quarta-feira, 8 de janeiro de 2014

ESCÂNDALO NA CUBA DE FIDEL: POVO VENDE SANGUE EM TROCA DE UM SANDUÍCHE DE QUEIJO COM MORTADELA




CUBA DE FIDEL EXPORTA MÉDICOS ESCRAVOS PARA O BRASIL E SANGUE HUMANO PARA O URUGUAI...





ACIMA, CUBANOS FAZEM FILA PARA DOAR SANGUE NUM DOS POSTOS DE COLETA PARA EXPORTAÇÃO. ABAIXO TABELA PUBLICADA PELO JORNAL URUGUAIO EL PAÍS, MOSTRA QUE O SANGUE LIDERA A PAUTA DAS IMPORTAÇÕES CUBANAS REALIZADAS PELO URUGUAI EM 2012. POSTERIORMENTE, SEGUNDO CONSTA EM SEU EDITORIAL O EL PAÍS INFORMOU QUE A MAIOR PARTE DO SANGUE IMPORTADO É HUMANO. 


Além de exportar médicos, esquema já denominado de "ESCRAVIDÃO MODERNA", o regime comunista de Fidel Castro e seu irmão Raúl, estão também exportando sangue humano, segundo revela o site de notícias ICLEP - Instituto Cubano por la Libertad de Expresión y Prensa (Instituto Cubano pela Liberdade de Expressão e Imprensa).  O ICLEP reproduz em espanhol ESCRITO ORIGINALMENTE EM INGLÊS NO SITE CUBAN ARCHIVE,  pertencente à Free Society Project, Inc., entidade sediada em Nova Jersey, nos Estados Unidos em postagem do dia 1º de janeiro de 2014. Como O GOVERNO DO LULA DILMA E PT, É PARCEIRO DA DITADURA CUBANA, o  tendo recentemente contratado médicos cubanos para incorporar o tal programa Mais Médicos, a informação que segue torna-se muito importante além de ser uma excelente pauta para as grandes redes de televisão e os jornalões, não é mesmo?, embora seja tristemente macabra! Em tradução ligeira do espanhol segue a reportagem que vale a pena ser lida. Os cubanos que vivem espremidos pelas escassez de comida e total falta de liberdade, ainda são obrigados a doar sangue para exportação de forma a garantir as divisas necessárias para que Fidel Castro, seus familiares e cupinchas desfrutem de uma vida de luxo e fartura nas mansões do Laguito. Leiam:
No dia 26 de julho de 2013, apareceu no JORNAL EL PAÍS, DE MONTIVIDÉU, A NOTÍCIA DE QUE CUBA HAVIA VENDIDO AO URUGUAI "SANGUE HUMANO  OU ANIMAL PARA USO TERAPÊUTICO" pelo total de $0,9 milhões. Em um editorial posterior esse diário especificou que as importações consistiam fundamentalmente em sangue humano.
  • Com toda probabilidade a maioria dos cidadãos do Uruguai carecem de informação acerca da origem e manipulação desse fornecimento de sangue;
  • Enquanto isso, as estatísticas do governo cubano, que não se distinguem precisamente por sua transparência, não proporcionam informação alguma sobre vendas de sangue, além disso, somente oferecem dados até o ano de 2011;
  • No sistema de saúde cubano sob absoluto controle do Estado, para podere ingressar num hospital ou submeter-se a qualquer cirurgia, inclusive um aborto, TODO CIDADÃO DEVE DOAR SANGUE (salvo a ‘nomenklatura’ comunista de alta hierarquia);
  • Usualmente, são os familiares do paciente que fazem as doações de sangue, mas às vezes a família paga a terceiros para cumprir com o requisito. Entreetanto, em Cuba não existe déficit algum no fornecimento de sangue; o Governo informa à Organização Mundial da Saúde e à Organização Panamericana da Saúde (OMS/OPS) que conta com 100% de “doadores volutários altruístas”;
  • Os doadores cubanos ignoram que seu governo utiliza seu sangue como matéria prima de um FLORESCENTE COMÉRCIO INTERNACIONAL. Enquanto isso, a maioria dos cubanos, excetuando a privilegiada elite governante, vive miseravelmente em decorrência da economia socialista centralizada que esse mesmo governo lhe impõe; o salário médio mensal na ilha é de 466 pesos, equivalente a 19 dólares mensais ou 63 centavos por dia;
  • Em cuba a campanhas de doação de sangue constituem um “RITUAL REVOLUCIONÁRIO”.  Se promove a doação de sangue como um dever cívico para salvar as vidas de compatriotas ou de vítimas de desastres em outros países. Na década de 1980, foi dado um maior impulso a captação de sangue humano com o suposto objetivo de proteger o país da nova epidemia de AIDS com a eliminação de toda a importação de sangue;
  • Com o expresso objetivo de alcançar a auto-suficiência na produção de sangue e componentes sanguíneos, o governo cubano criou uma empresa estatal que logo passou a formar parte de um LUCRATIVO NEGÓCIO DE EXPORTAÇÃO  dentro do “polo científico”;
  • Os Comitês de Defesa da Revolução estão encravados em bairros. Têm desempenhado um papel fundamental na promoção de doações de sangue "voluntárias". Eles oferecem diplomas e medalhas para doadores e "BONS REVOLUCIONÁRIOS" que doam sangue e até presentes recentemente eram dados como televisores, geladeiras e outros bens de consumo escassos. Dada a escassez crônica de alimentos que padece a população, os sanduíches de queijo e suco aguado que recebem se tornaram o único incentivo que a grande maioria dos Doadores recebem atualmente. O estado exige que as pessoas doem sangue em seus locais de trabalho, especialmente os membros da polícia, forças de segurança e das forças armadas ;
  • Recrutas que cumprem 2 anos do serviço militar têm sido obrigados a doarem sangue se quiserem receber passes de 48 horas que lhes permitem visitar a família a cada 15 dias - uma prática que esta ainda em vigor;
  • 12 ônibus móveis especialmente preparados para coleta de sangue, visitam as prisões onde abundam os doadores com fome. Eles provavelmente recebem a recompensa por esse bom comportamento;
  • E o que é ainda mais assustador, é que o estado cubano converteu muitas pessoas em "DOADORES PERMANENTES", usando argumentos falsos e oferecendo apenas uma ração alimentar um pouco melhor que a média;
  • Sem ter uma base científica comprovada, as autoridades de saúde sanitária comunicam a pessoa, que a menos que siga doando sangue regularmente, não padecerá de um excesso de glóbulos vermelhos que pode pôr em perigo a sua saúde. DO SITE INSTITUTO CUBANO POR LA LIBERTAD DE EXPRESIÓN Y PRENSA.  
***Este texto foi gentilmente roubado la no Blog do Aluízio Amorim. -A manchete não faz parte do texto original



