terça-feira, 8 de dezembro de 2015

A RODA DO IMPEACHMENT COMEÇOU A GIRAR: DILMA LASCOU-SE!!! OU SEJA, DILMA ESTÁ COM OS DIAS CONTADOS, A CASA CAIU!!!



Reinaldo Azevedo
De todos os argumentos vigaristas para combater o impeachment da presidente Dilma Rosseff, o mais estúpido é o que sustenta que sua situação é muito diferente da de Fernando Collor porque este, afinal, não tinha partido, não tinha base social e não tinha incluído milhões de pessoas na economia.
Aliás, aí está a essência do que defini como “petalhismo”, que é prática dos petralhas: apelar ao social para justificar ações criminosas. Consegue ser um lixo moral superior à defesa do roubo puro e simples. Por quê?
O ladrão que não procura se justificar tem ao menos o bom gosto de não corromper o bem, não é mesmo? Esses outros não: arrastam qualquer ideia de virtude em sua pantomima criminosa. Se os operadores dessa máquina maligna são detestáveis, seus arautos na imprensa, no mundo do direito e na academia constituem a mais nefasta canalha.
Os ladrões que se assumem como aquilo que efetivamente são não degradam as instituições, não inviabilizam países, não condenam gerações ao atraso, à penúria e à melancolia. Esses outros, por óbvio, sim.
Pensem: quanto tempo vai demorar para que o Estado brasileiro se alimpe dessa súcia que infelicita o Brasil, que impede a devida aplicação de políticas públicas, que se impõe para defender e proteger os interesses de seu grupo, de sua camarilha, contra as necessidades do conjunto da população?.
Se querem uma evidência do que essa gente é capaz, olhem para a nossa educação, olhem para a saúde. Tomem como exemplo o surto de microcefalia no país. Há quantos anos o governo central namora com o mosquito, que antes era só da dengue, depois passou a ser também da chikungunya e agora é do Zika vírus? O que mata os brasileiros não é um destino, mas suas escolhas.
E, como resta claro, nem uma sombra de bom senso ameaça a incompetência arrogante do governo. Nesta segunda, o ministro Ricardo Berzoini (Secretaria de Governo) concedeu até uma entrevista razoável à Folha. Mas a ponderação durou pouco.
Ontem, Dilma compareceu à abertura da Conferência Nacional de Assistência Social — essas conferências, desde sempre, de qualquer área, são conduzidas por franjas do petismo. Foi recebida aos gritos de “não vai ter golpe”. A presidente não se fez de rogada. Afirmou: “Ao longo da história, os golpes não constroem harmonia, a unidade, nem constroem a pacificação necessária para os países avançarem. Pelo contrário: geralmente o que os golpes constroem é o caos, que deixam feridas e marcas profundas”.
Dilma sabe que não há golpe nenhum. Ao fazer essa acusação, deslegitima o próprio Parlamento que vai tomar a decisão sobre o seu caso. Ela está a dizer que só aceita um resultado. Mas um Poder Legislativo que só pudesse votar de uma maneira seria livre?
E não pensem que Dilma negou as pedaladas, não. Ela as admitiu nestes termos: “Nós escolhemos um caminho, uma política, e podem ter certeza de que essa escolha, mais cedo ou mais tarde, sempre é cobrada. Uma parte do que me acusam é de ter pago o Bolsa Família e o Minha Casa Minha Vida. Uma parte do que me acusam é por isso. Paguei, sim. Mas nós pagamos com dinheiro do povo brasileiro. Não foi empréstimo que pagou o Minha Casa Minha Vida, foi o dinheiro legítimo dos tributos pagos pelo povo desse país”.
Aí está, para aqueles ditos juristas do nariz marrom que lhe foram puxar o saco no Palácio do Planalto, a confissão do crime. Atenção! Dos R$ 40 bilhões das pedaladas dadas só em 2014, R$ 19,6 bilhões foram do BNDES, que nada têm a ver com os programas sociais a que se referiu na governanta. Dilma está admitindo o crime, sim. Deixa claro que o cometeu de forma consciente. E conta uma mentira sobre a destinação do dinheiro.
É evidente que, se Dilma acha que está diante de uma ação golpista, então ela não reconhece as instâncias que vão avaliar o processo contra ela e, eventualmente, julgá-la. Se é assim, como é que aceita se submeter, então, a um julgamento que pode contemplar um golpe?
Se é como diz a presidente, o melhor que ela tem a fazer é voltar às suas origens, aderir a um grupo clandestino e partir para a resistência armada. Mas que o faça já, não é? Não pode esperar a votação da Câmara e, eventualmente, o julgamento do Senado.
Ou será que a presidente deixou a luta armada para mais tarde, para a hipótese de o Congresso fazer a coisa certa e, diante da confissão do crime e a evidência de que ela o cometeu de modo claro, consciente e determinado, condená-la por isso? - As imagens e a manchete não fazem parte do texto original - 

A EX-presidANTA VAI TER QUE ENGOLIR O FUTURO PRESIDENTE MORDOMO DE VAMPIRO...



