domingo, 25 de agosto de 2019

É HOJE!!!




quinta-feira, 22 de agosto de 2019

O VERDADEIRO SIGNIFICADO DE ALGUMAS MÚSICAS DE RAUL SEIXAS


Por Altamir Pinheiro


PARANÓIA:

“Eu vivo procurando em tudo quanto é lugar...

Nos bares, nas igrejas eu tentei encontrar...

Nos becos nas esquinas, na lama e no pó...

Até no bolso do meu palitó...

 

Eu sei que essa coisa que eu tenho que achar...

Talvez tão perto que a mão não possa tocar ...

Quem sabe, uma gilete talvez no coração...

Olhei até debaixo do meu colchão.”

O nome dessa música é PARANÓIA, e revela algo muito interessante sobre o Raul, ele nasceu com um propósito muito especial, como ele mesmo se intitulava do MENSAGEIRO DO APOCALIPSE, ele tinha um chamado de DEUS para fazer uma grande revolução espiritual no mundo. Uma renovação entre as religiões superficiais do mundo, assim como foi Martinho Lutero, que revolucionou o protestantismo. Paranoia fala sobre masturbação e o medo de estar cometendo um pecado. "Minha mãe me disse a tempo atrás aonde você for Deus vai atrás... Deus vê sempre tudo o que você faz... Vacilava sempre a ficar nu lá no chuveiro com vergonha... com vergonha de saber que tinha alguém ali comigo vendo fazer tudo o que se faz dentro de um banheiro". Quando ele compôs a sequência que foi PARANÓIA II, sutilmente ele se refere à droga. Principalmente, sobre o desespero e agonia o qual uma mulher pode levar um homem. Sobre o trecho "O QUE EU PROCUROS VOCÊ ESCONDEU NA BARRIGA, NÃO QUER ME ENTREGAR" pode ser uma referência a drogas que a esposa de Raul teria escondido dele.

 

Quanto à  explicação da música GITA, ela foi  inspirada do livro BHAGAVAD GITA, um livro indiano que na verdade, ninguém sabe quem realmente escreveu, é um dos livros mais antigo da humanidade, como a Bíblia. Bhagavad Gita é para os indianos como é a Bíblia para os cristãos. Esse livro fala da história da revelação do todo, do absoluto, do que é a vida, do que é Deus, o que seria a revelação da grande resposta. Quando a música Gita, do Raul, diz: EU SOU ISSO, EU SOU AQUILO, não está falando do Raul Seixas, de maneira nenhuma, está falando de cada um de nós. Ou seja, do nosso espírito, cada um é a sua própria estrela, luz ou treva, céu ou abismo.

Eu SOU, eu FUI, eu VOU. Eu sou o seu sacrifício, a placa de contra mão...

O sangue no olhar do vampiro...

E as juras de maldição...

Eu sou a vela que ascende...

Eu sou a luz que se apaga...

Eu sou à beira do abismo...

Eu sou o Tudo e o Nada...

 

O  que significa Krig-ha Bandolo?!?!?! Este foi seu primeiro LP, pois se trata, segundo ele, do grito de Tarzan indicando que os inimigos estão chegando...


E o que é o Novo Aeon?!?!?! Um AEON é uma era, ou 2.148 anos, tempo necessário para que o eixo da terra complete uma volta completa (360 graus) em seu movimento de pião. A cada vez que isso ocorre geram-se mudanças na humanidade. O Novo Aeon é a nova era que está por vir, a Era de Aquário, que deverá ter início. Liricamente o Novo Aeon representa mudança (assim como o Velho Aeon representa o que está para ser superado). È como o Trem das Sete que representa MUDANÇA...


Eis o significado da música As Aventuras de Raul Seixas na Cidade de Thor - Raul critica o status-quo e fala sobre a necessidade de fazer uma "aliança estratégica" com o sistema (o Monstro Sist) para poder enfrentá-lo. "QUANDO SE QUER ENTRAR NUM BURACO DE RATO DE RATO VOCÊ TEM QUE TRANSAR".


Já O Carimbador Maluco  faz parte  do musical infantil Pluct Plact Zumm da Rede Globo e motivo de muitas críticas a Raul que teria se vendido ao sistema com uma música imbecil. Os mais inteligentes percebem a pesada crítica à burocracia do governo que teima em selar, registrar, carimbar, avaliar, rotular, adiando e atrapalhando todo tipo de atividade. É também uma referência ao texto do anarquista Proudon que diz "Ser governado é ser a cada operação... notado, registrado, recenseado, tarifado, selado, medido, cotado, avaliado, patenteado, autrizado, rotulado".


