domingo, 25 de junho de 2017

LULA, A UM PASSO DA CONDENAÇÃO



AREIA MOVEDIÇA – Um apartamento na praia levará Lula a ser condenado pela primeira vez por corrupção 

Mais do que nunca, os olhares do mundo político e jurídico estão voltados para as movimentações do juiz Sergio Fernandes Moro, da 13ª Vara Federal do Paraná. Nos próximos dias, ele anunciará a sentença que condenará Lula à prisão no caso do tríplex do Guarujá por corrupção passiva e lavagem de dinheiro.

O ex-presidente é acusado de ter recebido o imóvel da OAS como contrapartida às benesses que a empreiteira obteve do governo no período em que o petista esteve no poder. Segundo o Ministério Público Federal (MPF), o ex-presidente foi beneficiado com pelo menos R$ 87,6 milhões dados pela OAS, dos quais R$ 3,7 milhões foram usados por Lula no apartamento de três pavimentos.

Conforme apurou ISTOÉ junto a integrantes da Lava Jato, o petista vai pegar até 22 anos de cadeia – 10 anos por lavagem de dinheiro e 12 por corrupção passiva. No cronograma de Sérgio Moro só uma etapa o separa do anúncio da condenação de Lula: a definição da pena a ser aplicada ao ex-ministro Antonio Palocci, hoje preso.

RISÍVEL – Advogados de Lula alegaram que o triplex era da Caixa. Mentiram. De pronto, o banco negou

A defesa de Lula está tão perdida nesse processo quanto o próprio cliente. Sem argumentos sólidos para defendê-lo, os advogados do petista apelam para o jogo sujo e chicanas jurídicas.

Chegaram ao desplante de afirmar que os procuradores usariam, na acusação a Lula, a mesma teoria aplicada por Hitler em seu primeiro discurso como chanceler da Alemanha na qual o ditador nazista defendeu a “elasticidade dos veredictos”.

Ou seja, que a posição dos procuradores seria manifestamente contrária às provas dos autos. Uma excrescência. Ao contrário do que alardeiam os advogados do petista, o MPF dispõe de farta documentação e depoimentos que demonstram que o ex-presidente ocultou a propriedade.

Nas alegações finais enviadas ao juiz Moro, na última semana, o dono da OAS, Léo Pinheiro, atestou que o imóvel era mesmo de Lula.“O tríplex nunca foi posto à venda e as reformas foram executadas seguindo orientações dos reais proprietários do imóvel, o ex-presidente Lula e sua esposa.

O projeto de reforma foi aprovado na residência do ex-presidente”, escreve o advogado de Pinheiro, José Luiz Oliveira Lima. O advogado esclarece na defesa da OAS que o tríplex, “bem mais caro do que o apartamento que Lula tinha no local”, não saiu de graça. “Os gastos feitos eram contabilizados e descontados da propina devida pela empresa ao PT em obras da Petrobras. Tudo com a anuência de seu líder partidário (Lula)”, afirmou.

Apesar de todas as evidências de que cometeu vários crimes, Lula, como todo acusado que cai nas garras da Justiça, insiste em alegar inocência. Em entrevista a Rádio Tupi do Rio na manhã da última terça-feira 20, o ex-presidente classificou de “piada” a peça acusatória dos procuradores da Lava Jato. “Espero que o Moro leia os autos e anuncie para o Brasil a minha inocência. Eu já provei que sou inocente. Quero que eles agora provem minha culpa”, acrescentou.

Em nota oficial, os procuradores do MPF foram contundentes ao rebater Lula. “A defesa do ex-presidente está usando recursos eticamente duvidosos para atacar. Quer transformar um julgamento de crimes por corrupção em julgamento político”, dizem os procuradores do MPF. Eles reiteraram que, “apesar de todas as dificuldades para superar a impunidade, todo esse processo pode restabelecer a crença de que é possível termos um País onde todos sejam efetivamente iguais perante a lei”.
UM JUIZ IMPLACÁVEL – Moro já condenou 76 pessoas na Lava Jato. Lula está na fila. Palocci é o próximo

O imóvel efetivamente não se encontra no nome do ex-presidente, mas a corrupção está fartamente provada, já que as benfeitorias no imóvel aconteceram e constituíram uma contrapartida ao tráfico de influência exercido pelo petista em favor da OAS.

Mesmo assim, a ideia era de que o apartamento fosse transferido mais tarde para Lula. Segundo Léo Pinheiro, a transferência fazia parte do acordo firmado com Paulo Okamotto, diretor do Instituto Lula e braço direito do ex-presidente. A eclosão do escândalo, no entanto, alterou os planos.

Na última semana, o advogado de Lula, Cristiano Martins Zanin, mostrou que a defesa do petista veio para confundir, não para explicar, como versava a famosa frase de Abelardo Barbosa, o Chacrinha. Segundo ele, o imóvel havia sido transferido pela OAS para um fundo imobiliário da Caixa. O blefe se transformou num tiro no pé.

