ATRAVÉS DO BOLSA ESMOLA, O
PT, TRATA O PIDÃO NORDESTINO NÃO COMO
CIDADÃO; NÃO COMO CIDADÃ; NÃO COMO CRIANÇA. MAS COMO UM AGLOMERADO. TRANSFORMARAM ESSE POVO EM ENTULHO...
Antonilson dos Santos, 23, Maria Eliane
Ribeiro da Silva, 22, e os filhos Lucas (esq.), Ludmila, Bruna e Luan (no colo
da mãe), que não haviam se cadastrado no Bolsa Família por falta de documentos.
/ ALEX ALMEIDA
Na porta de uma das casas de barro da zona rural de Alto Alegre do Pindaré
(no oeste maranhense), Lucas, de 3 anos, brinca com um pássaro jaçanã morto ao
lado das irmãs Ludmila, 6, e Bruna, 5. Dentro da casa, a mãe, Maria Eliane da
Silva, de 22 anos, cuida do filho mais novo de oito meses quando uma equipe da
Secretaria de Assistência Social entra para conversar com ela sobre o Bolsa
Família. A família só se cadastrou no programa do Governo federal agora, porque
antes não tinha os documentos necessários, apesar de nunca ter tido nenhuma
fonte segura de renda na vida. O marido de Maria faz bicos e recebe, quando
consegue trabalho, em média 30 reais por dia. Nos meses bons, paga os 50 reais
de aluguel da casa de três cômodos e compra comida para os filhos. Nos meses
ruins, todos passam dias à base de uma papa feita de farinha e água, contam
eles. NO MUNICÍPIO, SEIS
DE CADA DEZ PESSOAS VIVE NA POBREZA, SENDO QUE QUATRO DELAS ESTÃO EM FAMÍLIAS
CUJA RENDA PER CAPTA NÃO CHEGA A 70 REAIS –SÃO AS CONSIDERADAS EXTREMAMENTE
POBRES. As opções de trabalho são escassas:
uma pequena rede de comércio no centro e cargos na prefeitura. A maioria das
pessoas trabalha como diarista em roças ou no “ROÇO DA JUQUIRA”, a limpeza de
áreas desmatadas para o pasto do gado. Cerca de metade dos moradores depende da
bolsa do governo. O que A equipe da
prefeitura de Alto Alegre do Pindaré que visitava a casa de Maria Eliane fazia
a chamada “BUSCA ATIVA”, que tem o objetivo de procurar pessoas em situação de
extrema pobreza que ainda não estão incluídas no benefício. Estima-se que 25%
dos pobres do município que teriam direito à bolsa ainda não a recebem. O EL
PAÍS acompanhou o trabalho da equipe por dois dias na semana passada. Nas
visitas, presenciou casos como o de Antônia Costa, de 31 anos, que se prostitui
para complementar a renda; de Francilene Araújo, UMA ADOLESCENTE DE 14 ANOS
RECÉM-CASADA que nunca saiu do povoado onde mora,
ou de Sara de Jesus, grávida de quatro meses, que passa fome ao lado da filha
de quatro anos. Nenhuma foi atrás do benefício ou porque moram longe da
secretária, onde é possível fazer o cadastro, OU POR NÃO TEREM OS DOCUMENTOS NECESSÁRIOS (CPF OU TÍTULO DE
ELEITOR). Ao identificar casos assim, a equipe
cadastra as famílias, explica como o programa funciona e explica como tirar os
documentos –muitos não sabem que a primeira via é de graça. A equipe de “BUSCA
ATIVA” atua na cidade há um ano, mas ainda não visitou todos os cerca de 200
povoados porque muitos só são acessíveis por meio de estradas de difícil
acesso. A secretaria não tem carro adequado para chegar a esses locais, mas
afirma que uma caminhonete chegará nos próximos meses. Um barco também foi
comprado para que fosse possível alcançar as áreas ribeirinhas ou que alagam na
temporada de chuva, mas o piloto ainda espera a chegada da habilitação para
poder manejá-lo. No mês passado, 44 famílias foram “CAPTADAS” nas visitas. O
Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome diz que o governo lançou
a ação há três anos e, neste período, as equipes municipais conseguiram
localizar 1,35 milhão de famílias. Atualmente, 13,9 milhões de casas recebem o
Bolsa Família (cerca de um quarto da população brasileira), quase um milhão
delas no MARANHÃO,
ONDE SE CONCENTRA A MAIOR PROPORÇÃO DE POBRES DO BRASIL. Para a ONU, o programa teve uma importante participação na redução da
fome no país, que nos últimos anos caiu pela metade. Atualmente, cerca de 10
milhões de pessoas não têm o que comer no Brasil.
"É SÓ DORMIR QUE A FOME PASSA”
Sara de Jesus Lima, 23, segura a foto do filho que nesceu morto/ALEX ALMEIDA
Sara de Jesus Lima, 23, interrompe a
conversa com a reportagem na área rural de Alto Alegre do Pindaré, vai até o
quarto e volta com uma fotografia em mãos. É a imagem do filho, recém-nascido,
que morreu no trabalho de parto. A mãe de Samara, 4 anos, está grávida de
quatro meses e não recebe o Bolsa Família. “NUNCA FUI ATRÁS. NEM TIREI OS DOCUMENTOS”, conta. A família sobrevive do pouco
dinheiro que o marido recebe na roça e da ajuda de vizinhos. Não são poucos os
dias em que todos passam fome ou comem apenas uma papa de farinha com água ou
um mingau de arroz. Na tarde da última quinta, havia apenas quatro garrafas de
água e uma de limonada na geladeira. A família mora em uma casa de barro, com
teto de palha, mobiliada apenas por duas redes, um colchão de casal apoiado em
pedaços de madeira e a geladeira, distribuídos em três cômodos –sala, quarto e
cozinha. O banheiro, uma estrutura aberta cercada de palha, fica nos fundos do
terreno: é um buraco no chão coberto por uma tampa removível de madeira. Uma
estrutura bastante comum na área rural da região. Logo ao lado, mora a mãe
dela, Terezinha de Jesus Lima, que não sabe a própria idade. Ela, o marido, de
67 anos, e outros dois filhos sobrevivem dos 374 reais que ganham do Bolsa
Família, mas não tinham conseguido sacar o rendimento do mês porque o dinheiro
havia acabado na lotérica. “TEM
DIAS QUE O VELHO PERGUNTA: ‘MINHA VELHA, O QUE VAMOS COMER HOJE?’ EU FALO: ‘MEU
VELHO, É SÓ DORMIR QUE A FOME PASSA. E ESPERAR AMANHÃ POR DEUS”.
