quarta-feira, 13 de agosto de 2014

MORREU EDUARDO HENRIQUE ACCIOLY CAMPOS














































EDUARDO CAMPOS: ACIDENTE DEVE ESTAR LIVRE DA TEORIA DA CONSPIRAÇÃO, MAS É PRECISO MUITA ATENÇÃO



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CALMA E PRUDÊNCIA – Candidato do PSB à Presidência da República e terceiro colocado na corrida ao Palácio do Planalto, Eduardo Camposmorreu em acidente aéreo ocorrido na manhã desta quarta-feira (13) em Santos, cidade do litoral.

O avião Cessna 560XL, prefixo PR-AFA, utilizado pela campanha do presidenciável do PSB, saiu do Rio de Janeiro e levava o ex-governador de Pernambuco para um evento no litoral paulista. A aeronave caiu em área residencial da cidade de Santos. Os sete ocupantes da aeronave, dois tripulantes e cinco passageiros, morreram no acidente.
Inicialmente noticiou-se que a esposa do candidato do PSB, Renata Campos, e um dos cinco filhos do casal estavam a bordo, mas ainda são contraditórias as informações a respeito. Eduardo Campos apostava no início do horário eleitoral, que estreia na próxima terça-feira, 19 de agosto, para avançar nas pesquisas eleitorais.
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No início deste ano, Campos rompeu com o governo da petista Dilma Rousseff para dar viés de independência à sua candidatura. Presidente nacional do PSB, Eduardo Campos tinha como candidata a vice a ex-senadora Marina Silva, que deve assumir a candidatura.
Com a tragédia, o quadro da disputa pela Presidência da República muda completamente, uma vez que é prematuro afirmar para qual candidatura migrarão os eleitores de Eduardo Campos. A mãe do ex-governador e ministra do Tribunal de Contas da União (TCU), Ana Arraes participava de um evento em Brasília quando foi informada sobre o acidente.
Análise preliminar
Técnico em aviação consultado pelo ucho.info considerou estranha a forma como se deu o acidente. O primeiro item levantado é que aeronaves que caem “de nariz” representam apenas 1% dos acidentes registrados no planeta.
O segundo quesito levantado pelo nosso entrevistado é que o bairro do Boqueirão, em Santos, não está inserido em uma “airway”, ou seja, não está em rota de aproximação, procedimento das aeronaves antes do pouso.
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O terceiro ponto levantado pelo técnico em aviação é que o Cessna 560XL integra a lista dos jatos executivos mais seguros. Além disso, o jato conta com um equipamento conhecido como EGPWS (Enhanced Ground Proximit Warning System) que faz com que a aeronave suba sem interferência da cabine de comando em caso de perigo durante o procedimento de pouso, mesmo que o piloto decida jogá-la contra o solo.
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SOB SIGILO

Em maio deste ano, a presidente Dilma Rousseff sancionou lei que torna sigiloso os dados contidos nas caixas-pretas dos aviões, assim como as informações prestadas voluntariamente por testemunhas, em caso de investigações de acidentes aéreos ocorridos em território nacional. De acordo com a lei, testemunhas que prestarem informações no curso da investigação aeronáutica, em relação a desastres aéreos ou incidentes, ficarão protegidas e não poderão ser enquadradas criminalmente pelos dados fornecidos. No caso de a Justiça e as autoridades policiais necessitarem identificar responsabilidades em acidente específico, o qual estava sob investigação do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), novo inquérito terá de ser aberto. A transferência de dados colhidos em inquérito do Cenipa para outro inquérito só poderá ser feita mediante determinação judicial. A lei permite, no entanto, que polícia e Justiça usem como provas em inquéritos os dados das caixas-pretas, assim como as transcrições das conversas da cabine. A referida lei foi proposta pela Aeronáutica após a crise aérea decorrente dos acidentes da Gol, em 2006, que deixou 154 mortos, e da TAM, em junho de 2007, que matou 199 pessoas.
OPINIÃO DO EDITOR:

Único jornalista a acompanhar durante longos meses, de perto e os bastidores, os desdobramentos do acidente da TAM, o editor do ucho.info lembra que nenhum brasileiro deve se entregar à teoria da conspiração, apenas porque em curso está um processo eleitoral acirrado, mas é preciso estar atento aos desdobramentos das investigações, uma vez que a verdade sobre o trágico acidente ocorrido no aeroporto de Congonhas, em São Paulo, jamais foi revelada.
O fato de os dados das caixas-pretas das aeronaves estarem protegidos por determinação legal é suficiente para supor que as causas de um acidente poderão ser suprimidas parcialmente. Nesse caso, vale lembrar o acidente do Boeing da Gol, faltando poucas horas para o primeiro turno da eleição presidencial de 2006, quando a aeronave chocou-se no ar com um jato Legacy, da Embraer, segundo informações oficiais.
Quem viu de perto o Legacy sabe que as partes danificadas mostram que algo despencou sobre a aeronave, invalidando a alegação de um choque em pleno ar. Aliás, uma eventual colisão com um Boeing, em pleno voo e na direção oposta, teria esfacelado o Legacy(Blog Ucho.Info).

MORREU EDUARDO HENRIQUE ACCIOLY CAMPOS



NATURAL DO RECIFE, EDUARDO HENRIQUE ACCIOLY CAMPOS É FILHO DA DEPUTADA ANA ARRAES E DO ESCRITOR MAXIMIANO CAMPOS E NETO DO EX-GOVERNADOR MIGUEL ARRAES. FORMOU-SE EM ECONOMIA PELA UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO, ONDE COMEÇOU A ATUAR NA MILITÂNCIA POLÍTICA, COMO PRESIDENTE DO DIRETÓRIO ACADÊMICO EM 1985. NO ANO SEGUINTE, PARTICIPOU DA CAMPANHA DE REELEIÇÃO DE ARRAES AO GOVERNO DE PERNAMBUCO, SE TORNANDO O SEU CHEFE DE GABINETE. EM 1990, FILIOU-SE AO PARTIDO SOCIALISTA BRASILEIRO (PSB), PELO QUAL FOI ELEITO DEPUTADO ESTADUAL. CHEGOU AO CONGRESSO NACIONAL EM 1994, ELEITO COM 133 MIL VOTOS. NO ANO SEGUINTE, FOI SECRETÁRIO DO GOVERNO E, EM 1996, SECRETÁRIO DA FAZENDA. FOI REELEITO EM 1998 PARA A CÂMARA FEDERAL, COMO DEPUTADO MAIS VOTADO DE PERNAMBUCO, COM 173.657 VOTOS. SEU TERCEIRO MANDATO COMO DEPUTADO FEDERAL VEIO EM 2002, QUANDO SE TORNOU UM DOS PRINCIPAIS ARTICULADORES DO GOVERNO LULA.







