sábado, 12 de maio de 2012

DILMA CRIOU A COMISSÃO DA VERDADE. MAS COMO?!?!?! POR SER UMA EX-TERRORISTA ELA NÃO TEM MORAL PARA PROCURAR A VERDADE!!!




A VERDADE: EU MENTI.


Mirian Macedo

Eu, de minha parte, vou dar uma contribuição à Comissão da Verdade, e contar tudo: eu era uma subversivazinha medíocre e, tão logo fui aliciada, já caí(jargão entre militantes para quem foi preso), com as mãos cheias de material comprometedor.  Despreparada e festiva, eu não tivera nem o cuidado de esconder os exemplares d'A Classe Operária, o jornal da organização clandestina a que eu pertencia (a AP-ML, ala vermelha maoísta do PC do B, a mesma que fazia a Guerrilha do Araguaia, no Pará). Os jornais estavam enfiados no meio dos meus livros numa estante, daquelas improvisadas, de tijolos e tábuas, que existiam em todas as repúblicas de estudantes, em Brasília naquele ano de 1973. Já relatei o que eu fazia como militante*. Quase nada. A minha verdadeira ação revolucionária foi outra, esta sim, competente, profícua, sistemática: MENTI DESCARADAMENTE DURANTE QUASE 40 ANOS!* (O primeiro texto fala em 30 anos. Eu fui fazer as contas, são quase 40 anos, desde que comecei a mentir sobre os 'maus tratos'. Façam as contas, fui presa em 20 de junho de 73. Em 2013, terão se passado 40 anos.) Repeti e escrevi a mentira de que eu tinha tomado choques elétricos (por pudor, limitei-me a dizer que foram poucos, é verdade), que me deram socos e empurrões, interrogaram-me com luzes fortes, que me ameaçaram de estupro quando voltava à noite dos interrogatórios no DOI-CODI para o PIC e que eu passava noites ouvindo "gritos assombrosos" de outros presos sendo torturados (aconteceu uma única vez, por pouquíssimos segundos: ouvi gritos e alguém me disse que era minha irmã sendo torturada. Os gritos cessaram - achei, depois, que fosse gravação - e minha irmã, que também tinha sido presa, não teve um único fio de cabelo tocado). Eu também menti dizendo que meus algozes, diversas vezes, se divertiam jogando-me escada abaixo, e, quando eu achava que ia rolar pelos degraus, alguém me amparava (inventei um 'trauma de escadas", imagina). A verdade: certa vez, ao descer as escadas até a garagem no subsolo do Ministério do Exército, na Esplanada dos Ministérios, onde éramos interrogados, alguém me desequilibrou e outro me segurou, antes que eu caísse. Quanto aos 'socos e empurrões' de que eu dizia ter sido alvo durante os dias de prisão, não houve violência que chegasse a machucar; nada mais que um gesto irritado de qualquer dos inquisidores; afinal, eu os levava à loucura, com meu enrolation. Eu sou rápida no raciocínio, sei manipular as palavras, domino a arte de florear o discurso. Um deles repetia sempre: "Você é muito inteligente. Já contou o pré-primário. Agora, senta e escreve o resto". Quem, durante todos estes anos, tenha me ouvido relatar aqueles 10 dias em que estive presa, tinha o dever de carimbar a minha testa com a marca de "vítima da repressão". A impressão, pelo relato, é de que aquilo deve ter sido um calvário tão doloroso que valeria umanota preta hoje, os beneficiados com as indenizações da Comissão da Anistia sabem do que eu estou falando. Havia, sim, ameaças, gritos, interrogatórios intermináveis e, principalmente, muito medo (meu, claro). Torturada?! Eu?! Ma va! As palmadas que dei em meus filhos podem ser consideradas 'tortura inumana' se comparadas ao que (não) sofri nas mãos dos agentes do DOI-CODI. Que teve gente que padeceu, é claro que teve. Mas alguém acha que todos nós que saíamos da cadeia contando que tínhamos sido 'barbaramente torturados' falávamos a verdade? Não, não é verdade. A maioria destas 'barbaridades e torturas' era pura mentira! Por Deus, nós sabemos disto! Ninguém apresentava a marca de um beliscão no corpo. Éramos 'barbaramente torturados' e ninguém tinha uma única mancha roxa para mostrar! Sei, técnica de torturadores. Não, técnica de 'torturado', ou seja, mentira. Mário Lago, comunista até a morte, ensinava: "quando sair da cadeia, diga que foi torturado. Sempre." Na verdade, a pior coisa que podia nos acontecer naqueles "anos de chumbo" era não ser preso(sic). Como assim todo mundo ia preso e nós não? Ser preso dava currículo, demonstrava que éramos da pesada, revolucionários perigosos, ameaça ao regime, comunistas de verdade! Sair dizendo que tínhamos apanhado, então! Mártires, heróis, cabras bons. Vaidade e mau-caratismo puros, só isto. Nós saíamos com a aura de hérois e a ditadura com a marca da violência e arbítrio. Era mentira? Era, mas, para um revolucionário comunista, a verdade é um conceito burguês, Lênin já tinha nos ensinado o que fazer. E o que era melhor: dizer que tínhamos sido torturados escondia as patifarias e 'amarelões' que nos acometiam quando ficávamos cara a cara com os "ômi". Com esta raia miúda que nós éramos, não precisava bater. Era só ameaçar, a gente abria o bico rapidinho. Quando um dia, durante um interrogatório, perguntaram-me se eu queria conhecer a 'marieta', pensei que fosse uma torturadora braba. Mas era choque elétrico (parece que 'marieta' era uma corruptela de 'maritaca', nome que se dava à maquininha usada para dar choque elétrico). Eu não a quis conhecer. Abri o bico, de novo. Relembrar estes fatos está sendo frutífero. Criei coragem e comecei a ler um livro que tenho desde 2009 (é mais um que eu ainda não tinha lido): "A Verdade Sufocada - A história que a esquerda não quer que o Brasil conheça", escrito pelo coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra. Editora Ser, publicado em 2007. Serão quase 600 páginas de 'verdade sufocada"? Vou conferir (A imagem e a primeira manchete não fazem partes do texto original).