De pronto, a Caixa esclareceu que o imóvel jamais lhe pertenceu. “Ele foi dado pela OAS como garantia de uma operação de debêntures com financiamento da Caixa, mas o imóvel continua sendo da empreiteira”, afirmou a Caixa. O próprio dono da construtora, Léo Pinheiro, garantiu em depoimento ao juiz Sergio Moro que o tríplex estava destinado a Lula e sua família desde o início de 2010, ano em que a empreiteira assumiu as obras de construção do Edifício Solaris, antes pertencente à Cooperativa dos Bancários de São Paulo (Bancoop). Pinheiro fez questão de deixar claro que a OAS só aceitou assumir as obras do Solaris porque soube, por meio de João Vaccari, ex-tesoureiro do PT, que o então presidente Lula tinha imóvel no local.

Outras importantes testemunhas corroboraram a versão de Léo Pinheiro. Entre elas, o ex-zelador José Afonso. Segundo ele, Lula esteve duas vezes no imóvel, uma das quais acompanhado pelo dono da OAS. E agiu como dono do apartamento, não como alguém que desejava visitá-lo na condição de futuro comprador.

À ISTOÉ, o zelador chegou a dizer que testemunhou em 2014 a ex-primeira-dama Marisa Letícia, mulher de Lula falecida em fevereiro, pedir a engenheiros da OAS que construíssem o elevador privativo. “Como é que alguém, que não é dono, pede a construção de um elevador?”, questionou Afonso. O envolvimento de Lula nas práticas de corrupção tisnou sua imagem perante a sociedade.

Em levantamento feito pelo Instituto Paraná Pesquisas no Distrito Federal, 87,1% dos entrevistados garantiram que não votarão em candidatos citados na Lava Jato. Na pesquisa, Lula é considerado “o mais nocivo para o Brasil” para 37% das pessoas pesquisadas.
O ex-presidente foi denunciado em setembro de 2016 pelo MPF. No mesmo mês, Sergio Moro aceitou a acusação, transformando-o em réu pela quinta vez, afirmando que, dos R$ 3,7 milhões doados pela OAS ao ex-presidente, R$ 2,2 milhões constituíram vantagens oferecidas a ele por meio do apartamento 164-A do Edifício Solaris, no Guarujá.

Nesse valor, estão incluídas as reformas feitas no imóvel de 300 metros quadrados, que passou a contar com um elevador privativo, cozinha completa e área de lazer com piscina. Na denúncia formulada pelo MPF, Lula é considerado “o comandante da corrupção” na Petrobras. Ou seja, o chefão da quadrilha. “Lula dominava toda a empreitada criminosa, com plenos poderes para decidir sobre sua prática, interrupção e circunstâncias. Nos ajustes entre diversos agentes públicos e políticos, marcados pelo poder hierarquizado, Lula ocupava o cargo público mais elevado (…) Os atos de Lula, quando analisados em conjunto, e em seu contexto, revelam uma ação coordenada por ele, desde o início, com a nomeação de agentes públicos, comprometidos com o desvio de recursos públicos para agentes e agremiações políticas, até a produção do resultado, isto é, a efetiva corrupção (…) Lula é um dos principais articuladores do esquema de corrupção que defraudou contratos da Petrobras”, diz a denúncia assinada por 13 procuradores, incluindo Deltan Dallagnol, que menciona Lula como um dos políticos que usou recursos da Petrobras para enriquecimento ilícito.


O mais nocivo

Além da sentença de Moro no processo do tríplex, novos revezes se descortinam no horizonte de Lula. Para convencer o MPF a aceitar um acordo de delação premiada, o ex-governador do Rio Sérgio Cabral promete envolver o petista em mais uma falcatrua.

Entre as histórias que Cabral se dispôs a contar está uma reunião, realizada em 2009 com a presença de Lula, em que o ex-presidente teria autorizado o empresário Arthur César Soares de Menezes a pagar propina a integrantes do Comitê Olímpico Internacional em troca da escolha do Rio de Janeiro como cidade sede das Olimpíadas de 2016. Em março, o jornal francês Le Monde já havia abordado o assunto.

De acordo com a publicação, o Ministério Público da França descobriu que Arthur César Soares pagou US$ 1,5 milhão ao presidente da Associação Internacional de Federações de Atletismo, Lamine Diack, três dias antes da votação que confirmou o Rio como sede dos Jogos.
Incapaz de se reinventar, o petista insiste no surrado discurso da vitimização. “Já provei minha inocência. Agora quero que provem a minha culpa. Mexeram com a pessoa errada”, disse em tom de ameaça, tal qual um capo mafioso. Não cola mais. Apesar de as investigações da Lava Jato atestarem que toda a política nacional está corrompida, resta evidente que a corrupção institucionalizada na era petista no poder não foi mera continuidade de um sistema corrupto, como adora alegar setores da esquerda. Sem dúvida, existe um “antes e depois de Lula”.

Não que a corrupção não existisse, por óbvio. Mas, sob o petista, a bandalheira foi transformada em política de Estado. É como se o Estado tivesse sido posto à venda. No governo dele e de sua sucessora, o pentarréu valeu-se do discurso histórico de esquerda, qual seja, de intensificação da intervenção do Estado na economia para angariar novas oportunidades de negócio à cúpula petista.

O caso da exploração do pré-sal é emblemático. Por trás daquilo que era apresentado como defesa do interesse nacional estava uma intencional e bem articulada ampliação do Estado como balcão de negócios. A serviço de um partido e de interesses particulares, como foi o caso do tríplex.