MORRE EDUARDO HENRIQUE ACIOLLY CAMPOS







Avião da campanha de Eduardo Campos foi o que caiu em Santos Acidente aéreo em Santos preocupa comitiva do presidenciável POR O GLOBO 13/08/2014 12:18 / ATUALIZADO 13/08/2014 12:42 RIO - O jato em que viaja o presidenciável Eduardo Campos (PSB-PE ) é o mesmo que caiu em Santos na manhã desta quarta-feira. Não há confirmação se o candidato estava a bordo. A campanha do candidato está apreensiva com a perda de contato com o jato em que estava o político. A aeronave em que viajava do Rio para Guarujá perdeu contato com controle aéreo. Nenhuma confirmação oficial até agora, mas campanha do candidato teme que avião acidentado em Santos seja sua aeronave. Assessores, amigos e correligionários não conseguem fazer contato com candidato. Seu avião não chegou ao destino. Governo de Pernambuco também não tem contato com candidato. O avião, um Cessna 560 XL, prefixo PR-AFA, deixou o aeroporto do Santos Dumont às 9h20m com destino a Santos. O ex-deputado Walter Feldman, que está ao lado de Marina Silva em São Paulo, disse logo depois do acidente ter conversado com o deputado Márcio França, que recepcionaria Campos em Santos. França confirmou para o aliado que a aeronave que caiu tinha o prefixo da alugada pela campanha de Campos: - Márcio França ligou e disse ter confirmado que o prefixo do avião é o mesmo de Campos. Mas temos que aguardar _ explicou o ex-deputado. Aliados de Marina Silva estão apreensivos porque a companhia aérea que fretou o avião não consegue contato com o piloto. Em seu gabinete no Tribunal de Contas da União, a ministra Ana Arraes, mãe de Eduardo Campos, ao ser informada dos rumores sobre a queda do avião em Santos, caiu no choro. Mas assessores informam que não há informação que confirmem que o candidato do PSB estava na aeronave. O Corpo de Bombeiros confirmou a queda, que ocorreu na altura do número 136 Rua Alexandre Herculano, esquina com Rua Vahia de Abreu, nas imediações do Canal 3, a cerca de sete quadras da praia. Logo após a queda, a primeira informação era a de que se tratava de um helicóptero. Sete pessoas ficaram feridas e pelo menos três imóveis foram atingidos. A sala de imprensa do Corpo de Bombeiros informou que sete vítimas foram socorridas em hospitais da região, mas ainda não há informações se elas eram ocupantes da aeronave ou moradores dos imóveis atingidos. O Pronto-Socorro Municipal de Santos confirmou que há quatro feridos internados na unidade. A queda ocorreu pouco depois das 10h. A poucos metros do local do acidente funcionam uma escola infantil e uma academia de ginástica. A região tem casas e comércios. O Comando da Aeronáutica informou, por nota, que o avião, modelo Cessna 560XL, prefixo PR-AFA, caiu às 10h. “A aeronave decolou do Aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro, com destino ao aeroporto de Guarujá (SP). Quando se preparava para pouso, o avião arremeteu devido ao mau tempo. Em seguida, o controle de tráfego aéreo perdeu contato com a aeronave”, diz nota da Aeronáutica. A Aeronáutica investiga as causas do acidente. O local onde ocorreu a queda é bastante movimentado. Testemunhas relatam que ouviram barulho de uma explosão. O quarteirão foi isolado pela Polícia Militar, Corpo de Bombeiros e equipes de resgate. Com o estrondo na hora da queda, vidraças de lojas quebraram-se. Read more: http://oglobo.globo.com/brasil/aviao-da-campanha-de-eduardo-campos-foi-que-caiu-em-santos-13586260#ixzz3AHtAlxgN

MORRE EDUARDO HENRIQUE ACIOLLY CAMPOS

MORRE EDUARDO CAMPOS EM ACIDENTE AÉREO EM SANTOS

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Jato Cesna, prefixo PR-AFA, cai na área urbana de Santos, no litoral paulista, por volta das 10h15; campanha do presidenciável Eduardo Campos já confirmava, às 12h30, que aparelho deveria trazer candidato à bordo; repórter da Rede Bandeirantes encontra material de campanha eleitoral de Campos entre os destroços; Marina Silva não estava na aeronave; candidato do PSB era esperado para compromisso a partir da Base Aérea do Guarujá; ele estava no Rio de Janeiro ontem, de onde o aparelho decolou; candidato a vice-governador, Marcio França, que esperava o presidenciável, afirmou ter feito último contato com ele às 9 horas da manhã; perícia isola e verifica área atingida por queda da aeronave; FAB informou que aeronave destruída fez o mesmo trajeto que estava estabelecido para o aparelho que carregava Campos; candidata a vice Marina Silva também poderia estar à bordo; às 12h27, não havia informações oficiais sobre nomes dos passageiros(BLOG SUJO 247)

MORRE EDUARDO CAMPOS

Confirmada a morte de Eduardo Campos pelo deputado Júlio Delgado, do PSB de Minas Gerais.

MARINA E OI DE GATO DERAM O PRIMEIRO PASSO PARA RECEBER, EM 2015, A FAIXA PRESIDENCIAL DAS MÃOS DE DILMA ROUSSEFF


















NO JORNAL NACIONAL DA REDE GLOBO, O CORONÉ DE GRAVATA MATOU A PAU, CHUTOU O PAU DA BARRACA DA INCOMPETENTE DILMA E DISSE QUE O BRASIL PERDEU DE 7 X 1, TANTO DENTRO COMO FORA DO CAMPO.





PATRÍCIA POETA: Boa noite, candidato.

EDUARDO CAMPOS: Boa noite, Patrícia. Boa noite, Bonner. Boa noite a todos que estão nos assistindo.

PATRÍCIA POETA: Então o tempo começa a ser contado a partir de agora. Candidato, vamos começar a entrevista com a lista de alguma promessas que o senhor já fez, eu anotei algumas delas: escola em tempo integral, passe livre para estudantes do ensino público, aumento dos investimentos em saúde para 10% das receitas da União, manutenção do poder de compra do salário mínimo e multiplicar por 10 o orçamento da segurança. Tudo isso significa aumento dos gastos públicos. Mas o senhor também promete baixar a inflação atual para 4% em 2016, chegando até 3% até 2019. E isso, segundo economistas, exige cortar pesadamente gastos públicos. Ou seja, essas promessas se chocam, se batem. Qual delas o senhor não vai cumprir?

EDUARDO CAMPOS: Patrícia, na verdade, só há uma promessa, que é melhorar a vida do povo brasileiro. A sociedade brasileira tem apresentado na internet, nas ruas, uma nova pauta, que é a pauta da educação, da melhoria da assistência da saúde, que está um horror no país, a violência que cresce nos quatro cantos do país. Nós temos que dar conta de melhorar a qualidade de vida nas cidades onde a mobilidade também é um grave problema. E tudo isso em quatro anos.  Nós estamos fazendo um programa de governo, ouvindo técnicos, a universidade, gente que já participou de governo. E é possível, sim. Nós estamos fazendo conta, tem orçamento. Eu imagino que muitas vezes as pessoas dizem assim: ‘Houve uma reunião do Copom hoje e aumentou 0,5% os juros’. E ninguém pergunta da onde vem esse dinheiro. E 0,5% na Taxa Selic significa 14 bi. O passe livre, que é um compromisso nosso com os estudantes, custa menos do que isso. Então, nós estamos fazendo contas para, com planejamento, em quatro anos trazer inflação para o centro da meta, fazer o Brasil voltar a crescer, que esse é outro grave problema, o Brasil parou. E o crescimento também vai abrir espaço fiscal. Tudo isso com responsabilidade na condução macroeconômica. Banco Central com independência, Conselho Nacional de Responsabilidade Fiscal, gente séria e competente governando. Fazendo a união dos competentes, dos bons, o Brasil pode ir muito mais longe.