PITACO DO BLOG CHUMBO GROSSO: - ESTA COMISSÃO JÁ NASCE TORTA E FALSA. ESSA TURMA DA DILMA, DO LAMARCA E DO MARIGHELLA LUTAVA PELO COMUNISMO, NUNCA PELA DEMOCRACIA. GRAÇAS A DEUS ELES FALHARAM. AGORA, QUEREM RECONHECIMENTO?!?!?! SÓ SE FOR DE FIDEL!!! O ENGRAÇADO É QUE TODAS AS ORGANIZAÇÕES TERRORISTA DA  ÉPOCA ERAM ESQUERDISTAS E PATROCINADAS  PELA  URSS, CHINA, CUBA,  ALBÂNIA  E O ESCAMBAU. PASSADO O TEMPO, MUITOS IDIOTAS AINDA TEIMAM EM AFIRMAR QUE ESSA CAMBADA DEFENDIA A DEMOCRACIA. COMO AFIRMA O JORNALISTA REINALDO AZEVEDOO, O PERIGO QUE CORRE É ESSA  “COMISSÃO DA VERDADE”  VENHA A SE TRANFORMAR NUM “TRIBUNAL DA HISTÓRIA”. E TERÁ, FATALMENTE, DE MENTIR. E A MAIOR MENTIRA SERÁ TRASFORMAR OS MILITANTES DAQUELES GRUPOS DE ESQUERDA EM HERÓIS DA DEMOCRACIA. DEMOCRACIA ESTA, QUE SEMPRE REPUDIARAM NA TEORIA E NA PRÁTICA. AGORA, NÃO HÁ DE SE NEGAR QUE NA ESCOLHA  DOS 7  MEMBROS DESSA COMISSÃO TEM GENTE QUE SE DESTACA POR POSSUIR EXCELENTE CURRÍCULO. SÃO ELES: CLÁUDIO FONTELES foi procurador-geral da República de 2003 a 2005; GILSON DIPP é ministro Superior Tribunal de Justiça (STJ) desde 1998; JOSÉ CARLOS DIAS é advogado criminalista Foi ministro da Justiça entre 1999 e 2000, no governo FHC; JOSÉ PAULO CAVALCANTI FILHO é advogado no Recife, escritor e consultor da Unesco e do Banco Mundial; MARIA RITA KEHL é psicanalista; PAULO SÉRGIO DE MORAES SARMENTO PINHEIRO é professor de Ciência Política; ROSA MARIA CARDOSO DA CUNHA é advogada criminalista, professora e escritora. DE RESTO, SE TEM QUE HAVER COMISSÃO DA VERDADE TEM QUE SER IMPARCIAL E ABRANGENTE, DOA A QUEM DOER.

MENSALEIROS DO PT ESTÃO TENTANDO MANIPULAR A CPI DO CACHOEIRA....






























sexta-feira, 11 de maio de 2012

LIBERDADE TOTAL DE IMPRENSA: O remédio contra os excessos de liberdade é mais liberdade. Já dizia o jurista PONTES DE MIRANDA que, a democracia precisa de liberdade, como a liberdade precisa de democracia e ambas de IGUALDADE...


PARA SE FAZER JORNALISMO PERIGOSO INVESTIGATIVO, TEM-SE QUE ADENTRAR NO SUBMUNDO DO QUADRILHEIRO. SEM NO ENTANTO, SÊ-LO. AFINAL, NÃO SE CONSEGUE INFORMAÇÕES PRIVILEGIADAS E APIMENTADAS COM AS  IRMÃS CARMELITAS OU OS MONGES DO CONVENTO DE SÃO BENTO...

COM O TOQUE DE CLARIN DO LULA, TODA UMA HORDA DE VIGARISTAS, VAGABUNDOS E CAFAJESTES PETRALHAS E AGREGADOS RESOLVEU SE JUNTAR PARA ATACAR A IMPRENSA LIVRE E SOBERANA. IMPRENSA ESTA, QUE COMETEU O GRAVE CRIME DE DENUNCIAR SUAS LADROAGENS, CANALHICES, VAGABUNDICES  E PICARETAGENS. ALÉM DA CRETINICE, ÓBVIO... É PRECISO ANDAR LIGADO QUE CERTO BANDO DO PETISMO PRETENDE ROUBAR A REPUTAÇÃO DE JORNALISTAS HONESTOS E USAR A REDE A SOLDO NA INTERNET PARA O TRABALHO DE DIFAMAÇÃO... RESPONDA-NOS COM TODA SINCERIDADE: VOCÊS JÁ VIRAM ALGUM PARTIDO ADEPTO DA DEMOCRACIA  FAZER PREGAÇÃO CONTRA A LIBERDADE DE IMPRENSA?!?!?! CLARO QUE NÃO!!! ISSO  É  COISA DE DITADORES, BANDIDOS E DOS FELAPUTISTAS PETISTAS!!!


