quarta-feira, 6 de abril de 2016

JUNTA COM O LULA, A DOIDA DO PT PAGA R$ 2 MILHÕES POR VOTO DE DEPUTADO CONTRA IMPEACHMENT.



Um dos principais críticos do governo federal, o presidente nacional do Solidariedade, Paulinho da Força (SP), acusou o Palácio do Planalto, sem apresentar qualquer prova, de oferecer R$ 2 milhões para um deputado votar contra o impeachment da presidente Dilma Rousseff e R$ 400 mil para outro faltar à votação, prevista para acontecer entre os próximos dias 15 e 17. Ele fez as acusações em entrevista na manhã desta terça-feira, 5, mas recusou-se a dizer quem foram os alvos das supostas investidas do governo.
Inicialmente, o deputado foi questionado sobre a intenção do governo de negociar cargos agora, mas só entregá-los após a votação do impeachment. “Mais ou menos o que o PT faz a vida toda: engana todo mundo. Então, os parlamentares que estão neste troca-troca, têm que saber disso, que o governo oferece, mas não cumpre”, afirmou.

Em seguida, emendou: “Até porque, se cumprir, imagina como será depois. Pagar R$ 400 mil para um deputado ficar em casa para não vir votar. Em seguida, como ela governa o Brasil com menos de 171 votos? Ou seja, caos no País”, disse Paulinho, em entrevista gravada, no final desta manhã. Em seguida, questionado sobre a denúncia, reafirmou que “está oferecendo” o valor a um deputado e completou afirmando que “ontem, ofereceram R$ 2 milhões para um deputado só”. Abordado pelos jornalistas, disse que o valor era para que se votasse contra o impedimento da petista.
Mesmo sob insistência dos jornalistas, Paulinho recusou-se a dizer quem eram os deputados supostamente abordados por interlocutores do Palácio do Planalto.
O presidente do Solidariedade disse ainda que, a partir desta quinta-feira, 7, partidos de oposição colocarão carros de som diante das residências de deputados que se dizem indecisos e daqueles contrários ao impeachment da presidente Dilma Rousseff. De acordo com ele, há 39 indecisos e entre 90 e 95 contra o impedimento.
Paulinho disse que os partidos de oposição irão arcar com os custos dos carros de som na frente das moradias nos Estados e em Brasília. “Não sei como pagar ainda, mas, provavelmente, com fundo partidário”, afirmou nesta manhã. Do site Diário do Poder