PATRÍCIA POETA: Agora, candidato, o senhor então está querendo dizer que pretende deixar de gastar aqui, para gastar ali. Mas isso não significa, necessariamente, cortes pesados. Não são cortes. Então, os economistas dizem que para combater a inflação seria necessário isso: cortes severos mesmo. Como é que o senhor pretende fazer isso?

EDUARDO CAMPOS: Olha, a inflação não pode ser combatida só com a taxa de juros, como vem sendo feita no país. É preciso ter coordenação entre a política macroeconômica monetária, a política fiscal, mas é preciso também ter regras seguras. As regras que mudam a todo dia no Brasil muitas vezes fazem com que o preço do dinheiro suba, o chamado Custo Brasil. A falta de logística que encarece o produto que vem do mundo rural, da própria indústria, a falta de ferrovia, de rodovia, que o Jornal Nacional mostra tantas vezes aqui, de portos, encarece o país. Então, o Brasil precisa enfrentar a inflação, porque ela está corroendo o salário. As pessoas estão percebendo, quem está nos assistindo tem percebido que o salário não dá para o mês inteiro. Os aposentados, os assalariados, os que vivem por conta própria do seu esforço percebem. O compromisso um com o centro da meta da inflação e a retomada do crescimento.

PATRÍCIA POETA: Então, o senhor não acha que seria justo dizer para o eleitor que o próximo ano será um ano difícil, duro, com remédios mais amargos?

EDUARDO CAMPOS: É, o ano difícil está sendo já esse, Patrícia. Porque a gente vai ter um crescimento de -1%. O Brasil está perdendo...

PATRÍCIA POETA: Sem aumento da tarifa.

EDUARDO CAMPOS: É, o Brasil perdeu de 7 a 1 dentro do campo de futebol, na Copa, e está perdendo também de 7 a 1 fora do campo. Porque é sete de inflação, com a presidenta guardando na gaveta dela, para depois da eleição o aumento da energia e o aumento do combustível, mesmo assim, com menos de um de crescimento.

PATRÍCIA POETA: Mas vai ser um ano difícil, o próximo ano, candidato?

EDUARDO CAMPOS: Eu acho que vai ser um ano que nós vamos terminar melhor do que o ano de 2014. Porque nós vamos enfrentar os problemas. A pior coisa na vida de uma pessoa, de uma família e de um governo é a gente ficar escondendo os problemas e não tendo coragem e humildade de dizer: ‘Ó, estamos com problemas. Vamos resolver o problema?’. Nós estamos com um problema, por exemplo, na questão da energia. Não seria muito melhor dizer: ‘Ó, choveu menos do que deveria, não investimos tanto’. Por que a gente não criar todo um esforço de eficiência energética, como a Europa está fazendo? Premiar quem faz as mesmas coisas, seja na indústria, no comércio, em casa, com menos energia.

WILLIAM BONNER: Vamos mudar de assunto. O senhor se articulou com o ex-presidente Lula e com partidos políticos para eleger a sua mãe, a então deputada federal Ana Arraes, ministra do Tribunal de Contas da União. O senhor considera isso ético? Não foi uma forma de nepotismo?

EDUARDO CAMPOS: Veja, Bonner, se a nomeação fosse minha, se dependesse da minha nomeação enquanto governador, seria nepotismo, e eu quero te dizer que eu fui o primeiro governador a fazer a lei do nepotismo no estado de Pernambuco. Ela, Ana, era funcionária pública de carreira por concurso da Justiça, elegeu-se deputada por duas vezes, com votações crescentes, fez mandatos respeitáveis. A Câmara foi chamada a eleger um parlamentar para uma vaga no Tribunal de Contas, ela se candidatou, outros deputados se candidataram, como o ex-presidente da Câmara Aldo Rebelo. Ela disputou uma eleição com vários deputados, ela foi a única mulher que ganhou no voto, com a votação muito grande, e foi ser ministra e tem feito um trabalho como ministra do Tribunal de Contas que todos reconhecem como trabalho digno, sério.

WILLIAM BONNER: Certo, mas o que eu estou colocando em questão não são os méritos da sua mãe, não se trata disso, a questão é: o senhor ter usado o seu prestígio, o seu poder para se empenhar pessoalmente num trabalho de catequese, numa campanha para que um parente seu ocupasse um cargo público e vitalício. O senhor acha que isso foi um bom exemplo para o país?

EDUARDO CAMPOS: Olha, na hora que ela saiu candidata com apoio do meu partido, se fosse uma outra pessoa, eu teria apoiado. Por que eu não apoiaria ela que tinha todos os predicados, tanto é que pode registrar a sua candidatura, pode fazer a disputa. Eu nem votei, Bonner, porque eu não era deputado. Eu, simplesmente, torci na hora em que ela se candidatou para que ela ganhasse e ela tem feito um trabalho no Tribunal de Contas que tem o reconhecimento, inclusive, do corpo técnico do Tribunal.

WILLIAM BONNER: O seu empenho pessoal, o senhor não vê nada de errado no seu empenho pessoal nesta eleição?

EDUARDO CAMPOS: NÃO.

WILLIAM BONNER: OK.

PATRÍCIA POETA: Ainda nesse ponto, candidato, o senhor indicou um primo seu e um primo da sua mulher para trabalhar no TCE, que é o órgão responsável por fiscalizar as contas do estado, quando o senhor era governador de Pernambuco. Como é que fica a isenção nisso?

EDUARDO CAMPOS: Na verdade, eles se candidataram na Assembleia Legislativa em vagas que eram próprias da Assembleia Legislativa. Um deles e um outro foi indicado, como ele foi desembargador eleitoral, tinha todos os predicados jurídicos para fazer exatamente esse pleito e foi votado pela Assembleia Legislativa.

PATRÍCIA POETA: Mas foram indicados pelo senhor?

EDUARDO CAMPOS: NÃO.

PATRÍCIA POETA: Para julgar suas contas.

EDUARDO CAMPOS: Não, para julgar minhas contas, não. Eles foram indicados para vaga no Tribunal de Contas. Um pela Assembleia Legislativa, não há nenhuma indicação, a vaga era da Assembleia, pessoas podiam se candidatar e ele não estava impedido por lei de se candidatar. E, um outro, que foi indicado na vaga do Executivo respeitando a legislação em vigor.

PATRÍCIA POETA: Então, o senhor, não vê conflito nisso. Se o senhor fosse eleito presidente hoje, o senhor manteria esse comportamento no governo federal, sem dúvidas?