Reinaldo Azevedo
Leia-se a melhor literatura sobre os primórdios do FASCISMO ou os primeiros dias que se seguiram aos golpes COMUNISTAS, e o observador atento vai constatar uma característica invariável a marcar a consolidação desses regimes tirânicos: direitos fundamentais — alguns então e ainda garantidos em lei, outros nem especificados porque considerados parte da vida civilizada — passam a ser tratados como se fossem privilégios inaceitáveis de uma minoria. Assim se mandaram os “burgueses e os reacionários” para o paredão ou os judeus para os campos de concentração e a morte. Em nome do fim de privilégios que eram apenas direitos! E foi, sim, sob o silêncio cúmplice de muitos. NÃO SE ENGANEM: nem os regimes comunistas nem os fascistas se instalaram sem o consentimento, ainda que passivo, de amplas camadas da população. AO CONTRÁRIO: esse apoio popular foi usado para legitimar e tornar corriqueira a violência. Seria exagero dizer que estamos vivendo dias pré-tirânicos no Brasil. Mas não é exagero nenhum constatar que direitos fundamentais estão sendo cotidianamente violados por instâncias do Estado. A imprensa livre e independente só é possível numa democracia. A democracia só é possível se houver uma imprensa livre e independente. Essas duas instâncias se distinguem — porquanto uma delas, a imprensa, reúne apenas uma parte da vida em sociedade —, mas não se separam. Sem o regime democrático, a liberdade de expressão inexiste; sem a liberdade de expressão, o regime democrático morre de inanição. Lideranças políticas ressentidas de ontem e de hoje; políticos cansados da vigilância cotidianamente exercida pela imprensa independente; mentalidades jurássicas ainda inconformadas com o triunfo de uma economia aberta e de mercado e incrustadas na academia e no próprio jornalismo; notórios manipuladores da boa-fé da população e dos justos reclamos em favor de uma sociedade mais justa, todas essas forças resolveram se conjurar contra um dos fundamentos da nossa liberdade: A IMPRENSA INDEPENDENTE. É um engano, uma tolice ou pura expressão da má fé considerar que estão querendo levar apenas a VEJA para o banco dos réus. Aliás, se assim fosse, talvez estivéssemos diante de evento de gravidade menor porque haveria uma acusação e seria garantido o direito de defesa. Querem, isto sim, é levar A IMPRENSA A UM TRIBUNAL POLÍTICO. Primeiro a VEJA, não por acaso, E DEPOIS O RESTO. Como já deixei claro, não se trata de reivindicar impunidade para a imprensa. Ela não está — E NEM DEVE ESTAR — acima da lei. Mas também não pode estar abaixo dela, SUJEITA A UM VERDADEIRO TRIBUNAL DE EXCEÇÃO, sendo vítima passiva de uma clara violação de princípios constitucionais, COMO É O SIGILO DA FONTE, POR EXEMPLO. Ora, o que temos? Se, nas conversas que um repórter da VEJA manteve com algumas de suas fontes — e fontes de muitos outros jornalistas —, houvesse o flagrante de um crime, que se acionasse a justiça criminal para puni-lo. O fundamento vale para qualquer um. No Brasil, até uma associação de juízes andou afirmando que algumas pessoas estão acima da lei. Não! Ninguém está nem pode estar — NEM OS JORNALISTAS. Mas qual foi mesmo o “CRIME” do jornalista Policapo Jr.? Nenhum! Como sabe qualquer jurista do país, especialmente aqueles dedicados à área criminal, não há nas conversas tornadas públicas uma só manifestação que fira o direito coletivo, prerrogativas de terceiros, o interesse público, nada! São conversas de quem buscava a informação sem garantir, como deixam claro Carlinhos Cachoeira e seus auxiliares, qualquer benefício em troca. TAMBÉM NO TERRENO DA ÉTICA PROFISSIONAL, NÃO HÁ REPAROS A FAZER A SEU TRABALHO. Nunca fui repórter investigativo. Embora fale com políticos, sim, prefiro os meus textos que saem da conversa com a lógica e com a história. Se toda fonte que passa uma informação em off tem interesse na sua divulgação — e tem! —, o mesmo vale para as análises que muitas vezes são feitas pelos políticos. Algumas, ainda que passadas de boa-fé, tendem mais a nos afastar da verdade do que a nos aproximar. Muito bem! Não é essa a minha área. Mas reflito cá comigo o que não estarão pensando, nestes tempos, expressões do chamado “JORNALISMO INVESTIGATIVO” — há até uma associação nacional que reúne profissionais dessa área. Em regra, eles prestaram e prestam grandes serviços ao país. E tiveram a sorte de não ver lançada em praça pública suas conversas com as fontes e, mais ainda, conversas das fontes sobre o contato que mantiveram com jornalistas. Este é, insisto — ou era — um direito constitucional assegurado à imprensa. NÃO PARA COMETER