terça-feira, 7 de janeiro de 2014

CUBA DE FIDEL EXPORTA MÉDICOS ESCRAVOS PARA O BRASIL E SANGUE HUMANO PARA O ORUGUAI...





ACIMA CUBANOS FAZEM FILA PARA DOAR SANGUE NUM DOS POSTOS DE COLETA PARA EXPORTAÇÃO. ABAIXO TABELA PUBLICADA PELO JORNAL URUGUAIO EL PAÍS, MOSTRA QUE O SANGUE LIDERA A PAUTA DAS IMPORTAÇÕES CUBANAS REALIZADAS PELO URUGUAI EM 2012. POSTERIORMENTE, SEGUNDO CONSTA EM POSTERIOR EDITORIAL O EL PAÍS INFORMOU QUE A MAIOR PARTE DO SANGUE IMPORTADO É HUMANO. 


Além de exportar médicos, esquema já denominado de "escravidão moderna", o regime comunista de Fidel Castro e seu irmão Raúl, estão também exportando sangue humano, segundo revela o site de notícias ICLEP - Instituto Cubano por la Libertad de Expresión y Prensa (Instituto Cubano pela Liberdade de Expressão e Imprensa).  O ICLEP reproduz em espanhol ESCRITO ORIGINALMENTE EM INGLÊS NO SITE CUBAN ARCHIVE,  pertencente à Free Society Project, Inc., entidade sediada em Nova Jersey, nos Estados Unidos em postagem do dia 1º de janeiro de 2014.
Como o governo do Lula e da Dilma é parceiro da ditadura cubana, tendo recentemente contratado médicos cubanos para incorporar o tal programa Mais Médicos, a informação que segue torna-se muito importante além de ser uma excelente pauta para as grandes redes de televisão e os jornalões, não é mesmo?, embora seja tristemente macabra!
Em tradução ligeira do espanhol segue a reportagem que vale a pena ser lida. Os cubanos que vivem premidos pelas escassez de comida e total falta de liberdade, ainda são obrigados a doar sangue para exportação de forma a garantir as divisas necessárias para que Fidel Castro, seus familiares e cupinchas desfrutem de uma vida de luxo e fartura nas mansões do Laguito. Leiam:
No dia 26 de julho de 2013, apareceu no JORNAL EL PAÍS, DE MONTIVIDÉU, A NOTÍCIA DE QUE CUBA HAVIA VENDIDO AO URUGUAI "SANGUE HUMANO  OU ANIMAL PARA USO TERAPÊUTICO" pelo total de $0,9 milhões. Em um editorial posterior esse diário especificou que as importações consistiam fundamentalmente em sangue humano.
  • Com toda probabilidade a maioria dos cidadãos do Uruguai carecem de informação acerca da origem e manipulação desse fornecimento de sangue.
  • Enquanto isso, as estatísticas do governo cubano, que não se distinguem precisamente por sua transparência, não proporcionam informação alguma sobre vendas de sangue, além disso, somente oferecem dados até o ano de 2011.
  • No sistema de saúde cubano sob absoluto controle do Estado, para podere ingressar num hospital ou submeter-se a qualquer cirurgia, inclusive um aborto, todo cidadão deve doar sangue (salvo a ‘nomenklatura’ comunista de alta hierarquia).
  • Usualmente, são os familiares do paciente que fazem as doações de sangue, mas às vezes a família paga a terceiros para cumprir com o requisito. Entreetanto, em Cuba não existe déficit algum no fornecimento de sangue; o Governo informa à Organização Mundial da Saúde e à Organização Panamericana da Saúde (OMS/OPS) que conta com 100% de “doadores volutários altruístas”.
  • Os doadores cubanos ignoram que seu governo utiliza seu sasngue como matéria prima de um florescente comércio internacional. Enquanto isso, a maioria dos cubanos, exceptuando a privilegiada elite governante, vive miseravelmente em decorrência da economia socialista centralizada que esse mesmo governo lhe impõe; o salário médio mensal na ilha é de 466 pesos, equivalente a 19 dólares mensais ou 63 centavos por dia.
  • Em cuba a campanhas de doação de sangue constituem um “ritual revolucionário”.  Se promove a doação de sangue como um dever cívico para salvas as vidas de compatriotas ou de vítimas de desastres em outros país. Na década de 1980, foi dado um maior impulso a captação de sangue humano com o suposto objetivo de proteger o país da nova epidemia de AIDS com a eliminação de toda a importação de sangue.
  • Com o expresso objetivo de alcançar a auto-suficiência na produção de sangue e componentes sanguíneos, o governo cubano criou uma empresa estatal que logo passou a formar parte de um lucrativo negócio de exportação dentro do “polo científico”.
  • Os Comitês de Defesa da Revolução estão encravados em bairros.Têm desempenhado um papel fundamental na promoção de doações de sangue voluntárias. Eles oferecem diplomas e medalhas para doadores e "bons revolucionários" que doam sangue e até presentes recentemente eram dados como televisores, geladeiras e outros bens de consumo escassos. Dada a escassez crônica de alimentos que padece a população, os sanduíches de queijo e suco aguado que recebem se tornaram o único incentivo que a grande maioria dos Doadores recebem atualmente. O estado exige que as pessoas doem sangue em seus locais de trabalho, especialmente os membros da polícia , forças de segurança e das forças armadas .
  • Recrutas que cumprem 2 anos do serviço militar têm sido obrigados a doarem sangue se quiserem receber passes de 48 horas que lhes permitem visitar a família a cada 15 dias - uma prática que esta ainda em vigor
  • 12 ônibus móveis especialmente preparados para coleta de sangue ,visitam as prisões onde abundam os doadores com fome- eles provavelmente recebem a recompensa por esse bom comportamento.
  • E o que é ainda mais assustador, é que o estado cubano converteu muitas pessoas em" doadores permanentes", usando argumentos falsos e oferecendo apenas uma ração alimentar um pouco melhor que a média.
  • Sem ter uma base científica comprovada, as autoridades de saúde sanitária comunicam a pessoa, que a menos que siga doando sangue regularmente, não padecerá de um excesso de glóbulos vermelhos que pode pôr em perigo a sua saúde. DO SITE INSTITUTO CUBANO POR LA LIBERTAD DE EXPRESIÓN Y PRENSA.  
***Este texto foi gentilmente roubado la no Blog do Aluízio Amorim. -A manchete não faz parte do texto original.