EDUARDO CAMPOS: Não, eu acho que a gente precisa, na verdade, sobretudo agora que vamos ter cinco vagas no Supremo Tribunal Federal, o Brasil precisa fazer uma espécie de comitê de busca, o que é feito para os institutos de pesquisa, juntar notórias, pessoas com notória especialidade e conhecimento para fazer ao lado do presidente a seleção de pessoas que vão para esses lugares vitalícios. Aliás, eu acho que o Brasil deve fazer uma reforma constitucional para acabar com esses cargos vitalícios que ainda existem na Justiça, é preciso ter os mandatos também no Poder Judiciário, coisa que existe em outras nações do mundo, de maneira a oxigenar os tribunais e garantir que esse processo de escolha seja um processo mais impessoal.

WILLIAM BONNER:  Candidato, o senhor tem procurado apresentar o discurso de um gestor moderno, de um gestor favorável ao empreendedorismo privado, mas o fato é que, logo depois do anúncio da sua aliança com Marina Silva, Marina fez restrições ao agronegócio, que é um setor que tem sustentado a economia brasileira em muitos anos. Como é que o senhor pretende resolver esta contradição dentro da sua chapa?

EDUARDO CAMPOS: Olha, com diálogo, Bonner. Mostrando exatamente que Marina não tem nada contra agronegócio ou contra indústria ou contra o desenvolvimento econômico. O que Marina defende e eu defendo também, e a sociedade brasileira quer ver hoje, é que nós temos que ter desenvolvimento com respeito ao meio ambiente e com inclusão. Esse é um conceito que no século passado parecia que disputava: ou se tem desenvolvimento ou se tem respeito à natureza. E, hoje, o mundo todo bota numa equação só, tenta efetivamente conciliar desenvolvimento com proteção da natureza e com inclusão das pessoas mais pobres.

WILLIAM BONNER:  Claro, candidato. Mas eu acho que eu preciso ser um pouco mais específico sobre a contradição a que eu me referi. Vamos falar da reforma, da votação do Código Florestal. Assunto importantíssimo. Na votação do Código Florestal, o seu partido aprovou, quase que por unanimidade. E o grupo político de Marina Silva teve uma posição rigorosamente oposta. Marina chegou a dizer que o Código Florestal representava um retrocesso de 20 anos. A questão é: como é que o eleitor pode se convencer da coesão da sua chapa, se os dois candidatos têm visões tão opostas, tão antagônicas em relação a esse assunto?

EDUARDO CAMPOS: Absolutamente. Nós temos uma visão, uma aliança, que não é feita em cima da minha opinião, da opinião de Marina. Em cima de um programa, de um programa que tem a participação da academia brasileira, de diversos estudiosos, cientistas, militantes do movimento social, que têm nos ajudado a construir um programa, que vai ser lançado nos próximos dias, exatamente para não ter uma coisa de uma aliança pessoal, uma aliança de personalidades, mas uma aliança de pensamentos.

WILLIAM BONNER: Mas eu apresentei um caso concreto, em que houve posições bem diferentes. Um dos dois lados cedeu em relação a esse assunto para chegar a um consenso?
EDUARDO CAMPOS: Neste caso, em particular, eu defendi as posições de Marina. Na nossa bancada, ela rachou, na verdade. Teve muita gente que era ligado a estados onde o agronegócio tinha mais expressão que não votou com a orientação partidária, mas eu defendi a posição que foi representada por Marina.

WILLIAM BONNER: Só dois votos do seu partido foram contrários.

EDUARDO CAMPOS: Exatamente. E eu me coloquei solidário à posição dela.

PATRÍCIA POETA: Ainda sobre coerência. O senhor e o seu partido foram colaboradores próximos do então presidente Lula. O senhor, inclusive, foi ministro em 2005 do governo dele, exatamente quando o escândalo do Mensalão veio a público e o senhor não deixou o cargo. O senhor só se afastou do governo Dilma quase três anos de um mandato de quatro. Foi no fim do ano passado. O que que o senhor diria aos críticos que afirmam que o senhor abandonou todos esses anos de colaboração a Lula e Dilma pela ambição de ser presidente da República?

EDUARDO CAMPOS: Não se trata de ambição. Se trata de um direito, numa democracia qualquer partido pode lançar um candidato, pode divergir.  Porque você apoiou, você não está condenado a apoiar quando você já não acredita, quando você já não vê, não se representa naquele governo.

PATRÍCIA POETA: Mas o senhor levou quase três anos de um mandato de quatro para sair do governo, para deixar de apoiá-lo, não é tempo demais?

EDUARDO CAMPOS: Se você for ver, isso aconteceu antes. Já em 2012, nas eleições de 2012, nós já enfrentamos o PT em várias cidades, inclusive no Recife. Quando a presidenta apoiou o Renan e o PMDB para Câmara, Renan para o Senado, o PSB já apoiou outros candidatos. Nós já vínhamos num processo de afastamento claro do governo. Por quê? Porque esse governo é o único governo que vai entregar o Brasil pior do que recebeu. Nós vamos estar pior na economia, pior na questão da violência, pior na logística, pior na relação externa com o resto do mundo. Ou seja, e aí nós estamos oferecendo um caminho para que o Brasil volte a crescer.

PATRÍCIA POETA: Mas o senhor apoiou durante mais de 10 anos esse governo. O que que aconteceu neste meio do caminho?

EDUARDO CAMPOS: O que aconteceu é que aquilo que foi prometido, que o Brasil ia corrigir os erros e aprofundar as mudanças, não aconteceu. Tantas pessoas que votaram na Dilma e se frustraram, tantas pessoas que estão nos assistindo que viram agora um governo que valoriza no seu centro a velha política, um governo que deixou a inflação voltar, um governo que está fazendo derreter os empregos. Agora, o que o povo quer é alguém que dê solução a isso. E eu e Marina entendemos que para dar solução a isso é fundamental um novo caminho. Porque PSDB e PT há vinte anos governam o país. Se a gente quer chegar a um novo lugar, a gente não pode ir pelos mesmos caminhos.

WILLIAM BONNER: Candidato, chegou aquele momento em que o senhor agora se dirige ao eleitor para expor aqueles projetos que o senhor consideraria prioritários caso eleito.

EDUARDO CAMPOS: Eu queria ter a oportunidade de falar com você de todo Brasil. Eu governei o estado de Pernambuco por duas vezes. Fui reeleito com 83% dos votos e deixei o governo com mais de 90% de aprovação. Governei com pouco, porque governei um estado do Nordeste brasileiro com muita pobreza, e botei o foco naqueles que mais precisam. Então, aprendi a fazer mais com menos. Agora, ao lado da Marina Silva, eu quero representar a sua indignação, o seu sonho, o seu desejo de ter um Brasil melhor. Não vamos desistir do Brasil. É aqui onde nós vamos criar nossos filhos, é aqui onde nós temos que criar uma sociedade mais justa. Para isso, é preciso ter a coragem de mudar, de fazer diferente, de reunir uma agenda. É essa agenda que nos reúne, a agenda da escola em tempo integral para todos os brasileiros, a agenda do passe livre, a agenda de mais recursos para a saúde, a agenda do enfrentamento do crack, da violência...