CRIMES, NÃO, MAS PARA DENUNCIÁ-LOS E COMBATÊ-LOS. Como fez tantas vezes Policarpo Jr. E como fizeram tantos outros. Quem primeiro passou à reportagem da Folha o notável crescimento patrimonial de Antonio Palocci, com alguns dados bastante precisos sobre os seus bens, estava, como costumo indagar, só pensando no bem, no belo e no justo? Quem terá sido a fonte? A revelação de eventuais conversas gravadas entre jornalistas e informantes muda a natureza do que foi denunciado? Aqueles que ajudaram a derrubá-lo só estavam interessados no bem da República? Que não se perca isto de vista: se, no curso da investigação de Cachoeira e sua turma, um jornalista da VEJA ou de qualquer outro veículo tivesse sido flagrado cometendo um crime, CÓDIGO PENAL NELE! Mas é o caso? Qual é a acusação? Por que buscava Policarpo Jr. aquelas informações? Para se locupletar? Para fazer chantagem? Não! Para publicar. As maquinações de Cachoeira e seus sequazes não eram de sua conta, como não eram a dos que passaram as informações sobre Palocci à Folha. ORA, NÃO CABERIA INDAGAR, TAMBÉM NO CASO DO EX-CHEFE DA CASA CIVIL, QUAIS OS INTERESSES DAQUELES QUE AJUDARAM A DEPÔ-LO? A revelação dessas fontes não seria também — dadas a perspectiva hoje vigente em algumas mentalidades da CPI e a abordagem feita por certo jornalismo — do interesse público? Digam-me aqui: caberia aos repórteres da Folha que receberam a informação, comprovada com apuração posterior, fazer um julgamento prévio sobre as consequências e os interesses da fonte? Seria o seu papel, por exemplo, o seguinte juízo: “Huuummm… É bem verdade que tenho aqui dados que complicam a vida do ministro. Mas ele é peça-chave no governo Dilma. Se cair, estarei fazendo a vontade da fonte que me passou o material. Já sei: vou detonar Palocci e a fonte junto! Pronto!” SERIA A ÚLTIMA REPORTAGEM INVESTIGATIVA DESSE PROFISSIONAL. E perderia o país. Da mesma sorte, cumpriria ao profissional da VEJA, no caso citado e em outros, de posse das evidências dos atos de corrupção, julgar que estaria atendendo a eventuais interesses das fontes — porque eles sempre existem — e, em nome de uma suposta ética, deixar intocados os ladrões de dinheiro público? ALGUÉM FLAGROU ALGUM JORNALISTA DA VEJA INTERFERINDO EM LICITAÇÃO OU PARTICIPANDO DE CONSPIRAÇÃO PARA ALTERAR PREÇO DE OBRA PÚBLICA? NÃO! Nas vezes em que aparece na fita ou em que seu nome é citado, trata-se sempre da busca de informações para reportagens — publicadas depois de rigorosa apuração junto a outras fontes. Tão rigorosa que algumas estão na raiz de demissões, sim. E quem demitiu foi Dilma Rousseff, não a VEJA. Não é a VEJA apenas, é a imprensa. Não é só a VEJA que estão tentando colocar na berlinda, não! É A IMPRENSA COMO UM TODO. Com o que se tem até aqui, aprove-se ou não o depoimento de quem quer que seja, está decretada a morte do sigilo da fonte e da apuração jornalística. Ao contrário do que pensam alguns tontos, isso não atenta só contra a liberdade da imprensa. Isso atenta contra a liberdade de todos os brasileiros. Não vamos nos enganar. Repórteres investigativos não falam com freiras e monges. Essas boas pessoas não têm nada a dizer a profissionais dessa área, que têm entre as suas missões zelar pela defesa do bem público. Ainda que repórteres não estejam grampeados hoje — não com autorização judicial ao menos; sem ela, creio que todos estamos —, a chance de que suas fontes estejam é gigantesca. Dá-se de barato (e há quanto tempo escrevo isso, como sabem os leitores mais antigos!) QUE NÃO HÁ MAIS SIGILO TELEFÔNICO NO PAÍS. Se uma dessas fontes for objeto de alguma operação da Polícia Federal, essas conversas fatalmente virão a público se algum petista se sentir prejudicado… Ainda que a quebra do sigilo tenha autorização judicial, o vazamento é sempre criminoso. Mesmo os encontros pessoais não são seguros, porque a tecnologia da escuta ambiental avançou ainda mais do que a do grampo telefônico. Em breve, os veículos de comunicação terão de construir salas especiais, nas quais repórteres terão de se encontrar com as fontes, todos, evidentemente, pelados — se é que não existem já grampos subcutâneos ou que possam ser escondidos em orifícios não examináveis sem um estreitamento maior de relações… De novo, se a Polícia Federal tivesse flagrado o jornalista da VEJA a cometer um crime, há um caminho legal que conduz ao processo e à punição. Mas isso não existe! Estamos diante, como sabe toda pessoa de bom senso, da agressão a um direito constitucional. Sua violação não atinge só a VEJA. FERE AS GARANTIAS DE TODOS OS PROFISSIONAIS E DE TODOS OS VEÍCULOS.