O “HONESTO” PRESIDENTE DA FIFA, TRATA DILMA E O MINISTRO DOS ESPORTES COMO MOLEQUES TRAQUINOS: NA BASE DO TABEFE, BELISCÃO E “BUFETADA”.


EM MARÇO DE 2012, O SECRETÁRIO-GERAL DA FIFA, JÉRÔME VALCKE, AFIRMOU QUE O BRASIL MERECIA UM "CHUTE NO TRASEIRO", DEVIDO AOS ATRASOS.

 

Reinaldo Azevedo

 

Joseph Blatter, presidente da Fifa, trata o Brasil mais ou menos como os pais severos tratam os filhos indisciplinados, que precisam tanto de um estímulo como de um puxão de orelha, este antecedendo aquele, é lógico. A IMPRENSA BRASILEIRA ESTÁ NOTICIANDO O QUE SERIA O RECUO DE BLATTER, NESSA SUA RELAÇÃO DE MORDE E ASSOPRA COM AS AUTORIDADES BRASILEIRAS. Bem, não há recuo nenhum, né? A velha raposa está apenas recorrendo à esperteza. Blatter, como ele mesmo lembrou na entrevista em que criticou o atraso nas obras da Copa, é dirigente da entidade desde 1975. Sabe como são as coisas. Tem consciência de que uma entrevista sua será notícia no Brasil e no mundo inteiro. Se diz que nunca viu atraso igual ao do Brasil em quase 40 anos, é porque quer que o mundo saiba disso — e porque quer também que as autoridades brasileiras saibam que os outros sabem. Agora, vem a público para afirmar o óbvio: TEM CONFIANÇA DE QUE TUDO SERÁ FEITO NO PRAZO, QUE A DISPUTA DE 2014 SERÁ A COPA DAS COPAS, QUE HAVERÁ RECORDE DE PÚBLICO.  Recuo? Não. Ele não se desculpou. Ele não disse que sua avaliação estava errada. Ele não afirmou que trabalhava com dados falsos. Depois do alerta, para despertar os brios da brasileirada, expressou a sua confiança no evento. Num dado momento, a Copa no Brasil chegou a correr riscos, sim. A Fifa pensou seriamente em mudar a sede da disputa em razão das trapalhadas oficiais. Considerou, depois, que seria um desgaste também para a entidade e preferiu manter a aposta no país, mas sempre com o pé atrás. Blatter faz o que lhe cabe fazer. Parece que, a esta altura, está claro que as autoridades brasileiras só funcionam sob pressão. O preço do seu elogio é sempre um pito (As manchetes e imagem não fazem partes do texto original).