O GOLPE E OS GOLPISTAS



Por José Nêumanne*
Esqueça comunismo, socialismo, bolivarianismo ou populismo. Tudo isso serve apenas de lorota retórica para engabelar o povo. O que o Partido dos Trabalhadores (PT) e aliados executaram em 13 anos e três meses no poder na República foi um crime comum planejado e executado com frieza e cálculo. E justificado com mantras ideológicos para manter vivo o fervor da militância. A Operação Carbono 14, 27.ª fase da Lava Jato, que completa dois anos de profícua existência, prova também que os casos Celso Daniel, mensalão e petrolão não foram isolados, mas um escândalo só: o maior assalto aos cofres públicos, como nunca antes havido na História deste país. Quiçá do mundo!
Há quem diga que as instituições do Estado Democrático de Direito estão funcionando normalmente no Brasil. Graças a Deus! Mas será que estão mesmo? Até este momento as aparências mostram que sim. Mas, como dizia o título de uma coluna do chargista Carlos Estêvão na extinta revista O Cruzeiro, “as aparências enganam”. É. Pode ser. Até agora, a força-tarefa, composta por agentes da Polícia Federal (PF) e do Ministério Público Federal (MPF), tem produzido uma surpreendente devassa da compra de dirigentes políticos, empresários de peso e burocratas antes intocáveis e esta mostra o pleno funcionamento da Justiça. A confirmação das decisões do juiz federal paranaense Sergio Moro por tribunais superiores reforça tal impressão. Mas não será apenas uma impressão?
Os impropérios públicos contra a atuação independente dessa fração do Poder Judiciário proferidos pela presidente da República, pelo maior líder (e sua principal base política de sustentação) e por dirigentes, parlamentares e militantes do partido deles, contudo, ameaçam a continuidade e efetividade da operação. Já se comenta abertamente nos meios de comunicação a possibilidade da anulação de seus atos por impugnação de algum deslize do juiz, como ocorreu antes na Operação Castelo de Areia, por exemplo.
Ora, direis, isso são apenas conjecturas. Pois o povo na rua prestigia o desempenho de policiais, procuradores e do juiz, mantendo eventuais desafetos de seu trabalho sob pressão. Mas na República não vigora o lema de grevista segundo o qual “o povo unido jamais será vencido”. Ainda que o trabalho da “república de Curitiba” seja aplaudido e defendido por 90% da população, segundo o Instituto Ipsos, isso não bastará para mantê-lo. Ele precisa do suporte das instâncias superiores do Judiciário e, embora esteja sendo confirmado, já começa a receber alguns avisos bastante claros da mais alta delas, o Supremo Tribunal Federal (STF), em decisões que podem significar “devagar com o andor, que o santo é de barro”.
De qualquer maneira, as últimas notícias não deixam dúvidas quanto à evidência de que o aparelhamento do Poder Executivo pelos partidos governistas, principalmente o da “chefa” do governo, não se limita mais à ocupação dos cargos nas repartições públicas e nas estatais, sem a qual o gigantesco assalto não teria sido possível. Agora atingiu o topo. Apoiada na máquina pública aparelhada e na vitória apertadíssima no pleito de 2014, a militante Dilma Vana Rousseff Linhares passou a ocupar a sede do poder republicano, o Palácio do Planalto, como se fosse um aparelho de seus tempos de guerrilheira Estela, reunindo massas fanáticas que berram palavras de ordem provocadoras como “não vai ter golpe”.
E pior, “vai ter sangue”! Fazendo coro a gritos de guerra puxados pela alterada ocupante temporária do próprio público, a militância agrediu e expulsou o deputado Major Olímpio (SD-SP) de uma posse de ministros. Os presidentes da CUT, Vagner de Freitas, e do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), Guilherme Boulos, ameaçaram se armar para defender a permanência da chefe no governo. O secretário de Comunicação, Edinho Silva, falou em cadáver.
Para animar plateias que se dispõem a ouvir suas arengas a “presidenta” manda Montesquieu às favas agredindo o Legislativo e o Judiciário, como se estes tivessem a obrigação de concordar com ela, com a afirmação que afronta a lei “impeachment é golpe”, agora acrescentada da pretensa atenuante “sem provas”.
Dilma ainda vai além: o palácio que virou aparelho e, depois, auditório para resistência sindical está sendo usado como brechó de quinta categoria. Nele a adesão de parlamentares à manutenção a qualquer custo do resto de mandato de Dilma está sendo alugada com dinheiro do contribuinte. Primeiramente, ela fez ouvidos de mercador à crise ética, permitindo por omissão o assalto desmesurado ao patrimônio público, que levou ao empobrecimento da Petrobrás e à recessão. Isso tudo gerou a maior crise econômica da História. E, então, resolveu esvaziar o caixa para ficar com a chave dele.
O parágrafo anterior descreve a desmoralização do Poder Legislativo, que representa a base da democracia, por ser o poder do cidadão. Mas o crime impune descrito é apenas uma das demonstrações da ameaça à higidez dessa instituição basilar do Estado Democrático de Direito. Pois ainda salta aos olhos da multidão a degeneração das casas de leis presididas por parlamentares investigados em vários casos criminais.
A lerdeza torna-se sinônima de leniência do Judiciário, que o cidadão constata comparando dois números: 67 condenados em 17 processos na primeira instância e nenhum político com foro privilegiado punido na forma da lei na instância final. E o Supremo Tribunal tem também seu prestígio institucional arranhado pela corrida de seus membros rumo à luz dos holofotes e à proximidade dos microfones dos meios de comunicação.
Nem quartéis nem ruas ocupadas pelo povo ameaçam o funcionamento das instituições. Mas, sim, seus ditos guardiões que, em vez de fortalecê-las, as usam para se manter no topo e ficar à sombra e água fresca de paraísos fiscais.

terça-feira, 5 de abril de 2016

SÓ FALTA FECHAR A CÂMARA DOS DEPUTADOS



Aluízio Amorim
O melhor título dado à notícia sobre a decisão do ministro Marco Aurélio Mello interferindo no Poder Legislativo foi do site Diário do Poder: “Só falta fechar a Câmara”. Transcrevo a nota do DP que resume a descabida interferência na Câmara por parte do primo de Fernando Color de Mello. Em tempos de cólera petralha tudo pode acontecer. Ainda não vimos tudo até o final dessa história de horror. Nunca é demais lembrar que foi assim que aconteceu na Venezuela. Lá a Suprema Corte aceitou ser subjugada pelos comunistas. Deu no que deu.
O ministro do Supremo Tribunal Federal Marco Aurélio Mello decidiu há pouco que a Câmara dos Deputados está obrigada a abrir o processo de impeachment contra o vice-presidente da República, Michel Temer (PMDB). O pedido foi feito por um advogado de Brasília e já havia sido rejeitado pela presidência da Câmara dos Deputados no ano passado.
Em decisões recentes do STF sobre matérias infraconstitucionais da Câmara dos Deputados, a Corte interferiu em questões relativas a regimento interno do outro Poder, alterando e até definindo a tramitaçao e o rito do impeachment; completamente alterado em relação ao impeachment do ex-presidente Fernando Collor, no início dos anos 90.
A decisão liminar do ministro ainda deve ser referendada pelo plenário do Supremo.

DILMA É ORDINÁRIA, DESEQUILIBRADA E TÁ FICANDO DOIDA...