A realidade exposta pelos depoimentos colhidos por Moro é pródiga em demonstrar que o mito do herói, cultivado pelo PT nos últimos quarenta anos, serve melhor à literatura farsesca do que à política. Lula exerceu papel determinante na construção da pior crise política, econômica e moral da história recente do Brasil. Se ainda pairam dúvidas sobre qual caminho o País deverá seguir em 2018, o lulopetismo já apresentou abundantes motivos para o brasileiro saber qual trilha deve ser evitada.

Num artigo escrito, em 2004, para a Revista Jurídica do Centro de Estudos Judiciários sobre a Operação Mãos Limpas ocorrida na Itália nos anos 1990, o juiz Sérgio Moro a descreveu como “uma das mais impressionantes cruzadas judiciárias contra a corrupção política e administrativa”. E acrescentou: “se encontram presentes várias condições institucionais necessárias para a realização de ação semelhante no Brasil”. Estava certo o magistrado. E a condenação de Lula, a ser confirmada também pela segunda instância, será o seu apogeu, sem a qual a Lava Jato não terá feito qualquer sentido.

Mãos limpas

No mesmo artigo, Moro analisou o caso de Bettino Craxi, líder do Partido Socialista Italiano (PSI), primeiro socialista chefe de um governo na Itália (1983-1987) e um dos principais alvos da Operação Mãos Limpas. Moro sublinhou que Craxi, àquela altura já alvo de investigações e depois de refutar várias vezes o seu envolvimento, reconheceu despudorada e cinicamente, sem corar a face, o cometimento das práticas ilícitas em célebre discurso no Parlamento italiano, em 3 de julho de 1992, servindo-se de argumentos muito semelhantes aos utilizados pelo PT e por Lula: “Casos de corrupção e extorsão floresceram e tornaram-se interligados. O que é necessário dizer e que todo mundo sabe é que a maior parte do financiamento da política é irregular ou ilegal. Os partidos e aqueles que dependem da máquina partidária, de jornais, de propaganda, atividades associativas ou promocionais têm recorrido a recursos irregulares”.

As coincidências não param por aí. Em dezembro de 1992, Craxi receberia um documento de dezoito páginas no qual era acusado de corrupção, extorsão e violação da lei de financiamento de campanhas. A base da acusação era a delação premiada de Salvatore Ligresti, amigo pessoal de Craxi preso em julho de 1992.

Dizia ele que o grupo empresarial de sua propriedade teria pago cerca de US$ 500 mil desde 1985 ao Partido Socialista Italiano em troca de favores. Em janeiro de 1993, chegou à residência do político o segundo aviso com acusações de que a propina teria beneficiado não apenas o PSI, como também a ele próprio. Um mês depois, Craxi renunciou ao posto de líder do partido.

Transformado em símbolo do que havia de pior na política italiana, Craxi chegou a ser alvo de uma chuva de moedas ao andar pelas ruas de Milão. Ao condenar Lula, Sergio Moro terá alcançado, ironicamente 13 anos depois de ter escrito o artigo, a versão tupiniquim do corrupto italiano Bettino Craxi.

Uma relação tão delicada
AMIGOS PRA SEMPRE – Lula e Joesley (de camisa branca) sempre foram muito próximos, mas o dono da JBS diz que só se encontrou com o ex-presidente duas vezes

A JBS, que no início chamava-se apenas Friboi, transformou-se na maior produtora de proteína animal do mundo graças ao governo Lula, que deu mais de R$ 10 bilhões em empréstimos do BNDES com juros de pai para filho ao grupo de Joesley Batista. Com essas mamatas todas, a JBS deu um salto de 3.600% no faturamento durante o governo petista. Em 2006 faturava R$ 4,7 bilhões e em 2016 passou para R$ 170,4 bilhões. Apesar de Lula turbinar os negócios do amigo Joesley, o empresário vem tentando se esquivar desse relacionamento mais do que próximo. A amizade era tanta que houve boatos de que ele era sócio de um dos filhos de Lula.

Em entrevista à Época, na última semana, o empresário disse ter se encontrado com Lula apenas duas vezes para conversas “republicanas”: em 2006 e 2013.
Mentiu. Afinal, no depoimento da delação premiada que o próprio dono da JBS concedeu aos procuradores do Ministério Público Federal (MPF) em Brasília, em março último, Joesley relatou diversas outras conversas com Lula.

Um desses encontros, segundo Joesley, aconteceu em outubro de 2014 na sede do Instituto Lula, quando o empresário alertou o ex-presidente de que a JBS já havia doado R$ 300 milhões à campanha do PT , o que ele considerava “perigoso”, caso viesse a conhecimento público. “Lula me fixou nos olhos, mas não disse nada”, afirmou Joesley aos procuradores. Os encontros dos dois, portanto, eram constantes. Os dois se falavam com frequência por telefone também.

Coube ao ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) desmentir Joesley. Em carta escrita de próprio punho da cadeia de São José dos Pinhais, onde está preso desde o final do ano passado, Cunha disse que o dono da JBS faltou com a verdade. “No dia 26 de março de 2016, sábado de aleluia (véspera da Páscoa), houve um encontro entre eu, ele e Lula, a pedido do Lula, para discutir o impeachment de Dilma”, diz Cunha na carta. Nessa reunião, acrescentou Cunha, realizada na casa do empresário, “pude constatar que a relação de Lula e Joesley era de constantes encontros”. O ex-deputado afirmou que pode provar o que está falando por meio de recibos do aluguel dos carros que utilizou em São Paulo para ir à casa de Joesley encontrar o ex-presidente petista.

