quarta-feira, 8 de junho de 2016

DILMA NUNCA TEVE RESPEITO AO CÓDIGO DE RESPONSABILIDADE MENTAL...




Arnaldo Jabor

O Brasil virou uma piada internacional. Outro dia, vi um programa na CNN sobre nós. Tive vontade de chorar. Segundo a imprensa estrangeira, nós somos incompetentes até para sediar a Olimpíada, a economia está quebrada e o impeachment pode impedir os jogos, pois somos desorganizados, caem pontes e pistas, os mosquitos estariam esperando os atletas, a baía de Guanabara é um lixo só, BOSTA BOIANDO, o crime campeia na cidade, onde conquistamos brilhantemente o RECORDE DE ESTUPROS.

Até um programa humorístico famoso, o Saturday Night Live, fez uma sátira – Dilma fumando charuto e tomando caipirinha, numa galhofa insultuosa que sobrou para o país todo.
Mas, Dilma sabe defender o país. Seus discursos revelam isso. Senão, vejamos, suas ideias:
“Antes de Lula, o Brasil estava afunfunhado. Mas, o presidente Lula me deixou um legado, que é cuidar do povo brasileiro. Eu vou ser a mãe do povo brasileiro. O Brasil é um dos países mais sólidos do mundo, que, em meio à crise econômica mundial, das mais graves talvez desde 1929, é o país que tem a menor taxa de desemprego do mundo.
Nós não quebramos, esse é um país que tem… tem aquilo que vocês sabem o que é. Por isso, não vamos colocar uma meta. Vamos deixar ameta aberta, mas, quando atingirmos a meta,vamos dobrar a meta. Ajuste fiscal? Coisa rudimentar. Gasto público é vida. Eu posso não ter experiência de governar como eles governaram; agora, governar gerando emprego, distribuição de renda, tirando 24 milhões da pobreza elevando a classe média, eu sei muito bem fazer.
Entre nossos projetos, nós vamos dar prioridade a segregar a via de transporte. Segregar via de transportes significa o seguinte: não pode ninguém cruzar rua, ninguém pode cruzar a rua, não pode ter sinal de trânsito, é essa a ideia do metrô. Ele vai por baixo, ou ele vai pela superfície, que é o VLT.
A mesma coisa nós vamos fazer com o Seguro Defeso, por exemplo. Nós somos a favor de ter Seguro Defeso para o pescador, sim. Agora, não é possível o pescador morar no semiárido nordestino e receber Seguro Defeso, por um motivo muito simples: lá não tem água, não tendo água não tem peixe. Também não seremos vencidos pela zika e dengue; quem transmite a doença não é o mosquito, é a mosquita.
Antes, também os índios morriam por falta deassistência técnica. Hoje não, pois temos muitas riquezas.
E aqui nós temos uma, como também os índios daqui e os indígenas americanos têm a dele. Nós temos a mandioca. E aqui nós estamos comungando a mandioca com o milho. E, certamente, nós teremos uma série de outros produtos que foram essenciais para o desenvolvimento de toda a civilização humana ao longo dos séculos. Então, aqui, hoje, eu estou saudando a mandioca. Acho uma das maiores conquistas do Brasil.
Vocês, dos jogos indígenas, estão jogando com uma bola feita de folhas e por isso eu acho que a importância da bola é justamente essa, o símbolo da capacidade que nos distingue como… Nós somos do gênero humano, da espécie Sapiens. Então, para mim essa bola é um símbolo da nossa evolução. Quando nós criamos uma bola dessas, nós nos transformamos em Homo sapiens ou ‘mulheres sapiens’.
Eu ouço muito os prefeitos – teve um que me disse assim: ‘Eu sou o prefeito da região produtora da terra do bode’. Então, é para que obode sobreviva que nós vamos ter de fazer também um Plano Safra que atenda os bodes que são importantíssimos e fazem parte de toda tradição produtiva de muitas das regiões dos pequenos municípios aqui do estado.
Aqui tem 37 municípios. Eu vou ler os nomes dos municípios… Eu ia ler os nomes, não vou mais. Por que não vou mais? Eu não estou achando os nomes. Logo, não posso lê-los.
A única área que eu acho que vai exigir muita atenção nossa, e aí eu já aventei a hipótese de até criar um ministério, é na área de… Na área… Eu diria assim, como uma espécie de analogia com o que acontece na área agrícola.
A Zona Franca de Manaus, ela está numa região. Ela é o centro dela porque ela é a capital da Amazônia. Aliás, a Zona Franca evita o desmatamento, que é altamente lucrativo – derrubar árvores plantadas pela natureza é altamente lucrativo.
Eu quero adentrar agora pela questão da inflação, e dizer a vocês que a inflação foi uma conquista desses 10 últimos anos do governo do presidente Lula e do meu governo. Não acho que quem ganhar ou quem perder, nem quem ganhar nem perder, vai ganhar ou perder. Vai todo mundo perder. A autossuficiência do Brasil sempre foi insuficiente.
Os homens não são virtuosos, ou seja, nós não podemos exigir da humanidade a virtude, porque ela não é virtuosa. Se os homens e as mulheres são falhos, as instituições, nós temos que construí-las da melhor maneira possível, transformando… aliás, isso é de um outro europeu, Montesquieu. É de um outro europeu muito importante, junto com o Monet.
Até agora, a energia hidrelétrica é a mais barata, em termos do que ela dura com a manutenção e também pelo fato da água ser gratuita e da gente poder estocar. O vento podia ser isso também, mas você não conseguiu ainda tecnologia paraestocar vento. Então, se a contribuição dos outros países, vamos supor que seja desenvolver uma tecnologia que seja capaz de na eólica estocar, ter uma forma de você estocar, porque o vento ele é diferente em horas do dia. Então, vamos supor que vente mais à noite, como eu faria para estocar isso? O meio ambiente é sem dúvida nenhuma uma ameaça ao desenvolvimento sustentável.
Alias, hoje é o Dia das Crianças. Ontem, eu disse que criança… o dia da criança é dia da mãe, do pai e das professoras, mas também é o dia dos animais. Sempre que você olha uma criança, há sempre uma figura oculta, que é um cachorro atrás, o que é algo muito importante.
Por isso, afirmo que não há a menor hipótese do Brasil, este ano, não crescer. Eu estou otimista quanto ao Brasil. Eu sou algo que a humanidade desenvolveu quando se tornou humana.” - A imagem e a manchete não fazem parte do texto original - 

