Por
Marcelo Petrelli
Chocou o país a posição do presidente da CUT (Central Única dos
Trabalhadores), Wagner Freitas, que na quinta-feira, ao defender a permanência
de Dilma Rousseff no cargo, sugeriu um enfrentamento armado caso o mandato da
presidente seja ameaçado. Ao fazer o chamamento para ir às ruas “DE
ARMAS NA MÃO”, o sindicalista
esqueceu que o Brasil é uma democracia que não permite esse tipo de delírio.
Chegamos a um ponto em que precisamos de definições para que a
instabilidade reinante seja substituída por um clima mais propício à
governabilidade, ao trabalho, à retomada do crescimento. Isso implica cogitar o
impeachment da presidente, se houver fundamentação jurídica para isso, com o
devido debate democrático e o amplo direito de defesa. Mesmo assim, há
necessidade de entendimento entre lideranças políticas para alcançar a
governabilidade e a superação do impasse que enfrentamos. É necessária a união
de todos em favor do Brasil. OS POLÍTICOS SE
ILUDEM AO ACREDITAREM QUE A POPULAÇÃO NÃO ESTÁ ATENTA AO QUE ACONTECE EM
BRASÍLIA. Se os políticos
continuarem com esta atitude, teremos cada vez mais Tiriricas.
Para muitos políticos,
quanto pior melhor, quanto maior o desgaste do governo, melhor. Porém, é
preciso pensar no prejuízo que esta postura acarreta ao país, criando
instabilidade política e econômica. A sociedade está pagando um preço muito
alto por esta irresponsabilidade. SE A PRESIDENTE DILMA FOI ELEITA PELO VOTO POPULAR,
ANTES DELA OUTROS PRESIDENTES TAMBÉM O FORAM. TODOS TIVERAM OBRIGAÇÕES PARA COM
A SOCIEDADE E FORAM JULGADOS POR ELA, COMO NO CASO DO EX-PRESIDENTE COLLOR. Os líderes políticos, salvo exceções, só pensam nos próprios
interesses. A elite brasileira tenta justificar seus erros ao dizer que “CADA
POVO TEM O GOVERNO QUE MERECE”. Isso é uma falácia: na verdade, os cidadãos é
que não merecem os dirigentes que só pensam neles, sem nenhum espírito ou
compromisso público. A elite brasileira tem a obrigação de encerrar já esse
ciclo vergonhoso.
Também a classe empresarial, que tem o capital e entidades
fortes em defesa de seus interesses, não pode se omitir e esperar por soluções
que venham de cima para baixo. Precisa participar mais, interagir, pressionar,
exercer a cidadania em favor de toda a sociedade, e não apenas de suas
bandeiras. Os estudantes, que no passado fizeram vigília nas ruas, pelas boas
causas da população, hoje parecem estar desconectados da realidade que o país
atravessa. Parece que o destino da nação depende de meia dúzia de iluminados de
Brasília.
SE A PROPOSTA É CRIAR TRINCHEIRAS ARMADAS NAS RUAS, TENHO O DIREITO
DE PEDIR AO EXÉRCITO QUE VÁ PARA AS MESMAS RUAS COM A FUNÇÃO DE ME DEFENDER. Presente ao ato de quinta-feira, onde o destrambelhado
presidente da CUT falou, a presidente Dilma perdeu a oportunidade de rechaçar a
ideia do sindicalista e conclamar a nação à unidade, ao bom enfrentamento, à
defesa da cidadania. Preferiu o silêncio e as palmas dos correligionários.
Dilma Roussef tem três anos de mandato pela frente. Mas para retomar a
governabilidade, deveria, antes de qualquer enfrentamento, deixar de dar
ouvidos à CUT e aliados, de repelir as críticas da imprensa, mudar sua postura,
admitindo os erros do seu partido e do seu governo. Talvez, agindo desta forma,
seu discurso reverberaria positivamente na sociedade, recuperando a confiança
de todos, inclusive dos políticos.
Vivemos um círculo
vicioso, com um modelo que não deu certo. De um lado, a classe política se
beneficia deste jogo que chantageia o governo, paralisando o país, que enfrenta
uma de suas piores crises. De outro, TEMOS
UMA GESTÃO INEFICIENTE, QUE NÃO CONSEGUE ATENDER AO CIDADÃO, COM DENÚNCIAS
DIÁRIAS DE CORRUPÇÃO E DESVIOS DE DINHEIRO PÚBLICO. Hoje o Brasil não está dividido em uma luta de classes, como deu
a entender o presidente da CUT, no seu discurso retrógrado, mas em outro tipo
de guerra surda: entre certo e errado, entre honestos e ladrões, entre
corruptos e não corruptos, entre impunidade e violência, entre funcionários
públicos que trabalham e aqueles que se beneficiam das funções que exercem. HÁ NESTE MEIO UM EXCESSO DE VANTAGENS,
PRIVILÉGIOS E DIREITOS EXORBITANTES, enquanto
na iniciativa privada os trabalhadores vivem o Brasil real, sem privilégios de
qualquer espécie. ESSA SITUAÇÃO QUEBROU
O BRASIL.
Não vamos nos iludir achando que o fundo do poço é de barro,
porque podemos levar o país a uma crise ainda mais aguda. Por opção, eu escolho
o certo, o honesto, o não corrupto, o fim dos privilégios e benefícios, e
proponho tolerância zero com o que não estiver correto, custe o que custar. O RIGOR DA LEI É PARA TODOS, INCLUSIVE PARA MIM SE A
TRANSGREDIR. Nosso país
precisa de leis simples, objetivas e práticas, capazes de pôr atrás das grades
os bandidos, os oportunistas, os ladrões do dinheiro público, os corruptos e
corruptores. Nossos parlamentares, responsáveis por legislar, são também os
responsáveis pela crise de valores que enfrentamos, porque preferem discutir o
sexo dos anjos em Brasília, dando as costas para o Brasil real (Este texto foi gentilmente
roubado lá no site Acontecendo Aqui –A manchete não faz parte do texto original).
PITACO DO BLOG CHUMBO GROSSO:
- O PETRALHISMO, É A FILOSOFIA DO FRACASSO, A CRENÇA NA IGNORÂNCIA, A
PREGAÇÃO DA INVEJA. TUDO ISSO SEM FALAR NO BANDITISMO. O PT TEM DE VIRAR
CINZAS... SAL... ESTRUME...