PATRICIA POETA: OK.
EDUARDO CAMPOS:  O BRASIL TEM JEITO. VAMOS JUNTOS. EU PEÇO TEU VOTO.


OI DE GATO DÁ UM SHOW DE BOLA NO JORNAL NACIONAL, DA TV GLOBO, E DIZ QUE DILMA VAI “ENTREGAR O PAÍS PIOR DO QUE RECEBEU”....





Pressionado por episódios de nomeação de parentes para cargos públicos, o candidato do PSB à Presidência, Eduardo Campos, disse nesta terça-feira não ter visto problemas na indicação da sua mãe, a deputada Ana Arraes, para o Tribunal de Contas da União (TCU) em 2011 nem de dois primos para o Tribunal de Contas do Estado (TCE) de Pernambuco. Campos, entretanto, defendeu uma reforma constitucional para acabar com os cargos vitalícios no Judiciário. Ele foi o segundo presidenciável a participar da rodada de entrevistas do “Jornal Nacional", da TV Globo. No início da entrevista, Campos foi perguntado se considerava ético — e se não configurava um caso de nepotismo — o comportamento que teve ao articular nos bastidores a eleição de sua mãe para ministra do TCU. — Se a indicação fosse minha, se dependesse da minha nomeação enquanto governador, seria nepotismo. Quero te dizer que fui o primeiro governador a fazer uma lei de nepotismo no meu estado. Ela é funcionária pública de carreira. Elegeu-se deputada por duas vezes. Fez mandatos respeitáveis. A Câmara foi chamada a eleger um parlamentar para uma vaga no Tribunal de Contas. Ela se candidatou. Outros deputados se candidataram. Ela disputou uma eleição com outros deputados. Foi a única mulher que ganhou no voto, com uma votação muito grande e foi ser ministra. Tem feito um trabalho que todos reconhecem como digno e sério — afirmou Campos. O apresentador William Bonner disse a Campos que não estava questionando a competência de Ana, mas sim a sua conduta. O candidato negou que tivesse trabalhado pela eleição da mãe e disse que apenas torceu pela vitória dela. — NA HORA EM QUE ELA SAIU CANDIDATA COM O APOIO DO MEU PARTIDO, SE FOSSE UMA OUTRA PESSOA EU TERIA APOIADO. POR QUE NÃO APOIARIA ELA QUE TINHA TODOS OS PREDICADOS? EU NEM VOTEI. SIMPLESMENTE TORCI — justificou Campos que, ao ser perguntado novamente por Bonner se não via nada de errado em sua conduta nesse episódio, disse simplesmente que não. Sobre os primos indicados para vagas no TCE de Pernambuco, explicou: — Na verdade, eles se candidataram na Assembleia Legislativa em vagas que eram próprias da Assembleia Legislativa. Em seguida, defendeu uma reforma no país específica para o Judiciário: — O Brasil deve fazer uma reforma constitucional para acabar com cargos vitalícios na Justiça. ‘DILMA GUARDA REAJUSTES NA GAVETA’ O socialista também disse na noite desta terça-feira que a presidente Dilma Rousseff (PT) está "GUARDANDO NA GAVETA" os aumentos do preço da energia e do combustível para o período pós-eleitoral. Quando perguntado se não seria certo advertir o eleitor para o fato de que 2015 será um ano difícil, de cortes no orçamento, Campos criticou a condução da política econômica petista. — O ano difícil já está sendo esse (2014). A gente vai ter um crescimento de menos de 1%. O BRASIL PERDEU DE 7 A 1, NO CAMPO, NA COPA, E ESTÁ PERDENDO TAMBÉM DE 7 A 1 FORA DO CAMPO, QUE É SETE DE INFLAÇÃO, COM A PRESIDENTA GUARDANDO NA GAVETA DELA PARA DEPOIS DA ELEIÇÃO O AUMENTO DA ENERGIA E O AUMENTO DO COMBUSTÍVEL, e com menos de 1% de crescimento. Em atos de campanha, Campos tem prometido projetos custoso ao Erário, mas não tem especificado de onde sairá o dinheiro para executá-los. Ele já anunciou que vai dar ESCOLA PÚBLICA EM TEMPO INTEGRAL AOS BRASILEIROS; PASSE LIVRE PARA ESTUDANTES; aumentará os investimentos da Saúde para 10% das receitas União; se esforçará para manutenção do poder de compra do salário mínimo; e multiplicará em 10% o orçamento da segurança pública. Quando perguntado sobre como seria possível conciliar as promessas com a necessidade de corte de gastos, Campos foi vago: — Na verdade, só há uma promessa, que é melhorar a vida do povo brasileiro. A sociedade brasileira tem apresentado, com internet, nas ruas, uma nova pauta, que é a pauta da educação, da saúde, a violência que cresce nos quatro cantos do país — disse o candidato, que completou mais adiante: — Estamos ouvindo técnicos em universidades e estamos, sim, fazendo contas. Para, com um planejamento, em quatro anos, trazer a inflação para o centro da meta, fazer o Brasil voltar a crescer, que esse é um outro grave problema, o Brasil parou. E o crescimento também vai abrir espaço fiscal. Tudo isso com a responsabilidade fiscal macroeconômica. Banco Central com independência, Conselho Nacional de Responsabilidade Fiscal. Gente séria e competente governando, fazendo a união dos competentes, dos bons, o Brasil pode ir muito mais longe. O socialista não citou o custo de suas promessas, mas ressaltou que a inflação não pode ser combatida apenas com taxa de juros. Segundo ele, é preciso ter “COORDENAÇÃO MONETÁRIA, COM A POLÍTICA FISCAL, MAS É PRECISO TAMBÉM TER REGRAS SEGURAS”. — As regras que muitas vezes mudam todo dia no Brasil fazem com que o preço do dinheiro suba. O chamado custo Brasil, a falta de logística que encarece. EX-ALIADO DE LULA A apresentadora Patrícia Poeta questionou o candidato sobre a razão de ele ter abandonado a aliança que tinha com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Patrícia disse que colaboradores do ex-presidente dizem que Campos se afastou da gestão petista, após três anos como ministro, somente para se candidatar. — O senhor o abandonou por ambição? — perguntou a jornalista. — Não se trata ambição, mas de um direito, na democracia. Qualquer partido pode lançar um candidato. Quando você apoiou, não está condenado a apoiar quando não acredita mais naquele governo — disse ele, que emendou: — Já em 2012, enfrentamos o PT em várias cidades, inclusive no Recife. Quando a presidente apoiou o Renan (Calheiros) para o Senado, o PSB apoiou outros candidatos. Nós vínhamos nos afastando do governo, PORQUE ESSE GOVERNO É O ÚNICO QUE VAI ENTREGAR O PAÍS PIOR DO QUE RECEBEU, SEJA NA ECONOMIA, NA SEGURANÇA, NA LOGÍSTICA, NA POLÍTICA EXTERNA. Segundo o candidato, o atual governo não entregou o que foi prometido. — Tantas pessoas votaram na Dilma e se frustraram, pois viram agora um governo que valoriza no seu centro a velha política, deixou a inflação voltar, derreter os empregos. O povo quer alguém que dê solução a isso — disse ele, criticando a polarização entre PT e PSDB na eleição nacional. Campos foi perguntado ainda se não havia contradições na aliança dele com a vice, a ex-senadora Marina Silva, que foi contra a votação do Código Florestal. O PSB de Campos votou majoritariamente a favor dos ruralistas e do projeto. — MARINA NÃO TEM NADA CONTRA O AGRONEGÓCIO. O QUE TEMOS QUE TER É DESENVOLVIMENTO COM RESPEITO AO MEIO AMBIENTE E INCLUSÃO. Diante da insistência dos apresentadores sobre posições antagônicas entre os dois na chapa, Campos disse que isso não existia e que a aliança deles foi feita “EM CIMA DE PROGRAMAS E NÃO DE OPINIÕES PESSOAIS”. — Temos aliança não feita em cima de nossas opiniões, mas de programa. Em entrevista à GloboNews no fim da noite, Eduardo Campos subiu o tom das críticas à presidente Dilma, especialmente na área econômica. O candidato do PSB afirmou que a Petrobras é a única empresa petroleira que, “QUANTO MAIS VENDE, MAIS TEM PREJUÍZO”, e defendeu a criação de um conselho nacional de responsabilidade fiscal para garantir o controle social e transparência nos gastos públicos. Ele afirmou ainda que a petista será a primeira presidente a “ENTREGAR O PAÍS PIOR DO QUE RECEBEU”. Campos defendeu o ex-presidente Lula, dizendo que, ao assumir, em 2003, ele fez um ajuste “CORAJOSO” nas contas públicas e devolveu a confiança ao país, mas que, passada a crise mundial, o Brasil parou: — O que se imaginava era que, passado 2010, o Brasil pudesse ter outra governança, onde houvesse coordenação das políticas macroeconômicas e uma série de reformas. E não houve nada disso, o que frustrou muita gente, ELA SINALIZOU QUE IRIA FAZER DE UM JEITO, E FEZ DE OUTRO. ENTÃO O BRASIL PAROU. EM PRIMEIRO DE JANEIRO, PELA PRIMEIRA VEZ UM PRESIDENTE VAI ENTREGAR UM PAÍS PIOR DO QUE RECEBEU — disse Campos. Ao falar da presença do PMDB nos governos Lula e Dilma, o presidenciável afirmou ter a impressão de que, na gestão de Lula, os aliados eram mais ouvidos e podiam ter maior participação no governo. Tudo isso foi perdido ao longo desses quatro anos de governo Dilma. O ex-governador de Pernambuco defendeu ainda uma governança mais digital, fazendo com que o governo sirva a sociedade, e não o contrário. Segundo Campos, o brasileiro “PAGA UMA DIÁRIA DE CINCO ESTRELAS, MAS SE HOSPEDA NUMA BARRACA DE CAMPING”. Ele defendeu ainda uma reforma previdenciária para criar uma Previdência sustentável, sem se concentrar apenas em ações isoladas que geram distorção. — Acho que a gente precisava ter uma reforma da Previdência que criasse uma Previdência sustentável, mas que não fizesse ações isoladas como foi a ENGENHOCA DO FATOR PREVIDENCIÁRIO, uma ação isolada que gera distorção (O Globo).