A composição intitulada A LEI  é  uma das referências mais claras a Aleister Crowley na obra de Raul. O Livro da Lei é a principal obra de Crowley e a maior parte da letra são trechos deste livro.


A irreverente e também  reflexiva Cowboy Fora da Lei, nos passa uma mensagem, quem sabe uma  Maneira comportamental ou modo de proceder e o peso da responsabilidade de ser um ícone, bem como os riscos de vida do mesmo. "Mamãe não quero ser prefeito, pode ser que eu seja eleito, e alguém possa querer me assassinar...(...)... "Papai não quero provar nada, eu já servi a pátria amada, e todo mundo cobra minha luz... minha luz... ó coitado, foi tão cedo, deus me livre eu tenho medo, morrer dependurado numa cruz..."


Em Cambalache, há uma crítica óbvia, direta e revoltada a todos os males que assolam o mundo criados pelo ser humano desde longa data, além da falta de esperança no futuro. "Que mundo foi e será uma porcaria eu já sei, em 506, e em 2000 também, que sempre houve ladrões maquiavélicos safados, contentes e frustrados, valores, confusão..."


Música que ele se esbalda e toca fogo no circo é em Ooro de Tolo, que é uma crítica severa à sociedade hipócrita, capitalista, materialista e cheia de si. A qual Raul fazia questão de ridicularizar. Nota-se grande semelhança com o “estilo folk”  do morte americano  Bob Dylan.


Alucinadamente ele também compôs: QUANDO ACABAR O MALUCO SOU EU - sobre como o mundo pode considerar normal as pessoas se matarem, fazerem tramoias e maracutaias  políticas, traírem a si mesmas, guerrearem, culminarem no apocalipse, aceitarem a censura e considerar insanidade ser simplesmente excêntrico e afrontar o sistema.

 

A longa música "PEDRO"  é uma simbologia que representa um diálogo entre a mente INCONSCIENTE e a mente CONSCIENTE. Ou a parte mental conversando com o corpo físico que sente na própria pele todo impacto dos impulsos provocado pelo espírito. Então a partir desse pressuposto, fica mais fácil do amigo leitor entender o que Raul  Seixas está dizendo com a música “Pedro”.

--Quantas vezes Pedro você fala  /  Sempre a se queixar da solidão...


(Explicação: quase sempre o ser humano se sente só.  mesmo estando no meio de uma

multidão);

--Quem te fez com ferro fez com fogo  /  Pena que você não sabe não...


(Explicação: as escrituras sagradas revelam que Deus criou o homem já sabendo o que o seu espírito era rebelde, e sua testa semelhante ao bronze e em seu pescoço havia um nervo tão duro que era semelhante ao ferro. o bode tem a testa tão dura que é capaz de derrubar um boi com uma testada. o bode também é símbolo da rebeldia do próprio satanás).

--Vai pro seu trabalho todo dia

Sem saber se é bom ou se é ruim

Quando quer chorar vai ao banheiro,

Pedro as coisas não são bem assim.


(Explicação: as pessoas vivem como robôs).

 

--Toda vez que eu sinto o paraíso

Ou me queimo torto no inferno

Eu penso em você meu pobre amigo

Que só usa sempre o mesmo terno


(Explicação: isso quer dizer se a pessoa sente o paraíso ou seja, está feliz, tudo está certo em sua vida, ou ela se queima no inferno, quando tudo dá errado, diz a letra: “eu penso em você meu pobre amigo que só usa sempre o mesmo terno”. esse mesmo terno que Pedro está sempre usando é o seu corpo físico, de carne e osso, ”PEDRO” é o consciente, a mente de cada um, e o “TERNO” é o corpo que sente todo baque das atitudes não pensadas.

--PEDRO ONDE SÊ VAI EU TAMBÉM VÔ(VOU)


(Explicação: onde Pedro vai, diz a letra da música eu também vô; onde o corpo da pessoa vai o seu espírito vai também é lógico, mas, tudo acaba onde começou, a jornada do espírito humano teve início na forma espiritual, e um dia vai acabar voltando para a mesma forma como começou. mas tudo acaba onde começou...