A CARTA – Eduardo Cunha diz, em mensagem escrita na prisão, que os encontros de Lula e Joesley eram constantes
Transcrito da Revista Isto É

sábado, 24 de junho de 2017

O LOIRO GALÃ ALAN LADD




Por Altamir Pinheiro
Uma jornalista perguntou a Alan Ladd, dois anos antes do ator falecer: “O que você mudaria em si próprio, se pudesse?!?!?!” A resposta de Alan Ladd foi surpreendente: “Tudo!!! Eu mudaria tudo e teria feito tudo diferente na minha vida se pudesse”. É no mínimo estranho que um dos atores mais queridos do cinema por quase duas décadas, que constituiu uma bela família e se tornou milionário, demonstre descontentamento com sua vida. Essa declaração deixa de ser estranha quando se conhece um pouco mais profundamente a alma verdadeiramente torturada de Alan Ladd.
O público venerava Alan Ladd, o campeão, por larga vantagem, de correspondência da Paramount, com mais de 20 mil cartas por mês. Em 1948 Alan Ladd atuaria em seu primeiro western como astro e também seu primeiro filme em cores, intitulado “Abutres Humanos”. Dois anos depois filmaria “O Último Caudilho”, outro faroeste. Mas um grande western, filmado em 1951, marcaria para sempre a carreira de Alan Ladd. O filme chamou-se ou  se chama  “SHANE” (OS BRUTOS TAMBÉM AMAM). Shane foi seu maior trabalho. É difícil imaginar Shane interpretado por outro ator. Alan Ladd conferiu grande dignidade ao personagem. Sua interpretação é irretocável. O Diretor George Stevens acertou em cheio, talvez não esperasse por isso.
Considerado quase que unanimemente um dos mais perfeitos faroestes já produzidos, "Os Brutos Também Amam" logo em seu primeiro ano de exibição havia alcançado o status de clássico. Os espectadores percebiam que não se tratava de um western comum, mas sim de um filme para ser lembrado por muitos anos, um daqueles que merecem entrar na lista dos filmes inesquecíveis. Assim como "A Um Passo da Eternidade", "Os Brutos Também Amam" certamente merecia um lançamento em sala de maior destaque que fizesse justiça a sua qualidade artística.
Passado mais de um ano de seu lançamento nos Estados Unidos, "Os Brutos Também Amam" (Shane) era um dos lançamentos mais aguardados no Brasil no ano de 1954.  Os ecos de seu sucesso nos States e a antecipada e contínua execução de seu bonito tema musical nas rádios brasileiras mais aumentava a ansiedade dos cinéfilos do maior país ao Sul do Equador. Alan Ladd era um astro bastante querido pelo público e George Stevens um cineasta admirado pela crítica especializada que recentemente havia sido arrebatada por “Um Lugar ao Sol”, por ele dirigido. Depois de longa espera, finalmente no dia 14 de junho de 1954 "OS BRUTOS TAMBÉM AMAM" estreou em São Paulo. Conforme nos relata o pesquisador Darci Fonseca, fãs de faroestes, por exemplo, tiveram que se desdobrar naquele mês de junho de 1954 para dar conta de assistir aos lançamentos de tantas outras películas cinematográficas que estavam em todos os cinemas das grandes capitais brasileiras, sem esquecer que muitos assistiram a "Os Brutos Também Amam" repetidas vezes. 
Nos anos 80 o jornal  a Folha de São  Paulo  abrigava então alguns dos principais jornalistas brasileiros e o caderno “ILUSTRADA” era leitura obrigatória para fãs de cinema com os textos de Ruy Castro, Paulo Francis, José Trajano e tantos outros, todos pertencentes à redação da Folha de S. Paulo quando foram consultados para a enquete que indicaria os melhores faroestes de todos os tempos. Ruy Castro definiu esses jornalistas dizendo serem todos eles “especialistas, críticos, “ratos de cinemateca” ou ligados de alguma maneira à curtição cinematográfica”. Foi solicitado a esses jornalistas  fãs de faroestes que indicassem listas contendo dez westerns dentro do critério clássico que contaria dez pontos para o primeiro colocado, nove para o segundo e assim por diante. POIS BEM!!! Os três primeiros colocados, pela ordem, foram:  OS BRUTOS TAMBÉM AMAM (Shane, 1953)  – NO TEMPO DAS DILIGÊNCIAS (Stagecoach, 1939)  – O HOMEM QUE MATOU O FACÍNORA (The Man who Shot Liberty Valance, 1962).
Qualquer atento cinéfilo dos filmes  de bang bang que tenha uma razoável percepção não há como não ODIAR o título em português que foi dado  aqui no Brasil, já que o personagem de Ladd nada tinha de bruto. Todos os amantes dos  filmes de cawboy   “ranzinzas” são perfeccionistas... FAZER O QUÊ?!?!?! Porém, Shane é Shane e o resto são filmes de faroeste que vêm depois deste. Claro que temos outras jóias raras. Mas Shane foge à regra geral. OS BRUTOS TAMBÉM AMAM é um filme antológico, arte pura!!!  Da música ao cão ator, uma emoção só, além de deixar uma aura de mistério. Sem dúvida, um dos clássicos do cinema.
Em que pese ter sido rico e muito bem casado com SUE CAROL, Alan Ladd tinha como companhia única a bebida da qual não se separava há tempos. Em 1962 Alan Ladd foi hospitalizado após ter disparado um revólver contra seu próprio corpo, perfurando um pulmão. A incoerente versão contada à imprensa desmentindo a tentativa de suicídio só fez todos acreditarem que o ator havia tentado mesmo se matar. Um ano e meio depois, em 28 de janeiro de 1964, Alan Ladd foi encontrado morto resultado de uma combinação fatal de bebida e sedativos para dormir. Nunca se conseguiu apurar se houve outra deliberada tentativa de suicídio ou se Alan não resistiu aos efeitos da mistura e deu cabo de sua vida com apenas 50 anos de idade. Sua esposa, Sue Carol permaneceu viúva pelo resto de sua vida, até falecer em 1982, aos 79 anos.
Todos que conheceram Alan Ladd enalteceram sua simplicidade, tão grande quanto sua insegurança, que carregou por toda a carreira. Alan Ladd pode não ter sido o melhor dos atores, mas deixou alguns excelentes trabalhos em filmes memoráveis, o principal deles, sem dúvida, “SHANE”- (OS BRUTOS TAMBÉM AMAM). Se pudesse, Alan Ladd teria feito tudo diferente, como afirmou, mas será que sem ter sido fruto do sistema do estrelato vivenciado na época  seu nome seria lembrado até hoje?!?!?! Difícil também dizer se ele não teria feito tudo diferente em sua vida pessoal e aí também fica a certeza que sem sua  esposa, SUE CAROL não teria havido Alan Ladd. Assistam ao trailer de 3 minutos e vejam o elenco do maior clássico western de todos os tempos com trilha sonora por Franck Pourcel e orquestra
https://www.youtube.com/watch?v=BVri2m_2gC0
P.S.: - Alguns  dados referentes às filmagens de “OS BRUTOS TAMBÉM AMAM” foram extraídos do livro ‘SHANE’, de autoria de Paulo Perdigão