31 DE JULHO: POVO NAS RUAS A FAVOR DO IMPEACHMENT


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LULA E DILMA QUEBRARAM A CAIXA ECONÔMICA FEDERAL. ELA ESTÁ À BEIRA DA FALÊNCIA...



O governo Michel Temer encontrou o caixa da Caixa dramaticamente afetado pelo aparelhamento do PT. Agora, só uma injeção de R$ 25 bilhões, no prazo de 12 a 18 meses, salvará a Caixa da falência, dizem especialistas. Além de negócios suspeitos, corrupção e uso das suas reservas nas criminosas pedaladas, a Caixa padece de inchaço, com dirigentes dos quais se exigia, no “currículo”, ser petista de carteirinha. A informação é do colunista Cláudio Humberto, do Diário do Poder.
A Caixa tem presidente, 12 vices e 19 diretores e boquinhas mil: antes era um superintendente para cada Estado, hoje são 70 em todo o País.
Mais R$ 29,8 milhões sumiram dos cofres da Caixa, nos primeiros três meses de 2016. A explicação oficial: “saques fraudulentos”. Ah, bom.
Por ordem de Lula, a Caixa bancou o estádio e deu patrocínio de R$40 milhões ao Corinthians para repatriar Pato, jogador que virou um mico. Do site Diário do Poder

APOSENTADOS ESTÃO FERRADOS

A Funcef, fundo de pensão dos funcionários da Caixa, começou a cobrar dos seus participantes uma taxa adicional para cobrir o déficit de 2,3 bilhões de reais registrado em 2014. Em maio, 57 mil participantes do fundo começaram a pagar uma tarifa adicional de 2,73% sobre suas contribuições - para os já aposentados, isso significa receber 2,73% a menos nos benefícios. Essa cobrança adicional deve durar 17 anos, e o temor dos participantes é que novas tarifas extras cheguem, já que as previsões são de que a Funcef tenha registrado um novo déficit de 5 bilhões de reais em 2015.
A cobrança está sendo feita, por enquanto, apenas dos participantes do plano batizado de REG/Replan Saldado, o maior e mais antigo da Funcef. Além dele, o fundo de pensão tem outros dois planos previdenciários. Em nota, a Funcef já indicou que "outros planos poderão ser submetidos a equacionamento no exercício de 2017".

Apesar da situação dramática da Caixa Econômica Federal, o jornal Valor Economico, tido como o principal jornal de economia do Brasil, veiculou no dia 2 deste mês de junto, uma matéria muito positiva sobre a Caixa que foi amplamente replicada pelos blogs da esgotosfera. É o que se pode denominar de "jornalismo companheiro". Um jornal de renome levanta a bola para que a escumalha da esgotosfera replique intensamente. Tal fato comprova o que tenho afirmado reiteradamente aqui no blog: 99% dos jornalistas são esquerdistas e petistas de carteirinha. Eles não estão apenas nos blogs do esgoto, mas principalmente em todas as redações da grande mídia. Com 45 anos de jornalismo eu conheço muito bem essa gente. - Jonalista Aluízio Amorim - 