terça-feira, 12 de agosto de 2014

ELEITOR: NÃO VOTE NULO, NEM NO MENOS RUIM. NÃO VOTE EM BRANCO, NEM NO QUE ROUBA MAS FAZ. VOTE EM CANDIDATO HONESTO, VOTE EM MARINA SILVA!!!




Ruth de Aquino

Eles são 24%, quase um quarto do eleitorado brasileiro. Tenho simpatia por esse exército de deserdados, órfãos, ou qualquer nome que se queira dar aos 34 milhões de brasileiros aptos a votar, mas dispostos a abrir mão de escolher o próximo presidente. Os dados são da última pesquisa do Ibope, divulgada na quinta-feira. Tenho simpatia, mas, diante da encruzilhada em que se encontra o Brasil, sinto vontade de dizer: escolham um candidato, mesmo que não estejam totalmente convictos, mesmo que tenham de cobrar depois. Sou contra o voto obrigatório, por considerar o voto um direito e não um dever. Mas, se assim é a lei em nosso país, vamos votar em alguém, está combinado? Não cruzem os braços, não sejam meros espectadores, não se apoiem na falsa comodidade de pensar que nada têm a ver com isso que está aí. Numa democracia, somos todos responsáveis, em algum grau, pelos rumos da cidade, do Estado e do país. São vários os sentimentos por trás da vontade de anular ou deixar branco o voto, cara a cara com a urna. Desencanto, revolta, indiferença, impotência, desinformação, desconfiança. Vontade de não se misturar à corja de políticos que só sabem aumentar os impostos e roubar a educação, a saúde, a habitação, o transporte, a segurança. Mentem com desfaçatez. E roubam até dos pobres. SIMPATIZO COM OS NULOS, BRANCOS E INDECISOS, MAS JAMAIS CONSEGUI, NA HORA DE VOTAR, ASSUMIR ESSE “PROTESTO” INÚTIL. LAMENTO QUE O ELEITOR JOVEM TENHA SE AFASTADO, DIANTE DA SUCESSÃO DE ESCÂNDALOS E ALIANÇAS SUJAS NO PARTIDO QUE MAIS PROMETEU ÉTICA NA RECENTE HISTÓRIA POLÍTICA BRASILEIRA. Entre 2010 e 2014, caiu 31% o número de eleitores entre 16 e 18 anos. Por que, Lula? Por que, Dilma? Por que, oposição? É uma questão de agenda, arrogância, credibilidade ou tudo junto? Muitos jovens também se desiludiram com a violência e o vandalismo dos protestos de rua. Protestos que começaram vestidos de branco e terminaram de preto. Numa ditadura, o extremismo se entende. Numa democracia, é patético. Foi covarde e nojenta a repressão policial – de uma truculência e omissão inaceitáveis. Mas os autoproclamados líderes dos protestos afastaram o povo, que não quer um país em chamas. Há quase 142 milhões de eleitores no Brasil. De acordo com a última pesquisa do Ibope, Dilma Rousseff (PT) tem 38%; Aécio Neves (PSDB), 23%; Eduardo Campos (PSB), 9%; outros, 6%. OS NULOS, BRANCOS E INDECISOS SOMAM 24%. Mais que o segundo colocado na disputa para a Presidência. Trinta e quatro milhões de brasileiros, a dois meses das eleições, não têm em quem votar para presidente, por rejeição ou desinteresse. No mundo, somente 37 países têm mais habitantes – não eleitores – que nosso exército de órfãos da política. Esse enorme contingente é valioso para todos os candidatos, porque quem já decidiu dificilmente mudará o voto, a não ser que a campanha revele algo catastrófico. ATÉ AGORA, A DISPUTA ANDA TÃO FRIA NAS RUAS QUE LEMBRA A COPA DO MUNDO. Provavelmente continuará assim, incendiando apenas as redes sociais, que têm estado intragáveis com a invasão dos militantes. CAMPOS, NA ANSIEDADE DE SUBIR PARA DOIS DÍGITOS E CONQUISTAR OS INDECISOS, AFIOU UM DISCURSO DE TERCEIRA VIA, PELA EDUCAÇÃO EM TEMPO INTEGRAL EM TODAS AS CLASSES SOCIAIS, E AFIRMOU: “OS ÚNICOS QUE NÃO GOVERNARÃO COM RENAN, SARNEY E COLLOR SOMOS NÓS, MARINA E EU”. A nova classe média, cortejada pelo PT, anda ressabiada. Segundo uma pesquisa do Data Popular, 32% da classe C acha desesperadora a situação. Para 69%, está difícil pagar as contas de manutenção da casa e de comida. Com malabarismos, a classe C tenta fazer o gasto caber no orçamento. Um exercício que o governo ignora. Os gastos públicos aumentam sem parar. O Planalto sabe que o povão não lê nada sobre economia, e muitos nem recebem conta de luz. Se você não quiser ou não puder apagar a luz e se mudar do Brasil, pense bem antes de votar nulo ou branco. Informe-se e decida. É aqui, neste país onde crescem os filhos e os netos, que as mudanças precisam acontecer. Todos os candidatos sabem disso. Tanto que os três prometem mudar. NÃO DÁ PARA CONVIVER COM ESSE NOTICIÁRIO ESCABROSO DE ROUBALHEIRA OFICIAL, escolas depredadas e sem professores, hospitais sem higiene, sem leitos, sem equipamento e sem médicos, barracos sem sistema de esgoto, mares e lagos poluídos, assaltantes e PMs que matam e estupram. É NOCIVO PARA A SAÚDE VER COMO O BRASIL MALTRATA OS HONESTOS E ENRIQUECE LARÁPIOS. VOTE EM DILMA. VOTE EM AÉCIO. VOTE EM CAMPOS. MAS VOTE MESMO, NA HORA DA VERDADE.