PITACO DO BLOG CHUMBO GROSSO: - PSICÓLOGOS DE TUDO QUANTO É LUGAR VÃO DAR O PONTAPÉ INICIAL PARA PREPARAR A MAMULENGA DILMA NO TOCANTE AO SEU ESTADO DE ESPÍRITO PARA ENFRENTAR AS VAIAS DA ABERTURA E DO ENCERRAMENTO DA COPA QUANDO COMEÇAR O ÚÚÚÚÚÚÚÚÚÚÚÚÚ. NÃO É À TOA QUE,  A TURMA JÁ ESTÁ COM O SLOGAN NA PONTA DA LÍNGUA: “QUEM TEM BOCA VAIA DILMA”...

segunda-feira, 6 de janeiro de 2014

OS PAPARAZZI SURPRENDERAM DILMA, AO FOTOGRAFÁ-LA NA PRAIA DA VIRAÇÃO, NA ILHA DOS FRADES, EM SALVADOR, SÓ DE CALCINHA E SUTIÃ COM AS PELANCAS À MOSTRA.


 

A presidente Dilma Rousseff aproveitou o sábado de sol em Salvador e saiu cedo para tomar banho de mar. Dilma passou férias de fim de ano na Base Naval de Aratu, região metropolitana da capital baiana. Ela foi de lancha com a família à praia da Viração, na Ilha dos Frades, em Salvador. A previsão é que a presidente volte a Brasília hoje. Dilma chegou à base naval no dia 28. No dia seguinte, saiu para passear de lancha pela Baía de Todos os Santos. Ela estava acompanhada da mãe Dilma Jane, da filha Paula e o neto Gabriel, de três anos (Texto gentilmente roubado lá no site do O Globo. – A manchete não faz parte do texto original)



PITACO DO BLOG CHUMBO GROSSO: - PELO CARGO QUE EXERCE, REZA A FORMALIDADE QUE, A SENHORA PRESIDENTE ERROU AO USAR UM BIQUINI, POIS DEVERIA TER SAÍDO À PRAIA DE MAIÔ, A "ETIQUETA" RECOMENDA QUE PESSOAS QUE EXERCEM  CARGOS PÚBLICOS, DEVEM SER COMEDIDAS EM SUAS ROUPAS, MAQUIAGENS E JAMAIS SE EXPOR, MESMO QUE ELA TIVESSE UM CORPO ESCULTURAL, A "COMBINAÇÃO" NÃO RECOMENDARIA. AS ESPECIALISTAS NO RAMO CONSTATARAM QUE NOSSA PRESIDENTE ESTÁ RODEADA DE INCOMPETENTES, ALIÁS, NÃO ERA SÓ SEU MINISTÉRIO QUE DEVERIA SER TROCADO, MAIS  TODAS AS ESTILISTAS PETISTAS QUE FAZEM PARTE DE SUA ASSESSORIA. PORÉM, COMO SE SABE, QUEM É MUNDIÇA E NÃO TEM ÉTICA NEM MORALIDADE COM A COISA PÚBLICA COMO É O CASO DA TURMA DO PT  VAI CONHECER REGRAS DE ETIQUETA PARA INFORMAR A PRESIDENTE. AÍ, SERIA PEDIR DEMAIS!!!


P.S.: - Sei não, sei não, mas a veinha vovó petralha, espremendo, apertando, acho que ela ainda dá um caldo...





domingo, 5 de janeiro de 2014

ARIANO SUASSUNA: CONSIDERO EDUARDO CAMPOS O POLÍTICO MAIS BRILHANTE QUE JÁ CONHECI. ELE É PACIENTE, É OBSTINADO, ALÉM DE SER ASTUCIOSO.


EM ENTREVISTA EXCLUSIVA, ARIANO SUASSUNA DIZ QUE FEZ “PACTO COM DEUS” PARA TERMINAR LIVRO.

 

 

FABIO VICTOR

ENVIADO ESPECIAL AO RECIFE


 

"Mexeu com o físico, mas com a cabeça não buliu não. Se você quiser, recito todinho o episódio de Inês de Castro, de 'Os Lusíadas'", brincou Ariano Suassuna, 86 anos. Fazia alusão ao copioso trecho do clássico português, mas deu várias outras provas de que falava a verdade. Quase quatro meses depois de sofrer um infarto (agora ele revela terem sido dois) e tratar um aneurisma cerebral, o escritor e dramaturgo recebeu a Folha em sua casa no Recife para uma entrevista exclusiva, a primeira depois de duas internações e do repouso forçado. Dizendo-se cansado, optou por falar deitado em sua cama. Acabara de posar para fotos e na véspera retomara suas aulas-espetáculos com um tributo ao compositor Capiba, uma palestra intercalada por shows de música e dança que durou 1h45min. Mais magro que o habitual e aparentemente mais fraco (recusou o lanche que lhe chegou, uma fatia de bolo e água de coco), mantém, porém, a cabeça a mil. Em uma hora de entrevista, não perdeu em nenhum momento a lucidez ou a argúcia. Recitou de memória versos inéditos de sua autoria que estarão no romance em que trabalha há 33 anos e cujo primeiro volume, após seguidos adiamentos, ele diz ter enfim concluído, sob pressão dos problemas de saúde.