UM ROMBO FABULOSO

O rombo nos fundos de pensão de empresas estatais, incluindo a Funcef, foi investigado por uma CPI criada no Congresso, e que terminou com o indiciamento de 145 pessoas, suspeitas de envolvimento em esquemas de corrupção. Entre os investimentos considerados suspeitos, e do qual a Funcef participou, estava a Sete Brasil, empresa criada para administrar sondas de perfuração da Petrobras, e que depois foi envolvida na Operação Lava Jato. A Funcef reconheceu uma perda de 1,3 bilhão de reais apenas com esse investimento.
No mês passado, no total, os participantes do fundo REG/Replan colocaram 7,3 milhões de reais a mais no plano. Já a Caixa elevou seu aporte em 6,2 milhões de reais. Apesar disso, a Caixa deixou de aportar mais de 1 milhão de reais referentes aos beneficiários do plano. O aporte foi suspenso pelo Ministério do Planejamento com base em parecer do Tribunal de Contas da União (TCU), que está sendo contestado pelos aposentados.
Aos participantes, o fundo de pensão já alertou que o valor da contribuição será revisto anualmente. "Havendo fatos relevantes de alteração na composição da massa de participantes e assistidos, caberá avaliação em período inferior", diz o comunicado encaminhado aos participantes no último mês. O fundo informa ainda que a contribuição é uma resposta a "adversidades". Do site da revista Veja

terça-feira, 7 de junho de 2016

GIVALDO CALADO É CANDIDATO A PREFEITO DE GARANHUNS































@@@ - Estas imagens foram gentilmente roubadas lá no Blog Jornal Sináculo de Selma Mello.

segunda-feira, 6 de junho de 2016

A semana - "São tantas emoções e delações...", como diria o Roberto Carlos




Por Zé Carlos de Bom Conselho

Começo hoje com a constatação de que o Sarney está muito abatido com as delações do seu amigo, o Sérgio Juruna, feitas através de divulgação das escutas das quais ele, o ex-presidente, não entende, quando achava que o Juruna o considerava um pai. Pobre homem, foi picado pelos seus próprios maribondos de fogo. Isto é para dizer que também estou abatido, com a constatação de que, entre os meus parcos leitores, há um que me ler com uma fita métrica. Se o meu texto passar de mais de 5 linhas, ele não ler nem o título. E o meu abatimento é pela dificuldade de ser conciso quando quer se tratar com humor a política brasileira. Pelo volume de humoristas que têm aparecido atualmente, ser sucinto é uma impossibilidade técnica. Portanto, perdão meu leitor medidor de textos, “SÃO TANTAS DELAÇÕES”, como diria o Roberto Carlos, se fosse tratar do assunto.

E aqui estamos nós, mais uma semana, vivos e sorrindo, e se tiver algum leitor desempregado dentre os 12 milhões que nossa musa, a Dilma, colocou nas ruas, pense sempre que rir ainda é o melhor remédio. Não tenha raiva dela, assista aos seus SHOWS DE HUMOR, que continuam melhores do que aqueles que eram feitos no Palácio no Planalto. Agora ela faz show falando com as emas no Palácio da Alvorada. Além disto ela está, a cada dia, ampliando o seu show, depois que está sendo assessorado pelo seu advogado, o JECa, que não é mais ministro, mas, quem disse que é preciso ser ministro para fazer a plateia rir, e veremos isto daqui a pouco.

Dizem que os shows da Dilma melhoram muito depois que ela foi mandada embora da presidência, para descansar até por 180 dias, se o Lewandowski quiser, porque agora ele está apresentando crises de amnésia, que, pelo realismo, todos pensam que é verdade. Por exemplo, lembram de um show bem antigo em que ela dizia que “ODIAVA DELATORES”? Hoje com a mesma frieza que só os grandes humoristas possuem ela diz que “AMA DELATORES”. Tanto que deixou o Sérgio Juruna Machado na Transpetro durante quase todo seu governo, somente para apreciar hoje suas delações, que tentam defenestrar o Jucá, o Renan, Sarney e Lobão, por enquanto. O Juruna disse, segundo a mídia, que pagou 70 milhões de reais de propina com os 3 primeiros e que dava uma “mesada” de 300 mil por mês a grande lobo. Pois é esta mudança de atitude súbita que faz de nossa musa, ainda, nossa maior colaboradora. Todos pensam que é doença senil, mas, estão redondamente enganados.

E com estas atitudes, eu não posso poupar meus leitores de mais letras risonhas, pois nossa meta aqui é matá-los de riso, e, parodiando outro que promete no humorismo, o Temer, se eles não tiverem cuidado, MATÁ-LOS-EI. Portanto, segurem o bucho! Imaginem, que o enredo do novo show do Dilma, gira em torno de uma conspiração para derrubá-la, ou impichá-la, se preferirem, que, segundo o roteirista, que soube ser o Senador Lindberg, mais conhecido como Lindinho, e um dos componentes do “Quinteto Abilolado”, vem desde Pero Vaz de Caminha, cuja carta pedindo um emprego para o parente ao Rei de Portugal, nas entrelinhas, já mostrava que lá pelo ano 2000 apareceria um homem chamado Cunha que iria se vingar da Dilma, fazendo conchavos com Jucá, Renan e Sarney, porque achava que a nossa musa seria culpada pela resposta do Rei de Portugal em negar o emprego pedido, pelo Pero Vaz, que era  um seu ascendente. E assim prossegue o enredo, mostrando que as gravações feitas pelo Juruna mostram isto de forma transparente.

