sexta-feira, 30 de junho de 2017

JOESLEY SAFADÃO & VACILÃO...




GUILHERME FIUZA

O gigante enfim acordou. O grande dia demorou a chegar, mas valeu a pena. A criatura paquidérmica e modorrenta espreguiçou-se com estilo, lançou um olhar de sagacidade em direção ao nada e anunciou a descoberta da origem de todos os seus problemas: MICHEL TEMER.

Foi bonito, mas não pensem que foi fácil. Na verdade, nem teria sido possível se não fosse a intervenção de UM HERÓI DISCRETO, UM HUMILDE HOMEM DO POVO DISPOSTO A TUDO PARA SALVAR A SUA GENTE: JOESLEY BATISTA. Desde o lendário LUIZ INÁCIO DA SILVA – O FILHO DO BRASIL – não se via nesta terra alguém tão determinado a sacrificar-se pelo BEM COMUM. Talvez até já se possa dizer que o Brasil tem dois filhos.

Ninguém ganhou tantas manchetes neste país em pouco mais de 30 dias quanto o COMPANHEIRO JOESLEY. Nada mais justo. Está faltando um historiador corajoso o suficiente para constatar o óbvio: o Maio de 17 no Brasil foi mais revolucionário que o Maio de 68 na França. Daniel Cohn-Bendit, o heroico líder das passeatas estudantis na França conhecido como Dani Le Rouge, tende a sumir dos livros de história com a consagração de Joesley Batista, o Jo Free-Boy. Cohn-Bendit nem exilado foi. JÁ O NOSSO FREE-BOY TEVE DE SE EXILAR EM MANHATTAN, EM PLENA PRIMAVERA NOVA-IORQUINA, JOGADO COMO UM INDIGENTE EM SEU APARTAMENTO NA 5ª AVENIDA, CERCADO POR TODOS OS LADOS DE GRIFES MILIONÁRIAS E OPRESSORAS.

Felizmente, Jo Free-Boy é um herói solitário, mas nem tanto. Alguns estudiosos progressistas e humanitários asseveram que ele não seria nada sem uma eminência parda também fadada a passar aos livros de história como ícone da revolução de Maio de 17 no Brasil: RODRIGO JANOT, O DEIXA-QUE-EU-CHUTO. Graças aos chutes certeiros de Janot, em tabelinhas sensacionais com Joesley (jogam por música), o Brasil descobriu que a quadrilha de Michel Temer sequestrou e depenou o país por 13 anos – MANTENDO GENTE INOCENTE COMO LULA, DILMA, DIRCEU E TODOS AQUELES TESOUREIROS SIMPÁTICOS DELES SOB EFEITO DE DROGAS PESADAS, OBRIGADOS A FAZER PAPÉIS SÓRDIDOS. DESUMANO.

Mas agora tudo se esclareceu. Quem roubou o BNDES e passou mais de década enfiando bilhões de reais na conta de Jo Free-Boy, na marra e sem dar a ele a mínima chance de defesa, FOI TEMER. Quem obrigou José Dirceu, por meio de tortura e choques elétricos, a reger na Petrobras o maior assalto da história do Ocidente FOI TEMER. Todo mundo sabe que o único parceiro de luta armada que tinha a chave da casa de Dirceu ERA TEMER. Uma violência.

E vejam só a desfaçatez: no que Temer assume a Presidência da República, o que ele faz? Enxota todos os bandidos da Petrobras e de seu entorno, põe para dirigir a companhia um executivo de primeira linha, inclusive honesto, que vai lá e salva em tempo recorde a maior empresa nacional. É muita cara de pau. NA GUERRILHA, chamavam isso de “FAZER FACHADA”.

Mas não engana ninguém. Agora todos já sabem, depois de tanta polêmica, que o tríplex do Guarujá É DE TEMER. O sítio de Atibaia TAMBÉM. Os pedalinhos pertencem a MICHELZINHO – e aqueles nomes da família de Lula pintados ali eram disfarce. Os Silvas na verdade eram empregados do sítio, inclusive submetidos a trabalho escravo. MICHELZINHO ficou milionário à sombra do pai – que o apelidou de RONALDINHO DOS NEGÓCIOS – quando todos sabem que talentoso mesmo para as finanças era Lulinha. MAS ESSE CONTINUOU POBRE, porque a quadrilha de Temer sabotou todas as suas iniciativas. Antes de ser preso na Lava Jato, o pecuarista José Carlos Bumlai cuidou pessoalmente de asfixiar a promissora carreira empresarial do filho de Lula.