sexta-feira, 23 de junho de 2017

PT JÁ DISCUTE FUGA DE LULA...    




A iminente sentença do juiz Sérgio Moro, numa das ações em que Lula é acusado de corrupção, levou próceres petistas a retomarem a discussão sobre ALTERNATIVAS DE FUGA DO PAÍS. Fonte ligada à cúpula do PT confirmou as discussões, mas nega ser uma “FUGA”, e sim “PERÍODO SABÁTICO” em outro país. Uma das opções do ex-presidente seria o URUGUAI, cujo governo lhe teria oferecido asilo, em caráter reservado. A informação é do colunista Cláudio Humberto, do Diário do Poder. Um filho de Lula, Luiz Cláudio, réu por corrupção, chegou a se mudar para o Uruguai em 2016, sob a proteção do governo. As opções para o “PERÍODO SABÁTICO” se limitam a países governados por aliados de Lula, e com forte controle sobre o sistema judicial. O cuidado dos lulistas que defendem o “EXÍLIO” é que o país anfitrião não atenda eventuais pedidos de extradição da Justiça brasileira. Entre os países listados para o “PERÍODO SABÁTICO” de Lula estão, além do URUGUAI, BOLÍVIA, VENEZUELA, EQUADOR E NICARÁGUA.


PITACO DO BLOG CHUMBO GROSSO: - TODO CUIDADO É POUCO!!! A POLÍCIA FEDERAL TEM QUE VIGIAR AS FRONTEIRAS ALÉM DE PORTOS E AEROPORTOS PARA LULA, O NOBEL DA HONESTIDADE, NÃO FUGIR DO PAÍS. O RATÃO DE SÃO BERNARDO É UM COVARDE E TEM QUE SER PRESO PARA SE FAZER JUSTIÇA POR TUDO QUE FEZ DE MAL AO BRASIL. É BANDIDO E LUGAR DE BANDIDO É NA CADEIA. ESPERA-SE QUE O JUIZ Dr. SÉRGIO MORO APLIQUE A SENTENÇA E MANDE PRENDÊ-LO O MAIS RÁPIDO POSSÍVEL. UMA COISA É CERTA: LULA & DILMA VÃO SER PRESOS ANTES DE TEMER CAIR!!!

POLÍCIA FEDERAL BUSCA JÓIAS DA LADRA, MULHER DO CABRAL, E AMIGA DO LULA...  



Cláudio Humberto



Agentes da Polícia Federal cumprem mandados de busca e apreensão em dois endereços ligados à Adriana Ancelmo. A busca é por joias da ex-primeira-dama do Rio de Janeiro. A ação, que acontece na manhã desta sexta-feira (23), é um aprofundamento da Lava Jato no Rio, com buscas complementares. A PF quer reaver 149 jóias, que teriam sido compradas com dinheiro oriundo de corrupção do esquema criminoso do ex-governador Sérgio Cabral. Os endereços em que as buscas são realizadas ficam em um prédio do Jardim Botânico e em Ipanema. Nos locais moram a ex-governanta de Adriana e a irmã dela, Lucia Ancelmo Mansur. As jóias, segundo a PF, são prova de crime. No total, o casal GASTOU MAIS DE R$ 11 MILHÕES EM JOALHERIAS.

