Por Altamir Pinheiro
Os Dez Mandamentos, um
filme datado do ano de 1956, em qualquer época nos deixa
impressionado com toda essa
grande narração épica, em todo e
qualquer aspecto em que isso possa ser considerado, é atemporal e apaixonante.
Esplendorosos cenários, belíssima fotografia, interpretações “admirantes” de Charlton Heston e Yul Brynner, com um
roteiro primoroso que justificam estar incluído na maioria das listas de filmes
indispensáveis de todos os tempos. O
diretor CECIL B. DEMILLE(o mesmo de
Sansão e Dalila) com seu perfeccionismo ilimitado criou um filme inesquecível.
Atuações, cenários, paisagens e efeitos especiais de enlouquecer qualquer
espectador seja ele cristão ou não.
Em que pese a pieguice
religiosa, às vezes até irritante, os filmes épicos seduz os cristãos no mundo
inteiro. O lendário Cecil B. DeMille é o
diretor por excelência desse gênero. As superproduções como “Ben-Hur” ou “A
Queda do Império Romano” são títulos lembrados quando se pensa na epopeia dos reis
e heróis bíblicos. Esse gênero
cinematográfico abrange proporções grandiosas, tempos turbulentos e personagens
nobremente heroicos. Geralmente a trama se centra em metas ou buscas, muitas
vezes de fundo religioso ou político, pois esse tipo de projeção cinematográfica
alcançou o seu ápice nas décadas de 50 e 60.
Em sua sinopse que é
baseada no Velho Testamento nos mostra que, Moisés, criado desde bebê pela
filha do faraó, cresce e se torna
príncipe do Egito. Ao descobrir sua verdadeira origem, ele decide libertar o
povo hebreu da escravidão egípcia, sendo guiado por Deus diante dos inimigos e
obstáculos que surgem durante esse caminho. Ou seja, A épica vida de Moisés (Charlton Heston), desde recém-nascido, quando
foi colocado nas águas em um cesto e acabou sendo adotado por uma princesa
egípcia, até quando descobre sua real condição e decide liderar seu povo que,
escravizado pelos egípcios, anseia pela liberdade.
Como afirma em suas
pesquisas o cinéfilo Paulo Telles, a primeira escolha para interpretar Moisés
na segunda versão de DeMille foi o astro cowboy William Boyd (1895-1972), velho
amigo do diretor e famoso por ser o destemido herói cowboy Hopalong Cassidy em
dezenas de faroestes “B’” das décadas de 1930 a 1950, entretanto ele recusou.
Logo, veio a ideia do diretor em escolher um jovem e promissor ator com quem
trabalhara dois anos antes, em um outro espetáculo que rendeu a ele não somente
boa bilheteria, mas também o Oscar de melhor filme de 1952: O Maior Espetáculo
da Terra. Este jovem era CHARLTON
HESTON, no esplendor de sua forma física aos 30 anos, casado e com um filho
recém-nascido (que fez participação no filme como sendo o "bebê
Moisés" encontrado pela filha do faraó.
Os dez Mandamentos
tornou-se também no mais longo filme da
carreira de DeMille, 220 minutos (a versão de 1923 tinha 136 minutos), E O
ÚLTIMO DE SUA LONGA TRAJETÓRIA. E de quebra,
a refilmagem concorreu a sete Oscars (inclusive de melhor filme), mas
acabou somente ganhando por efeitos especiais, obra do competente John Fulton,
onde repetiu com os mais modernos efeitos especiais possíveis para 1956
a proeza de dividir o Mar Vermelho para que o grande líder Moisés (Charlton
Heston) pudesse escapar com seu povo do exército do faraó Ramsés (Yul Brynner)
e atingir o Monte Sinai.
Pra época, há mais de
60 anos, o filme é muito avançado. Fica evidente, que hoje, o formato e a
tecnologia são muito mais avançadas.
Mas, claro, sem tirar qualquer valor, do diretor DeMille, que teve garra
de, com mais de 70 anos, jogar numa tela tudo aquilo. ele é grandioso mesmo.
Ele é fantástico e tudo àquilo é muito bem feito. Hoje, com a tecnologia que
dispomos, no filme, as pragas seriam melhor e mais claramente mostradas. Apesar
de, ou se bem que: a praga do granizo que vira fogo o DeMille fez perfeito, assim
como a água do Nilo ficar tinta como sangue. Bons truques para 1956, sem falar
na abertura do Mar Vermelho que, mesmo com tantas falhas de artifícios, ainda é
um truque e tanto.
Neste filme o veterano
cineasta, aos 70 anos, cumpriu o trato
de produzir coisa de qualidade. Tornou-se o filme mais caro da história da
PARAMOUNT, mas acabou se tornando o maior êxito comercial do estúdio, que
faturou uma fábula em milhões de dólares só no mercado norte-americano. Por
isso é correto dizer que com o cinema de Cecil B. DeMille, a Sétima Arte
descobriu como a fé além de remover montanhas, também poderia produzir o
milagre da multiplicação de renda. esta grandeza de fita que é Os Dez
Mandamentos é um DEZ!!!
https://www.youtube.com/watch?v=6ZMo4RB0Z_o