Carlos Newton
Em todo assunto muito polêmico, sempre surgem teorias conspiratórias. No caso do estado de saúde da presidente Dilma Rousseff, revelado pela revista IstoÉ, a internet logo divulgou as mais disparatadas versões. Uma delas é de que a notícia teria sido plantada pelo PT para evitar o impeachment. Outra teoria é de que o objetivo final é tumultuar ainda mais o quadro político, para que sejam convocadas novas eleições este ano, para que Lula se candidatasse novamente.
Mas essas hipóteses são descabidas e não têm o menor fundamento. O PT ou o governo jamais vazariam de propósito uma notícia deste tipo, altamente depreciativa e cujo efeito maior, se for confirmada a veracidade da reportagem, será a completa destruição do que resta da imagem política e pessoal de Dilma Rousseff.
É preciso notar que essa informação sobre a saúde mental da presidente da República não tem a menor utilidade para evitar o impeachment. Pelo contrário, significa o mais forte motivo para justificar o afastamento definitivo da presidente, já nem mais importa se houve não crimes de responsabilidade ou crimes eleitorais.
Quanto à possibilidade de novas eleições para beneficiar Lula, trata-se de outro delírio, pois tal hipótese se poderia ocorrer se o TSE cassasse a chapa Dilma/Temer, sem dar oportunidade de ser empossada outra chapa que disputou o segundo turno, como já ocorreu nos dois casos anteriores (cassação de governadores Jackson Lago e Cássio Cunha Lima, no Maranhão e na Paraíba).

UMA DOENÇA GRAVE

Como se sabe, a revista IstoÉ afirma que a presidente está sendo tratada com um medicamento muito forte, cuja bula não deixa margem a dúvidas:
 A Olanzapina é indicada para o tratamento agudo e de manutenção da esquizofrenia e outras psicoses, nas quais sintomas positivos (ex.: delírios, alucinações, alterações de pensamento, hostilidade e desconfiança) e/ou sintomas negativos (ex.: afeto diminuído, isolamento emocional e social, pobreza de linguagem) são proeminentes. A Olanzapina alivia também os sintomas afetivos secundários, comumente associados com esquizofrenia e transtornos relacionados. A Olanzapina é eficaz na manutenção da melhora clínica durante o tratamento contínuo nos pacientes que responderam ao tratamento inicial. A Olanzapina é indicada, em monoterapia ou em combinação com lítio ou valproato, para o tratamento de episódios de mania aguda ou mistos do transtorno bipolar, com ou sem sintomas psicóticos e com ou sem ciclo rápido. A Olanzapina é indicada para prolongar o tempo e reduzir as taxas de recorrência dos episódios de mania, mistos ou depressivos no transtorno bipolar.”

NÃO É ESQUIZOFRENIA?

Na opinião do psiquiatra e psicanalista Ednei Freitas, que conquistou renome internacional com seus estudos sobre a chamada “segunda memória”, muito provavelmente a presidente Dilma não estaria sofrendo de esquizofrenia.
“Pelo relato da revista IstoÉ, o que parece estar acontecendo é um surto agudo de mania ou transtorno bipolar I, que antigamente chamávamos “mania furiosa” – uma das formas graves de se manifestar. Mas esta doença é tão grave quanto a esquizofrenia. No caso, a paciente precisaria de alguns dias de internação hospitalar até o quadro clínico regredir um pouco, e tomar Olanzapina, o que ela vem fazendo”, diz o especialista, acrescentando:
“Mas a Olanzapina por si só não resolve o problema. É preciso de acompanhamento constante de um psiquiatra dentro e fora do hospital, por tempo prolongado. A doença em fase aguda provoca oscilações, às vezes delírios, às vezes agressividade extrema em que o paciente precisa ser contido, e no transcurso pode ocorrer depressão, por isso o transtorno chama-se bipolar, isto é, alterna mania com depressão. Até ideias suicidas podem ocorrer”.
Bem, este é o quadro clínico, que está a demonstrar que a presidente não tem equilíbrio para governar o país. A resposta da Presidência foi emitir nota oficial no sábado, para anunciar que vai processar a revista e os repórteres, inclusive com pedido de indenização por danos morais. E a direção da IstoÉ ainda não respondeu ao Planalto. Vamos aguardar.

DILMA VAI SER DELETADA...





O homem é um bicho estranho.  Só porque tem a incompreensível capacidade de pensar, o homem se acha. Faz coisas que bicho que é bem bom não faz. Até hoje, porque tem caraminholas na cabeça, ele não sabe se nasce bom e fica ruim, ou nasce ruim e pode ficar bom. E quando se mete em política, então ele vira um barafunda. É defeito de nascença. Isso vem de longe. Vem de longe, mas vem piorando até chegar à mixórdia que é hoje. Vejam só essa comissão do impeachment na Câmara. O impeachment é constitucional. E pedalada fiscal é crime. A Constituição é clara e cristalina. Para os governistas e para os oposicionistas. SÓ FALTA RESOLVER PORQUE A LEI É MAIS LEI PARA UNS DO QUE PARA OS OUTROS. Essa natureza humana não natural. Vem lá dos primórdios da civilização. É do tempo em que Moisés subiu a montanha, falou com Deus e desceu com as tábuas dos 10 Mandamentos. Aquilo era, vejam só, as leis de Deus. Pois, foi só Moisés começar a ler os 10 Mandamentos e logo um grupelho de rebeldes sem causa já começou a achar que aquilo era repressão e que Deus estava despejando ordens de cima para baixo. Dizem que teve até um descrente que fingiu pegar no sono enquanto Moisés lia o regulamento. Daí, o perspicaz Millôr Fernandes tirou pelo menos duas conclusões: 1ª) AO REVELAR AOS HOMENS OS 10 MANDAMENTOS, MOISÉS ACABOU INVENTANDO A ILEGALIDADE; 2ª) O GRANDE DESCUIDO DE MOISÉS FOI NÃO TER ACRESCENTADO NO RODAPÉ A LEI DO JOGO DO BICHO: VALE O QUE ESTÁ ESCRITO. Se naquele tempo em que o mar se abriu para Moisés salvar a pele dos judeus foi assim cheios de prós e contras, imagina como e o que pode ser com esses mais de 300 picaretas lá do nosso Parlamento analisando, a seu bel prazer, a Constituição-Cidadã de 88, feita nas coxas e até hoje inacabada da cabeça aos pés. E assim é que, desde o Velho Testamento, o mundo vive numa enorme confusão há milhares de milhares de anos. Agora, não vai ser só por que eu e você queremos o impeachment da Dilma que ela vai sofrer o benfazejo golpeachment. Se desde os tempos de Moisés os homens não seguem as regras, por que os políticos são obrigados a segui-las logo aqui e agora nesse Brasil petralha?!?!?! – Fonte: Blog do Sérgio Siqueira -