O enredo do show é tão bom que tem sido apresentado, não com a mesma perfeição que o faz a nossa musa, pelo Senador Lindberg, o Lindinho, em várias ocasiões tanto no plenário do Senado quanto nas comissões de que participa, de uma forma tão eficiente que impede até o andamento dos trabalhos, certas horas, com os ataques de riso sucessivos dos seus colegas e demais espectadores. E por isso, já digo aos nossos leitores, que conseguiram chegar até aqui, que o Lindinho já foi oficiado por nós para se integrar à coluna, no quadro de colaboradores fixos, e que desejamos que ele, igual à Dilma, deixe o cargo que hoje ocupa, e será um prazer contratá-lo em tempo integral. O homem é um talento nato para o humor. E sua grande característica é sua capacidade de mudar o roteiro a cada show, mantendo seu dois dedinhos levantados. Antes era para mostrar que o motivo do impeachment eram apenas dois, e agora é para mostrar que “por dois motivos”, que ele encontra na hora, a Dilma é inocente. É mais um pândego em nossa lista, e maior ainda quando ele, como performer vem com a cara pintada.

Entretanto, o que causou mais convulsões hilariantes,  nesta semana que passou, foi a sessão da Comissão Especial de Impeachment, que se está reunindo para tentar elaborar um cronograma de trabalho para julgar a Dilma, e decidir se ela vem ou não trabalhar para coluna em tempo integral. Eu espero que ela venha o mais rápido possível, pelo óbvio: sem a sua presença este país poderá até se tornar um país sério, o que seria um horror para quem gosta de rir.

Vejam que, para decidir quais as datas para os diversos eventos do processo de impeachment, houve uma sessão que durou quase 10 horas. Quem a assistiu, e eu o fiz, deve ter rido tanto que talvez não riam mais com esta coluna. É uma concorrência desleal. E a melhor performance foi  do “Quinteto Abilolado”, como sempre. Eles agora vão, além de cantarem a versão musical de “não vai ter golpe, vai ter luta”, cantaram outra canção intitulada de “O direito de defesa é sagrado”, que é de autoria do JECa. E, vocês imaginem, durante 10 horas, a plateia ouvindo a música, tendo como solista a Vanessa Graidiotin, e outras vezes a Gleisi Hoffman que, cantou tanto, que no final da sessão, estava tão cansada, que sob os risos de todos, chamou o quinteto para ir embora, dizendo que os seus colegas não apreciavam a boa música. É muito difícil descrever aqui, para morte dos meus parcos leitores, aqueles momentos. Só vendo!

Houve uma hora em que, pensando não estar o Raimundo Lira (que é o presidente da Comissão, e cuja principal característica de atuação é se fingir de morto), prestando atenção ao Quinteto,  a Graidiotin, foi, de dedo em riste, à mesa, cantando bem alto um dos trechos de nova música deles: “OU DÁ, OU DESCE!”, referindo-se ao direito de defesa. Foi um momento tão bom que procurei na internet um vídeo que representa este momento, apenas como um ato de sadismo contra meus parcos leitores (vejam lá no final).

No entanto, nem só de canto e música viveu a reunião da Comissão. O grande humorista do show foi, sem sombra de dúvida, o JECa, que agora, no papel de advogado, mostrou como se faz humor com juridiquês. Aliás, para se saber o que um advogado está falando deve-se estar esperto no início da fala, dormir no meio dela, e acordar no seu final. Se fizermos isto, entendemos mais seu raciocínio e rimos mais ao seu término, pelo menos com o JECa.

Por exemplo, num início de sua fala ele criticou o relator Anestesia (assim chamado o Anastasia pelo seu aspecto durante todas as sessões que parece anestesiado) por ele não tecer comentários sobre todos os requerimentos apresentados, pois ele queria discutir um por um. Falou, falou e falou, e começou a citar artigos, incisos e outros causos, e então eu dormi. Quando acordei ele ainda estava falando e disse, que a defesa estava sendo cerceada porque não poderia analisar todos os 86 requerimentos. Não é para morrer de rir? Imaginem novamente se o Anestesia tivesse aceito sua proposta! O PT iria apresentar tantos requerimentos que o julgamento de Dilma, quando terminasse, já teríamos outro presidente eleito em 2022.

Em virtude disto, o JECa, cantando contra o cerceamento da defesa, resolveu seguir o Quinteto Abilolado e abandonou a sessão. Ou seja, enquanto a Dilma entra pelo cano ele saiu por ele. Quando um senador, disse que “desculpa de amarelo é comer barro!”, a plateia veio abaixo. Cada um com sua barra de cereal na boca pelo avançado da hora, mas com o riso à flor da pele. Fiquei tão impressionado com a capacidade de fazer rir do advogado da Dilma que já enviei para ele um contrato com a coluna, esperando que ele não volte nunca mais para a Comissão. Falar só para aquela plateia é um desperdício de talento.

E o Temer? Este promete. Durante a cerimônia de posse dos novos colaboradores da área econômica, onde se viu, pela primeira vez, a presença de uma mulher, o que talvez o tenha deixado encabulado, ele não usou nenhuma MESÓCLISE, mas, mostrou que é bom de humor, tal qual sua antecessora, que até agora é insuperável. Repetiu a piada já dita anteriormente, que a Lava Jato é livre, leve e solta, e ainda tentou mostrar otimismo com a situação econômica do Brasil. Ser otimista a estas alturas só vale num show de humor. Ele está pegando o jeito. Basta dizer que recebeu o Zé Rainha no Palácio do Planalto. Eu, infelizmente, não sei o que ele disse em sua recepção, e nem quero saber. Eu também tenho meus limites de riso. E quase estourei de rir quando soube que ele está se aproximando do MST, e o Zé Rainha será seu assessor especial. Tive que parar de escrever e pedir meus sais anti-riso.