 

Leo Caldas/Folhapress      

PARA PÔR FIM AO PRIMEIRO LIVRO DAQUELA QUE CONSIDERA A OBRA DE SUA VIDA -E QUE DEVERÁ TER SETE VOLUMES, MESCLANDO ROMANCE, POESIA, TEATRO E GRAVURA-, ARIANO AFIRMA TER TIDO UMA AJUDA DIVINA. "FIZ UM PACTO COM DEUS: SE ELE ACHASSE QUE O ROMANCE TINHA ALGUMA COISA DE SACRÍLEGO OU DE DESRESPEITOSO, QUE INTERROMPESSE PELA MORTE." A OBRA CONCLUÍDA -AINDA SEM PREVISÃO DE LANÇAMENTO- SERÁ UM ROMANCE EPISTOLAR, CHAMADO "O JUMENTO SEDUTOR", HOMENAGEM A "O ASNO DE OURO", DO ESCRITOR LUCIUS APULEIO, DO SÉCULO 2. A SÉRIE COMPLETA LEVARÁ O NOME DE "A ILUMIARA". O AUTOR DE "ROMANCE DA PEDRA DO REINO" E "O AUTO DA COMPADECIDA" FALOU AINDA SOBRE MORTE E A AVERSÃO QUE SENTIU DA UTI E DE POLÍTICA.

 

Leia a seguir os principais trechos da entrevista.

 

 

FOLHA - O Sr. ENFRENTOU PROBLEMAS GRAVES DE SAÚDE, ACABA DE PULAR UMA FOGUEIRA BRABA...

Ariano Suassuna - [interrompendo] Na verdade eu pulei três fogueiras: eu tive dois infartes e um aneurisma estourou no meu cérebro.

 

FORAM DOIS INFARTOS, ENTÃO?

Foram.

 

POIS É, E DEPOIS DE QUASE QUATRO MESES ENTRE INTERNAÇÕES E REPOUSO, O SR. RETOMOU AS ATIVIDADES PÚBLICAS ONTEM NUMA AULA-ESPETÁCULO. COMO SE SENTE?

Eu fazia muita questão de dar essa aula. Eu disse para mim mesmo que só não dava a aula se não tivesse a menor condição. E queria avaliar minhas forças, para saber se podia continuar, dentro desse pequeno prazo que a gente ainda tem [no mandato de Eduardo Campos, que deixará o cargo até abril para disputar a Presidência], podia continuar a programação que a gente vinha seguindo [de aulas-espetáculos]. Combinei que a gente faria essa no Recife e, de acordo com o comportamento do meu corpo, a gente daria outra em Pombos [agreste de PE].

 

DEU PARA AVALIAR COMO O CORPO REAGIU?

Deu. Dá para ir, senti que dá para retomar num ritmo mais leve.

 

O SR ANDA FALANDO MUITO O NOME DA CAETANA, QUE É COMO O SR CHAMA A MORTE. DE ONDE VEM ESSE NOME?

No sertão da Paraíba e de Pernambuco chamam a morte de Caetana.

 

QUE É UMA MOÇA, MAS PODE SER TAMBÉM UMA ONÇA...

Não, isso aí [de ser onça] já foi invenção minha. Eu aproveitei e comecei a recriar literariamente um mito que foi criado pelo povo. Como o povo sertanejo é machista, só criou a morte feminina. Aí eu, de minha parte, já inventei a contrapartida masculina. Eu acho que a morte aparece como mulher aos homens e como homem às mulheres.

 

E COM QUE NOME?

Caetano.

 

O SR. JÁ DISSE QUE SE RECUSAVA A MORRER E QUE TODA MORTE É COMO UM SUICÍDIO. COMO ESSA EXPERIÊNCIA AFETOU O MODO COM QUE O SR. LIDA COM ELA?

Não afetou não. É claro que, objetivamente, eu sei que vou morrer. Não sei se você já notou, mas nenhum de nós acredita que morre, o que é uma bênção. A gente se porta a vida toda como se nunca fosse morrer, o que é muito bom. Porque se a gente for pensar na morte como uma coisa fundamental, inevitável e próxima, a gente vai perder o gosto de viver, vai perder o gosto de tudo. Eu digo isso procurando verbalizar uma inclinação que acho que é de todo mundo. A gente tem uma tendência a acreditar que não morre. [Pensar que vai morrer] prejudica um pouco a qualidade de vida, e eu sou um apaixonado pela vida, amo profundamente a vida. Olhe que essa maldita tem me maltratado, mas eu gosto dela.

 

NO "ROMANCE DA PEDRA DO REINO", QUADERNA TEM UM SONHO NO QUAL A CAETANA [A MORTE] COMO QUE DITA PARA ELE PALAVRAS DE FOGO. O SR. TEVE ALGUM SONHO OU ALUCINAÇÃO DURANTE ESTE PERÍODO?

Não. Ordinariamente não tenho... Às vezes eu tenho uns sonhos que se transformam em literatura. Tenho um poema chamado "Sonho" que foi um sonho. E às vezes quando não estou acordado ainda, mas não estou mais dormindo, é o momento em que invento muita coisa, muito criativo.

 

ESSA EXPERIÊNCIA MUDOU ALGUMA COISA NO SEU JEITO DE PERCEBER O MUNDO E AS PESSOAS?