segunda-feira, 4 de abril de 2016

A ESQUIZOFRÊNICA presidANTA TARJA PRETA TENTA CONTROLAR OS NERVOS À BASE DE CALMANTES.











Ricardo Noblat

Em meados de agosto de 1992, o empresário alagoano Paulo Cesar Farias, conhecido como PC Farias, ex-tesoureiro da campanha do então presidente da República Fernando Collor e eminência parda do governo, procurou em Brasília o também empresário Luiz Estevão de Oliveira, seu amigo e parceiro em negócios, e pediu-lhe um favor especial: que guardasse no cofre de sua casa uma alta soma em dinheiro vivo.

O dinheiro serviria para aliciar votos de deputados e senadores dispostos a derrotar um eventual impeachment de Collor.

O governo fracassara no combate à inflação. E fora atingido por denúncias de corrupção que estavam sendo investigadas por uma CPI do Congresso. As ruas exigiam a queda de Collor. Só lhe restava comprar apoios com dinheiro, cargos e promessas.

A cada telefonema de PC Farias, Luiz Estevão sacava dinheiro do cofre e providenciava sua entrega ao parlamentar indicado. A 10 dias da votação do processo na Câmara, PC parou de telefonar.

Havia dinheiro de sobra no cofre, mas já não havia deputados à venda. Em 29 de setembro, o impeachment foi aprovado por 441 de um total de 509 deputados. O Senado cassou o mandato de Collor em 29 de dezembro.

O desfecho, agora, do segundo pedido de impeachment da história recente do país passará pela decisão a ser tomada por um grupo de 40 deputados que se diz indeciso.

Se ao fim e ao cabo, 342 deputados de um total de 513 disserem “sim” ao impeachment, caberá ao Senado julgar Dilma por crime de responsabilidade. Se apenas 172 deputados disseram “não” ou se abstiverem de votar, o processo estancará na Câmara.

Para salvar Dilma, não se descarte a compra de votos mediante dinheiro em espécie.

Outras moedas começaram a ser usadas – oferta de Ministérios e cargos em diversos escalões do governo, liberação de emendas ao Orçamento para a realização de obras em redutos eleitorais de deputados, e promessas de ajuda em tribunais superiores para os encrencados com a Lava-Jato (Alô, alô, Renan Calheiros!).

Acostume-se com a insignificância das siglas destinadas a conduzir áreas estratégicas da administração pública: PTN, PHS, PSL, PEN e PT do B. Elas têm 32 deputados. PP, PR, PSD PRB são considerados partidos da segunda divisão, mas reúnem 146 deputados.

O PRB do mensaleiro Valdemar Costa Neto, condenado a sete anos de prisão, será agraciado com o Ministério de Minas e Energia.

Na bolsa informal de valores do Clube da Falsa Felicidade, o outro nome pelo qual o Congresso é chamado em Brasília, pagou-se R$ 400 mil na semana passada para o deputado que se abstivesse de votar o impeachment. Ao que votasse contra, R$ 1 milhão.

O mercado está com viés de alta. A oposição parece mais perto de atrair 342 votos a favor do impeachment do que o governo 171 contra.

Uma possível vitória do governo não será comemorada nem mesmo por ele. Há pedidos de impeachment na fila da Câmara. A Justiça examina a impugnação da chapa Dilma-Temer por uso de dinheiro sujo. E se agrava a maior recessão econômica que o país já conheceu desde o início do século passado.

Como Dilma enfrentará tudo isso com um governo muito pior do que o atual?

Isolada no Palácio do Planalto, transformado em aparelho político, Dilma recusa saídas que poderiam deixá-la menos mal com a História – a renúncia ou a convocação de novas eleições gerais. Tenta controlar os nervos à base de calmantes. - A imagem e a manchete não fazem parte do texto original - 

ROUBALHEIRA NO BRASIL GANHA A CAPA DO THE NEW YORK TIMES...