E enquanto me pedem para ser conciso, eu leio que o Luiz Trabuco foi indiciado. E já comecei a rir com o nome, quando me lembro do “trabuco” do meu pai. É, meu pai tinha um “trabuco” embora nunca o tenha usado. E ri mais ainda quando soube que o Luiz Trabuco é o presidente do Bradesco. Mas, o que é que se tem de rir com isto? Ora, meus amigos, com nossa modernização trazida pela Operação Lava Jato, gerou-se uma tal de Operação Zelotes, que não respeita nem presidente de banco. Ou seja, chegamos a uma situação onde ainda não nos habituamos de que todos são iguais perante a Lei, e quando um banqueiro é preso, ainda é motivo de riso e surpresa.

Por falar em prisão, o Lula anda um pouco sumido. Quem apareceu esta semana foi um dos seus filhos de quem dizem ter recebido uns 10 milhões da Petrobrás em seu trabalho de copiar, colar e treinar futebol americano. Até o Sarney já descobriu porque o Lula anda tão choroso. E todos sabem que seu ar de choro é o medo de descer para a República de Curitiba onde o Moro o receberá de braços abertos, apesar do mau humor, do meritíssimo juiz.

E agora, finalmente, os deixo, mostrando abaixo o filme da grande performance do melhor quinteto do Brasil, e do JECa, com muito alegria. Afinal de contas, na semana que passou o Temer só demitiu mais um ministro, por querer ser mais transparente do que o Ministério da Transparência. Se a média continua, nesta semana que entra, cairá mais um, a não ser que ele resolva fazer igual a nossa musa, e “dobrar a meta”.

E agora, para terminar mesmo, pergunto, depois de ver o Zé Rainha no Planalto, se não é uma jogada do Temer querendo vir para esta coluna, só colocar investigados em seu ministério. Pelo jeito que vai, brevemente, ele convida o Lula, a Dilma, e o Mercadante, do PT, que é um celeiro inesgotável de investigados. E, por motivo de concisão, nem falarei das delações da Odebrecht e de OAS, que estão inspirando dois shows de humor brevemente. Um do Lula que se chamará: “O DUPLEX NÃO É MEU!”, e um da Dilma intitulado “ SOU UMA MULHER HONESTA E HONRADA!”. Vai ser um arraso. Não percam!


SUÍÇOS REJEITAM PROPOSTA DO BOLSA ESMOLA DE R$ 9 MIL SEM TRABALHAR...





Mais de 70% dos suíços rejeitaram neste domingo a criação de uma renda básica para todos, um projeto único no mundo, que provocou intensos debates em um país que venera o valor do trabalho. De acordo com os resultados definitivos, 76,9% dos eleitores disseram "Não" ao polêmico e histórico projeto. O índice de participação eleitoral foi de 46%.

A iniciativa popular "por uma Renda de Base Incondicional" (RBI), apresentada por um grupo sem vínculos partidários, pretendia pagar uma remuneração ou salário a todos os suíços ou estrangeiros que moram no país há pelo menos cinco anos, com ou sem trabalho. Os partidários da iniciativa argumentaram que a renda básica poderia combater a pobreza e a desigualdade em um mundo no qual é cada vez mais difícil conseguir bons empregos com salários estáveis.

A iniciativa sugeria um pagamento mensal de 2.500 francos suíços (2.260 euros ou 2.533 dólares) para os adultos — quantia com a qual é muito difícil viver na Suíça — e de 625 francos (565 euros e 634 dólares) para os menores. O salário médio na Suíça é superior a 6.000 francos suíços. 

O governo e quase todos os partidos políticos consideravam o projeto utópico e excessivamente oneroso, com exceção dos Verdes e da extrema-esquerda. Os suíços votaram de forma realista", afirmou ao canal RTS o cientista político Andreas Ladner, professor da Universidade de Lausanne. "Ser pago sem trabalhar teria sido um grande passo. A iniciativa não era muito clara. Estava sobretudo destinada a alimentar o debate", completou. 

"É um sonho antigo, um pouco marxista. São muitos sentimentos bons irrefutáveis, mas sem nenhuma reflexão econômica", observou o diretor do Centro Internacional de Estudos Monetários e Bancários de Genebra, Chrles Wyplosz, que comentou à AFP que, se a relação entre a remuneração e o trabalho acabar, "as pessoas farão menos".


DEMOCRACIA DIRETA


Consultados no referendo sobre outros temas, os eleitores suíços aprovaram uma reforma para acelerar os procedimentos de um pedido de asilo e a autorização do diagnóstico genético pré-implantacional (DGP). Os suíços apoiaram (66,8%) o projeto de lei que pretende reduzir a 140 dias no máximo os processos de pedido de asilo, contra os atuais 40 dias. Fonte: http://www.folhape.com.br/

O BRASIL NÃO SUPORTARIA UMA HECATOMBE. JÁ BASTA A DE GARANHUNS...