Não. Poucos dias antes de adoecer eu dei uma entrevista em que me perguntaram se eu tinha medo da morte. E eu disse: eu não gosto de contar valentia antecipada, acho que a gente só pode dizer que não tem medo de alguma coisa depois de enfrentá-la. Agora, até onde eu vejo, eu não tenho medo da morte. Eu tenho pena de morrer sem ter realizado certas coisas. Por exemplo: se visse que não dava para terminar o romance que escrevo, aí teria muito pena de morrer. Engraçado, quando eu estava lá [no hospital] nos primeiros momentos, que descobri que tinha tido um infarto –fui saber disso no hospital– eu me agoniei muito porque tinha deixado o manuscrito aqui [em casa]. Eu disse: preciso conversar com Carlos Newton [Junior, professor universitário, especialista na obra do escritor], dizer a ele como era, para levar adiante [o livro]. Primeiro eu dividi o livro grande em vários livros. Cada capítulo do livro é escrito em forma de cartas, sob certo aspecto é um romance epistolar, e toda carta termina do mesmo jeito. Porque eu digo lá que fiz um pacto com Deus, e fiz mesmo: se ele achasse que o romance tinha alguma coisa de sacrílego ou de desrespeitoso, que interrompesse pela morte –coisa com a qual desde agora eu me declaro de acordo. Meu acordo não vale nada num caso desse, mas por outro lado tem uma vantagem. É que eu dou ideia da minha conformidade e da minha resignação e tô conseguindo, com a minha megalomania, um parceiro extraordinário. O primeiro volume são seis cartas, todas seis terminam do mesmo jeito, com as mesmas palavras.

 

QUAL É O JEITO, QUAIS SÃO AS PALAVRAS?

[uma assessora afirma: "Não diga o que não puder dizer"] A gente tem uma tendência a responder a verdade, né? É uma tentação desgraçada. Bom, todas terminam com um verso, um martelo gabinete e um martelo agalopado [martelos são formas poéticas usadas pelos cantadores nordestinos]. O martelo gabinete é um martelo de seis versos de dez sílabas, e o martelo agalopado são dez versos de dez sílabas. Deixa eu ver se me lembro do martelo. Diz assim: "O circo, sua estrada e o sol de fogo/ Ferido pela faca na passagem/ meu coração suspira sua dor/ entre os cardos e as pedras da pastagem./ O galope do sonho, o riso doido/ e late o cão por trás desta viagem". E o martelo agalopado diz: "Pois é assim: meu circo pela estrada/ Dois emblemas me servem de estandarte/ No sertão, o arraial do bacamarte/ Na cidade, a favela consagrada/ Dentro do circo há vida, onça malhada/ Ao luzir do teatro o pelo belo transforma-se num sonho, palco e prelo/ e é ao som deste canto na garganta que a cortina do circo se levanta para mostrar meu povo e seu castelo". Então se eu morrer o romance está terminado. E para justificar isso eu cito uns versos de Fernando Pessoa dos quais eu gosto muito. Ele fala do navegador que descia a costa da África à procura do caminho das Índias e, quando ele parava em algum lugar na costa da África, plantava um marco. Ele diz: "O esforço é grande e o homem é pequeno/ Eu, Diogo Cão, navegador, deixei/ Este padrão ao pé do areal moreno/ E para diante naveguei./ A alma é divina, a obra é imperfeita./ Este padrão sinala ao vento e aos céus/ Que, da obra ousada, é minha a parte feita:/ O por-fazer é só com Deus".

 

O SR. JÁ DEU POR ENCERRADO O TRABALHO VÁRIAS VEZES, MAS SEMPRE O RETOMOU. OS ACONTECIMENTOS RECENTES FORÇARAM O SR A FINALMENTE ENCERRAR PRA VALER?

Forçaram. Eu me forcei a dar o ponto. Mas repare bem: mesmo assim, só há poucos dias eu tomei a decisão definitiva. Primeiro, eu, com medo por causa do infarto, decidi que publicaria as duas primeiras cartas. Depois do infarto, já em casa, resolvi que dava para juntar mais duas, quatro. Depois mais duas, seis. O primeiro volume está concluído.

 

O NOME DO PRIMEIRO VOLUME, "O JUMENTO SEDUTOR", ESTÁ MANTIDO?

Está mantido. O nome geral é "A Ilumiara".

 

SERÃO CINCO VOLUMES?

Eu acho que são sete. Mas o por-fazer é só com Deus.

 

NUMA ENTREVISTA QUE ME DEU HÁ DEZ ANOS, O SR. CONTOU QUE O PROTAGONISTA DO LIVRO SE CHAMA ANTERO SAVEDRA, E O ANTAGONISTA É QUADERNA [DA "PEDRA DO REINO"]. ISSO ESTÁ MANTIDO?

Está mantido, mas o negócio ficou mais complexo, porque Antero Savedra desdobrou-se. Fiz de Antero Savedra um alter ego mais próximo de mim, e criei uma outra máscara chamada... Porque o nome Antero é muito importante... São quatro irmãos: Altino, Auro (ou Áureo), Adriel e Antero. Altino é poeta; Áureo é romancista; Adriel é dramaturgo; e Antero é encenador e ator. Antero diz que tem um parentesco com Orestes e Hamlet, ambos filhos de reis assassinados. Ele cita inclusive uma frase de Hamlet, que diz: "Sou arrogante, vingativo, ambicioso; tenho mais crimes na consciência do que [pensamentos para concebê-los, imaginação para desenvolvê-los,] tempo para executá-los". Então ele procura um alter ego mais manso, mais conciliador, capaz de perdoar os inimigos. Ele diz uma hora que tem mais facilidade de rezar a Ave Maria do que o Pai Nosso, porque no Pai Nosso se diz "perdoai as nossas ofensas, assim como nós perdoamos...". Agora, o nome dele de verdade é Paulo Antero. Aí ele assina os primeiros versos P. Antero Shabino.