Reinaldo Azevedo
Michel Temer, vice-presidente da República, é um homem educado também no sentido, vamos dizer, escolar do termo. Tanto é assim que recorreu ao velho estilo epistolar para evidenciar as múltiplas provas de desconfiança dadas por Dilma e expor o tratamento truculento de que tem sido vítima. Nesta segunda, enviou uma carta à presidente elencando 11 provas concretas de que ela não confia nem nele nem em seu partido, PMDB. A mensagem, esclarece a Vice-Presidência, não implica um rompimento pessoal com Dilma nem o fim da aliança do PMDB com PT. Ainda que assim seja, é claro que o texto se tornou um marco. Agora, ou racha ou racha.
Com a carta, Temer respondia ao assédio brutal dos palacianos, que tentam, na prática, cassar-lhe prerrogativas constitucionais. A ousadia é tal, já apontei isso aqui, que o ministro Jaques Wagner teve o topete de pôr na boca do vice palavras que este não pronunciou.
Agora vamos ao que é mais impressionante. A carta foi enviada à presidente nesta segunda, quando governistas fiéis ao Planalto lutavam com dissidentes, em companhia da oposição, pelo controle da comissão especial que vai analisar a denúncia que pode resultar no impeachment de Dilma. Trata-se de uma mensagem pessoal. Ora, é evidente que jamais deveria ter sido vazada para a imprensa. Mas foi.
O próprio Temer se surpreendeu. Afirmou:
“Escrevi uma carta confidencial e pessoal à presidente da República. Tive o cuidado de mandar pessoalmente a minha chefe de gabinete entregá-la. Mais uma vez, avaliei mal. Desembarquei em Brasília agora à noite e me surpreendi com o fato gravíssimo de o palácio ter divulgado uma carta confidencial. Eu já tinha me decepcionado quando os ministros Edinho Silva e Jaques Wagner divulgaram versões equivocadas do meu último encontro com a presidente, me deixando mal jurídica e politicamente.”
Pois é… A que alude o vice? Explico. Temer esteve com Dilma. Os dois ministros espalharam a versão de que o vice não via base jurídica para Eduardo Cunha aceitar a denúncia contra Dilma.
Temer não se furta a expor com todas as letras o seu desconforto:
“Eu havia sido comunicado pelo Eduardo Cunha que ele acolheria o pedido de impeachment. Reconheci seu direito de fazê-lo, e, depois, o ministro Jaques Wagner colocou na minha boca a afirmação de que a decisão não tinha lastro jurídico. Constrangido, tive que desmenti-lo. O acolhimento tem sim lastro jurídico.”
Pode não ser uma carta de rompimento pessoal e de descolamento do PMDB do governo, mas é evidente que, depois dela, ou racha ou racha. O que quero dizer com isso? Michel Temer está deixando claro que é vice-presidente da República; que a Constituição lhe assegura prerrogativas que governo nenhum pode tolher; que não vai entrar pessoalmente no jogo para influenciar os votos no Congresso; que não vai aderir à gritaria histérica do Planalto, que acusa “golpe”. Temer está dizendo, em suma, que seguirá leal ao papel que lhe atribui a Constituição.
Falemos um pouco da carta. O vice a inicia com uma epígrafe de um ditado latino, a saber: “Verba volunt; scripta manent” — palavras ditas voam; palavras escritas permanecem. Ou por outra: ele preferiu escrever porque ouviu dizer que a presidente o chamaria para mais um encontro. E, depois das distorções de Wagner e Edinho, Temer não quis correr o risco de ouvir falas que não são suas a voar por aí, como se suas fossem.
Na epístola enviada a Dilma, elenca 11 episódios em que a desconfiança da presidente no seu vice e no PMDB ficou patente. Pois é… Temer poderia ter citado ainda um outro adágio latino: “Verba movente; exempla trahunt”. Ou: as palavras movem; os exemplos empurram. Mas isso é literal demais e não aclara as coisas. O melhor seria: as palavras movem; os exemplos compelem, convencem, evidenciam.
Temer afirma que passou os quatro primeiros anos como “vice decorativo” e que “só era chamado para resolver votações do PMDB e crises políticas”. Diz que jamais foi convocado para discutir “formulações econômicas ou políticas do país”. E resume: “Éramos meros acessórios, secundários, subsidiários.”
Deixa claro que sentiu como agressão pessoal a retirada de Moreira Franco do Ministério da Aviação Civil, já que era uma indicação sua. Sustenta que Eliseu Padilha deixou a mesma pasta na semana passada porque desprestigiado, mas que o governo fez questão de alardear que isso era parte de uma conspiração supostamente liderada por ele, Temer.
No quinto item de suas razões, lembra a coordenação política que chegou a assumir em abril, para dela sair em agosto, depois de aprovado o ajuste fiscal, porque os acordos que foram costurados para conseguir aquelas votações não foram cumpridos.
Na reforma ministerial que mudou peças do PMDB, Temer lembra, que apesar de ser presidente do partido, Dilma preferiu ignorá-lo e chamou para cuidar do assunto Leonardo Picciani (RJ), líder do partido na Câmara, e seu pai, Jorge Picciani.
Na ordem dos insultos, Temer observa que, na posse, Dilma manteve reuniu de duas horas com Joe Biden, vice-presidente dos EUA, fazendo questão de ignorá-lo — justo ele, que diz manter uma relação de amizade com o político americano.
Temer afirma que até o programa da Fundação Ulysses Guimarães “Uma Ponte Para o Futuro” foi usado como suposta evidência contra o PMDB e contra ele próprio. E diz que o governo continua tentando dividir o partido, sem sucesso.
O vice-presidente, em suma, deixou claro que a relação de confiança alardeada por Dilma não existe. E conclui: “Finalmente, sei que a senhora não tem confiança em mim e no PMDB hoje e não terá amanhã.”
Na mosca!
Não fosse a conjugação de crise econômica, crise política e crise de confiança, o PT estaria empenhado neste momento em destruir o PMDB. Apontei aqui essa disposição já em fins de 2011 e início de 2012. Na sua brutal arrogância, os petistas julgavam que já tinham destruído o PSDB e que era a hora de começar a caçar os aliados.
Agora é ou racha ou racha. O PMDB pode, sim, continuar na base — até porque, suponho, o próprio governo não pretende se livrar dele —, mas Temer deixa claro que, a exemplo de Dilma (deveria ser assim ao menos), as suas responsabilidades pessoais transcendem as do partido.
Dilma terá de lutar por seu mandato — espero que o faça dentro das regras do jogo, e Temer tem de ter claro que seu papel institucional é substituí-la em caso de impedimento. Com a grave responsabilidade de encontrar um caminho que ao menos nos livre da depressão econômica.
Cada um no seu quadrado. Sei lá por que diabos o Planalto divulgou a carta. Há mais fígado do que cérebro nessa decisão. Para Temer, foi excelente. Aquilo que é dito apenas entre duas pessoas não impõe, aos olhas da opinião pública, nenhuma forma de especial decoro. Quando, no entanto, a conversa confidencial vira assunto até de boteco, não resta às personagens, ou aos litigantes, outra coisa que não o dever da coerência.
E o dever de Temer, agora, é ficar longe de Dilma para, se preciso, substituí-la e dar início ao seu governo.
É a regra.
É a lei.
É a Constituição.
E o PT vai de ter de engolir ou de engolir.
@@@ As imagens e a manchete não fazem parte do texto original