PITACO DO BLOG CHUMBO GROSSO: - ORA, SE A ESQUERDA NÃO PRESTA E A DIREITA NÃO EXISTE, POR QUE NÃO TENTAR UMA COISA NOVA?!?!?! QUALQUER COISA É MELHOR DO QUE ESSES BANDIDOS QUADRILHEIROS QUE ESTÃO NO PODER. TEMOS QUE LUTAR É CONTRA ESSA BANDIDAGEM QUE ESTÁ AÍ,  LAMBENDO A RAPADURA, DESTRUINDO A ECONOMIA E NOS ROUBANDO TODOS OS DIAS. NO DIA QUE OS ELEITORES QUE ANULAM VOTOS, QUE VOTAM EM BRANCO OU VÃO PARA A PRAIA NO DIA DE VOTAR MUDAREM DE COMPORTAMENTO E IREM ÀS URNAS, MARINA SILVA SERÁ VICE-PRESIDENTA DO BRASIL. OS FUNDAMENTOS DE MARINA SE RESUMEM NA SUA MORAL INDIVIDUAL E NA COMPROVADA ÉTICA PÚBLICA. NA POLÍTICA, MARINA É UMA CANDIDATA ALTAMENTE HONESTA. ATÉ PORQUE, HONESTIDADE NÃO SE PROMETE, SE PRATICA!!!  