CARLOS JOSÉ MARQUES
 Dilma é um assombro. Um despropósito político sem precedentes. Uma hecatombe administrativa que condenou o País a anos de retrocesso. Dilma é a ausência de noção de realidade em pessoa. A negação repetida dos fatos da forma mais cínica e desavergonhada possível. Por isso mesmo, trazê-la de volta ao poder equivaleria à contratação antecipada do caos para o Brasil. Quem tiver dúvidas sobre essa hipótese que reserve ao menos alguns meros minutos do seu tempo para dar uma olhada minuciosa, e despojada de ideologias, sobre a herança que ela nos legou. Em um rápido “overview” será impossível esquecer o maior rombo das contas públicas de que se tem notícia na história republicana. Ao menos R$ 170 bilhões, com pedaladas, muitas, de toda natureza. Não dará para apagar, nem da memória de futuras gerações, a corrupção sistêmica, institucionalizada e disseminada de seu governo – em episódios que deixou o mundo inteiro estarrecido e consumiu a riqueza da estatal de ouro, “joia da coroa”, Petrobras. Os quase 12 milhões de desempregados; as vítimas de seus desmandos e barbeiragens com a inflação, os juros e as políticas tarifárias de energia e combustíveis; os políticos e empresários ignorados em seus apelos; a entourage de eleitores que nela depositaram a confiança dos votos, traídos inapelavelmente; todos, enfim, não irão perdoar qualquer possibilidade de “revival” que sua volta significaria. E desse sentimento decorre a condição de presidente mais impopular em décadas, segundo as pesquisas. Dilma mentiu e mente a cada manifestação pública. Isso fica evidente, inclusive, nos inúmeros acordos de delações que a colocam – lado a lado com o mentor, Lula – no coração dos escândalos de desvios e favorecimentos de campanha. O ex-diretor da Petrobras, Nestor Ceveró, foi apenas mais um a confirmar na semana passada, em sua delação, que Dilma mentiu também sobre a compra de Pasadena, fonte original das investigações do Petrolão. Dilma sabia dessa e de outras maracutaias, apontam os artífices do propinoduto. Dilma distorce fatos em prol de interesses pessoais. Diz que o sucessor quer desmontar a Lava Jato, quando foi ela, petistas, Lula & cia. que tramaram um sem número de vezes para driblar os avanços da operação. Dilma não admite os próprios erros. Nunca. A recessão, a inapetência para o diálogo, a prisão de seu marqueteiro e do tesoureiro do partido, o cataclismo de sua gestão são frutos de um complô das elites, dos adversários, de fatores externos. O que se evidenciou na malfadada era Dilma é o pior dos mundos em todos os sentidos.

E nesse contexto soa estranho que certos setores do próprio Congresso ainda flertem com a hipótese do seu retorno. Parecem estar mais atentos a barganhas em interesse próprio do que na inadiável e necessária busca da estabilidade e bem-estar da Nação. Pensar na absurda alternativa de eleições presidenciais antecipadas é outro despropósito. Oportunismo que macula a Constituição. Um devaneio sem lastro, cuja chance de ocorrer é tão remota quanto à possibilidade de renúncia coletiva, e acordada, do colegiado de parlamentares para que tal pacto se viabilize. Assim sendo, é fundamental a compreensão por parte dos senhores senadores do momento decisivo pelo qual passa o País e do papel que lhes cabe de restauração da ordem. O presidente da transição, Michel Temer, que dá demonstrações claras de estar movido por um real desejo de arrumar a casa, precisa de trégua para trabalhar. A missão é inglória. No posto ele está por direito constitucional e é preciso que seu trabalho ali dê certo, como precondição para o conserto da bagunça criada. Diante do complexo quadro de desafios, as dificuldades são inevitáveis. As resistências também. Mas o voto de confiança tem de prevalecer. A sabotagem é antidemocrática. Desprezível. Petistas, agora na oposição, revanchistas de carteirinha, fazem de tudo para manter o Brasil em estado de permanente instabilidade. Seus arautos e simpatizantes provocam arruaças, invadem prédios públicos, protestam amiúde – com meia dúzia de seguidores aqui e ali, parando avenidas e estradas -, contra o interesse geral. Como dar respaldo institucional, no legislativo, através de apoio pelo voto, a essa algazarra? A comparação de métodos e ações do atual governo Temer com o calamitoso modelo de gestão de Dilma Rousseff é, no mínimo, risível. Temer não tem medo de errar e de voltar atrás, quando necessário. Qualidade esperada de um líder. Exibe pulso e equipe competente para reorganizar a economia, encaminhar as reformas necessárias e ajustar interesses políticos tão distintos. Pode não ser a opção ideal de segmentos variados da sociedade. Mas é notoriamente mais habilidoso que sua antecessora. Abissal é a distância que o separa dela. O Planalto que em tempos recentes, sob Dilma, viveu dias de palanque e circo, está decerto focado agora no que importa: a condução do País, outra vez, na rota do desenvolvimento. Ninguém tem saudades do que aquela senhora nos causou.