Clique sobre a imagem para vê-la ampliada
Não deixa de ser insólito. O esquerdista The New York Times ignorou os já "famosos" Panama's Papers" em sua capa desta segunda-feira, como se constata no facsímile acima, e mandou ver sobre a escandalosa roubalheira protaganizada pelo PT, o impeachment da Dilma, as delações dos petrolões, o pânico que tomou de assalto a petralhada com direito a fotos e tudo mais, incluindo o indefectível Lula, que há algum tempo Obama qualificou como sendo "o cara".

Reproduzo texto do site de Veja, até para deixar cravado aqui no blog que um dia o Brasil ocupou meia página de capa do maior diário norte-americano e reputado, ainda, como um dos mais importantes do mundo. Para chegar a tanto o The New York Times que em passado recente abriu espaço para a publicação de artigos de Lula, em parte faz um mea culpa. Mas quando a coisa aparece num jornal esquerdista (que os americanos tipificam de "liberal") é porque a encrenca é coisa grande, como de fato é e está sobejamente provado. Leiam:

O jornal The New York Times (NYT) traz em sua manchete nesta segunda-feira uma reportagem especial sobre a crise política brasileira. Os textos, assinados pelo correspondente Simon Romero, descrevem a Operação Lava Jato e relacionam os escândalos de corrupção envolvendo a Petrobras e figuras centrais do governo com a crise política que afeta a governabilidade. Abaixo da chamada principal (Como a teia de corrupção enredou o Brasil, em tradução literal), ilustrada com uma grande foto da presidente Dilma Rousseff, há ainda imagens do senador Delcídio do Amaral (sem partido - MS) e do ex-presidente Lula.
O jornal americano entrevistou o senador e explicou seu papel como um dos protagonistas da crise política. Delcídio, ex-líder do governo no Senado, foi preso acusado de obstrução da Justiça e fez um acordo de delação premiada para diminuir sua pena. Em seu depoimento, ele implicou a presidente Dilma e outros políticos do PT nos desmandos na Petrobras. O texto do NYT cita que as delações de Delcídio atingiram não apenas figuras do PT como também de outros partidos, como o vice-presidente Michel Meter (PMDB) e o senador Aécio Neves (PSDB-MG)
Uma das reportagens relata a sensação de "pânico no Partido dos Trabalhadores", mencionando gravações de políticos da legenda, como o ministro da Educação, Aloizio Mercadante, e o ministro-chefe do gabinete pessoal de Dilma, Jaques Wagner. Os casos envolvendo o ex-presidente Lula, como as reformas pagas por empreiteiras em um sítio em Atibaia e a compra de um tríplex no Guarujá também são citados.
Seriado - O jornal americano levou a crise política brasileira a um passo além nas comparações com seriados. O atual quadro político brasileiro é frequentemente comparado às tramas do seriado House of Cards, que narra os bastidores sórdidos de Washington. Para o NYT, porém, o enredo político nacional se parece mais com Game of Thrones - série que narra a violenta disputa pelo poder em um mundo fictício. Do site da revista Veja

DILMA CRIA CARGOS E SOMA QUASE 100 MIL BOQUINHAS NO GOVERNO FEDERAL


Cláudio Humberto

Anunciado como grande “CORTE NA CARNE” do governo para se enquadrar à grave crise econômica, não passou de lorota a redução de cargos e funções comissionadas alardeada pela presidente Dilma e seus ministros. Pelo contrário, o número de cargos, funções de confiança e gratificações do governo federal aumentou entre 2014 e 2015, chegando a 99.995, segundo o próprio Boletim Estatístico do governo. Com orçamento de quase R$10 bilhões, não faltou dinheiro ao DNIT para criar, do nada, 475 FUNÇÕES DE CONFIANÇA EM 2015. Apesar do corte de 1,1 mil cargos de Direção e Assessoramento Superior (DAS), Dilma criou 2 mil funções comissionadas no ano passado. OS 100 MIL CARGOS ESTÃO DIVIDIDOS EM 47 SIGLAS E ABREVIAÇÕES DAS MAIS VARIADAS ESPALHADAS por Abin, AGU, ANAC, Presidência entre outros.

PITACO DO BLOG CHUMBO GROSSO: - DITO PELO STF: “UMA ORGANIZAÇÃO CRIMINOSA SE APOSSOU DO ESTADO”...





domingo, 3 de abril de 2016

DILMA DOIDA PERDEU O EQUILÍBRIO EMOCIONAL É UMA PRESIDENTA AMALUCADA E TÁ FORA DE SI...