É tudo muito triste, mas Deus é brasileiro e agora estamos caminhando para o final feliz. A receita do sucesso é simples, Brasil: não deixe de apoiar, em hipótese alguma, OS CHUTES DA DUPLA JANOT & JOESLEY. A bola costuma ir à arquibancada, mas isso não tem problema, porque o juiz Fachin sempre apitará gol. Entendeu? Pare com essa mania de investigação, processo e outras frescuras pequeno-burguesas. Um país moderno não pode ficar travado em burocracias.
Só falta erguer um monumento ao revolucionário desconhecido que tatuou seu lema na própria testa: “EU SOU LADRÃO, VACILÃO E SAFADÃO, MAS ESTOU LIVRE PORQUE TEM UM MONTE DE OTÁRIO PRA ACREDITAR EM MIM”.

quinta-feira, 29 de junho de 2017

Quem tem medo de Sérgio Moro?

 
 
 
Não são poucos os encrencados ou simplesmente citados em delações da lava jato que pedem aos seus advogados para que deem um jeito de tirá-los da jurisdição de Curitiba.

Melhor dizendo, de Sergio Moro, o protótipo do Juiz que, nos interrogatórios, não se altera por nada, trata respeitosamente o acusado num tom de voz suave lembrando cantiga de ninar.

Consta que até antes de estar cara a cara com o temível Juiz, tudo o que o Lula pedia aos seus advogados era para não ser levado para depor perante o Moro em Curitiba.

O medo de Lula de ser preso durante ou após a audiência foi tamanho que a militância petista trazida de ônibus do interior paranaense e de outros Estados, inclusive Minas, não arredou da praça próxima ao fórum, mesmo com chuva caindo.

Antes do encontro marcado com Moro, Lula chegou escoltado por alguns deputados e senadores petistas, subiu ao palanque, discursou à vontade e depois num cotejo rápido seguiu a pé para o seu compromisso.

Quem viu a postura, ora querendo dissimular o medo, ora querendo mostrar firmeza de modo a parecer verdadeiro, não tinha porque concluir que o Presidente mais popular da história, mais do que o grande Getúlio, pai dos pobres e mãe dos ricos, sairia dali preso.

Hoje o Lula, denotando até um certo carinho, trata o jovem Juiz Moro e a nova geração de Procuradores atuantes na Lava Jato como “os meninos de Curitiba”.

Quem parece ainda estar medrando é o PT que, por sua jovem e tarrabufada nova Presidente, esbraveja que o seu partido só aceita para o Lula a absolvição absoluta, total.

Isso é medo generalizado que nem o do poeta que morria de medo não só de que chegasse a hora de entrar no avião, mas também de abrir a porta que daria para sertão da sua solidão. (Belchior, Pequeno mapa do tempo, in Coração Selvagem, 1977).

Quem quando criança não ouviu a canção sobre o lobo mau que pegava criancinha para fazer mingau? Maldade do Braguinha, nosso popular João de Barro, autor dos versos que não lhe deram só fama. Também muito dinheiro.

O medo é uma maldade dos adultos que o inoculam nas crianças limitando-as desde cedo em suas iniciativas. Medo não são o receio, o cuidado, a prudência, que tem carga de responsabilidade.

Medo é o que encurrala e manipula as sociedades contemporâneas fustigadas por extremistas da esquerda e da direita. (Ver Bauman, “Em busca da política”, Zahar, SP, 2014).

O lobo mau sempre fazendo-se passar pela Chapeuzinho ao mesmo tempo sempre a fim da vovozinha deve ter mexido tanto com a cabeça de Edward Albee (1928-2016), quando criança, que já crescido, determinado a ser escritor, revelou-se um dos mais talentosos teatrólogos de sua geração nos anos 1960.

Misto de Millôr Fernandes com William Shakespeare, Albee estreou com a História do Zoológico em que duas personagens se encontram ali, entre feras, casualmente. A conversa descamba para a solidão. Quero dizer, toda e qualquer solidão.

A catarse do medo infantil do lobo mau se realizou com “Quem tem medo de Virginia Wolf?”. Aquele título, de saída, chamou a atenção para a obra da escritora inglesa, até então restrita a pequenos circulos intelectuais e maldita pelas elites conservadoras.