--Tente-me ensinar das tuas coisas /  Que a vida é séria e a guerra é dura...


(Explicação: aqui o espírito no inconsciente da pessoa diz: “tente me ensinar das tuas coisas”. que coisas são essas?!?!?!  As coisas do mundo animal, físico, material. Aí o espírito diz: mas, se não poder, cale essa boca e deixa eu viver minha loucura... o espírito do homem segundo a bíblia é malquisto, perverso, torto e louco. muitas pessoas, sente que precisam ser diferentes e começam a participar de certas religiões, tentando doutrinar o seu pobre espírito, mas, por aquela religião ser superficial, ela acaba cedo ou tarde cedendo aos caprichos do seu espírito torto. isso é calar a boca e deixar o espírito viver a sua loucura. mas se não puder cale essa boca, Pedro... E deixa eu viver minha loucura...

 --Lembro Pedro aqueles velhos dias  /  Quando os dois pensavam sobre o mundo...


(Explicação: nesse verso, o espírito está dizendo que se lembra de quando conversava com Pedro, a respeito do mundo, os planos, os sonhos a ser realizados, porém, quando Pedro que é a mente consciente amadurece, não tem mais coragem de fazer as mesmas loucuras da juventude, aí o espírito diz: hoje eu te chamo de careta, e Pedro não quer ser mais um perdido, vagante na vida, um vagabundo. hoje eu te chamo de CARETA e você me chama VAGABUNDO;

 --Todos os caminhos são iguais  /  O que leva a glória ou a perdição...


(Explicação: na vida existem muitos caminhos, tantas portas, tantas religiões, mas só existe um caminho que possui um coração, e esse caminho se chama Jesus Cristo, ele mesmo disse: “eu sou o caminho, a verdade e a vida, dentro do peito de Jesus bate um coração cheio de amor pelos espíritos da humanidade perdida.” há tantos caminhos tantas portas, mas somente um tem coração (JESUS CRISTO).

E eu não tenho nada a ti dizer

Mas não me critique como eu sou

Cada um de nós é um universo, Pedro

Onde você vai eu também vô...

https://www.youtube.com/watch?v=Ly9Nq8lSK1A




quarta-feira, 21 de agosto de 2019

HÁ 30 ANOS MORRIA O REI DO ROCK RAUL SEIXAS

 


Por Altamir Pinheiro

Quem neste mundão de my god é cinquentão  curtiu adoidado o Mensageiro ou Profeta do Apocalipse no final de uma era nas saudosas décadas de 70/80 do Século passado. Quem viajou no TREM DAS SETE sabe muito bem do que estou falando... Raul Seixas era um poeta, místico e filósofo catastrófico. Para ele o fundamento da verdadeira Sociedade Alternativa, consistia em jamais viver de acordo com a ideologia daqueles que venderam suas vidas para si mesmo ao pequeno preço de serem apenas eles pelo resto de suas vidas como está bem filosofada na música Ouro de Tolo. Segundo o seu próprio espírito caído, cego, surdo e perdido. Mas, nunca é tarde para começar tudo de novo!!! Raul Seixas deixou um vácuo gigantesco na música e na cultura moderna, especialmente no que diz respeito a sua mensagem que não foi completada por ter morrido com apenas 44 anos de idade,  lamentavelmente. Eis uma frase que ele repetia sempre: Ninguém tem o direito de me julgar, a não ser eu mesmo. Eu me pertenço e de mim faço o que bem entender.


O rei do rock brasileiro  tinha uma missão ímpar, sem igual, fantástica, com seu jeito rebelde aos velhos tabus, as regras e paradigmas impostos pelo caótico e anacrônico capitalismo selvagem, desumano e cruel da ditadura e das falsas religiões e agora, para completar a tampa do tabaqueiro, essa desastrada maneira ou safadeza que foi o modo  de governar tanto  do PT da  Dilma doida  quanto o de hoje  do maluco  Bolsonaro. Tudo isso ele tratou e dissertou com muita maestria, destreza e habilidade na fenomenal e escultural letra METAMORFOSE AMBULANTE.  Raul Seixas era quase imbatível. Ao lado de seu parceiro Paulo Coelho, “Raulzito” construiu um dos repertórios mais substanciosos e volumosos em termos poéticos filosóficos que se tem notícia na história da música brasileira. E tome filosofia: Meu egoísmo é tão egoísta que o auge do meu egoísmo é querer ajudar.