EIS O TEOR DA CARTA QUE O
FUTURO PRESIDENTE ENVIOU
 A EX-presidANTA 

São Paulo, 07 de dezembro de 2015
Senhora Presidente,
“Verba volant, scripta manent”.
Por isso lhe escrevo. Muito a propósito do intenso noticiário destes últimos dias e de tudo que me chega aos ouvidos das conversas no Palácio.
Esta é uma carta pessoal. É um desabafo que já deveria ter feito há muito tempo.
Desde logo lhe digo que não é preciso alardear publicamente a necessidade da minha lealdade. Tenho-a revelado ao longo destes cinco anos.
Lealdade institucional pautada pelo art. 79 da Constituição Federal. Sei quais são as funções do Vice. À minha natural discrição conectei aquela derivada daquele dispositivo constitucional.
Entretanto, sempre tive ciência da absoluta desconfiança da senhora e do seu entorno em relação a mim e ao PMDB. Desconfiança incompatível com o que fizemos para manter o apoio pessoal e partidário ao seu governo.
Basta ressaltar que na última convenção apenas 59,9% votaram pela aliança. E só o fizeram, ouso registrar, por que era eu o candidato à reeleição à Vice.
Tenho mantido a unidade do PMDB apoiando seu governo usando o prestígio político que tenho advindo da credibilidade e do respeito que granjeei no partido.
Isso tudo não gerou confiança em mim. Gera desconfiança e menosprezo do governo.
Vamos aos fatos. Exemplifico alguns deles.
  1. Passei os quatro primeiros anos de governo como vice decorativo. A Senhora sabe disso. Perdi todo protagonismo político que tivera no passado e que poderia ter sido usado pelo governo. Só era chamado para resolver as votações do PMDB e as crises políticas.
  2. Jamais eu ou o PMDB fomos chamados para discutir formulações econômicas ou políticas do país; éramos meros acessórios, secundários, subsidiários.
  3. A senhora, no segundo mandato, à última hora, não renovou o Ministério da Aviação Civil onde o Moreira Franco fez belíssimo trabalho, elogiado durante a Copa do Mundo. Sabia que ele era uma indicação minha. Quis, portanto, desvalorizar-me. Cheguei a registrar este fato no dia seguinte, ao telefone.
  4. No episódio Eliseu Padilha, mais recente, ele deixou o Ministério em razão de muitas “desfeitas”, culminando com o que o governo fez a ele, Ministro, retirando sem nenhum aviso prévio, nome com perfil técnico que ele, Ministro da área, indicara para a ANAC.Alardeou-se a) que fora retaliação a mim; b) que ele saiu porque faz parte de uma suposta “conspiração”.
  1. Quando a senhora fez um apelo para que eu assumisse a coordenação política, no momento em que o governo estava muito desprestigiado, atendi e fizemos, eu e o Padilha, aprovar o ajuste fiscal. Tema difícil porque dizia respeito aos trabalhadores e aos empresários. Não titubeamos. Estava em jogo o país. Quando se aprovou o ajuste, nada mais do que fazíamos tinha sequencia no governo. Os acordos assumidos no Parlamento não foram cumpridos. Realizamos mais de 60 reuniões de lideres e bancadas ao longo do tempo, solicitando apoio com a nossa credibilidade. Fomos obrigados a deixar aquela coordenação.
  1. De qualquer forma, sou presidente do PMDB, e a senhora resolveu ignorar-me, chamando o líder Picciani e seu pai para fazer um acordo sem nenhuma comunicação ao seu Vice e Presidente do Partido. Os dois ministros, sabe a senhora, foram nomeados por ele. E a senhora não teve a menor preocupação em eliminar do governo o Deputado Edinho Araújo, deputado de São Paulo e a mim ligado.
  1. Democrata que sou, converso, sim, senhora Presidente, com a oposição. Sempre o fiz, pelos 24 anos que passei no Parlamento. Aliás, a primeira medida provisória do ajuste foi aprovada graças aos 8 (oito) votos do DEM, 6 (seis) do PSB e 3 do PV, recordando que foi aprovado por apenas 22 votos. Sou criticado por isso, numa visão equivocada do nosso sistema. E não foi sem razão que em duas oportunidades ressaltei que deveríamos reunificar o país. O Palácio resolveu difundir e criticar.
  1. Recordo, ainda, que a senhora, na posse, manteve reunião de duas horas com o Vice-Presidente Joe Biden — com quem construí boa amizade — sem convidar-me o que gerou em seus assessores a pergunta: “O que é que houve que numa reunião com o Vice-Presidente dos Estados Unidos, o do Brasil não se faz presente? Antes, no episódio da “espionagem” americana, quando as conversas começaram a ser retomadas, a senhora mandava o Ministro da Justiça para conversar com o Vice-Presidente dos Estados Unidos. Tudo isso tem significado absoluta falta de confiança;
  2. Mais recentemente, conversa nossa (das duas maiores autoridades do país) foi divulgada e de maneira inverídica, sem nenhuma conexão com o teor da conversa.
  3. Até o programa “Uma Ponte para o Futuro”, aplaudido pela sociedade, cujas propostas poderiam ser utilizadas para recuperar a economia e resgatar a confiança, foi tido como manobra desleal.
  4. PMDB tem ciência de que o governo busca promover a sua divisão, o que já tentou no passado, sem sucesso.
A senhora sabe que, como Presidente do PMDB, devo manter cauteloso silencio com o objetivo de procurar o que sempre fiz: a unidade partidária.
Passados estes momentos críticos, tenho certeza de que o País terá tranquilidade para crescer e consolidar as conquistas sociais.
Finalmente, sei que a senhora não tem confiança em mim e no PMDB hoje e não terá amanhã.
Lamento, mas esta é a minha convicção.
Respeitosamente, \ L TEMER
A Sua Excelência a Senhora
Doutora DILMA ROUSSEFF
DO. Presidente da República do Brasil
Palácio do Planalto
Brasília, D.F.