NOTÁVEIS BOBAGENS

Notáveis bobagens estão sendo escritas a respeito por gente que deveria estar empenhada na defesa da liberdade de informar — que não pode se confundir com um privilégio, como querem os tiranos, de que trato lá no primeiro parágrafo.
No domingo, Suzana Singer, ombudsman da Folha, escreveu uma coluna sobre o caso. Reproduzo um trecho em vermelho e faço alguns destaques por minha conta: DO QUE VEIO A PÚBLICO ATÉ O MOMENTO, NÃO HÁ NADA DE ILEGAL NO RELACIONAMENTO “VEJA”-CACHOEIRA. O PARALELO COM O CASO MURDOCH, QUE A BLOGOSFERA DE ESQUERDA TENTA EMPLACAR, SOA FORÇADO, PORQUE, NO CASO INGLÊS, HÁ PROVAS DE CRIMES, COMO ESCUTAS ILEGAIS E A CORRUPÇÃO DE POLICIAIS E AUTORIDADES. NÃO SER ILEGAL É DIFERENTE, PORÉM, DE SER “ETICAMENTE ACEITÁVEL”. FORAM OFERECIDAS VANTAGENS À FONTE? O JORNALISTA SABIA COMO AS INFORMAÇÕES ERAM OBTIDAS? TINHA CONHECIMENTO DA RELAÇÃO PRÓXIMA DE CACHOEIRA COM O SENADOR DEMÓSTENES? HÁ MUITAS PERGUNTAS QUE SÓ PODEM SER RESPONDIDAS SE TODAS AS CARTAS ESTIVEREM NA MESA. É PRECISO DIVULGAR OS DIÁLOGOS RELEVANTES QUE CITEM A IMPRENSA. A SECRETARIA DE REDAÇÃO DIZ QUE TEM “PUBLICADO REPORTAGENS A RESPEITO, QUANDO JULGA QUE HÁ NOTÍCIA”. “NA SEXTA, ENTREVISTA COM O RELATOR DA CPI TRATAVA DO TEMA E ESTAVA NA PRIMEIRA PÁGINA. JÁ EM ABRIL HAVIA REPORTAGEM DE BRASÍLIA E COLUNISTAS ESCREVERAM A RESPEITO”, AFIRMA. É POUCO. GRAMPOS MOSTRAM QUE A MÍDIA FAZIA PARTE DO XADREZ DE CACHOEIRA. QUE ESSA PARTE DO ESCÂNDALO SEJA TRATADA SEM INDULGÊNCIA, COM A MESMA DUREZA COM QUE OS POLÍTICOS TÊM SIDO COBRADOS. PERMITIR-SE SER QUESTIONADO, JOGAR LUZ SOBRE A DELICADA RELAÇÃO FONTE-JORNALISTA, FAZ PARTE DO JOGO DEMOCRÁTICO.

VOLTEI

Pergunto a Suzana Singer, de qual escândalo denunciado pela imprensa, Suzana, não se podem perguntar as mesmíssimas coisas? Na sua condição de ombudsman, cobrou dos repórteres da Folha a PROVA de que não ofereceram vantagens à fonte que passou as informações sobre Palocci? A reportagem do jornal fazia ou não parte do “xadrez” da pessoa que queria o então ministro mais importante de Dilma fora do governo? Diga-me, Suzana: o jornalista que divulgou a lista de bens de Palocci sabia ou não sabia como aquelas informações foram colhidas? A ombudsman da Folha está afirmando que nada existe contra o repórter da VEJA, mas que cabe a este provar a sua inocência, como nos melhores regimes totalitários. Curioso que tais cobranças não tivessem sido feitas por ninguém ao tempo que se garantia sobrevida a uma comprovada picaretagem, como era o Dossiê Cayman — e foi a Polícia, não a imprensa, que desbaratou a farsa. Por que, Suzana Singer, só esse caso merece tal tratamento? Espero que não seja porque, afinal de contas, se trata da VEJA, e a revista deveria estar submetida a algum regime de exceção, que você certamente não defenderia que vigesse na Folha. Até porque isso seria impossível, minha cara! No dia em que os jornalistas tiverem de provar, a cada reportagem, que são “ETICAMENTE INOCENTES” — ainda que não exista contra eles acusação nenhuma de crime —, acabou o jornalismo investigativo. PARA HONRA E GLÓRIA DOS LADRÕES DO DINHEIRO PÚBLICO.

POR QUE SÓ AGORA?