Foi isso que tornou o “cara” uma lenda e arregimentou uma comitiva  de fãs mais chatos da história da galáxia – como não lembrar dos caras pentelhos que ficam gritando até hoje “TOCA RAUL” até mesmo em show de heavy metal.  Apesar disso, a obra de Raul sempre permaneceu muito acima dessa idolatria cega e estúpida. Algo, inclusive, que ele sempre reprovou.  Raul foi o nome mais importante do rock brasileiro e teve forte influência para os roqueiros que surgiram depois dele. Natural de Salvador, passou a adolescência ouvindo muito rock'n'roll, particularmente Elvis Presley, Little Richard, Jerry Lee Lewis e Chuck Berry, e blues dos negros do sul dos Estados Unidos, sem deixar de lado o baião do Gonzagão e repentistas nordestinos. Não é à toa que ele gostava de afirmar que,  Luiz Gonzaga era o rei do rock e Elvis Presley o rei do baião.


Embalado por esse caldeirão rítmico e seduzido pelos ideais alternativos da geração do pós-guerra e pelo misticismo, deu asas a sua anárquica guitarra e tornou-se o ídolo de diversas gerações, que incluem desde jovens rebeldes da classe média e do subúrbio das grandes cidades, até empregadas domésticas, caminhoneiros, empresários e até padres. Alguns de seus maiores sucessos são Metamorfose Ambulante, Trem das Sete, Como Vovô Já Dizia, medo da chuva, Al Capone, Cowboy fora da lei. Quando jovem, começou, como ele mesmo disse, "a usar cabelo de James Dean, blusão de couro e beber cuba-libre, o que espantava meus pais burgueses de classe média". Trocou sua lambreta por dois velhos violões e um contrabaixo e formou seu primeiro grupo de rock, O Relâmpago do Rock, em 1962. O grupo passou a se chamar The Panthers, Raulzito e os Panteras e, por fim, Raulzito e Seus Panteras.


 Tocou em vários clubes de Salvador e em programas de rádio. Em 1967, a convite de Jerry Adriani(falecido em 2017), o grupo partiu para o Rio de Janeiro. Depois do lançamento fracassado de um LP homônimo, se dissolveu. De volta a Salvador, em 1970, Raul foi convidado a trabalhar como produtor de discos da CBS. Participou em 1972 do VII Festival Internacional da Canção (FIC), da Rede Globo, com a música Let me Sing, Let me Sing, cantada por ele mesmo, e Eu Sou Eu, Nicuri é o Diabo, por Lena Rios. Depois de ter sido expulso da gravadora por ter participado do festival, lançou seu primeiro disco-solo, KRIG-HÁ BANDOLO! (1973). Foi perseguido e preso pelo Departamento de Ordem Política e Social (DOPS). Exilou-se nos Estados Unidos. Retornou ao Brasil devido ao sucesso do LP Gita (1974), que vendeu mais de 600 mil cópias. Como também a composição Eu Nasci Há Dez Mil Anos Atrás (1976), que alcançou um estrondoso sucesso.


Raul Seixas nasceu na manhã do dia 28 de junho de 1945, na cidade de Salvador. Autodeclarado filho do pós-guerra, ele cresceu sob a influência do modo de vida propagado pelo vindouro movimento contra cultural. Contra as atitudes combatentes do sistema, curtição e ações pacíficas. O novo comportamento, que no Brasil foi apelidado de desbunde, era praticado pela turma que escutava rock, lia os poetas universais, fazia filmes em Super-8, não cortava os cabelos e preferia fumar maconha a pegar em armas. A “anarquia”, longe de ser uma simples alienação nos anos de chumbo do regime militar, foi uma atitude intempestiva e marginal que transgredia as normas sociais e políticas então vigentes. Na procura de uma nova forma de pensar o mundo, o desbunde tornava-se uma perspectiva capaz de romper com a razão instrumental e o militarismo característicos tanto das direitas quanto das esquerdas.  Por isso era uma pessoa versátil e não estática:  Eu prefiro ser essa metamorfose ambulante, do que ter aquela velha opinião formada sobre tudo.