segunda-feira, 7 de dezembro de 2015

CHAMAR O IMPEACHMENT DE GOLPE É TRAPAÇA CRIMINOSA DO PT PARA COMETER MAIS CRIMES



Reinaldo Azevedo

Já escrevi e reitero que acho mesmo uma pena que a presidente Dilma esteja sendo denunciada por crime de responsabilidade cometido na área fiscal. O ideal seria que estivesse respondendo pelos descalabros na Petrobras, que está sob o seu comando desde 2003. Mas, infelizmente, não é assim. Para arremate dos absurdos, o PT e esquerdas agregadas chamam o eventual impeachment de golpe. É claro que eles sabem ser uma mentira. Então por que o fazem? RESPOSTA: ESTÃO QUERENDO OBTER UMA LICENÇA PRÉVIA PARA COMETER NOVOS CRIMES. EXPLICO.

Comecemos do óbvio: não pode ser golpe o que está previsto na Constituição e regulado por lei. Indague-se: Dilma transgrediu essa lei? Está demonstrado que sim. Ponto. Sigamos.

Ora, a possibilidade do impeachment está dada. Trata-se de um juízo principalmente político com base em evidências jurídicas. Ao contrário do que diz Edinho Silva, se a questão fosse só jurídica, Dilma teria apenas uma de duas coisas a fazer: procurar emprego ou viver de aposentadoria. Infelizmente, é a política que pode salvá-la. Que ela tenha transgredido vários dispositivos da Lei 1.079, bem, disso não se duvide: está demonstrado.

Ora, o impeachment pode acontecer. O PT o chama de golpe. Pensemos nas implicações dessa consideração: quer dizer que, se Dilma for impedida, o governo a assumir é ilegal e ilegítimo? Por ilegal e ilegítimo, estará, então, sujeito à sabotagem daqueles que se colocarão como defensores da legalidade? A resposta é óbvia.

Vocês já se deram conta de que, ao tachar de golpista uma alternativa que é constitucional e legal, o partido está avisando que está pronto para o TUDO ou NADA caso a presidente seja impichada? Vocês já se deram conta de que, ao tachar de golpista uma solução que é constitucional e legalmente regulamentada, o PT está a dizer que só aceita seguir as leis com as quais concorda? Vocês já se deram conta de que, obviamente, essa é a perspectiva verdadeiramente golpista?


Que os petistas façam isso, vá lá. É coisa de irresponsáveis, mas ainda se pode ser tolerante. Que seja a própria presidente e alguns de seus ministros a fazê-lo, bem, meus caros, aí não dá. Trata-se de mais uma evidência que a inabilita a exercer o cargo que ocupa. Então ela tem de desocupá-lo para que outro possa exercê-lo. Um outro que respeite o Estado de Direito.

domingo, 6 de dezembro de 2015

O BRASIL SE PREPARA PARA A GUERRA DO IMPEACHMENT DA VACA


A reportagem de capa de Veja que chega às bancas neste sábado soma 24 páginas e faz um balanço completo do processo de impeachment de Dilma Rousseff que já caminha pelos tortuosos caminhos do Congresso Nacional, infelizmente dominado por um bando de ignorantes atrevidos e oportunistas que insistem em ficar de costas para 90% da população brasileira que exigem a derrubada imediata da dita "presidenta". Numa segunda etapa o Brasil decente e de bom juízo, postula a proscrição do PT e seus satélites, agremiações nanicas que incluem a tal Rede, da indigitada Marina Ecochata e um monte de psicopatas. Todos são comunistas, já que todo comunista é psicopata incurável. O fato de terem fechado os hospícios no mundo inteiro há alguns anos - obra dos comunistas, é bom que se frise - esses andróides perversos em liberdade chegaram à presidência de diversas repúblicas, dentre elas o Brasil, a Venezuela, a Bolívia, o Uruguai e até mesmo os Estados Unidos cuja população vive o drama dos ataques terroristas como o que acaba de acontecer na Califórnia, justamente por ter votado em lobos com pele de cordeiro.