“EU DOU UM ROLÊ”
FOTO: ALEX ALMEIDA
Em
um canto da casa de Antônia, 31 anos, estão empilhados quatro grandes sacos de
arroz, produto da roça que ela tem com a família. “ISSO DÁ PRA MESES. VOU COMER
DEVAGAR”, comemora. Ela não recebe o Bolsa Família porque perdeu os documentos
e nunca fez outros, A SEGUNDA VIA É PAGA. No final da tarde da
última quinta-feira, ela se preparava para sair de casa para dar um “ROLÊ”, forma
como, timidamente, descreve os programas que faz. Na cintura, levava um
canivete. Do lado direito do olho, tinha uma mancha escura, que ela diz ser
consequência de uma queda. Antônia tem três filhos: o de 5 e o de 9 anos vivem
com a mãe dela e estão incluídos no cadastro do Bolsa Família da avó. A de 15
vive sozinha. “AQUI É RUIM, NÃO TEM
COMO TRABALHAR”, conta ela, que há alguns anos voltou do Pará, onde exercia a
função de cozinheira em um garimpo. Nos “ROLÊS”, ela
consegue entre 30 e 40 reais, conta. Quando não tem dinheiro, pesca peixe no
rio. “TEM UM VELHINHO TAMBÉM QUE EU AJUDO E ELE ME AJUDA, ME DÁ AS COISAS.”
“QUERIA SER DOUTOURA,
MAS VOU FICAR QUIETA MESMO”
Francilene, 14 anos, ao lado de uma inscrição com o nome dela
e do marido/ALEX ALMEIDA
Francilene Mendes Araújo, de 14 anos,
nunca percorreu os 29 quilômetros de estrada que afastam o povoado de Cajueiro,
bairro repleto de pés de caju, do centro de Alto Alegre do Pindaré, onde está O CARTÓRIO NECESSÁRIO PARA QUE ELA
RETIRE OS DOCUMENTOS QUE AINDA NÃO TEM. Ela cursa a oitava série do Ensino Fundamental na escola do
povoado, que atende 12 crianças em duas salas multisseriadas (que juntam alunos
de séries distintas). No ano que vem, deixará de estudar porque só há Ensino
Médio em outro município e ela tem que caminhar por mais de uma hora para
chegar lá. “NO INVERNO CHOVE E NINGUÉM PASSA”, conta. Quando questionada se tem
algum sonho, ela para, pensa e, com um sorriso tímido, responde: “QUERIA SER DOUTORA. MAS VOU FICAR
QUIETA MESMO."
PITACO DO BLOG CHUMBO GROSSO: - NA
VERDADE, OS “PIDÃO” NORDESTINOS SÃO FATALISTAS, FORAM EDUCADOS PELO PT PARA ACEITAR O QUE A VIDA LHES TROUXER: ESMOLA. DIGO MELHOR, BOLSA-ESMOLA.
PESSOAS QUE VIVEM NUMA TERRA ADUBADA PELO ESMOLISMO E UMA ACERBADA CRENÇA RELIGIOSA.
O BOLSA ESMOLA DO LULA, LAMENTAVELMENTE, DESGRAÇADAMENTE, TORNOU-SE NUM
SALVO-CONDUTO “IDEAL”, UM “ABRE-PORTAS”, UMA IMUNIDADE MALÉFICA AOS “PIDÃO”
NORDESTINOS. A PROVA É TANTA QUE, O PROGRAMA BOLSA FAMÍLIA NÃO É UMA POLÍTICA
DE ESTADO E SIM UMA POLÍTICA DE GOVERNO. QUER DIZER, UM PROGRAMA DO LULA; UM
PROGRAMA DO PT, EXCLUSIVAMENTE DO PT. NÃO É A
TOA QUE, PARA UMA FAMÍLIA SE “ALISTAR” NELE, TEM DE TER O CPF E, PASMEM: O
TÍTULO DE ELEITOR. ISSO SIGNIFICA QUE, O BOLSA ESMOLA É O MAIOR PROGRAMA DE COMPRA
DE VOTO DO MUNDO. NA VERDADE, O BOLSA ESMOLA É O
LIMITE ENTRE
A POBREZA E A FOME QUE SERÁ ETERNIZADA ATÉ QUANDO DEUS DER BOM TEMPO!!!
PORTANTO, O BOLSA ESMOLA TERIA QUE SER TRANSITÓRIO E NUNCA PERMANENTE. AO INVÉS
DE ESMOLA, ESCOLA!!! SERÁ QUE MARINA SILVA, QUANDO CHEGAR À PRESIDÊNCIA VAI
ATINGIR ESSA FAÇANHA. EIS A QUESTÃO...
@@@ - Esta postagem foi gentilmente roubada lá do Blog EL PAÍS. - As manchetes e a primeira imagem não fazem parte do texto original).