Pesquisando muito no Google  e relendo alguns livros de minha coleção sobre Raul, constata-se que ele era totalmente  avesso a qualquer tipo de autoridade, valorizou tanto o individualismo, quanto a heterogeneidade e a pluralidade. A ética universal impositiva foi substituída pelo pluralismo normativo, com o decorrente enaltecimento da Metamorfose Ambulante, isto é, do indivíduo fragmentado, descentrado, disposto a afirmar sua singularidade contra o rigor de todas as opressões. Na discografia do MALUCO BELEZA os irracionalismos, as antíteses e os antagonismos extremados ocupam o centro da cena. A sua música é um mosaico exemplar da contracultura. ele mistura, em sua obra, diferentes ritmos e estilos musicais, poesia e música, filosofia e astrologia, ocultismo e religião, crítica social e outras cositas más, tudo regado ao uso de drogas lícitas e ilícitas. Em sua veia poética, alucinadamente conclamava: Basta ser sincero e desejar profundo, você será capaz de sacudir o mundo.


Com essas características, suas músicas muitas vezes são recusadas por intelectuais e ativistas engajados, enquanto nem sempre são compreensíveis para as massas incultas. Conforme reza em sua vasta biografia arquivada nas bibliotecas virtuais, ele era atento às tensões políticas e socioculturais de seu tempo, um esperançoso compositor oferecia ao público a promessa de superação do sofrimento imposto pela sociedade autoritária. Diante das dificuldades de mudar os pressupostos sociais e políticos que geram a barbárie, sua arte assumiu como principal meta a formação de indivíduos autônomos, autocríticos e com vínculos sociais, eliminando, no que têm de fundamental, as condições que geram a alienação e a violência. Incansável rebelde repetia sempre: Eu tenho uma porção de grandes coisas para conquistar, e eu não posso ficar aqui parado.


Todavia, uma proposta política concreta estava ausente. Não é à toa que ele NUNCA se ligou em usar boinas ou camisas do mito Che Guevara, o ídolo da juventude estudantil daquela época, como fazia o saudosista e apaixonado escriba que ora vos fala ou tecla em seu computador. Não podemos esquecer que Raul Seixas, autodeclarado “Mosca na Sopa” e “Carpinteiro do Universo”, primava pelo “banda voou” ou mesmo o “puta que pariu”, proposta estética e política que apresenta a arte como divertimento, gozo, celebração, paixão, sempre à margem dos valores dominantes: caretas, opressores, racionalistas e bélicos. Como ele mesmo dizia: Não diga que a vitória está perdida. Tenha fé em Deus, tenha fé na vida. Tente outra vez!!!


Sua limitada resistência política se dava por essa via. Para nos salvarmos da opressão, mantendo a fidelidade às utopias não realizadas, o RAULSEIXISMO nos ensina que não devemos esperar o messias ou um líder revolucionário, mas sim reparar as injustiças e buscar erguer uma SOCIEDADE ALTERNATIVA a partir da união coletiva de vontades individuais. Raul Seixas exortava insistentemente ao individualismo, instigando seus interlocutores a abraçarem sozinhos os próprios caminhos. Se assim procedia é porque sabia que, enquanto o venerassem, negariam a própria autonomia. Lúcido, ele não se identificava como um sábio, santo, profeta ou redentor do mundo. Ao mesmo tempo, convidava os fãs a questionarem-se a respeito de si mesmos e de suas vidas preservando a todo custo  a paixão e o amor ao próximo ao cantarolar:  Hoje eu sei que ninguém nesse mundo é feliz tendo amado uma vez. 

Opor-se a determinados vínculos viciosos de uma sociedade perversa e hipócrita era seu lema. Quase 75  anos após o seu nascimento e três décadas depois de sua morte, a obra de Raul  Seixas permanece com sua tamanha importância por sua força imaginativa, utópica, por sua expressão e percepção das (im)possibilidades que permeiam a vida contemporânea. A sua vida nos revela a necessidade de assumirmos a existência como tarefa, uma tarefa da liberdade, que consiste na entrega à descoberta de nossas próprias possibilidades de existência. Pelo fato de ser uma construção permanente, um caminho de realização (NASCIMENTO E CRIAÇÃO) e desrealização (MORTE E DESTRUIÇÃO), essa tarefa só é concluída com a morte. O imortal Raul viajava no tempo com frases cortantes,  magníficas e delirantes como esta: Eu nasci há dez mil anos atrás. E não tem nada nesse mundo que eu não saiba demais.