Sérgio Pardellas e Débora Bergamasco
Os últimos dias no Planalto têm sido marcados por momentos de extrema tensão e absoluta desordem com uma presidente da República dominada por sucessivas explosões nervosas, quando, além de destempero, exibe total desconexão com a realidade do País. Não bastassem as crises moral, política e econômica, Dilma Rousseff perdeu também as condições emocionais para conduzir o governo. Assessores palacianos, mesmo os já acostumados com a descompostura presidencial, andam aturdidos com o seu comportamento às vésperas da votação do impeachment pelo Congresso. Segundo relatos, a mandatária está irascível, fora de si e mais agressiva do que nunca. Lembra o Lula dos grampos em seus impropérios. Na última semana, a presidente mandou eliminar jornais e revistas do seu gabinete. Agora, contenta-se com o clipping resumido por um de seus subordinados. Mesmo assim, dispara palavrões aos borbotões a cada nova e frequente má notícia recebida. Por isso, os mais próximos da presidente têm evitado tecer comentários sobre a evolução do processo de impeachment. Nem com Lula as conversas têm sido amenas. Num de seus acessos recentes, Dilma reclamou dos que classificou de “traidores” e prometeu “vingança”. Numa conversa com um assessor, na semana passada, a presidente investiu pesado contra o juiz Sérgio Moro, da Lava Jato. “Quem esse menino pensa que é? Um dia ele ainda vai pagar pelo quem vem fazendo”, disse. Há duas semanas, ao receber a informação da chamada “delação definitiva” em negociação por executivos da Odebrecht, Dilma teria, segundo o testemunho de um integrante do primeiro escalão do governo, avariado um móvel de seu gabinete, depois de emitir uma série de xingamentos. Para tentar aplacar as crises, cada vez mais recorrentes, a presidente tem sido medicada com dois remédios ministrados a ela desde a eclosão do seu processo de afastamento: rivotril e olanzapina, este último usado para esquizofrenia, mas com efeito calmante. A medicação nem sempre apresenta eficácia, como é possível notar.
DILMA-ABRE-NOVA-IE.jpg
DESCONTROLE
A presidente se entope de calmantes desde a eclosão da crise. Os medicamentos 
nem sempre surtem efeito, atestam seus auxiliares
Em recente viagem a bordo do avião presidencial, um Airbus A319, tripulantes e passageiros ficaram estupefatos com outro surto de Dilma. Depois de uma forte turbulência, a presidente invadiu a cabine do piloto aos berros: “Você está maluco? Vai se f...! É a presidente que está aqui. O que está acontecendo?”, vociferou. Não seria a primeira vez que Dilma perdia o equilíbrio durante um vôo oficial. No final de janeiro, o avião da presidente despencou 100 metros, enquanto passava pela região entre a floresta Amazônica e o Acre. O piloto preparava-se para pousar em Quito, no Equador. Devido ao tranco mais brusco, Marco Aurélio Garcia, assessor especial, acabou banhado de vinho e uma ajudante de ordens bateu levemente com a cabeça no teto da aeronave. Copos e pratos foram ao chão, mas ninguém se machucou. A presidente saiu de si. Na sequência do incidente, tratou de cobrar satisfações do piloto. Aos gritos. “Não te falei para não pegar esse trajeto? Quer que eu morra de susto, cace...?”. Os desvarios de Dilma durante os vôos já lhe renderam uma reclamação formal. Em carta, a Aeronáutica pediu para que a presidente não formulasse tantas perguntas sobre trajetos e condições climáticas nem adentrasse repentinamente às cabines para não tirar a concentração dos pilotos. A presidente não demonstra paciência nem mesmo para esperar o avião presidencial seguir o procedimento usual de taxiamento. Um de seus assessores lembra que, certa feita, Dilma chegou a determinar à Aeronáutica que reservasse uma pista exclusiva para a decolagem de sua aeronave. Com isso, outros aviões na dianteira tiveram de esperar na fila por horas.
O modelo consagrado pela renomada psiquiatra Elisabeth Kübler-Ross descreve cinco estágios pelo qual as pessoas atravessam ao lidar com a perda ou a proximidade dela. São eles a negação, a raiva, a negociação, a depressão e a aceitação. Por ora, Dilma oscila entre os dois primeiros estágios. Além dos surtos de raiva, a presidente, segundo relatos de seus auxiliares, apresenta uma espécie de negação da realidade. Na semana passada, um presidente de uma instituição estatal foi chamado por Dilma para despachar assuntos de sua pasta. Chegou ao Palácio do Planalto, subiu ao terceiro andar e falaram longamente acerca da saúde da empresa e especialmente sobre a economia do Brasil e o contexto internacional. Ao final da conversa, observando o visível abatimento do executivo, Dilma quis saber: “Por que você está cabisbaixo?”. Franco, ele revelou sua preocupação com o cenário de impeachment que se desenhava, especialmente com o então iminente rompimento do PMDB. Ao ouvir a angústia do seu subordinado, que não está há muito tempo à frente da empresa, Dilma teve uma reação que tem se repetido sistematicamente: descartou totalmente a hipótese do seu impedimento. Ela exclamou: “Imagine, nada disso vai acontecer. Já temos garantidos 250 votos na Câmara”. O executivo tentou argumentar, mas foi novamente interrompido. A petista avaliou ser “até melhor” o rompimento com o PMDB, assim teriam a chance de “refundar” o governo. O presidente da instituição deixou a conversa completamente atônito. Considerou inacreditável a avaliação da chefe do Executivo.
01.jpg
02.jpg
Outro interlocutor freqüente diz que a desaprovação recorde junto aos eleitores é vista como mero detalhe pela presidente. “Que falta faz um João Santana”, disse referindo-se ao marqueteiro preso e, principalmente, conselheiro para todas as horas. Aos integrantes do núcleo político, Dilma deixa transparecer que não lhe importa mais a opinião pública. Seu objetivo é seguir no posto a todo e qualquer custo e, se lograr êxito, punir aqueles que considera hoje seus mais ferozes inimigos. Especialmente os do Congresso. Na tática do desespero oferece cargos e verbas para angariar apoios à sua causa, não se importando com o estouro do orçamento e muito menos com o processo sobre suas contas abertos nos órgãos de fiscalização e controle, como o TCU. Na quarta-feira 30, chegou ao cúmulo de sugerir uma audiência com Valdemar Costa Neto, do PR, para oferecer-lhe a indicação do ministério de Minas e Energia. Ocorre que, hoje, Costa Neto apresenta dificuldades e limites de locomoção devido ao uso de uma tornozeleira. Depois da gafe, o jeito foi recorrer a emissários.
É bem verdade que Dilma nunca se caracterizou por ser uma pessoa lhana no trato com os subordinados. Mas não precisa ser psicanalista para perceber que, nas últimas semanas, a presidente desmantelou-se emocionalmente. Um governante, ou mesmo um líder, é colocado à prova exatamente nas crises. E, hoje, ela não é nem uma coisa nem outra. A autoridade se esvai quando seu exercício exige exacerbar no tom, com gritos, berros e ofensas. Helmuth von Moltke, chefe do Estado-Maior do Exército prussiano, depois de aposentado, concedeu uma entrevista que deveria servir de exemplo para governantes que se pretendam grandes líderes. Perguntado como se sentia como um general invicto e o mais bem-sucedido militar da segunda metade do século XIX, Moltke respondeu de pronto: “Não se pode dizer que sou o mais bem-sucedido. Só se pode dizer isso de um grande general, quando ele foi testado na derrota e na retirada. Aí se mostram os grandes generais, os grandes líderes e os grandes estadistas”. Na retirada, Dilma sucumbiu ao teste a que Moltke se refere. Os surtos, os seguidos destemperos e a negação da realidade revelam uma presidente completamente fora do eixo e incapaz de gerir o País.
03.jpg
O PLACAR DO AFASTAMENTO 
Em frente ao Congresso, integrantes de movimentos pró-impeachment estampam
os rostos dos parlamentares contra e a favor da saída de Dilma