Nessa coisa de dar títulos sem nada a ver com o texto, o Augusto Blum, meu colega de faculdade, sob inspiração do “Missa Convite”, escreveu sua peça nunca encenada – “A redenção dos vuuupts ou quem tem medo de Silvia Teresa?”.

Agora, na segunda instancia, uma sentença do Juiz Moro foi reformada – porque delação por si só não vale como prova, e isso está na lei nº 12.850/13, Art. 4º, Parágrafo 16, que ordena assim - “nenhuma sentença condenatória será proferida com fundamento apenas nas declarações de agente colaborador”. Ou seja, o delator.

Não há sentença terminativa no primeiro grau. Quem é o Juiz que não sabe disso? Mas, afinal, errare humanum est...

O absolvido no segundo grau foi ninguém mais nem menos que um certo senhor Vacari, tesoureiro do PT.

SAIBA O QUE LEVOU O AÇOUGUEIRO JOESLEY BATISTA A SE INTERNAR NO HOSPIAL DOM MOURA, OU MELHOR, NO EINSTEIN.






CRIMINOSO PREMIADO TEVE UMA LOMBALGIA, A SEGUNDA CAUSA DE IDA DAS PESSOAS AO MÉDICO. VOCÊS ACHAVAM O QUÊ? QUE ELE TERIA DOR DE CONSCIÊNCIA?





Reinaldo Azevedo
Nada de grave com Joesley Batista. Podemos manter a esperança de que ele ainda acabe na cadeia. O que o fez internar-se no HOSPITAL ALBERT EINSTEIN foi uma lombalgia, a segunda queixa que mais leva as pessoas ao médico. Lombalgia? É: dor lombar, dor de cadeiras, dor de rim, dor nas ancas, dor nos quartos, lumbagem, lumbago… Vamos convir, né? QUEM REALMENTE ESTÁ COM DOR NO LOMBO, AINDA QUE METAFÓRICA, É O POVO BRASILEIRO, QUE FOI ASSALTADO, LUDIBRIADO, ENGANADO, PENDURADO NO GANCHO COMO GADO… E vê um de seus algozes flanando por aí. A lombalgia poderia ser até um princípio de justiça divina, né?, já que não se deve procurar a justiça dos homens nas cercanias de Rodrigo Janot e Edson Fachin. Mas não é. Deus não se ocupa dessas coisas. Isso é com a gente. E, claro!, noto que “as ancas” ou “os quartos” de Joesley, para empregar um vocábulo que orna com açougue, até podem doer. O QUE NÃO LHE DÓI MESMO É A CONSCIÊNCIA. - A manchete não faz parte do texto original -
 

Sucessora de Janot vai ‘’CHAMAR NA GRANDE’’ o amigo do Lula, Joesley Batista



 Josias de Souza

Indicada por Michel Temer para suceder Rodrigo Janot na Procuradoria-Geral da República, Raquel Dodge faz uma crítica à colaboração premiada firmada com executivos da JBS. Em conversas privadas, ela afirma que faltou ao acordo que converteu Temer em presidente denunciado uma exigência de reparação do dano causado ao erário.

Para Raquel Dodge, a imunidade penal concedida a Joesley Batista e aos demais delatores do grupo empresarial não deveria eximir o Estado de buscar a reparação integral do dano. Significa dizer que as verbas desviadas de cofres públicos e incorporadas ao patrimônio dos delatores teria de ser devolvida.

Defensora da Lava e do instituto da delação premiada, Raquel Dodge sustenta, longe dos refletores, a tese segundo a qual a ausência da reparação do dano passa para a sociedade a má impressão de que o crime compensa. Sobretudo em casos como o da JBS, cujos sócios ostentam sinais de riqueza como iate, jato e apartamento em Nova York.

A sucessora de Janot vem evitando falar abertamente sobre o tema. Mas será questionada sobre JBS na sabatina a ser realizada na Comissão de Constituição e Justiça do Senado. Até aqui, sempre que foi indagada sobre a delação da JBS, Raquel Dodge limitou-se a dizer que: 1) a legislação autoriza a redução ou perdão da sanção penal. 2) depois de celebrados pelo Ministério Público, os acordos são submetidos ao crivo do Judiciário.