SÓ O PT SUPERA O PT: O DOLEIRO DA OPERAÇÃO LAVA-JATO, FUNCIONAVA COMO PENICO DA MÁFIA PETRALHA








É um clássico. As organizações mafiosas caem com maior rapidez quando alguém de dentro decide contar tudo. O que se vai ler nesta reportagem é justamente a história de alguém que, tendo participado do núcleo duro da quadrilha que girava em torno do doleiro Alberto Youssef, pego na Operação Lava Jato, da Polícia Federal, resolve contar tudo o que fez, viu e ouviu. MEIRE BONFIM POZA participou de algumas das maiores operações do grupo acusado de lavar 10 bilhões de reais de dinheiro sujo, parte desviada de obras públicas e destinada a enriquecer políticos corruptos e corromper outros com o pagamento de suborno. MEIRE POZA viu malas de dinheiro saindo da sede de grandes empreiteiras, sendo embarcadas em aviões e entregues às mãos de políticos. Durante três anos, MEIRE manuseou notas frias, assinou contratos de serviços inexistentes, montou empresas de fachada, organizou planilhas de pagamento. Ela deu ares de legalidade a um dos esquemas de corrupção mais grandiosos desde o mensalão. MEIRE sabe quem pagou, quem recebeu, quem é corrupto, quem é corruptor. Conheceu de perto as engrenagens que faziam girar a máquina que eterniza a mais perversa das más práticas da política brasileira. MEIRE POZA era a contadora do doleiro Alberto Youssef — e ela decidiu revelar tudo o que viu, ouviu e fez nos três anos em que trabalhou para o doleiro. Nas últimas três semanas, a contadora prestou depoimentos à Polícia Federal. Ela está ajudando os agentes a entender o significado e a finalidade de documentos apreendidos com o doleiro e seus comparsas. Suas informações são consideradas importantíssimas para comprovar aquilo de que já se desconfiava: Youssef era um financista clandestino. Ele prospectava investimentos, emprestava dinheiro, cobrava taxas e promovia o encontro de interesses entre corruptos e corruptores. Em outras palavras, usava sua estrutura para recolher e distribuir dinheiro e apagar os rastros. Entre seus clientes, estão as maiores empreiteiras do país, parlamentares notórios e três dos principais partidos políticos. Os depoimentos da contadora foram decisivos para estabelecer o elo entre os dois lados do crime — principalmente no setor tido como o grande filão do grupo: A PETROBRAS. As empreiteiras que tinham negócios com a estatal forjavam a contratação de serviços para passar dinheiro ao doleiro. Nas últimas semanas, MEIRE POZA forneceu à polícia cópias de documentos e identificou um a um os contratos simulados e as notas frias, como no caso da empreiteira Mendes Júnior que nega ter relacionamento com o doleiro. Os corruptores estão identificados. A identificação dos corruptos está apenas no início. A polícia já sabe que, para garantirem contratos na PETROBRAS, as empresas contribuíam para o caixa eleitoral de partidos ou pagavam propina diretamente a políticos — os mesmos que controlam cargos na administração pública e indicam diretores de empresas estatais. Quem são eles? VEJA localizou a contadora MEIRE POZA. Em uma entrevista exclusiva, ela revela que tem gente do "PT, do PMDB e do PP" envolvida com os negócios clandestinos de Youssef. "Havia um fluxo constante de entrada e retirada de malas de dinheiro em pelo menos três grandes empreiteiras", disse a contadora. Segundo ela, além de buscar e entregar o dinheiro pessoalmente, Youssef se ocupava de fortunas vindas de paraísos fiscais e da sua distribuição aos integrantes da lista de "beneficiários". MEIRE relata que encabeçavam a lista cinco parlamentares. Eles recebiam pagamentos em dinheiro vivo, diretamente das mãos do doleiro ou por meio de depósitos bancários que a própria contadora fazia. "Fiz muitos pagamentos, não diretamente na conta dos políticos, mas para os familiares deles". Dois dos integrantes da lista de Youssef respondem a processo no Conselho de Ética da Câmara dos Deputados — o ex-petista André Vargas e Luiz Argôlo (ex-PP, hoje no Solidariedade). Ambos já tinham aparecido nas investigações como usuários dos serviços clandestinos do doleiro. A parceria, porém, é muito mais profunda. Em abril passado, VEJA revelou que Vargas havia formado uma sociedade com o doleiro para fraudar contratos no Ministério da Saúde. Um negócio que, segundo o próprio Youssef, representaria a "INDEPENDÊNCIA FINANCEIRA" do deputado. O envolvimento de Vargas com Youssef ficou conhecido quando se soube que ele usou um jatinho pago pelo doleiro para fazer uma viagem de férias com a família — um inocente presente de amigo. O presente, descobre-se agora, não tinha nada de inocente. MEIRE conta que, em dezembro passado, André Vargas ajudou Youssef a lavar 2,4 milhões de reais por meio de uma empresa do Paraná. Como retribuição pelo serviço, o doleiro usou parte desse dinheiro, 115 000 reais, para fretar o jato que levou Vargas para as férias na Paraíba, em janeiro deste ano. O deputado destacou o irmão, Leon Vargas, para cuidar da operação. Lembra MEIRE: "Tenho várias mensagens trocadas com ele combinando o contrato. Depois que o dinheiro caiu na conta, o Beto (Youssef) mandou pagar o aluguel do jato e outras despesas do deputado". Uma das figuras mais assíduas do escritório de Youssef era o deputado Argolo, que, segundo MEIRE, também era sócio do doleiro em negócios na área de construção. Antigo colega de partido de Argôlo, o ex-ministro Mário Negromonte era cliente do esquema: "O irmão dele, o Adarico, trabalhava com a gente transportando as malas, levando e buscando dinheiro nas construtoras". MEIRE confirma que Alberto Youssef depositou 50 000 reais na conta do senador Fernando Collor a pedido de Pedro Paulo Leoni Ramos, um ex-assessor do ex-presidente também envolvido com a quadrilha. "O Beto guardava esses recibos como troféu." Segundo ela, outro conviva era o deputado CÂNDIDO VACCAREZZA (PT-SP), que contou com a ajuda de Youssef para quitar dívidas de campanha: "Um assessor do VACCAREZZA me procurou em 2011 para apresentar um negócio com fundos de pensão no Tocantins". MEIRE guarda uma relação de números de contas bancárias de parentes e assessores de políticos que receberam dinheiro do doleiro. "O Beto era um banco de dinheiro ruim. As empreiteiras acertavam com os políticos e ele entrava para fazer o trabalho sujo, levando e trazendo dinheiro, sacando e depositando. Tinha a rede de empresas de fachada para conseguir notas e contratos forjados", diz. Um dos botes mais ousados de Youssef, segundo ela, tinha como alvo prefeituras comandadas pelo PT. O doleiro pagava propina de 10% a cada prefeito que topasse investir em um fundo de investimento criado por ele. "E era sempre nas prefeituras do PT. Ele falava que, onde tivesse PT, a gente conseguia colocar o fundo." ANDRÉ VARGAS era considerado um parceiro fiel. O deputado estava empenhado em fazer com que dois fundos de pensão de estatais, o Postalis (dos Correios) e a Funcef (da Caixa Econômica Federal), injetassem 50 milhões de reais em um dos projetos do doleiro. MEIRE conta que Youssef chegou a viajar para Brasília para acertar o aval do PMDB ao negócio. Segundo ela, o doleiro teria tratado do assunto até com o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL). Era do PP, porém, que Alberto Youssef tirava a maior parte de seus lucros, principalmente os oriundos das transações que envolviam a PETROBRAS. Velho conhecido dos parlamentares do PP, Youssef comandou no início deste ano uma operação milionária de interesse do partido. A contadora narra que, numa tarde de sexta-feira, foi chamada à sala do doleiro.  "MEIRE, entraram 5 milhões no partido. A gente precisa tirar 4,5 milhões lá de dentro. Eu preciso que você emita três notas de 1 milhão e meio". Eu falei: "Logo em ano de eleição você vem me pedir um troço desses?"" As empreiteiras prestadoras de serviço à PETROBRAS eram, segundo MEIRE, protagonistas dos negócios. "Uma parte dos recursos que chegavam da OAS era para caixa dois dos político. O dinheiro era todo entregue ao Beto, e só ele separava o que saía para os políticos e o que era negócio da empreiteira", diz MEIRE. A contadora lembra que, em janeiro deste ano, foi convidada pelo doleiro a fazer uma visita à sede da companhia. "Quando entrei no carro, ele me disse: "Vou ali na OAS para entregar isso aqui" — e apontou para o banco de trás do carro. Quando eu olhei para trás, tinha uma mala no banco. Eu tomei um susto, nunca tinha visto tanto dinheiro junto", relata MEIRE. Outra construtora que recorria aos serviços do doleiro era a Camargo Corrêa. A parceria tinha relação direta com a atividade do ex-diretor da PETROBRAS PAULO ROBERTO COSTA. "A Camargo era um esquema exclusivo de dinheiro das comissões do PAULO ROBERTO COSTA. O dinheiro que entrava nesse esquema de pedágio era uma coisa que não dava para controlar. Eram malas e malas de dinheiro", afirmou. Todos os envolvidos negaram a VEJA manter qualquer relação com o doleiro. Por que razão MEIRE POZA decidiu contar tudo e se autoincriminar? Ela explica que demorou algum tempo para entender a natureza clandestina das operações de Youssef. A ficha só teria caído para ela quando recebeu ordens de Youssef para fazer um contrato pelo qual a empreiteira Mendes Júnior pagaria 2,6 milhões de reais à GFD Investimentos, de propriedade do doleiro, a título de consultoria sobre a viabilidade de plataformas de petróleo. "A GFD só tinha que fornecer os contratos." A contadora relata que tem sido procurada por pessoas que se dizem representantes das empreiteiras. Essas pessoas invariavelmente prometem ajuda financeira em troca de seu silêncio. De outros integrantes do esquema menos sutis ela recebeu o conselho de "SUMIR DO MAPA". Diz MEIRE: "Depois da operação, me ligou um advogado dizendo que iria cuidar de tudo. As empreiteiras queriam saber o que eu sei para ver até onde a água ia chegar nelas". Falharam todas as tentativas: "Tentei sair do esquema três vezes, e a reação deles não foi nada boa. Essa decisão foi muito pensada. Estou colaborando com a polícia para esclarecer tudo o que eu puder. Se tiver que responder pelo que fiz, eu vou responder". Com uma testemunha-chave tão vital e disposta a ajudar, será um mistério se a Operação Lava Jato não ajudar a limpar parte da corrupção no Brasil (Toda essa ladroagem tá explícita para quem quiser ler  no Blog do Rafael Brasil. Se for mentira que seja  chamado na grande o gordinho de Caetés - A manchete e a imagem não fazem parte do texto original).