Onde teria ido parar, a esta altura dos acontecimentos, a imensa
questão da saída ou da permanência de Michel Temer na Presidência da República,
esse drama de quinta categoria em que todos representaram o papel de palhaços,
a começar pelo público pagante? Tirar Temer para colocar em seu emprego o
presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, ou algum outro gigante da
política nacional, sempre foi uma das piadas mais prodigiosas que a vida
pública brasileira já conseguiu produzir em toda a sua história de país
subdesenvolvido. Ninguém, em nenhum momento, conseguiu encontrar um único fato,
por mais miserável que fosse, capaz de mostrar alguma diferença para melhor
entre o cidadão que queriam enfiar no Palácio do Planalto e o cidadão que
queriam despejar de lá. RODRIGO MAIA? NESSE CASO, POR QUE NÃO O EMPRESÁRIO
JOESLEY BATISTA? EM TERMOS DE QUALIFICAÇÃO, SERIA TUDO A MESMA COISA; aliás, seria a mesma coisa com praticamente qualquer homem público
brasileiro hoje em atividade. Muito se falou, também, sobre “eleições diretas”
e outros disparates. Mas no mundo real nunca aconteceu nada. Lula, o PT e a
“esquerda” gritam “fora Temer” em nome da honestidade ─ e como alguém poderia
levar a sério uma coisa dessas? É uma oposição subnutrida em números, sem gente
nas ruas e em estado de coma moral. Não derruba nem um síndico de prédio.
Tem sido um sinal de realismo, a propósito, que todo o monumental
terremoto armado em torno dessa história esteja preso até agora no cercadinho
dos políticos, comunicadores e elites em geral ─ mais, naturalmente, as
multidões de parasitas que se organizam para tirar dinheiro do Erário. NA POPULAÇÃO, AO LONGO DESSE TEMPO
TODO, A ÚNICA REAÇÃO NOTADA É UMA QUASE COMPLETA INDIFERENÇA ─ OU O DESPREZO
POR TODOS OS ENVOLVIDOS.É O QUE MERECEM. O assunto todo, no momento, só sobrevive através de espasmos de
cachorro atropelado, como descreveria Nelson Rodrigues ─ o procurador vai fazer
mais isso, o procurador vai tentar mais aquilo, o relator vai, o delator não
vai, a presidenta do STF vai e não vai. E a comissão? E o plenário? E o quórum?
A mídia acha tudo isso importantíssimo. Os cientistas políticos garantem o fim
do mundo a cada quinze minutos. Michel Temer, enfim, continua sendo o
ex-presidente que já é há tempos. Paga pelo que fez. Há quinze anos, ou sabe-se
lá quantos, vive para servir o ex-presidente Lula e o PT, e para servir-se de
ambos. Os grandes amigos de ontem e inimigos de hoje lhe deram de presente o
cargo de vice. Em compensação, deram-lhe também o desastre que vinham
construindo desde que assumiram o comando do país, em 2003 ─ O GOVERNO TEMER, NO FIM DAS CONTAS, É
APENAS A SEGUNDA PARTE DA CALAMIDADE QUE FOI O GOVERNO DILMA ROUSSEFF. A VIDA É
DURA. NÃO DÁ PARA SER VICE DE DILMA E ACABAR BEM.
O fato é que, com Temer, Maia ou o rei da Bessarábia, não há a mais
remota possibilidade de melhorar coisa nenhuma em qualquer dos 100 principais
problemas NA VIDA PRÁTICA DO
CIDADÃO deste país. Como seria
possível, se as disputas na política brasileira continuam sendo apenas uma
briga interna de quadrilhas cujo propósito comum é saquear o Tesouro Nacional?
Brigam unicamente porque querem uma parte maior que a parte do inimigo. A
aprovação das reformas propostas pelo governo tem sido um avanço, sem dúvida, e
a administração da economia passou a fazer sentido após treze anos e tanto de
demagogia, rapina e demência. Mas isso tudo, até agora e sabe-se lá por quanto
tempo ainda, é muito mais uma tentativa de sobrevivência do que um progresso
real, consistente e duradouro. No dia a dia, e no mundo das coisas como elas
são, o que se tem é a guerra pelo controle dos pontos de tráfico ─ a exemplo do
que acontece nos morros, onde os bandidos brigam pelos pontos de droga, os
políticos brigam pelos pontos de poder. No momento, aliás, muitos brigam apenas
para sobreviver. Enquanto se falava no fim de Temer, a realidade trouxe a
primeira sentença de condenação para Lula; FICAR FORA DA CADEIA, DESDE ENTÃO, PASSOU A SER O
SEU OBJETIVO MÁXIMO, E PARA O PT, QUE NÃO VIVE SEM ELE, TORNOU-SE UMA QUESTÃO
DE VIDA OU MORTE. Se ficarem vivos, seu
“projeto político” mais precioso será lutar pelo “financiamento público” das
campanhas eleitorais, talvez o maior ato de escroqueria já tentado na história
do Brasil. Aí se poderá ver, precisamente, o buraco em que estamos: OS MAIORES ALIADOS DO PT NESSE GOLPE SÃO
SEUS MAIORES INIMIGOS. É onde todos, do extremo
Lula ao extremo Temer, vão se encontrar: no“fundo partidário”. O resto é
conversa. (ViaAugusto Nunes).