A maneira temperamental de lidar com as situações não é nova, embora tenha se agravado nas últimas semanas. Desde o primeiro mandato de Dilma, um importante assessor palaciano dedicou-se a registrar num livro de capa preta as reprimendas aplicadas por Dilma em seus subordinados. Ele deixou o governo recentemente por não aturar mais os insultos da presidente. A maioria injustificável, em sua visão. No caderno, anotou mais de 80 casos ocorridos entre 2010 e 2016. Entre eles, há o de um motorista que largou o automóvel presidencial no meio da Esplanada dos Ministérios depois de ser ofendido compulsivamente pela presidente e ameaçado de demissão por causa de um atraso. “Você não percebeu que não posso atrasar, seu m...Ande logo com isso senão está no olho da rua”, atacou Dilma. Consta também das anotações os três pedidos de demissão de Anderson Dornelles, que deixou o Planalto no último mês sob fortes suspeitas de ser sócio oculto de um bar localizado no estádio Beira-Rio de propriedade da Andrade Gutierrez. Nas vezes em que ameaçou deixar o governo, alegou cansaço dos destratos da presidente. “Menino, você não faz nada direito!”, afirmou ela numa das brigas. O ministro da Advocacia-Geral da União, José Eduardo Cardozo, também já experimentou a fúria da presidente. A irritação, neste caso, derivou das revelações feitas pelo empresário Ricardo Pessoa, da UTC, sobre as doações a sua campanha à reeleição em 2014. Participaram dessa reunião convocada pela presidente, além de Cardozo, os ministros Aloizio Mercadante, Edinho Silva e o assessor especial Giles Azevedo. Na frente de todos, Dilma cobrou Cardozo por não ter evitado que as revelações de Ricardo Pessoa se tornassem públicas dias antes de sua visita oficial aos Estados Unidos, quando buscava notícias positivas para reagir à crise. “Você não poderia ter pedido ao Teori (Zavascki) para aguardar quatro ou cinco dias para homologar a delação?”, perguntou Dilma referindo-se ao ministro que conduz os processos da Lava Jato no STF. “Cardozo, você fodeu a minha viagem”, bradou a presidente.
 