QUARTETO DA SAFADEZA E DA LADROAGEM: Um trio de ladrões da pesada faz um brinde comemorando a ROUBALHEIRA; ao fundo, um quarto ladrão sorridente observa a cena; deste quarteto, apenas dois ladrões ainda estão soltos





quinta-feira, 22 de junho de 2017

TOTAL DO GASTO DE LULA & DILMA NA OLIMPÍADA FOI DE: R$ 41 BILHÕES


Refeitas as contas, chegou-se ao valor absurdo de R$ 41,03 BILHÕES, composto de R$ 7,23 bilhões em obras das instalações olímpicas, R$ 9,2 bilhões foram para o “Comitê Rio 2016” e R$ 24,6 bilhões foram gastos nas obras “de legado”. Para se ter ideia do que isso significa, basta lembrar que o orçamento do RJ para 2017 tem um déficit de R$ 19 bilhões, ou seja, METADE do que foi gasto nos Jogos Olímpicos da capital. O total gasto na Olimpíada, portanto, cobriria todo o buraco do orçamento fluminense deste ano e ainda sobrariam mais de R$ 20 bilhões. E o legado que a olimpíada deixou para nós brasileiros... -  Fonte: Blog o implicant -

71% DOS BRASILEIROS QUEREM VER LULA ENGAIOLADO, ENJAULADO, NA CADEIA, PRESO, CAGANDO DE CÓCORA, NO BOI...





Levantamento nacional realizado pela Paraná Pesquisas revelou que 71,4% dos brasileiros acreditam que o juiz federal Sérgio Moro vai condenar o ex-presidente Lula no caso do tríplex. Apenas 24,4% esperam absolvição do petista. Indagados sobre se há algum tipo de perseguição do magistrado contra o ex-presidente, tese sempre repetida pela defesa do petista, 61,1% FORAM CATEGÓRICOS AO AFIRMAR QUE MORO NÃO PERSEGUE LULA. Para 35,9% dos entrevistados, há algum tipo de perseguição e 3% não souberam opinar. O prazo para as alegações finais, tanto da defesa quanto da acusação, acabou no dia (20) e todos os documentos foram entregues. Com base em outras ações julgadas por Moro, o prazo para decisão pode ser até de três dias, dependendo de condições como se há alguém preso. O Paraná Pesquisas ouviu 3.962 brasileiros entre os dias 12 e 15 de junho por meio de questionário online. A margem de erro é de 1,5% para mais ou menos e o perfil da amostra tem grau de confiança de 95%







EXPEDITO BARBEIRO - O FILATÉLICO

Por anos Expedito trabalhava numa cadeira assim – a Ferrante


   

Eu gosto de escrever sobre o passado – eu não me envergonho do que passei nem do que vivi e trabalhei para vencer os obstáculos. Saudade não vai me matar – nunca fiz nada de que não possa me orgulhar.

Assim, de novo estou relembrando as boas coisas da vida (a minha) e do que é positivo e vale sempre a pena lembrar. Hoje quero falar desse profissional que, mude quem mudar, e chegue a forma de vida que chegar, continuará ali, de pé, trabalhando para ganhar a vida e o sustento da família: o barbeiro.

E aí me veio à lembrança o “Expedito Barbeiro”, que não era o único do bairro, mas tinha hábitos que prendiam o freguês sentado por horas e horas – quando cortava o cabelo e raspava a barba.

Conversador extremo, fofoqueiro de marca maior, e muito convencido. Assim era Expedito Barbeiro, que, durante anos virou referência para muitos.
Onde você mora?

– Na primeira rua depois do Expedito Barbeiro!

Onde fica a Farmácia São José?

– Na mesma rua do Expedito Barbeiro!
Muito atencioso com todo freguês, Expedito fazia questão de entreter o dito cujo contando estórias as mais diversas (e muitas até inventadas). Aos sábados trabalhava até tarde da noite. Vestia uma única roupa: calças e camisa social branca. Calça de linho branco. Usava óculos Ray-ban, sempre. Fumava feito uma caipora. Dizia que pagava promessa feita para Santo Expedito.

Tinha dois hábitos (hoje chamados de “hobby”) dos quais se orgulhava muito. Era filatélico, e parte do que ganhava e sobrava – quando sobrava – comprava selos. Colecionava selos. Selos valiosos do Brasil e do exterior. Comprou um cofre apenas para guardar as pastas com os selos, e guardava o segredo do cofre como se nele estivessem contidas barras de ouro.
O outro hábito: colecionava charges do “Amigo da Onça” (criado por Péricles), que retirava da revista semana O Cruzeiro. Chegou a mandar reproduzir uma charge do Amigo da Onça, onde esse aparecia trabalhando como barbeiro.
Expedito só bebia conhaque São João da Barra “queimado” (ou pingado, como dizem alguns) e só fazia isso aos domingos, depois que despachava o último cliente.