A Argentina não escapou desse desastre com os Kirchner, até que a recente eleição afastou os psicopatas do poder. O futuro dos Estados Unidos, a maior democracia do mundo, tem a chance agora na eleição presidencial de afastar a sombra sinistra do bando de psicopatas que se adonou da Casa Branca.

E, finalmente, o Brasil - e não foi por falta de aviso - acabou caindo nas mãos desse bando de malucos de todos os gêneros que para o bem da humanidade e, particularmente, para grande parte da sociedade brasileira verdadeiramente humana, têm de ser afastado do poder de qualquer maneira e, numa segunda etapa enjaulados numa prisão de segurança máxima, já que os hospícios estão todos fechados e/ou demolidos.

Por enquanto os trâmites para alijá-los do poder obedecem ao ritual constitucional e isso significa que são contemplados com as leis destinadas a regular as ações humanas de humanos. A predominância do pensamento politicamente correto é o insano resultado da engenharia social posta em prática pelo neocomunismo do século XXI. Uma das primeiras providências dessa fatídica idiotice foi por isso mesmo fechar os hospícios e ainda por cima, conceder a impunidade geral e irrestrita para hordas de bandoleiros que atualmente já mantêm sitiada em seus domicílios a maioria da população latino-americana. Concedendo a alforria com base nos alegados 'direitos humanos' às bestas do apocalipse chegou-se a essa situação dramática, tão dramática que já foi capaz de botar nas ruas do Brasil milhões de pessoas clamando pela derrubada dos psicopatas do PT do poder, fato que se verificará mais uma vez, de modo a liquidar a fatura do impeachment, no próximo dia 13, às 13 horas para detonar o 13, esse número azarento que designa o maior ajuntamento de psicopatas que já se registrou na história da civilização ocidental e que atende pelo fatídico algarismo 13.

Feita esta necessária digressão que a reportagem de capa de Veja não faz e nenhuma das outras publicações similares o farão, como não fazem nenhum desses jornalistas das redações da grande imprensa nacional, haja vista que integram a malta psicopata fora dos hospícios, transcrevo um aperitivo da reportagem de capa de Veja. Apesar de tudo, ainda é o que de melhor há em nível da grande mídia. Provavelmente os malucos beleza do esquerdismo nacional ainda não conseguiram dominar completamente a redação desta que ainda é a maior revista semanal brasileira. O meu recado para os bons de Veja: Resistam! Resistam! Resistam! Leiam:


IMPEACHMENT NÃO É GUERRA. MAS NUM PAÍS DOMINADO
 POR PSICOPATAS É UMA GUERRA SIM E ESTÁ APENAS 
COMEÇANDO.

O Brasil passará a conviver com a sobreposição de cenários ainda mais complexos. Na economia, estão dadas as condições para o que pode ser a crise mais profunda de todos os tempos. A inflação e o desemprego sobem rapidamente. Na defensiva, as indústrias se recolhem ao mínimo de atividade produtiva. O comércio prevê o pior Natal em décadas. As lideranças políticas, que deveriam se empenhar em apontar a porta de saída dessa espiral destrutiva, parecem ocupadas demais tentando salvar a si mesmas das investigações de corrupção que envolvem mais de meia centena de autoridades - entre elas o presidente da Câmara, o presidente do Senado, assessores e ex-­assessores da presidente da República. Como se não bastasse isso, o que já está ruim tende a piorar com a discussão sobre o impedimento da presidente Dilma Rousseff. A partir desta semana, quando será instalada a comissão do impeachment, o país enfrentará momentos de extrema tensão, conflitos de interesses, debates acalorados e tentativas de manipulação. É desse substrato típico das democracias que, espera-se, surgirá a força capaz de fazer o Brasil voltar a respirar.
Pela Constituição, cabe ao comandante da Câmara dos Deputados aceitar ou negar os pedidos de impedimento apresentados contra o presidente da República. O deputado Eduardo Cunha deu seguimento na semana passada ao recurso formulado pe­lo jurista Hélio Bicudo, pelo ex-ministro da Justiça Miguel Reale Júnior e pela advogada Janaina Paschoal. Eles alegam que Dilma cometeu crime de responsabilidade ao praticar as chamadas pedaladas fiscais e gastar recursos sem a devida autorização prévia do Congresso. Caberá aos deputados corroborar tais alegações, o que levará à abertura de processo de impeachment contra a petista, ou rechaçá-las, o que resultará no arquivamento do caso. Em tese, será discutida uma questão meramente técnica. Na prática, o impeachment é um processo essencialmente político, que refletirá as convicções de cada parlamentar. Ao fim e ao cabo, são eles que decidirão se Dilma ainda tem condições e autoridade para continuar à frente do cargo para o qual foi eleita com 54 milhões de votos.
Um exemplo do que está por vir no terreno das manipulações pôde ser visto logo nos primeiros minutos após Eduardo Cunha anunciar a admissão do processo de impeachment. O deputado foi chamado de corrupto e chantagista e acusado de agir motivado pelo nada nobre instinto de vingança. Esses argumentos encontram amplo respaldo nos fatos, mas são usados de maneira ardilosa para tentar confundir os brasileiros. Dilma e Cunha são adversários figadais. A presidente disse que não era ladra, numa referência indireta ao fato de o deputado ter sido acusado de embolsar propinas do petrolão. Cunha reagiu, chamando a petista de "mentirosa" por ter declarado que jamais ofereceu a ele um acordo de proteção mútua. Em linha com a cartilha dos marqueteiros oficiais, a presidente quer restringir o caso a um duelo de biografias da santa da moralidade com o tinhoso do fisiologismo. O fogo cruzado entre os dois, que dominou a agenda política nos últimos meses, agora é absolutamente secundário. A decisão sobre o futuro da presidente não cabe mais a Eduardo Cunha nem a negociatas de caráter pessoal. A presidente sabe disso e quer que o Congresso analise o seu impedimento o mais rapidamente possível. Os agentes econômicos concordam com esse sentido de urgência. O simples início da tramitação do caso fez a cotação do dólar cair e a Bolsa subir, puxada pela valorização das ações de empresas controladas pelo governo. - Blog do Aluízio Amorim - 