PITACO DO BLOG CHUMBO GROSSO: - O PAÍS NÃO QUER TRAZER DE VOLTA ESSA JAMANTA EMBORCADA, A DOIDA DA ALVORADA

MANTIDA NUM MUNDO À PARTE, A CADA DIA QUE PASSA, DILMA FICA MAIS DOIDA...


Pela manhã, Dilma recebe uma sinopse que só traz notícias boas
Carlos Newton
Há meses submetida a tratamento psiquiátrico, é por recomendação médica que a presidente afastada Dilma Rousseff não lê jornais nem revistas, tampouco assiste aos noticiários pela televisão. Recebe diariamente uma sinopse redigida por sua assessoria, sob coordenação do jornalista Olímpio Antônio Brasil Cruz, que agora a acompanha no Alvorada.  A estratégia da sinopse é “AMACIAR” as notícias negativas e “DESTACAR” as positivas. É neste mundo à parte, de realidade virtual, que Dilma Rousseff está vivendo, com a Assessoria de Imprensa fazendo o que pode para protegê-la.
PROCESSO CONTRA A ISTOÉ
Há dois meses, quando a revista IstoÉ publicou que Dilma estava sendo tratada com medicamentos contra esquizofrenia para conter seus violentos arroubos, com descrição de cenas lamentáveis nos palácios e até a bordo do Aerolula, a Assessoria de Imprensa imediatamente anunciou que a revista e os repórteres seriam processados. Mas não aconteceu nada.
Como processar a jornalista Débora Bergamasco, diretora da IstoÉ em Brasília, que vem a ser mulher do ex-ministro José Eduardo Cardozo, que é advogado de Dilma e convive diariamente como ela?  Como processá-la, se tudo o que ela escreveu, em parceria com Sérgio Pardellas, é rigorosamente verdadeiro?
PROCESSO CONTRA MERVAL

Agora, a Assessoria de Imprensa de Dilma Rousseff anuncia mais um processo judicial que não se concretizará, desta vez contra o jornalista Merval Pereira, de O Globo, por ter publicado que o esquema de corrupção da Petrobras pagou despesas pessoais de Dilma, inclusive gastos com o cabeleireiro Celso Kamura.

“Mais uma vez, há uma tentativa de atingir a honra da Presidenta com o objetivo de manipular a opinião pública para facilitar a tramitação do processo de impeachment. Diante da acusação de golpe recorrem às armas da mentira e da calúnia”, diz a Assessoria, alegando que Dilma paga pessoalmente a Kamura e está de posse dos recibos e dos comprovantes das viagens aéreas dele a Brasília. E conclui a nota:
“Para finalizar, a Presidenta Dilma Rousseff anuncia que tomará as providências devidas na Justiça para reparar todas as acusações difamatórias e caluniosas que foram contra ela proferidas”.
Bem, vamos sentar mais comodamente para aguardar este novo processo que jamais será apresentado à Justiça.
NÃO CONHECEM MERVAL…
Se esses dedicados assessores da presidente afastada Dilma Rousseff conhecessem Merval Pereira, jamais ousariam emitir uma nota oficial desse teor. A qualidade e o esmero de sua atuação transformaram Merval Pereira numa espécie de jornalista imune a processos judiciais.
Somos amigos desde o início da década de 70, jamais ouvi dizer que Merval tenha sido processado. Ninguém consegue usá-lo para “plantar” notícias, tudo o que ele publica é fato comprovado, não há especulação em suas análises políticas.
Vamos a um exemplo: recentemente, O Globo foi o único jornal a anunciar que Delcídio Amaral faria delação premiada. Houve desmentidos em toda a mídia. Mas Merval insistiu, dizendo que a Redação do Globo tinha “fortes razões” para confirmar a decisão do ex-líder do Governo. E não deu outra.
UMA SINOPSE FAJUTA
A tal “SINOPSE” da Assessoria do Alvorada não traz notícias ruins. Dilma não fica sabendo de nada. Por exemplo, ainda desconhece que a Procuradoria-Geral da República já tem documentos revelando que ela tinha conhecimento do teor das negociações envolvendo interesses políticos na compra da refinaria de Pasadena, antes da reunião do Conselho.
As notas oficiais da Assessoria são feitas sem conhecimento dela. Na verdade, ninguém lhe informou que há provas de pagamentos ao cabeleireiro Kamura com dinheiro do esquema de corrupção. Ela também não sabe da delação de Marcelo Odebrecht, que relatou ter ido ao palácio em 2014, quando a presidente lhe exigiu R$ 12 milhões para o caixa 2 da campanha, depois dele já ter contribuído com R$ 14 milhões.
EM OUTRO MUNDO
Como diz o jornalista Ilimar Franco, Dilma está vivendo “EM OUTRO MUNDO”. Ela não sabe que Lula está sendo trucidado pelas delações de Marcelo Odebrecht, Léo Pinheiro, Delcídio Amaral e Nestor Cerveró, cujas denúncias também a atingem frontalmente, como participante do esquema de corrupção.