O episódio envolvendo Cardozo, no entanto, pode ser considerado até brando se comparado às situações enfrentadas por duas ex-ministras do governo, Maria do Rosário e Ideli Salvatti. Em 2011, ao debater com Rosário o andamento dos trabalhos da Comissão da Verdade, àquela altura prestes a ser criada pelo Congresso para esclarecer casos de violação de direitos humanos durante a ditadura militar, Dilma perdeu as estribeiras: “Cale sua boca. Você não entende disso. Só fala besteira”. Já Ideli conheceu o despautério da presidente logo no dia seguinte à sua nomeação para as Relações Institucionais. Quando ainda devorava jornais, Dilma leu uma reportagem em que a titular da pasta fazia considerações sobre os desafios do novo trabalho. Não gostou e deixou clara sua insatisfação: “Ideli, se na primeira coletiva você já disse bobagens, imagine nas próximas”.
04.jpg
Publicamente, a presidente tenta disfarçar seu estado de ânimo atual. Mas nem sempre é possível deixar transparecer serenidade quando, por dentro, os nervos estão à flor da pele. Seus últimos discursos refletem a tensão reinante nos corredores do Palácio do Planalto. Na quarta-feira 30, Dilma converteu o evento de entrega de moradias da terceira fase do Minha Casa Minha Vida em um palanque contra o impeachment. Na cerimônia, estiveram presentes integrantes de movimentos sociais, como o MST. Os representantes, —muitos deles chamados de última hora já que nenhum governador se dignou a ir e, dos 300 prefeitos convocados, só oito compareceram —, foram acomodados em lugares destinados a convidados, onde entoaram gritos de guerra pró-governo mesmo antes de o evento começar. Os presentes chamaram o juiz Sérgio Moro, o vice Michel Temer e a OAB de “golpistas” e bradaram o já tradicional “não vai ter golpe”. Detalhe: o coro foi puxado pela militante travestida de presidente da República.
05.jpg
Durante a campanha eleitoral, a presidente Dilma Rousseff pagou para seus marqueteiros desenvolverem e disseminarem o nocivo “discurso do medo”. Espalhou o pavor entre os brasileiros mais carentes dizendo que, se seus concorrentes Aécio Neves (PSDB) e Marina Silva (na época no PSB) ganhassem a eleição, os programas sociais estariam em risco. Funcionou. Hoje, cara a cara com o impeachment, ela coloca sua tropa de choque novamente para atemorizar a população. Disse a senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR), na última segunda-feira: “Programas sociais como Minha Casa Minha Vida, Bolsa Família, Fies e tantos outros que beneficiam os mais pobres correm sério risco de sofrer corte caso a presidente Dilma seja impedida de continuar seu governo”.
Não bastasse a repetição da retórica cretina da campanha eleitoral, a presidente disse nos últimos dias que o que está se vendo o País é um verdadeiro “nazismo”, sem lembrar que o discurso do “nós contra eles” foi gestado e cultivado por sua equipe. O ministro da Secretaria de Comunicação Social, Edinho Silva, foi na mesma toada ao tentar reverter a posição do governo de incitador de ódio para pacificador: “Nós vamos baixar o tom ou esperar o primeiro cadáver?”. Sem mencionar, é claro, provocações até do presidente do PT, Rui Falcão, que no twitter escreveu recentemente: “Queremos a paz, mas não tememos a guerra”. Ou as palavras de Guilherme Boulos, coordenador do MTST, que disse que se o impeachment for efetivado ou Lula for preso, o Brasil seria “incendiado por greves, ocupações e mobilizações” e que “Não haverá um dia de paz do Brasil”.
DILMA-12-IE.jpg
 
AS DIABRURAS DE "MARIA, A LOUCA"
Não é exclusividade de nosso tempo e nem de nossas cercanias que, na iminência de perder o poder, governantes ajam de maneira ensandecida e passem a negar a realidade. No século 18, o renomado psiquiatra britânico Francis Willis se especializou no acompanhamento de imperadores e mandatários que perderam o controle mental em momentos de crise política e chegou a desenvolver um método terapêutico composto por “remédios evacuantes” para tratar desses casos. Sua fórmula, no entanto, pouco resultado obteve com a paciente Maria Francisca Isabel Josefa Antónia Gertrudes Rita Joana de Bragança, que a história registra como “Maria I, a Louca”. Foi a primeira mulher a sentar-se no trono de Portugal e, por decorrência geopolítica, a primeira rainha do Brasil. O psiquiatra observou que os sintomas de sandice e de negação da realidade manifestados por Maria I se agravaram na medida em que ela era colocada sob forte pressão. “Maria I, a Louca”, por exemplo, dizia ver o “corpo” de seu “pai ardendo feito carvão”, quando adversários políticos da Casa de Bragança tentavam alijá-la do poder. Nesses momentos, seus atos de governo denotavam desatino, como relatou doutor Willis: “proibir a produção de vinho do Porto na cidade do Porto”. Diante desse quadro, era preciso que ocorresse o seu “impedimento na Coroa”. Quanto mais pressão, mais a sua consciência se obnubilava, até que finalmente foi “impedida de qualquer ato na Corte”. Já com o filho Dom João VI no comando de Portugal, “Maria I, a Louca” veio às pressas para o Rio de Janeiro com a Família Real diante da invasão de Portugal. Aqui, ela tinha por hábito usar longos vestidos pretos e passava horas correndo pelos corredores palacianos gritando palavrões desconexos. Costumava acordar na madrugada e “berrava para seres imaginários descerem do Pão de Açúcar” porque nele “morava o diabo”. A sua derradeira frase em território lusitano pode ser interpretada como faísca de lucidez na loucura: “Não corram tanto, vão pensar que estamos sendo tocados ou que estamos fugindo”.
Antonio Carlos Prado

Fotos: Adriano Machado, Claudio Belli/Valor; Adriano Machado/Ag. Istoé; CELSO JUNIOR/AE; EPITACIO PESSOA/AE, Marcelo Camargo/Agência Brasil, Givaldo Barbosa/Agência O Globo