quinta-feira, 3 de dezembro de 2015

Eduardo Cunha, o Rancoroso, tascou a lenha pra cima na ex-terrorista & ex-presidANTA...





Por Jamildo Melo
PERDIDO POR UM, PERDIDO POR MIL.

Mesmo frisando que não gostaria de entrar em embate pessoal com Dilma, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, afirmou, ainda há pouco, em entrevista coletiva no Salão Verde, que a PRESIDENTE MENTIU À NAÇÃO, ao afirmar que não participa de barganhas. Aliado de Eduardo Cunha, o presidente da Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ), deputado Arthur Lira (PP-AL), é o relator, no colegiado, da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 140/15, que recria a Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF). Compete à CCJ analisar a admissibilidade do texto, o que já foi feito. Eduardo Cunha disse ao menos QUATRO VEZES que ela mentiu e revelou que o relator da CPMF foi chamado ao palácio, a sua revelia, para tratar da aprovação da CPMF na Câmara dos Deputados, em troca de que os três deputados do PT no Conselho de Ética não votassem pela admissibilidade do processo contra o líder do Legislativo. Eduardo Cunha disse que Dilma participou diretamente da proposta de barganha, em uma reunião no Palácio, ao lado do ministro Jaques Wagner. “O GOVERNO TEM MUITO A EXPLICAR À SOCIEDADE. Eu prefiro ser julgado pelos meus pares do que pelo PT, que sempre me fez oposição”, afirmou. Eduardo Cunha também anunciou que convocou para segunda-feira, às 18 horas, uma reunião extraordinária. Na sua fala de ontem, Dilma fez referência às suspeitas de troca de favores em relação à sessão no Conselho de Ética da Câmara desta terça (1º), na qual os deputados petistas estariam sendo pressionados a votarem a favor de Cunha para que ele arquivasse o processo de impeachment. “Nunca coagi ou tentei coagir instituições ou pessoas na busca de satisfazer meus interesses. Eu jamais aceitaria ou concordaria com quaisquer tipo de barganha, muito menos aquelas que atentam contra o livre funcionamento das instituições democráticas do meu país, bloqueiam a justiça ou ofendam os princípios morais e éticos que devem governar a vida pública”, afirmou. Nesta quarta-feira, a presidente Dilma Rousseff fez um pronunciamento após decisão do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), de aceitar o pedido de abertura do processo de impeachment contra seu mandato. Indignada, ela contestou Cunha e alegou que são “inconsistentes e improcedentes as razões que fundamentam este pedido”. “Recebi com indignação a decisão do presidente da Câmara dos Deputados de processar pedido de impeachment contra mandato democraticamente conferido a mim pelo povo brasileiro”, disse. Dilma continuou o discurso, baseado em “ALFINETADAS” em Eduardo Cunha. “Não existe nenhum ato ilícito praticado por mim. Não paira contra mim nenhuma suspeita de desvio de dinheiro público. Não possuo conta no exterior nem ocultei do conhecimento público a existência de bens pessoais”, pontuou. – A manchete e a imagem não fazem parte do texto original - 

CUNHÃO DÁ UM CHUTE NO TRASEIRO DA EX-TERRORISTA e EX-presidANTA...



Dilma Rousseff enquete - perplexidade 3

Augusto Nunes

O pedido de impeachment formulado por Hélio Bicudo e Miguel Reale Jr foi entregue em 21 de outubro ao presidente da Câmara, que certamente leu o documento antes de dormir. Por que demorou tanto para descobrir que os argumentos arrolados pelos dois juristas tinham solidez suficiente para justificar a abertura do processo? Por que deixou para fazer neste 2 de dezembro o que poderia ter feito há 40 dias? Porque o terceiro homem na linha de sucessão não tem tempo para pensar no país, nos brasileiros ou em outras irrelevâncias. EDUARDO CUNHA SÓ PENSA EM EDUARDO CUNHA.