Em 21 de agosto de 1989, dois dias após o lançamento do LP "A PANELA DO DIABO" e cinco dias depois do maior eclipse lunar do século XX, Raul Seixas faleceu de PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA PROVOCADA POR PANCREATITE CRÔNICA E HIPOGLICEMIA. A governanta Dalva Borges foi a primeira a encontrá-lo em seu apartamento na Rua Frei Caneca, em São Paulo. O corpo do compositor foi velado no Palácio das Convenções do Anhembi, na capital paulista, para onde uma multidão convergiu a fim de lhe prestar as últimas homenagens, seu sepultamento fora realizado em Salvador. Os fãs tornaram-se órfãos da utopia, de sua ilusão, concepção e sonho. além da extravagância e excentricidade do Maluco Beleza: Enquanto você se esforça pra ser um sujeito normal e fazer tudo igual, eu do meu lado aprendendo a ser louco, um maluco total. 


Hoje, o grande desafio de todos aqueles que, seguindo as ideias de RAUL SEIXAS, sonham e lutam por ideais utópicos que se mostraram inalcançáveis, será a dedicação a novos ideais, à descoberta de novos caminhos, pois sonho que se sonha junto é realidade, já dizia o compositor na canção “PRELÚDIO”, do LP “Gita”, de 1974. POIS É!!!  E lá se vão 30 anos... Lembro-me muito bem  do local onde estava naquele exato momento na fatídica noite de segunda-feira quando através do apresentador Sérgio Chapelin, no Jornal Nacional, anunciava  a morte daquele que se dizia: Eu sou a vela que acende, eu sou a luz que se apaga, eu sou à beira do abismo, eu sou o tudo e o nada. ÉÉÉÉÉ, mas eu sou o amargo da língua, A mãe, o pai e o avô, O filho que ainda não veio, O início, o fim e o meio, Eu sou o início, o fim e o meeeeio...


https://www.youtube.com/watch?v=Dqqu6Ynf2rc


@@@ - Alguns trechos deste longo artigo, foram pesquisados e retirados de livros que compõem a minha pacata biblioteca, hoje, quase que totalmente virtual,  e feito seus devidos enxertos e adaptações cabíveis na fenomenal obra dessa história de vida curta do polêmico, incompreensível e rebelde Raul Santos Seixas.

terça-feira, 20 de agosto de 2019

O SEBOSO DE CAETÉS COMPLETA 500 DIAS DE CADEIA...




Hoje, dia 20 de agosto de 2019, é um dia muito especial para OS BRASILEIROS DO BEM. Lula festeja 500 dias de cadeia. Parabéns,   Seboso de Caetés!!!

segunda-feira, 19 de agosto de 2019

QUEM SERIA O VICE IDEAL DE HAROLDO?




Por Altamir Pinheiro

Vice, do latim, tem o significado  “em vez de”, “substituição”, não deixa de ter significado amedrontador na nossa  política tupiniquim, onde não há espaços vazios, onde o vácuo é imediatamente ocupado por outras pretensões, pelo mais forte ou mais oportunista, pois não é à toa que: o cargo é remunerado... Esse papo furado que pregam por aí que   VICE NÃO VERSA já está superado,  na verdade, o  vice deixou de ser visto como uma simples figura decorativa, mero desencargo de exigência eleitoral, sendo notória sua importância na composição de chapas e fortalecimento de alianças. Um vice bom determina uma eleição.

Quem milita na vida política sabe muito bem que na época que se aproxima o ano eleitoral é um pega pra capar  dos seiscentos diabos para a escolha do cabeça de chapa como também o seu respectivo vice. Porém, nesse ínterim, há três fases de definição eleitoral: a primeira é quando se define o candidato. A segunda, que às vezes a precede, é a composição das alianças. A última, decorrente desta, é a indicação do nome que irá compor a chapa como candidato a vice, o substituto eventual juridicamente assegurado. É bom frisar que, o significado da  participação de um bom vice não é somente numeral, mas qualitativo. Fosse popularidade sua principal contribuição, seria ele o candidato e não o outro. 

A escolha de um vice é como o alicerce de um prédio, pois é preciso ter o máximo de cuidado para depois àquele imóvel não vir a desabar logo após o término de sua construção. Em uma eleição,  mais do que votos, um vice oferece a ampliação simbólica do perfil de uma candidatura. Não há mais exemplar ilustração do que a presença do EMPRESÁRIO já falecido,  José de Alencar,  na chapa que levou a versão “paz & amor” do PT a superar sua marca histórica de rejeição, colocando o PROLETÁRIO Lula lá.  A primeira vista foi um escândalo a junção de um baita empresário com um simples pau-de-arara, mas as urnas mostraram  que os marqueteiros estavam corretos e a dupla adversa foi eleita com uma boa margem de votos.