 

E O SAVEDRA NÃO TEM MAIS?

Tem, a família é Shabino de Savedra, todos os dois escritos com s. Paulo Antero Shabino, e ele assina P. Antero Shabino. Os inimigos começam a chamá-lo de Pantero, depois Dom Pantero. Ele aí adota o nome. Quando cria o outro alter ego é Dom Pantero.

 

"A Ilumiara" tem dois nomes [subtítulos]: "A Ilumiara - Autobiografia musical, dançarina, teatral, poética e videocinematográfica". Na página seguinte tem: "A Ilumiara - Romance musical, dançarino, teatral, poético e videocinematográfica." E tem uma epígrafe de um professor daqui, que foi meu aluno e de quem eu gosto muito –Roberto Motta, filho de Mauro Motta–, ele escreveu um dia num artigo de jornal: "Todos os livros são autobiografias. Mas ele conhece os segredos das máscaras com que nos defendemos da morte".

 

ESSE PRIMEIRO VOLUME JÁ PODE SER LANÇADO EM BREVE?

Ainda vai depender. Eu terminei meu texto. Mas ele está grande, em folhas de tamanho ofício. Precisa ser reduzido para o tamanho do livro. As ilustrações eu fiz, já estão prontas. Tem muita ilustração baseada em pintura rupestre. Porque eu quero pegar a cultura brasileira desde o começo mesmo, mostrar que isso aqui não envelhece não. Uma obra de arte está feita para ser reinterpretada, revista, revisada. E também me baseei muito em desenhos barrocos.

 

OS OUTROS VOLUMES VÃO TODOS SEGUIR A FORMA EPISTOLAR?

Vão.

 

O SR. VAI INCLUIR ESSA FOGUEIRA QUE PULOU?

Vou. Mas não nesse primeiro volume. E vou incluir uma coisa que foi muito importante para mim e aconteceu ao mesmo tempo [da internação]: a morte de [Gilvan] Samico [gravurista pernambucano morto em novembro]. Considero Samico um artista de importância mundial. Para mim não há em nenhum lugar do mundo –Alemanha, França, Rússia, Estados Unidos, Inglaterra– um gravador como ele. Para mim foi o gravador de nossa época, no mundo inteiro. Do ponto de vista formal ele é incomparável. Pela importância dele para o nosso tempo e o nosso país... Ele significa para o Brasil o que Goya significa para a Espanha e Dürer para a Alemanha.

 

O SR. INCLUIRÁ FIGURAS PÚBLICAS ENTRE OS PERSONAGENS DO ROMANCE?

De certa maneira sim. Não são personagens propriamente, faço alusões. Tem um momento em que escolhi sete pessoas importantes do Brasil: um arquiteto negro e analfabeto do Estado do Rio de Janeiro chamado Gabriel Joaquim dos Santos, por quem tenho grande admiração, é o autor da Casa da Flor. Escolhi Villa-Lobos, e sai por aí...

 

DO QUE MAIS SENTIU FALTA NA INTERNAÇÃO. CONSEGUIU LER E ESCREVER?

Olhe, um dos piores lugares do mundo é a tal da UTI. Vixe, nossa senhora, que lugar horroroso. A pessoa não tem privacidade para coisa nenhuma, uma coisa horrível. Não tem autonomia, é ruim demais. Ficar no hospital no quarto eu até não reclamo muito não. Mas a tal da UTI... Minha atividade nesse período foi zero.

 

O SR. TEM UMA ÓTIMA MEMÓRIA, QUE JÁ DEFINIU COMO "MEMÓRIA DE CACHORRO VINGATIVO". ELA ESTÁ INTACTA?

Está, mexeu com o físico, mas com a cabeça não buliu não –a cabeça está boa. Se você quiser eu recito o episódio de Inês de castro, de "Os Lusíadas", todinho [risos].

 

O SR. SEMPRE APOIOU LULA E DILMA E SEMPRE APOIOU TAMBÉM EDUARDO CAMPOS. MAS EM 2014 ELES SERÃO ADVERSÁRIOS. O SR JÁ DECLAROU APOIO A CAMPOS. ISSO SIGNIFICA ROMPIMENTO COM LULA E DILMA?

Vejo as coisas muito individualmente. Não simpatizo muito com o PT. Nunca dei declaração [de apoio ao PT], senão no começo [do partido], quando eu dizia que os partidos precisavam ter alguma coisa das antigas ordens religiosas, e o único que eu via nessa linha era o PT. Nesse tempo o dr [Miguel] Arraes não tinha entrado no PSB –o PSB era uma academia de letras, não tinha eficácia política nenhuma. Quando dr. Arraes veio me procurar, eu disse a ele que entrasse no PSB. Ele disse que precisava fazer coligação e que entraria no PMDB. Agora, quando ele entrou no PSB, aí eu entrei –nunca tinha entrado num partido político. Então eu sempre faço uma diferença. Lula é Lula. Não faço restrição nenhuma a Lula, continuo um entusiasta dele, do mesmo jeito que fui quando ele era presidente. Agora, pelo meu gosto, Lula apoiaria Eduardo. Nem houve rompimento com Dilma, gosto muito dela também, mas meu relacionamento com ela é menos fraterno do que com Lula.