O presidente da Câmara dos Deputados foi denunciado por corrupção, em 10 de agosto, pelo procurador-geral Rodrigo Janot. De lá para cá, nem mesmo em feriados e dias santos deixou de aparecer no noticiário político-policial. Para livrar-se da enrascada em que se meteu com a descoberta das contas na Suiça, virou exportador de carne enlatada (para países africanos), namorou a oposição, flertou com o PT e por pouco não voltou a amasiar-se com o governo. Por que Dilma demorou 100 dias para descobrir que Eduardo Cunha faz o que fazem seus bandidos de estimação? PORQUE SÓ PENSA EM MANTER O EMPREGO.

Nesta quarta-feira, Cunha fez a coisa certa porque deu errado o acordo que lhe garantiria o apoio do PT no Conselho de Ética. Melhor assim. MAS O BRASIL DECENTE NÃO LHE DEVE NADA. O que está em curso é uma ofensiva do país que presta contra um fantasma que zanza pelo Planalto. É um confronto entre a nação com cérebro e uma nulidade desmoralizada pela corrupção e pela inépcia. Esse embate não pode ser reduzido a um duelo entre filhote do baixíssimo clero e a mãe do Petrolão. O BRASIL QUE HÁ DE BROTAR DAS CINZAS DO LULOPETISMO NÃO TEM LUGAR PARA NENHUM DOS DOIS.

O Congresso faz o que o povo quer, repetia Ibsen Pinheiro, presidente da Câmara durante o processo de impeachment de Fernando Collor. Também desta vez assim será. OS CUNHAS E AS DILMAS NÃO PASSAM DE FIGURANTES. Acabarão confinados em asteriscos nas páginas escritas por milhões de indignados. Esses sim são os reais protagonistas da história. E sabem que O FIM DA ERA DA CANALHICE COMEÇA PELA REMOÇÃO DO POSTE QUE LULA INSTALOU NO CORAÇÃO DO PODER. – A manchete não faz parte do texto original -  

quarta-feira, 2 de dezembro de 2015

TODO O BÊ-A-BÁ DO PROCESSO DE IMPEACHMENT DA EX-TERRORISTA e EX-presidANTA...



Do G1
O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB/RJ), informou que autorizou a abertura do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT). O peemedebista afirmou que, dos sete pedidos de afastamento que ainda estavam aguardando sua análise, ele deu andamento ao requerimento formulado pelos juristas Hélio Bicudo e Miguel Reale Júnior.

O QUE ACONTECE AGORA?!?!?!

A autorização é apenas o primeiro passo. Agora, o pedido será analisado por uma comissão especial formada por deputados de todos os partidos. A presidente terá um prazo para se defender. A comissão vai dar um parecer a favor ou contra a abertura do processo, que vai ao plenário. Se for aprovado por dois terços dos deputados, o processo é aberto e vai para o Senado, que vai julgar a conduta da presidente. Veja a seguir a tramitação completa:


COMEÇA O PROCESSO DE IMPEACHMENT DA EX-TERRORISTA E EX-presidANTA DA VACA QUE AGORA TOSSIU!!!


A crise política que o governo Dilma Rousseff atravessa atingiu nesta quarta-feira seu mais alto grau até agora: o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), aceitou o pedido de impeachment contra a presidente. Cunha deu aval à representação ingressada no dia 21 de outubro pelos juristas Hélio Bicudo, Miguel Reale Júnior e Janaína Paschoal e que foi endossada por partidos de oposição. A decisão se dá justamente no dia em que a bancada do PT fechou questão pela continuidade das investigações contra Cunha no Conselho de Ética, que podem dar ensejo à perda do seu mandato. Pressionado pela militância, a bancada acabou por ir contra os interesses do Palácio do Planalto, que trabalhava para poupar o peemedebista do processo de cassação - ao negar a Cunha os três votos que o salvariam no colegiado, a legenda acabou por selar também o destino de Dilma.
Pouco depois do anúncio petista, o gabinete de Cunha foi palco de umverdadeiro entra e sai de deputados: o peemedebista convocou aliados e membros da oposição para informá-los de que estava decidido a anunciar uma decisão até hoje e consultar os parlamentares sobre o caminho a seguir. Instaurou-se, então, um clima de grande expectativa. Participaram das reuniões com o presidente da Casa o ex-deputado Sandro Mabel (PL-GO) e os deputados Paulinho da Força (SD-SP), Lúcio Vieira Lima (PMDB-BA), Jovair Arantes (PTB-GO), Eduardo da Fonte (PP-PE) e Mendonça Filho (DEM-PE). Além do impeachment, os parlamentares discutiram alternativas para barrar o seguimento do processo contra Cunha no Conselho de Ética. A oposição, então, se reuniu no gabinete do PSDB.
O documento protocolado pelos juristas traz uma série de alegações técnicas e jurídicas para sustentar os argumentos de que a petista deve perder o cargo por ter cometido crimes de responsabilidade ao incidir na prática das chamas pedaladas fiscais.
Nas redes sociais a galera não perdoa e parte pra cima. Isto é apenas o começo da pressão que surgirá sobre o Congresso se os deputados tentarem travar o processo. Fotomontagem de João Alberto Clique sobre a imagem para vê-la ampliada