Em  Garanhuns, os nomes dos prefeituráveis já estão na mesa, ou pelo menos pensamos assim, mas quem vai acompanhá-los nesta caminhada? Façam suas apostas. Entre tantas qualidades dos pretendentes a vice   há algumas  bastante destacáveis: Há uma delas que tem uma disposição incrível para pedir votos de  casa em casa e um poder de convencimento inimaginável, além do   carisma, claro!!!  Só há uma opção viável para Haroldo e a escolha deveria cair na atual SECRETÁRIA DE SAÚDE DO MUNICÍPIO. Isso é o que poderíamos chamar no campo do marketing eleitoral, do CASAL 20. Até porque, o candidato a prefeito pertence ao PSC e seu número é 20.   Uma boa companheira de chapa pode colaborar e muito na gestão pública, dialogando com a sociedade e somando forças com o titular. Portanto, é muito importante entender os principais fatores envolvidos na escolha de um vice e a secretária de saúde de Garanhuns formaria  um  perfeito CASAL 20, no ano de 2020...

Uma  vice do porte da atual Secretária de Saúde  poderia  ser também uma articuladora política, auxiliando o titular do cargo no que estiver a seu alcance. Ou seja, ela não precisa assumir o cargo definitivamente para ser uma pessoa ativa na gestão. Sua trajetória política é bem ampla, pois vem de família tradicional que milita há bastante tempo  na política no Sertão Central de Pernambuco, pois teve a mãe como vereadora, dois irmãos seus também exerceram este cargo(inclusive como presidente de câmara), outro é chefe de gabinete do deputado Romário Dias há mais de 30 anos e atualmente um dos seus irmãos é vice-prefeito e candidato a prefeito na cidade de Parnamirim-PE sendo franco favorito a obter êxito no pleito de 2020, por ser uma pessoa bastante carismática.  Sem sombra de dúvida, a secretária que faz um excelente trabalho na pasta da saúde no governo Izaías, certamente,   seria a VICE ideal do candidato Haroldo Vicente(PSC).
A cultura política de Garanhuns, no entanto, reserva aos candidatos a vice-prefeito certa relevância apenas no período eleitoral, na medida em que pode conquistar votos, apoios e, em algumas situações, definir o resultado da disputa, em razão de imagem positiva junto a determinados segmentos, por serviços prestados à comunidade, principalmente quem faz esse tipo de trabalho na área da saúde. Também não se pode menosprezar a importância da afinidade de ideias e de ideais  entre o vice e o titular. Eles precisam estar sintonizados e ter prioridades semelhantes, caso contrário, podem surgir conflitos. Para quem conhece, os dois são amigos pessoais e formariam um belo par e a consagração nas urnas do CASAL 20 seria referendada pelo povo que passaria a acredita com afinco  nessa dupla que possui fortes laços de amizade e respeito mútuo e com isso vem fluindo muito bem o andamento dos serviços prestados à comunidade que o casal faz de bom grado para satisfação  da população de Garanhuns. Quem arriscaria jogar a pedra  20 de rombo?!?!?!  Façam suas apostas!!!










sexta-feira, 16 de agosto de 2019

AS MULHERES VEREADORAS DE GARANHUNS



Por Altamir Pinheiro

Sem o menor intuito de querer denegrir a imagem de quem quer que seja é preciso que se diga com todas as letra que, nunca na história de Garanhuns tivemos uma Câmara de Vereadores que deixa tanto  a desejar ou de baixo nível cultural,  para os padrões intelectuais de nossa cidade como os atuais componentes  da Casa Raimundo de Moraes.  excetuando-se cerca de meia dúzia de parlamentares, o que ficar como  sobra pode tocar fogo que não rende uma colher de cinzas... Agora, uma coisa sobressai-se muito bem naquela casa: Trata-se da ALA FEMININA. Que bom seria  que  o prefeito atendesse com mais presteza e interesse social ou enxergasse com bons olhos as suas respectivas reivindicações através dos seus  inspirados requerimentos.