Por que só agora se arma esse circo? Bem, desde o primeiro dia, como vocês sabem, alertei que um só objetivo estava em jogo — E NÃO ERA PUNIR CACHOEIRA E SUA GANGUE. Nunca foi. OS MENSALEIROS, SOB A LIDERANÇA DE LULA, AGARRADO A SEU ÓDIO, QUEREM SUBMETER AO ENXOVALHO TODAS AS INSTITUIÇÕES DO PAÍS. USAM-SE O INQUÉRITO DA POLÍCIA FEDERAL E AS GRAVAÇÕES PARA TENTAR ARRASTAR PARA O LIXÃO O SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL, A PROCURADORIA-GERAL DA REPÚBLICA E A IMPRENSA. SOB QUAL ACUSAÇÃO? NENHUMA! PRETENDE-SE FAZER DA CPI UM TRIBUNAL DE EXCEÇÃO. O jornal Valor Econômico decidiu fazer uma reportagem a respeito da iniciativa do senador Fernando Collor, que fez um requerimento pedindo a convocação de Policarpo Jr. Reproduzo a resposta que o diretor de redação da revista, Eurípedes Alcântara, deu ao jornal: “É ASSOMBROSO QUE NA SEMANA SEGUINTE ÀS COMEMORAÇÕES DO DIA MUNDIAL DA LIBERDADE DE IMPRENSA, UM SENADOR PEÇA A CONVOCAÇÃO DE UM JORNALISTA PARA DEPOR DIANTE DE UM TRIBUNAL POLÍTICO E, COM ISSO, ENVERGONHE O BRASIL, COLOCANDO-NOS NA MÁ COMPANHIA DE NAÇÕES ATRASADAS E REPUDIADAS PELA COMUNIDADE INTERNACIONAL. A IMPRENSA NÃO ESTÁ ACIMA DA LEI, MAS NÃO PODE SER COLOCADA AO DESAMPARO DELA. UM JORNALISTA ACUSADO, COMO QUALQUER CIDADÃO, TEM O DIREITO DE SABER O QUE PESA CONTRA ELE NO ÂMBITO DA JUSTIÇA. COLOCÁ-LO DIANTE DE UM TRIBUNAL POLÍTICO COM O OBJETIVO DE “ESCLARECER EVENTUAIS LIGAÇÕES” COM QUEM QUER QUE SEJA É UM DESPROPÓSITO E UMA AFRONTA À DEMOCRACIA.” Na mosca! Ou “nas moscas”, como costumo brincar. A rede criminosa que se espalha na Internet, está convicta de que o poder petista, como os diamantes, é eterno e imagina uma situação que vai disso que vemos para pior. Pede, sem meias palavras, o que chama de “LEI DOS MEIOS DE COMUNICAÇÃO” — OU “LEY DE MEDIOS”, dizem alguns bandidos, citando, cheios de excitação,  a Venezuela de Hugo Chávez. Na semana passada, Rui Falcão, presidente do PT, anunciou que a imprensa é um dos alvos do governo, depois dos bancos. Querem a liberdade de imprensa de joelhos diante do tribunal presidido por José Dirceu, o rei da ética, aquele rapaz que foi no mês passado à Venezuela, em companhia do marqueteiro do PT, para dar uma forcinha a Chávez. Quando os tucanos, no governo FHC, eram os alvos do jornalismo investigativo, nunca ninguém se lembrou de fazer uma CPI para submeter a imprensa a um tribunal político. Considerava-se tal hipótese simplesmente impensável — e os próprios tucanos, diga-se, não intentariam algo parecido. O jornalismo era, então considerado virtuoso por investigar eventuais desvios havidos no governo FHC ( nunca ninguém indagou qual era a fonte; tampouco a PF pôs para circular conversas de jornalistas)  e operava em estreita ligação com o PT. Imaginem uma gravação da PF registrando as conversas dos divulgadores do Dossiê Cayman e suas fontes ilibadas… AS REPORTAGENS DA VEJA RESULTARAM NA EXPLICITAÇÃO DE CRIMES CONTRA A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA. Com a chegada do PT ao poder, tudo mudou. CRIMINOSO PASSOU A SER O JORNALISMO INDEPENDENTE — ENQUANTO A CORJA FINANCIADA POR DINHEIRO PÚBLICO SE DEDICA, COTIDIANAMENTE, A AGREDIR A OPOSIÇÃO, O JUDICIÁRIO E A PRÓPRIA IMPRENSA. PARA ELES, NÃO HÁ CPI. AO CONTRÁRIO: JUNTAM-SE A FERNANDO COLLOR PARA ENVIAR A UM TRIBUNAL POLÍTICO QUEM HONRA A INDEPENDÊNCIA. Outros, antes de nós, resistiram a pressões ainda piores. Estes que estão aí nem são os piores inimigos que a liberdade de imprensa já enfrentou. E resistiremos mais uma vez. Quis o destino que LULA E COLLOR VIESSEM A SE JUNTAR, 23 anos depois do enfrentamento nas urnas, contra a liberdade de imprensa. Um está a exercer a sua conhecida natureza. O outro termina por revelar a sua. Uma não aprendeu nada nem esqueceu nada. O outro esqueceu tudo. O momento não é dos mais edificantes, mas me sinto intelectualmente recompensado. Há muitos anos venho dizendo que eles chegariam a este ponto. E chegaram. E mais longe chegarão se puderem. Não se depender dos defensores da ordem democrática e do estado de direito. A CONSTITUIÇÃO VAI DERROTAR A CONSPIRAÇÃO DO ÓDIO (As manchetes e a imagem não fazem partes do texto original).

quinta-feira, 10 de maio de 2012

O BUFÃO JAMILDO MELO DEFECOU NA GAMELA QUE COMIA...


EI, ALTAMIR PINHEIRO!!! FICOU COM MÁGOA DO PORCO FEDORENTO JAMILDO MELO?!?!?! -NÃO!!! MÁGOA, MÁGOA MESMO, NÃO GUARDO!!! AGORA, ÓDIO...

NOTA DE REPÚDIO ANTROPOFÁGICA:

Solidarizando-me com essa figura humana possuidora de um caráter imaculado e virtuoso que é o meu nobre amigo Alexandre Marinho,  Gostaria de externar minha indignação as impensadas palavras de um indivíduo que, pela incitação macabra que exalou à população de Garanhuns, de maneira nenhuma pode ser taxado de jornalista. Na verdade, isso é um delinquente MENTAL, quem sabe, canibal. Você meu caro, ao se dirigir ao povo leitor do seu blog que habita à cidade das sete colinas foi deselegante no estilo, provocador e descompromissado com os fundamentos do bom jornalismo, principalmente para quem esfregou a bunda numa carteira universitária. A COISA NÃO É BEM ASSIM, SEU JAMILDO!!!. Pois bem, vamos por partes, como diria o esquartejador e não o antropófago: Primeiramente, a sua atitude,   o seu ato  foi insano, descabido e totalmente fora do contexto. Na verdade, pelo que foi dito, zombateiramente, a sua pessoa não tem medo nem de ser nem de parecer ridículo; Continuando nesse mesmo diapasão,  a sua colocação, inapelável e irresponsavelmente,  foi de uma tremenda má-fé intelectual de quem falsifica os fatos para construir uma narrativa "APROPRIADA". Além de ter sido rancorosa, discriminativa e doentia; No seu texto chifrin, O NÃO tão nobre blogueiro, revela desconhecimento, desonestidade e um desagradável traço de grosseria,  perversidade e uma boa dose de escárnio, além de um humor burlesco com uma pitada de chacota;  Portanto,  por a palavra escrita, às vezes,  ter peso e custo tanto funesto quanto sinistro, a partir dessa brutalizada e antropofágica informação de paladar fúnebre, você, meu prezado blogueiro, não só emporcalhou, mas  contaminou com nódoa  o seu currículo jornalístico...