TRÂMITE DO PROCESSO

A autorização de Cunha é apenas o primeiro passo para o processo de impeachment. Agora, deve ser criada uma comissão composta por representantes de todas as bancadas da Câmara para emitir um parecer favorável ou contrário à continuidade da ação e será aberto prazo para a presidente apresentar sua defesa. O processo ainda precisa ser colocado em votação pelo presidente da Câmara e aceito por pelo menos dois terços dos deputados - ou seja, 342 congressistas. Mas com a popularidade no chão, a economia em frangalhos, acuada pelos tribunais e sem apoio no Congresso, Dilma terá dificuldades para evitar a abertura do processo.
Os juristas apresentaram dois pedidos de afastamento de Dilma Rousseff. O último deles, protocolado no fim de outubro, foi atualizado com a acusação de que as chamadas pedaladas fiscais, já condenadas pelo Tribunal de Contas da União (TCU), se perpetuaram também neste ano - ou seja, no atual mandato. Isso pavimentou o caminho para a admissão do pedido, uma vez que Cunha havia dito que não aceitaria nada que não dissesse respeito ao mandato iniciado em janeiro.
Na peça que pede o impedimento de Dilma Rousseff, os autores citam ainda a corrupção sistêmica desvendada pela Operação Lava Jato e dizem que a ação da Polícia Federal "realizou verdadeira devassa em todos os negócios feitos pela Petrobrás, constatando, a partir de colaborações premiadas intentadas por Paulo Roberto Costa e Alberto Youssef, que as obras e realizações propaladas como grandes conquistas do Governo Dilma não passavam de meio para sangrar a promissora estatal que, atualmente, encontra-se completamente descapitalizada e desacreditada".

O FATOR CUNHA

Na tentativa de evitar a decisão que se deu hoje, o Palácio do Planalto havia dado início a negociações com Cunha, um desafeto de Dilma Rousseff: agiria para poupá-lo da cassação em troca do engavetamento do processo de impeachment. O acordo se tornou explícito quando o peemedebista adiou o anúncio de sua decisão, mesmo tendo garantido que o faria até o fim de novembro. Enquanto isso, seus aliados, com a ajuda de petistas, encaixavam sucessivas manobras para adiar a votação, no Conselho de Ética, do parecer do relator Fausto Pinato (PRB-SP) que pede o prosseguimento das investigações contra Cunha.
Eleito em fevereiro após concorrer com o candidato petista Arlindo Chinaglia (SP), o peemedebista impôs uma série de derrotas ao Planalto e autorizou a criação de CPIs para pressionar a gestão petista. A proposta do impeachment passou a ser colocada na mesa depois que o presidente da Câmara foi alvo de denúncia pelo Ministério Público no escândalo do petrolão. Para Cunha, o governo, em busca de retaliação, teve influência na ação da Procuradoria.
Rompido com o Planalto desde o episódio, Cunha se aproximou ainda mais da oposição e passou a fazer reuniões em sua casa para discutir o andamento do processo de impeachment. Um acordo para rejeitar o pedido e, em seguida, pautar um recurso em plenário chegou a ser ventilado. No entanto, a situação foi revertida após o peemedebista se enrolar ainda mais na Lava Jato e aparecer como proprietário de contas na Suíça.
Sem se posicionar sobre o afastamento de Dilma, Cunha acabou abandonado pelo PSDB e passou a negociar com o governo para salvar o seu próprio mandato. O acordo de proteção mútua foi articulado pelo ex-presidente Lula, que defendeu a petistas a necessidade de poupar Cunha para salvar o mandato de Dilma. Diante da avalanche de indícios contra Cunha, porém, a pressão sobre o presidente da Câmara não deu trégua.
Fotomontagens de Dilma e Lula se espalham pelas redes sociais. Se os senadores e deputados tentarem melar o processo de impeachment aí a Folha de S. Paulo verá o que é um 'país em crise'. É que esse jornal coloca nas chamadas em seu site o título "Brasil em Crise". Isto não é verdade. A verdade é que a crise foi introduzida pelo PT, sem falar no absurdo do Congresso ter aprovado orçamento do governo com um furo de bilhões.

AS DERROTAS DE DILMA

Também não cessou o desgaste da presidente Dilma Rousseff: ela acumula desde outubro importantes derrotas no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), no Supremo Tribunal Federal (STF), no Tribunal de Contas da União (TCU) e no Congresso. O TSE reabriu uma ação que pode resultar na cassação do mandato de Dilma e do vice Michel Temer, acusados pelo PSDB de abuso de poder político e econômico na eleição do ano passado.
Já o TCU reprovou as contas de 2014 da presidente e recomendou ao Congresso que faça o mesmo. Dilma foi formalmente acusada de usar bancos públicos para cobrir despesas da União, o que é proibido por lei - pouco antes, o STF havia negado pedido do Planalto para suspender o relator do caso, ministro Augusto Nardes. Há dois meses, amargando a pior avaliação popular da história, a presidente afastou seus ministros mais próximos e nomeou pessoas ligadas a Lula e ao PMDB. Na semana seguinte, sofreu duas derrotas na Câmara.
Com o país mergulhado na crise política, o vendaval econômico não deu trégua. Nesta terça-feira o IBGE informou que Entre janeiro e setembro, o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro encolheu 3,2%. Esse é o pior desempenho da economia brasileira para esse período desde o início da série histórica, em 1996.
Reportagem de VEJA publicada no início deste mês revelou que o vice-presidente Michel Temer (PMDB) se prepara para a possibilidade, cada dia mais real, de Dilma Rousseff ser afastada do poder. Temer já conversa com políticos, juristas e empresários enquanto traça um plano para si e para o Brasil pós-Dilma.
Sem apoio popular nem parlamentar, diante de um cenário de recessão e inflação, a presidente Dilma já há muito não governa - apenas se sustenta no cargo. Agora, contudo, ficará mais difícil fazê-lo até 2018. - Site da Veja -