques no âmbito do município de Garanhuns. Fecha aspas.


Na implantação dessas medidas que vão inibir tais práticas, até O PARQUE RUBER VAN DER LINDEN (Pau  Pombo)  foi atingido  em  cheio.  Quem  desobedecer corre o risco de se vê com a rígida fiscalização da Guarda Municipal, do  Conselho Tutelar  e se for o caso, até com a Polícia Militar e outros órgãos que possam auxiliar essas forças no embate de combater a comercialização do referido produto. De um modo  geral,  a sociedade como um todo não está gostando nem um pouquinho, haja vista que o Parque Pau Pombo é um recanto tradicional da cidade e há mais de meio século é um reduto dos boêmios que gostam de curtir música ao vivo e ficar ali com os amigos ou familiares, bebericando, comendo uns petiscos, e até mesmo almoçando ao  ar livre, geralmente   nos finais de semana e feriados. 


Seria de bom alvitre que o prefeito e sua equipe se acautelassem mais um pouco e pensassem melhor nessa medida  extrema,  haja vista que o lazer da classe menos favorecida resume-se único e exclusivamente tomar sua cachacinha aos domingos à tarde no tradicional Parque Pau Pombo. Pensando bem, o que dizer ao turista em pleno Festival de  Inverno que Garanhuns criou uma lei seca para as suas PRAÇAS e PARQUES, hein?  Prezado gestor de Garanhuns, sugiro que sua excelência deveria revogar este decreto é fazer uma lei mais clara e objetiva a respeito do  assunto em tela, até porque  senhor prefeito, nesse caso específico há um dito popular que diz,  toda precipitação causa danos, talvez irreversíveis. Então, pense o suficiente pra não agir equivocadamente, prefeito!!!