Navalha Solingen “Corneta” – marca preferida de Expedito

Era gostoso observar Expedido Barbeiro afiando a navalha numa peça de couro montada sobre uma peça de raiz muito leve. Com a navalha afiada e sem as exigências atuais, Expedito se orgulhava de nunca ter “cortado” ninguém enquanto raspava as barbas.

Era um mestre no cortar o cabelo dos clientes, e melhor ainda em satisfaze-los. Servia café aos que estavam na “fila” esperando a vez de serem atendidos. Fornecia revistas e jornais para ajudar a passar o tempo da espera.

Anos depois de sair definitivamente de Fortaleza, voltei à casa onde morei. Ainda encontrei alguns amigos dos tempos da juventude, moradores da Rua Professor Costa Mendes, no bairro Porangabuçu. Perguntei por Expedito e ninguém respondeu. Ninguém soube de nada, mas muitos achavam que Expedito Barbeiro sumiu como éter. Talvez tenha sumido junto com as charges do Amigo da Onça, com quem, aliás, ele parecia muito.

Água Velva pós barba – a preferida de Expedito Barbeiro

– Pronto! Você está um homem novo!
Era assim que Expedito falava quando terminava de atender seus clientes, principalmente os que faziam cabelo e barba. Esperto, o barbeiro fazia firulas ao terminar de atender alguém. Pegava uma chave, que ele sabia onde guardava, mas fazia questão de procurar, para tentar mostrar que o cliente era importante.

Pegava a chave e meticulosamente abria um armário, de onde retirava um frasco de Água Velva, uma loção pós-barba que costumava usar para agradar a clientela.
E dizia:
– Novo e cheiroso e pode até ir para a igreja casar!

quarta-feira, 21 de junho de 2017

Chico Buarque se irrita com o sucesso da paródia O BANDO. Assista agora!!!


O Músico, cantor, compositor e escritor Chico Buarque de Holanda, que andava sumido da mídia em termos artísticos reapareceu meteoricamente depois de se envolver num bate boca de bêbados numa madrugada carioca à porta de um dos restaurantes mais chiques da cidade maravilhosa. O show dos mamados no bairro Leblon, na cidade do Rio, girou em torno de política, ou seria melhor dizer politicalha? Chico tem se prestado ao ridículo papel de ferrenho defensor dos governos do PT, independentemente dos recordes de corrupção e descaso com o dinheiro público que esses governos petistas carregam nas costas.

O antigo herói da MPB foi questionado na madrugada por um outro músico, o rapper Túlio Rek, que chegou a chamar Chico de um “GRANDE MERDA”. O episódio trouxe Chico Buarque de volta à mídia. Principalmente a mídia alienada e compromissada com os desmandos do petismo, que não demorou em tentar construir do episódio dos mamados do Leblon, uma vítima de crueldade, injustiça, fascismo puro. Quem seria a vítima? Ele mesmo! Chico Buarque de Holanda, cuja família tem se beneficiado de milhões e milhões de dinheiro público para projetos “culturais” cheios de dúvidas.

Mais do que a petulância de questionar alguém como Chico Buarque durante a madrugada, a esquerdalha (esquerda canalha) se viu diante de outro fato que da mesma forma, para eles, não passa de uma afronta ao “todo poderoso” da arte e da cultura nacional. A peça em questão é uma paródia da música A BANDA, de Chico Buarque, que é de autoria de Filipi Trielli e argumento de Danilo Gentili, e que já está na internet há alguns anos, mas que só agora ganhou força. A paródia tem como título O BANDO, e começou por aí a revolta do próprio Chico Buarque.

O Artista ficou mais que irritado ao tomar conhecimento do sucesso nas redes sociais que a paródia O BANDO faz nas mídias sociais. “CONSTRANGEDOR”, assim o cantor Chico Buarque sintetizou depois de ter ouvido a paródia em um evento que seria em sua homenagem em São Paulo. Chico, visivelmente constrangido, ao saber que a paródia O BANDO é um grande sucesso na internet, mandou todo mundo tomar no cu e se retirou do local. Só no perfil do You Tube, Chinchila, a paródia tem quase 300.000 acessos.  O BANDO é uma crítica inteligente ao petismo, ao petralhismo e neste momento especial de vitimização de Chico Buarque, passa a ser também uma sacada para criticar o que poderíamos chamar de “CHIQUISMO ( a ação de vitimizar Chico Buarque de Holanda). Assista a paródia O BANDO, de autoria de Filipi Trielli!




Confira a letra completa de O Bando!!!


O BANDO
Estava à toa na classe o professor me chamou
Pra me lobotomizar, me transformar num robô
Me encheu de frase de efeito destilando rancor
Pra me lobotomizar, me transformar num robô


O mensaleiro que contava dinheiro parou
E o blogueiro que levava vantagens pirou
A Namorada que gostava de Beagle
Parou para retocar a maquiagem


O Sakamoto que odiava o sistema curtiu
A Marilena que andava sumida Chauiu
A esquerdalha toda se assanhou
Pra me lobotomizar, me transformar num robô


Estava à toa na classe o professor me chamou
Pra me lobotomizar, me transformar num robô
Me encheu de frase de efeito destilando rancor
Pra me lobotomizar, me transformar num robô


Não tive saco pra encarar Bakunin nem Foucault
Gosto do Chico e acho que ele é um grande cantor
O Professor falou que a coisa mais bela
Era explodir bomba feito o Marighella


A Marcha rubra se espalhou e a direita não viu
O Paulo Freire virou santo e fudeu com o Brasil
A Faculdade toda se enfeitou
Pra me lobotomizar, me transformar num robô


Eu vi que o capitalismo era feio e cruel
Eu vi que em Cuba era bom e que eu amava o Fidel
Anotei tudo no iPad e pus no computador
Depois eu vou te ensinar porque eu virei professor.



