Maria Lúcia Victor Barbosa
Quem nos governa? A rigor ninguém. É verdade que Lula da Silva está
sempre se intrometendo junto à criatura. Ele tira e põe ministros, como fez
desde o primeiro mandato de Rousseff e, pior, dá palpites na economia querendo
reeditar as medidas populistas que a governANTA e o ministro da Fazenda, Guido
Mantega, sob seu comando puseram em prática.
Contudo, aos quase 13 anos de governo petista não foram feitas as
reformas necessárias. A SAÚDE tornou-se um descalabro com requintes de crueldade. A EDUCAÇÃO chegou ao seu pior
nível. A VIOLÊNCIA URBANA, que tem como causa principal a livre entrada no País das drogas,
aumentou a ponto de supor que estamos em guerra civil tantas são as mortes
cometidas por bandidos que são presos e logo soltos. Os carros, comprados aos
milhões sem planejamento urbano tornaram o trânsito um inferno. A corrupção
desbragada, como nunca antes houve nesse país, dilapidou a Petrobrás e outras
instituições.
Depois do “milagre” do magnânimo pai Lula vieram as consequências na
economia: inflação crescente, aumento do desemprego e da inadimplência (|nome
politicamente correto para calote), recessão. A situação tende a piorar.
No Planalto temos o desgoverno da senhora atarantada, cujas únicas funções
são viajar, receber atletas e falar para plateias restritas e adestradas para
aplaudi-la. EXPOSTA PUBLICAMENTE É VAIADA, como tem acontecido com vários
participantes do governo petista.
De fato, não há mais Poder Executivo. A governANTA não possui apoio nem
popular nem no Congresso, muito menos do seu criador e do PT, e acaba de perder
o líder do governo no Senado, o petista Delcídio do Amaral que foi preso. Algo
nunca acontecido por se tratar de um senador em exercício. OUTRO PRESIDENTE DA REPÚBLICA JÁ
TERIA SOFRIDO O IMPEACHMENT OU RENUNCIADO.
A desdita do senador aconteceu não porque ele ofereceu uma fuga
rocambolesca a Cerveró, temendo ser incluído na delação premiada do ex-diretor
da Petrobras, mas por ter afrontado os ministros do STF. Junto com o senador
Delcídio do Amaral foi preso o banqueiro André Esteves, dono do BTG, muito
ligado às altas autoridades e suas nebulosas “transações”. Na véspera foi preso
também JOSÉ CARLOS BUMLAI, acusado de intermediar contratos na Petrobras e
arrecadar propinas em nome de seu grande amigo Lula da Silva, junto ao qual
tinha passe livre quando este era presidente.
Quanto ao Poder Legislativo estaria bastante desfalcado se houvesse
aplicação efetiva e ágil da lei. No entanto, apenas o presidente da Câmara,
deputado Eduardo Cunha, foi exposto longamente na mídia como o único corrupto
da República. Isso aconteceu por conta de seus “pecados” ou por que é ele quem
desencadeia o rito de impeachment da presidente que, aliás, já foi uma vez
barrado pelo Supremo? Ou por que encarnou a única e breve oposição ao PT? Ou mesmo por que logrou a rápida
independência do Congresso sempre
agachado diante do Executivo?
As indagações são pertinentes porque existem, ligados á Lava Jato, 67
investigados no STF por envolvimento nos esquemas de corrupção da Petrobras,
entre eles, deputados e senadores. Tem ainda ministros envolvidos e os chamados
inquéritos ocultos, além das peças sem denúncia para as quais a Polícia Federal
pediu prorrogação de prazo para investigações. A quantidade de autoridades
envolvidas em assaltos a coisa pública é de tal monta, QUE DÁ IMPRESSÃO QUE SOMOS
GOVERNADOS POR UMA MÁFIA DIRIGIDA POR UM PODEROSO E INIMPUTÁVEL CHEFÃO. Mas, sobre a máfia
política não houve uma campanha sistemática de desmoralização junto á opinião
pública.
Chegamos a um ponto em que a economia está arruinada e o sistema
político faliu. Os partidos políticos não possuem mais representatividade e,
para piorar não surgiram novas lideranças como aconteceu na Argentina com a
vitória de Maurício Macri ou com o despontar de nomes como Luís Lacalle no
Uruguai, Henrique Caprilles na Venezuela ou Keiko Fujimori no Peru. Estes falam
a língua evoluída dos liberais e são capazes de quebrar a hegemonia
latino-americana da neoesquerda nefasta, populista, atrasada que vem
infelicitando os povos latino-americanos.
No Brasil, a hegemonia petista impediu a emergência de estadistas e
vemos as mesmas e cansativas figuras se posicionando para a corrida aos cargos
eletivos. COMO É FRACO TODO ESSE MATERIAL
POLÍTICO QUE SE APRESENTA PARA DISPUTAR NOSSO VOTO.
Aqui, de inédito e meritório, somente figuras isoladas no Poder
Judiciário, como o ex-ministro do STF, JOAQUIM BARBOSA e agora o juiz
federal SÉRGIO MORO coadjuvado pela Polícia Federal e por promotores. Estes têm a
capacidade de aplicar a isonomia do Direito e a competência de fazer justiça
através da lei. No mais, mergulhamos
numa crise de proporções gigantescas. SOMOS UM BARCO À DERIVA, SEM
CAPITÃO E SEM LEME.