 

ACREDITA QUE HÁ CHANCE CONCRETA DE EDUARDO CAMPOS SER ELEITO PRESIDENTE?

Isso eu não sei não. Vou fazer como Capiba [compositor pernambucano morto em 1997]. Ele era torcedor fanático do Santa Cruz, e ia haver um jogo muito importante do Santa Cruz no domingo. Um jornalista telefonou a ele pedindo opinião sobre o jogo. Ele deu várias opiniões, até que o jornalista perguntou: "E qual vai ser o placar?". Aí ele disse: "Me telefone segunda-feira". Me telefone no dia seguinte à eleição que eu digo.

 

O SR. COSTUMA DIZER QUE CONHECE EDUARDO CAMPOS DESDE MENINO, QUE FOI AMIGO DO PAI E DO AVÔ DELE. TRATA-SE DE UM APOIO MAIS AFETIVO QUE POLÍTICO?

Não, veja bem, eu digo isso realmente, e é verdade: Dudu foi companheiro de infância de meus filhos, morava aí na frente [numa casa defronte à do escritor], vivia aqui em casa. Então tinha uma relação afetiva com ele de um tio para um sobrinho. E ainda mais ele casou-se com uma sobrinha de Zélia [mulher de Suassuna]. Mas eu digo, e realmente é: considero Eduardo Campos o político mais brilhante que já conheci. Ele é de uma capacidade de articulação que você não pode imaginar. Outra coisa: é paciente, é obstinado. Ele tem todas as qualidades de um político. Eu digo sempre: um político tem que ser astucioso, principalmente se ele for boa pessoa. Porque senão ele cai –não faz safadeza, mas cai na mão dos que fazem.

 

HÁ CRÍTICAS AO FATO DE ELE SE UTILIZAR DOS MESMOS MÉTODOS QUE CRITICA. FEZ CAMPANHA PRA ELEGER A MÃE PARA O TCU, FORMOU UMA COALIZÃO DE 14 PARTIDOS, COM ALIADOS COMO INOCÊNCIO OLIVEIRA E SEVERINO CAVALCANTI. COM O SR. VÊ ESSAS CRÍTICAS?

Entram por um ouvido e saem pelo outro. Isso é uma necessidade da ação política. Achei até muita graça quando Inocêncio Oliveira o apoiou. Estava todo mundo cortejando o apoio de Inocêncio, o PT, todo mundo. Quando ele apoiou Dudu, vieram dizer que ele aceitou o apoio de Inocêncio Oliveira. Política é assim mesmo. Eu é que não gosto de fazer esse tipo de coisa nunca entrei na política e nunca entrarei.

 

E COMO AVALIA A GESTÃO DILMA?

Não sou homem político, sou um escritor que tem preocupações políticas, com meu país e com meu povo. Eu gostava mais do governo de Lula. Tô gostando do governo de Dilma. Entre Dilma e o PSDB, prefiro Dilma. Mas entre Dilma e Lula, prefiro Lula.

 

O SR. É BACHAREL EM DIREITO, FOI ADVOGADO, NOS PRINCIPAIS LIVROS DO SR HÁ JULGAMENTOS. COMO O SR. VIU O JULGAMENTO DO MENSALÃO NO SUPREMO? O QUE ACHOU DO RESULTADO?

Aquilo foi uma coisa triste. O que acho triste ali é que de repente houve uma crispação desse problema. Não tenho elemento pra provar nem ninguém tem, mas a gente sabe que isso não foi inaugurado naquele momento. Essas práticas existiam em todos os governos e tem havido até agora. Se você não fizer isso você não governa. Tem que questionar a própria existência do Congresso. É bom que exista o Congresso? Eu acho que é. Agora, no Congresso existe esse tipo de coisa? Existe e vai continuar existindo.

 

A COMPRA DE APOIO POLÍTICO?

Sim. Sim. Todo mundo sabe que essa ideia de dois mandatos não foi obtida de graça não.

 

O SR. SE REFERE AO ESQUEMA DE COMPRA DE VOTOS NO CONGRESSO PARA APROVAR A EMENDA DA REELEIÇÃO DURANTE O GOVERNO FERNANDO HENRIQUE CARDOSO [REVELADO PELA FOLHA EM 1997, MAS NUNCA INVESTIGADO]...

Sim.

 

O SR. É UM HOMEM MUITO RELIGIOSO, CATÓLICO DEVOTO DE VÁRIOS SANTOS. QUAL AVALIAÇÃO FAZ DO NOVO PAPA, FRANCISCO, DOS PRIMEIROS PASSOS DO PONTIFICADO DELE?

Ah, eu estou entusiasmado com esse papa. Logo no início. Só o fato de ele ter escolhido o nome de Francisco, vi logo que ele era alguma coisa de novo. Era o que a Igreja estava precisando. Estou entusiasmadíssimo. Eu de certa maneira acompanhei, porque um grande amigo meu foi para lá fazer a cobertura, que é Gerson Camarotti [comentarista e repórter do canal Globo News], e conversei muito com Gerson. Até fiz uma introduçãozinha para o livro dele ["Segredos do Conclave", Geração Editorial, 304 págs., R$ 34,90]. Olhe, ele foi o primeiro papa jesuíta, o primeiro chamado Francisco e o primeiro papa latino-americano. Três novidades de uma vez.