VALE TUDO PARA SALVAR LULA, INCLUSIVE JOGAR TEMER E MANTEGA NA FOGUEIRA...




Eliane Cantanhede

Corrupção sempre houve, mas a Lava Jato detalha minuciosamente para as vítimas – os cidadãos brasileiros –, como, a partir de 2003 e do mensalão, O ENTÃO PRESIDENTE LULA DIVIDIU O GOVERNO E O PAÍS EM DUAS GRANDES ORGANIZAÇÕES CRIMINOSAS, ou Orcrims, ou quadrilhas, uma do PT, outra do PMDB. E, já que elas foram um estrondoso sucesso, foram se multiplicando em Brasília, nos Estados e municípios. Os demais partidos, principalmente o PSDB, nunca puderam atirar a primeira pedra.

Pelas delações e provas, LULA INSTALOU E COMANDOU A QUADRILHA DO PT NOS BANCOS PÚBLICOS, ESTATAIS, FUNDOS DE PENSÃO E MINISTÉRIOS. E Joesley Batista declara a Diego Escosteguy, da revista Época, que o então vice Michel Temer tinha uma quadrilha para chamar de sua. “ERA A MAIOR E MAIS PERIGOSA ORGANIZAÇÃO CRIMINOSA DESSE PAÍS, LIDERADA PELO (ATUAL) PRESIDENTE”, acusou, citando Temer, Eduardo Cunha, Geddel, Henrique Alves, Padilha e Moreira Franco. “Quem não está preso está no Planalto.”

Desde a gravação com Temer e a delação da JBS, Joesley joga suas denúncias, e até sua ira, contra Temer, PASSANDO DE RASPÃO POR LULA. Mas... os procuradores e delegados não são trouxas e conhecem muitíssimo bem as regras das delações premiadas. O delator não pode mentir, nem omitir. Joesley admite que “LULA E O PT INSTITUCIONALIZARAM A CORRUPÇÃO”, mas, claramente, protege o petista. Se Lula nunca viu e nunca sabe de nada, agora é Joesley que também mal viu, mal conhecia Lula e nunca negociou nada com ele. DÁ PARA ACREDITAR?

Em 2006, o grupo dos irmãos Batista faturou R$ 4 bilhões. Em 2016, foram R$ 170 bilhões, graças aos financiamentos, aportes e à sociedade com o GENEROSO BNDES DE LULA. Mas Joesley relata que foi um crescimento natural e suas relações com o BNDES eram “ABSOLUTAMENTE REPUBLICANAS”. Sempre tão falante, é sucinto – mas contundente – ao proteger Lula. Um troca-troca: LULA FOI UM PAI PARA JOESLEY, JOESLEY ESTÁ SENDO FILHO AGRADECIDO PARA LULA.

No mensalão, Lula era o presidente, tudo ocorria no andar do seu gabinete, mas convencionou-se que o “CHEFE DA QUADRILHA” ERA JOSÉ DIRCEU. A PGR, o Supremo, o Congresso, a própria oposição e a mídia foram cheias de pruridos diante de Lula, evitando cobrar responsabilidades e explicações do migrante nordestino, maior líder sindical de todos os tempos e presidente com imensa popularidade. A CULPA TODA RECAIU SOBRE DIRCEU.

No escândalo da JBS, a empresa virou a maior produtora de carne do mundo com uma mãozinha do BNDES, juros camaradas, financiamentos a toque de caixa, mais de R$ 8 bilhões (ou seriam R$ 12 bilhões?) para os irmãos Joesley e Wesley fazerem negócios fabulosos nos EUA. COISA DE LULA? Não, não, quem mandava em tudo, e arrecadava a propina, era GUIDO MANTEGA. Então, tá.

Assim, temos que eram duas organizações criminosas, Orcrims, ou quadrilhas, como Joesley Batista tão bem descreveu na entrevista. A do PMDB era chefiada pelo hoje presidente Temer. A do PT, ora, ora, não era chefiada por Lula, MAS POR MANTEGA? Mantega chorou ao se sentir uma vítima dos malvados da Lava Jato. Vai chorar também ao se saber vítima de Lula, Palocci e Joesley?

MANTEGA É O DIRCEU DA VEZ, o que Antonio Palocci (esse é esperto) reforça no processo. Para se defender, ataca Mantega. OS DOIS, COMO MINISTROS, USARAM A FAZENDA PARA NEGOCIATAS, ACHAQUES, COLETA DE PROPINAS PARA O PT. Espantoso! Mas Palocci tira o corpo fora e joga no colo de Mantega – com ajuda de Joesley. Parece estratégia, jogo combinado. ELES PRECISAM LIVRAR O LULA e livrar Palocci, que é Lula. Então, JOGAM MANTEGA NA FOGUEIRA, assim como jogaram Dirceu.