O Parlamento de Garanhuns é  composto por quatro vereadoras que têm surpreendido com seus sugestivos e proveitosos requerimentos ou projetos para os analistas que acompanham ou estão  atentos ao desempenho de cada edil garanhuense. Uma delas, Carla,  foi presidente da casa; outra, Luzia faz parte da mesa diretora e seus requerimentos são muitos preciosos e utilitários por abranger assuntos urgentes pertinentes à cidade; já no tocante à vereadora Andréa, ela  vem se destacado e muito bem a cada dia que passa e pode-se considerá-la  como a vereadora  revelação do ano de 2019, mas no campo social propriamente dito, o destaque maior fica para Betânia da Ação Social que tem apresentado requerimentos exemplares beneficiando em cheio e primordialmente as mulheres e os  deficientes físicos.

Pois bem!!! Na última quarta-feira(14), a vereadora Betânia apresentou um requerimento bastante  surpreendente por se tratar de um pedido de caráter inusitado. Ou seja,  ela solicitou ao governador Paulo Câmara  como também  ao prefeito Izaías Régis, a implantação do programa e a  criação de um aplicativo conhecido como  “BOTÃO DO PÂNICO” para as mulheres em situação de risco. Mais o que diabo vem a ser  é esse tal de aplicativo conhecido ou denominado de BOTÃO DO PÂNICO? A bem da verdade, esse   dispositivo faz parte de um projeto piloto lançado pelo Tribunal de Justiça do Estado do Espírito Santo (TJ-ES) em parceria com a Prefeitura. O objetivo é reduzir os altos índices de violência doméstica registrados naquela capital. Desde 2013, mulheres em Vitória que se sentem ameaçadas por ex-maridos, namorados ou companheiros contam com um mecanismo importante de proteção: o Botão do Pânico.

Caso o  botão do pânico fosse implantado em Pernambuco e especialmente em Garanhuns como pediu a vereadora Betânia da Ação Social, o tal aplicativo ajudaria em muito  o sistema de Justiça e a polícia a fiscalizar MEDIDAS PROTETIVAS oferecidas a mulheres vítimas de violência doméstica. O troço funciona da seguinte maneira:  o botão é acionado pela mulher toda vez que seu ex-marido ou companheiro, condenado a ficar distante dela, se aproximar. O rastreamento é feito na sala de vídeo de monitoramento que seria localizada nas respectivas delegacias. O troço funciona tão bem e é de um alcance protetivo e punitivo tão precisos que   para obter acesso ao botão a Justiça deverá determinar por meio de uma decisão judicial a doação do botão às mulheres que possuem medidas protetivas, com consentimento da vítima.

Em um bate papo informal que mantive com o chefe de gabinete da vereadora, ele me convenceu  do funcionamento por inteiro e completo do programa na cidade de Vitória(ES), onde foi adotado  o botão de pânico que veio a se tornar  como um dos instrumentos que visa melhorar e aperfeiçoar o combate à violência contra mulheres no Estado. O programa conta também com a Patrulha Maria da Penha. O Botão do Pânico pode ser acionado caso o agressor não mantenha a distância mínima garantida pela Lei Maria da Penha. Ele capta e grava a conversa num raio de até cinco metros. E O MELHOR: a gravação poderá ser utilizada como prova judicial.  E MAIS: O Botão do Pânico também dispara informações para uma Central, com a localização exata da vítima, para que um carro da Patrulha Maria da Penha seja enviado ao local. Para garantir agilidade no atendimento ao pedido de proteção, a administração municipal disponibiliza viaturas da Guarda 24 horas.

São projetos, requerimentos ou pedidos  como estes, de longo alcance no que diz respeito a  proteção e segurança   que dignificam a passagem ou as presenças  das mulheres nas Câmaras Legislativas Municipais, no caso específico de Garanhuns, a ala feminina é composta de 37% do seu quadro de vereadores que representam a Casa Raimundo de Moraes. Tomando como base esse excelente requerimento produzido pela vereadora Betânia da Ação Social, em tradução simultânea, percebe-se claramente que, a vereadora, no seu cotidiano,  em seu  ofício da qual foi eleita para isso, procura alcançar dentro da medida do possível o triunfo a partir de um espírito tenaz, forte e obstinado na sua tarefa em ajudar os que tanto precisam,  principalmente e em especial  as mulheres e os deficientes físicos. De parabéns a vereadora pela excelente iniciativa dessa medida protetora às mulheres, aplicativo este conhecido como BOTÃO DO PÂNICO.