Dilma está sendo mantida assim, fora da realidade, para seguir atuando como massa de manobra do PT, e realmente pensa que o Senado vai reverter o impeachment e ela vai voltar ao Planalto, gloriosa, nos braços do povo. Por isso, vive a repetir que está sendo vítima de um golpe e a culpa é do Eduardo Cunha, sem entender que ele também já é carta fora do baralho.  É uma situação verdadeiramente patética e deprimente, que demonstra o alto grau de surrealismo da política brasileira.
PITACO DO BLOG CHUMBO GROSSO: - A EX-PRESIDENTA JÁ ESTÁ SENDO CONSIDERADA COMO A MARIA LOUCA DO SÉCULO XXI...

domingo, 5 de junho de 2016

JUIZ SÉRGIO MORO, SOZINHO, JÁ PROFERIU 105 CONDENAÇÕES... O STF, AINDA, NENHUMA!!!

Fábio Pozzebom/ABr
Josias de Souza
O cronista Nelson Rodrigues costumava dizer que o mais exasperado problema do ser humano é o medo do rapa. “Cada um de nós vive esperando que o rapa o lace, o recolha, na primeira esquina”, ele escreveu. No Brasil de hoje, Sérgio Moro virou uma espécie de rapa da oligarquia política e empresarial. Nesse meio, o juiz da Lava Jato instila pânico.
Graças à morofobia, personagens como Eduardo Cunha e Lula revelam-se capazes de tudo para que seus processos permaneçam no STF, o foro dos suspeitos privilegiados. Receiam ser presos. No intervalo de dois anos, dois meses e 19 dias, tempo de duração da Lava Jato, Sérgio Moro já proferiu 105 condenações. Juntas, somam 1.140 anos, 9 meses e 11 dias de prisão. No STF, não há vestígio de condenação. (veja no quadro abaixo os feitos que a força-tarefa da Lava Jato obteve em Curitiba)
LavaJatoMoro
Entre agosto e setembro de 2014, os delatores Paulo Roberto Costa e Alberto Yousseff jogaram no ventilador os nomes de 28 congressistas —sete senadores e 11 deputados federais. Esse pedaço da investigação subiu para o Supremo. Desde então, avolumaram-se as delações e os suspeitos com direito a foro privilegiado.
Hoje, correm no STF 70 processos relacionados à Lava Jato. Desse total, 59 estão na fase de inquérito. Neles, são investigados 134 acusados. Outros 11 processos foram convertidos pelo procurador-geral Rodrigo Janot em denúncias formais, envolvendo 38 políticos. Por ora, o único denunciado que o Supremo converteu em réu foi Eduardo Cunha. E não há prazo para o julgamento da ação penal protagonizada pelo deputado. (veja abaixo os dados sobre o pedaço da Lava Jato que corre em Brasília)
A pedido da Procuradoria, o STF afastou Cunha do exercício do mandato e da poltrona de presidente da Câmara. Mas ele mantém as prerrogativas de deputado, que impedem Moro de alcançá-lo. Conserva também o acesso às mordomias propiciadas pela presidência da Câmara e o controle sobre sua milícia parlamentar, que lança mão de manobras para retardar o julgamento do pedido de cassação do seu mandato, na pauta do Conselho de Ética da Câmara há sete meses.
LavaJatoSupremo
O que há de mais alvissareiro na Lava Jato é a percepção de que o banquete da corrupção desandou. Os órgãos repressores do Estado investigam, prendem e condenam pessoas que estavam acostumados a viver num país em que, acima de um certo nível de renda e poder, ninguém era importunado.
Deve-se sobretudo à aplicação de Sérgio Moro, dos agentes federais, procuradores e técnicos que integram a força-tarefa de Curitiba a derrubada do escudo invisível que protegia os maus costumes. Montou-se uma espécie de usina trituradora de delinquentes. Foram em cana brasileiros que se julgavam invulneráveis. Em troca de favores judiciais, muitos tornaram-se delatores.
Empreteiros que se habituaram a sufocar investigações em tribunais superiores fizeram pouco da Lava Jato. Presos, recorreram. Uma, duas, três, quatro vezes. E nada. Amargaram condenações draconianas. Marcelo Odebrecht, por exemplo, foi condenado por Moro a mais de 19 anos de cadeia. Com receio de mofar no xadrez como versões petroleiras de Marcos Valério, os mandarins das construtoras também se tornaram colaboradores da Justiça.
Os maiores ficaram para o final. Retardatários, executivos de empresas como Odebrecht e OAS terão de levar à mesa segredos cabeludos se quiserem obter vantagens como redução da pena. Eles já expõem na bandeja escalpos como o de Dilma, Lula, Renan, Sarney, Cunha, Jucá, Aécio e um inesgotável etcétera.
Cercados pela investigação de Curitiba, operadores como Sérgio Machado, ex-presidente da Transpetro, entregam os podres dos padrinhos de Brasília. O serviço da Procuradoria-Geral da República e do STF aumenta. A responsabilidade também. Soltos, políticos que são parte do problema fazem pose de solução. Pior: continuam operando.
Relator da Lava Jato no STF, o ministro Teori Zavascki tem sobre a mesa um lote de pedidos de providência formulados pela Procuradoria. Talvez devesse priorizá-los. A bandidagem parlamentar precisa de um rapa que a lace, que a recolha, na primeira esquina.