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O Presidente Michel Temer e sua esposa Marcela:
recato e simplicidade. |
Anna Ramalho
Passei dias e dias grudada na TV – como muitos brasileiros e como todos os jornalistas atuantes. Coração na mão, indignação à flor da pele, e triste, muito triste, por ver meu país no chão, desmoralizado mundo afora, com índice de desemprego jamais visto, vitimando famílias e gerando um ódio como há muito não se via e em todas as faixas sociais. Meus vizinhos, meus amigos, meus colegas estão indignados e revoltados – como também estão porteiros, garagistas, o dono da loja da esquina, o dentista, a cabeleireira, a faxineira. Todos aqueles que dão duro, lutam muito e cujo dinheiro faz tempo não chega mais nem para o básico, o que dirá para o luxo. Sobra mês no salário de todos nós. País paralisado, país na UTI.
Acabou parte do pesadelo. No dia 12 de maio, chega ao fim o mais desastroso governo da História do Brasil. E é isso que me revolta. Sou da mesma geração da hoje presidente afastada. Não cheguei a pegar em armas, mas também não passei os anos de chumbo alienada, sem tomar conhecimento de nada. Dentro das minhas limitações, atuei. Suportei a censura nos meus primeiros anos como jornalista, sofri com todas as injustiças cometidas contra colegas, a gente penou muito com aquela mordaça. Como já contei aqui, votei em Lula da Silva duas vezes. Tive realmente esperança de que o Brasil mudaria sob a estrela do PT. DEU NO QUE DEU.
Também já escrevi sobre meus sentimentos em relação a Dilma Rousseff. Nunca gostei e, tenho certeza, jamais gostarei. Ela é insuportavelmente arrogante. Além de ser muito grossa. Tenho horror a gente assim. Não pode ser boa coisa uma pessoa que vareja cabides numa arrumadeira. Alô!!!! Não é cabidada naquelas mulheres do seu círculo – Graça Foster, Ideli Salvati, Miriam Belchior, Gleisi Hoffman – mas numa serviçal humilde, que arrumava seu quarto, suas roupas, cuidava para que a blusa de orquídeas estivesse sempre passadinha. Jane é o nome da moça. Pobre Jane. Trabalhar para Dilma Rousseff deve ser provação maior do que aturar cantada vulgar de chefe da segurança, né, não?
Graças ao Bom Pai, tudo indica que estamos livres DELA pra sempre. Dificilmente a presidenta afastada voltará, mesmo depois do privilégio que nenhum desempregado tem – 180 dias de salário integral, assessores, empregados , um belo palácio pra morar e todo o tempo do mundo para aporrinhar os que ainda sobram ao seu redor. Vai gozar de tudo isso e depois, como na velha música de Cleyton eCledir, “vou pra Porto Alegre, tchau!”.
O Brasil é mesmo generoso: seus filhos, todos fufu e mal pagos, ainda vão pagar dois salários de presidente, dois salários de assessores pessoais, duas enormes dispensas recheadas com o que há do bom e do melhor, noves fora os deslocamentos aéreos na frota oficial, entre outras mordomias. Li hoje que também os ministros DELA terão seis meses de salário integral e mais algumas benesses. Será que Lula – o ministro Porcina, aquele que foi sem nunca ter sido – também vai entrar nessa boquinha? Não duvido. Sempre é um troquinho pra ajudar nas despesas do sítio de Atibaia.
Não é que eu tenha tanta confiança assim em Michel Temer. Tenho cá meus receios, além da consolidada posição de que “se hay gobierno, soy contra”. Mas, em favor de Sua Excelência, diga-se que é homem educado, fino, preparado e muito bem amado. Quem dorme com uma mulher jovem e bonita como a primeira dama Marcela só pode acordar com o pé direito e disposto a encarar todos os percalços. Bela, recatada e do lar. Quem pode querer mais? Espero que ele seja um Itamar para o Brasil. Do fundo do meu coração.
Nunca vou me conformar com Dilma Rousseff e seus governos desastrados. Representante de uma geração que lutou tanto pelos direitos da mulher, ficará para sempre como a pior presidente da História do Brasil. Uma vergonha para todas as mulheres. Tchau, querida. Já vai tarde.
SEJA BEM-VINDO, PRESIDENTE MICHEL TEME. MUITO BOA SORTE.