CPI DO CACHOEIRA: TODOS SERÃO JULGADOS INOCENTES POR EXCESSO DE PROVAS...























































quarta-feira, 9 de maio de 2012

JORNALISTA DE ALUGUEL, SALAFRÁRIOS E VIGARISTAS DO PT ANDAM APREGOANDO MENTIRAS AO AFIRMAR QUE A MAMULENGA DESENGONÇADA DA POSTE BOTOU PRA ARROMBAR NOS BANCOS!!!


Jornalista Ricardo Kotscho que é um  tremendo B-A-B-A-O-V-O pertencente ao JEG(Jornalista da Esgotosfera Governista), diz que, CORAGEM É A MARCA DO GOVERNO DILMA.  Daí, pergunta-se: a quem você quer enganar jornalista de aluguel?!?!?!

É PÚBLICO E NOTÓRIO QUE, PARA QUEM JÁ USUFRUI DAS TETAS GORDUROSAS DO GOVERNO É FÁCIL ACHAR VIRTUDES NOS DIRIGENTES. O QUE DILMA FAZ É O MESMO QUE JOSÉ DE ALENCAR FAZIA, DIGLADEAR-SE  CONTRA OS BANCOS PORQUE ISSO DÁ IBOPE. VAI BUSCAR O GERENTE DO BANCO DO BRASIL OU DOS BRADESCOS DA VIDA  PARA VER SE CONSEGUE O QUE DIZ A RIQUÍSSIMA PROPAGANDA NA TV, VAI!!!  E O QUE DIZER DOS JUROS DOS CARTÕES DE CRÉDITOS?!?!?! E DOS CHEQUES ESPECIAIS, HÉIN?!?!?! É POR ESSAS E OUTRAS QUE OS BLOGS “SUJOS” PATROCINADOS COM DINHEIRO PÚBLICO E A TV DO PASTOR TÊM DE SER COMBATIDOS DIUTURNAMENTE. SÓ ASSIM, ESSAS SÚCIAS DE NOTÓRIOS LADRÕES DE DINHEIRO PÚBLICO, MAMADORES SAFADOS DAS TETAS DE ESTATAIS DESDE QUE ASSUMIRAM O PODER EM 2003, SERÃO SOTERRADOS NOS ESCOMBROS DO ESQUECIMENTO DA HISTÓRIA. É UMA QUESTÃO DE TEMPO, E O TEMPO É SENHOR DA RAZÃO...

Altamir Pinheiro

Lá se vai 9 anos e 5 meses e aí  o governo do PT descobriu que o cheque especial do BB, um banco  estatal,  dirigido pelo sindicato dos petistas barbudos tinha juros de 170% ao ano!!! Aí aparece um altamir desse elogiando a coragem da poste!!! Altamir,  Você antes condenou a omissão do Planalto nessa questão, condenou?!?!?! Então!!! Altamir, você é normal, depois dessa confissão de inadimplência mental em público, héin!!! Depois dessa confissão de indigência intelectual!!!  Porém, deixando de goga com o tadinho do Altamir Pinheiro, ADVERTE-SE:  Coragem da Dilma porra nenhuma seu jornalista inanimado e pau mandado do  Ricardo Tosco!!! Isso é simplesmente um jogo de cena... puro jogo de cena em nome de um índice de aceitação de juros fajuto. O que se vê é muita espuma que é o que os babacas adoram. Cadê que vocês querem reduzir de 38 para 12 os  ministérios, como era no fadado governo militar?!?!?! Não precisamos de presidentes enganadores, de coragem. Precisamos é de gente competente. E honesta, o que não é o caso Dessa corja, composta por vigaristas de aluguéis do PT!!! Simplificando: O PT É UMA FRAUDE!!!

ESTÃO COMETENDO UMA DUPLA CANALHICE ÉTICA: DE REPENTE, O INSETO DO COLLOR DE MELLO É MEMBRO DA CPI. O ROMERO JUCÁ, TAMBÉM!!!