O Supremo Tribunal Federal adiou para esta quinta-feira a decisão sobre a amplitude dos poderes do plenário da Corte e das suas turmas sobre as cláusulas de acordos de delação. Já está entendido que cabe ao relator do processo decidir sozinho sobre a legalidade do acordo e a espontaneidade das delações. A dúvida é se o colegiado pode ou não alterar os termos do acordo na hora de proferir uma sentença nos casos em que o delator cumpriu todos os compromissos que assumira com o Estado.

TOMARA QUE A RAQUEL NÃO SEJA UMA VAGABUNDA FEITO DILMA




Josias de souza
Com a rapidez de um raio, Michel Temer indicou  a sucessora do procurador-geral da República Rodrigo Janot horas depois de receber a lista tríplice com os nomes mais votados pela corporação. Refugou o primeiro nome da lista, Nicolao Dino. Indicou sua preferida: Raquel Dodge, a segunda colocada. Deve-se a pressa de Temer ao desejo de injetar desde logo no cenário político a perspectiva de um contraponto à atuação de Janot, que deixará o cargo em 17 de setembro.
Subprocuradora-geral, Raquel Dodge é uma clara antagonista de Janot. Além da simpatia de Temer, contava com o apoio de caciques do PMDB, entre eles José Sarney e Renan Calheiros. Esses apoios lhe serão úteis na segunda fase do processo: a aprovação do seu nome no Senado Federal. A escolhida planeja visitar senadores. Deseja, segundo diz, expor seu plano de trabalho. Pesou também a favor da nova procuradora-geral da República o apoio do ministro Gilmar Mendes, do STF, amigo de Temer e desafeto de Janot.
Ao optar por Raquel Dodge, Temer rompeu uma tradição de 14 anos. Desde 2003, sob Lula, prevalecia na sucessão da Procuradoria-Geral da República o nome do primeiro colocado na eleição interna da corporação. Temer recusou-se a indicar Nicolao Dino porque ele representa o oposto do que o presidente desejava. Frequentou a disputa como candidato apoiado por Rodrigo Janot, a quem Temer declarou guerra aberta.
Nicolao Dino foi o autor do parecer no qual o Ministério Público recomendou a cassação da chapa Dilma-Temer, posição derrotada por 4 a 3 no recente julgamento do Tribunal Superior Eleitoral. De resto, o primeiro colocado da lista dos procuradores era o último nome que José Sarney, amigo e conselheiro de Temer, queria ver no comando da Procuradoria-Geral. O irmão dele, Flavio Dino, governador do Maranhão pelo PCdoB, é um ferrenho adversário do clã Sarney.
Içada à chefia do Ministério Público Federal por um presidente denunciado, Raquel Dodge talvez tenha de lidar com parte do espólio de denúncias que Janot fará contra Temer. O presidente e seu grupo político estão aliviados com a perspectiva de se livrar de Janot. O alívio nestes casos pode ser, porém, ilusório. Nos seus dois mandatos, Lula indicou meia dúzia de ministros para o STF. Um deles, Joaquim Barbosa, revelou-se um insuspeitado algoz do petismo como relator do processo do mensalão.  - A manchete não faz parte do texto original -




quarta-feira, 28 de junho de 2017

ESPERA-SE QUE A PRIMEIRA MULHER COMO PROCURADORA GERAL, NÃO SEJA UMA MERDA COMO A PRIMEIRA PRESIDENTA




Cláudio humberto

O presidente Michel Temer escolheu nesta quarta (28) a procuradora federal Raquel Dodge para chefiar a Procuradoria Geral da República no lugar do atual ocupante do cargo, Rodrigo Janot. O mandato de Janot acaba em setembro. O nome de Raquel Dodge foi anunciado pelo porta-voz da Presidência,  Alexandre Parola, no Palácio do Planalto na noite desta quarta. Ela foi a segunda colocada na lista tríplice enviada a Temer pela Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR). "O presidente da República escolheu na noite de hoje a subprocuradora-geral da República, dra. Raquel Elias Dodge para o cargo de procuradora-geral da República. A dra. Raquel Dodge é a primeira mulher a ser nomeada para a Procuradoria Geral da República", afirmou Parola no pronunciamento. Com a indicação, Raquel Dodge será submetida a sabatina no Senado e precisará ter a indicação aprovada pelos senadores antes de ser oficializada no cargo. Ela tomará posse em setembro, no lugar de Janot.
- A manchete não faz parte do texto original -