UM EM CADA TRÊS MEMBROS DA CPI DO CACHOEIRA JÁ FOI ALVO DE DENÚNCIAS


Marco Antonio VILLA

O Brasil é um país, no mínimo, estranho. Em 1992, depois de grande mobilização nacional e de uma comissão parlamentar mista de inquérito (CPMI) acompanhada diariamente pela população, o então presidente Fernando Collor de Mello teve o seu mandato cassado. Foi o primeiro presidente da República que teve aprovado um processo de impeachment no País. De acordo com os congressistas, o presidente foi deposto por ter cometidos crimes de responsabilidade. Collor foi acusado de ter articulado com o seu antigo tesoureiro de campanha, Paulo César Farias, um grande esquema de corrupção que teria arrecado mais de US$ 1 bilhão. Acabou absolvido pelo Supremo Tribunal Federal por falta de provas. Passados 20 anos, o mesmo Fernando Collor, agora como senador por Alagoas, foi indicado por seu partido, o PTB, para compor a CPMI que se propõe a investigar as ações de Carlinhos Cachoeira. DEIXOU A POSIÇÃO DE CAÇA E PASSOU A SER UM DOS CAÇADORES. Quem mudou: COLLOR ou o BRASIL? Provavelmente nenhum dos dois. Algo está profundamente errado quando um país não consegue, depois de duas décadas, enfrentar a corrupção. HOJE, DIFERENTEMENTE DE 1992, AS DENÚNCIAS DE CORRUPÇÃO SÃO MUITO MAIS GRAVES. Estão nas entranhas do Estado, em todos os níveis, e em todos os Poderes. Não se trata - o que já era grave - simplesmente de um esquema de corrupção organizado por um grupo marginal do poder, recém-chegado ao primeiro plano da política nacional. Ao longo dos anos a corrupção foi sendo aperfeiçoada. Até adquiriu status de algo natural, quase que indispensável para governar. Como cabe tudo na definição de presidencialismo de coalizão, não deve causar admiração considerar que a corrupção é indispensável para a governabilidade, garante estabilidade, permite até que o País possa crescer - poderia dizer algum analista de ocasião, da turma das Polianas que infestam o Brasil. Parodiando Karl Marx, CORRUPTOS DE TODO O BRASIL, UNI-VOS! Essa poderia ser a consigna de algum partido já existente ou a ser fundado. Afinal, a nossa democracia está em crise, mas não é por falta de partidos. É uma constatação óbvia de que o Brasil não tem memória. O jornalista Ivan Lessa escreveu que a cada 15 anos o Brasil esquecia o que tinha acontecido nos últimos 15. Lessa é um otimista incorrigível. O esquecimento é muito - mas muito - mais rápido. É A CADA 15 DIAS. Caso contrário não seria possível imaginar que Fernando Collor estivesse no Senado, presidisse comissões e até indicasse diretores de empresas estatais, como no caso da BR Distribuidora. E mais: que fosse indicado como membro permanente de uma CPMI que visa a apurar atos de corrupção. Indo por esse caminho, não vai causar nenhuma estranheza se o Congresso Nacional revogar o impeachment de 1992 e até fizer uma sessão de desagravo ao ex-presidente. Como estamos no Brasil, é bom não duvidar dessa possibilidade. Em 1992 muitos imaginavam que o Brasil poderia ser passado a limpo. Ocorreram inúmeros atos públicos, passeatas; manifestos foram redigidos exigindo ética na política. Até surgiu uma "GERAÇÃO DE CARAS-PINTADAS". Parecia - só parecia - que, após a promulgação da Constituição de 1988 e a primeira eleição direta presidencial - depois de 29 anos -, a tríade estava completa com a queda do presidente acusado de sérios desvios antirrepublicanos. O novo Brasil estaria nascendo e a corrupção, vista como intrínseca à política brasileira, seria considerada algo do passado. Não é necessário fazer nenhum balanço exaustivo para constatar o óbvio. A derrota - de goleada - DOS VALORES ÉTICOS E MORAIS REPUBLICANOS FOI ACACHAPANTE. Nos últimos 20 anos tivemos inúmeras CPIs. Ficamos indignados ouvindo depoimentos em Brasília com confissões públicas de corrupção. Um publicitário, Duda Mendonça, chegou mesmo a confessar - sem que lhe tivesse sido perguntado - na CPMI do Mensalão que havia recebido numa conta no exterior o pagamento pelos serviços prestados à campanha do então candidato Luiz Inácio Lula da Silva. A bombástica revelação foi recebida por alguns até com naturalidade. O que configurava um crime de responsabilidade, de acordo com a Constituição, além de outros delitos, não gerou, por consequência, nenhum efeito. E, vale recordar, COM A CONCORDÂNCIA BOVINA - para lembrar Nelson Rodrigues - DA OPOSIÇÃO. A aceitação de que política é assim mesmo foi levando à desmoralização da democracia e de seus fundamentos. HOJE VIVEMOS UM SIMULACRO DE DEMOCRACIA. NINGUÉM QUER FALAR QUE O REI ESTÁ NU. DEMOCRACIA VIROU SIMPLESMENTE SINÔNIMO DE REALIZAÇÃO DE ELEIÇÕES, DESPOLITIZADAS, DESINTERESSADAS E COM UM CONSIDERÁVEL ÍNDICE DE ABSTENÇÃO (MESMO COM O VOTO OBRIGATÓRIO). AQUI, ATÉ AS ELEIÇÕES ACABARAM POSSIBILITANDO EXPANDIR A CORRUPÇÃO. Na política tradicional, a bandeira da ética é empunhada de forma oportunista, de um grupo contra o outro. Na próxima CPI os papéis podem estar invertidos, sem nenhum problema. É um querendo "PEGAR" o outro. E muitas vezes o feitiço pode virar contra o feiticeiro. E AS CONDENAÇÕES? Quem está cumprindo pena? Quem teve os bens, obtidos ilegalmente, confiscados? NADA. O que vale é o espetáculo, e não o resultado. O Brasil conseguiu um verdadeiro milagre: descolou a política da economia. O País continua caminhando, com velocidade reduzida, por causa da má gestão política. Mas vai avançando. E por iniciativa dos simples cidadãos que desenvolvem seus negócios e constroem dignamente sua vida. Depois, muito depois, vão chegar o Estado e sua burocracia. Aparentemente para ajudar, mas, como de hábito, para tirar   "ALGUMA CASQUINHA", para dizer o mínimo. E a vida segue. Não vai causar admiração se, em 2032, DEMÓSTENES TORRES for indicado pelo seu partido para fazer parte de uma CPI para apurar denúncias de corrupção. É o meu Brasil brasileiro, terra de samba e pandeiro... (As manchetes e a imagem não fazem partes do texto original).