MAIOR REVELAÇÃO DA
POLÍTICA BRASILEIRA DOS ÚLTIMOS TEMPOS, O PREFEITO DE SÃO PAULO DEIXA PARA TRÁS OS
VELHOS HÁBITOS DO PODER, FOCA NA GESTÃO DE RESULTADOS, PASSA A SER REVERENCIADO
DENTRO E FORA DO BRASIL E SE CONSOLIDA COMO O ANTI-LULA. SUA TRAJETÓRIA
ASCENDENTE NOS ÍNDICES DE PREFERÊNCIA DO ELEITORADO O CREDENCIA A QUALQUER
COISA EM 2018
Carlos José Marques e Germano Oliveira
Aconteceu de novo há alguns dias. João Doria, O
POLÍTICO SENSAÇÃO DOS ÚLTIMOS TEMPOS, percorreu a passos milimétricos o
longo circuito de embarque do aeroporto de São Paulo para mais uma viagem
internacional. Desta vez à China, onde estaria com financistas, dirigentes
estatais, prefeitos de províncias como Xangai (também conhecida como Shanghai)
e empresários. Cena inusual: o alcaide de São Paulo teve que parar a cada pequeno
avanço, tamanho o número de cumprimentos a que era submetido. Vários ali
queriam parabenizá-lo, ROGAR SEU NOME A CANDIDATO
PRESIDENCIAL, INCENTIVÁ-LO À DISPUTA. A cena se repetiu no avião. Na
escala em Dubai. E mesmo do outro lado do mundo, em terras orientais, nas quais
foi recebido com tapete vermelho e faixas de boas vindas, tal qual um chefe de
Estado. Desde que assumiu, com rotineira frequência, Doria é ovacionado por
onde passa, enquanto seus pares ouvem apupos. Tiram selfies com ele, o beijam,
o abraçam. Doria foi convertido em um verdadeiro avatar da sorte na
administração pública, UM POP-STAR DA POLÍTICA, ramo
de atuação que anda mais em baixa que o de ladrão de galinhas. Aos olhos dos
brasileiros ele tem se diferenciado por exibir um novo jeito de governar – mais
em sintonia com os anseios de MORALIDADE,EFICIÊNCIA E SERIEDADE
almejados pela população nos dias de hoje. Em poucos meses de mandato na
prefeitura da maior cidade brasileira, Doria virou o jogo. Coleciona epítetos
de bom gestor, reconhecimentos, apoios. Segue, como nenhum outro, em alta para
as eleições de 2018. EM TODAS AS PESQUISAS É
APONTADO COMO O DE MENOR REJEIÇÃO. Uma espécie de sobrevivente designado
em um ambiente infestado de candidatos corruptos, parlamentares encrencados e líderes
metidos em esquemas escabrosos. Dentro do próprio ninho tucano peessedebistas
de carteirinha admitem não ter como frear a onda Doria.
E seria de fato um tremendo erro. O empresário-apresentador, que entrou
no Executivo pela porta da frente e projetou-se como um outsider das corriolas
fisiológicas, transformou-se numa ALTERNATIVA VIÁVEL fora das velhas e desgastadas panelas de
conchavos dos políticos de sempre. Seus potenciais adversários dentro do PSDB,
o senador Aécio Neves, o governador Geraldo Alckmin e o ex-ministro José Serra
foram ou estão sendo abatidos a golpes de escândalos, que vão de desvios em
obras do metrô do Estado a participação nas tramoias da Lava Jato. Alckmin,
criador da criatura, viu seu pupilo ir muito além dele na preferência popular –
embora tenha tido seu nome testado em escrutínio presidencial, com propaganda
nacional intensa para se eleger. Sem sucesso. Doria hoje, antes de entrar em
campo, já se posiciona à frente de Aécio e Alckmin nas pesquisas e só uma
disposição insana de repetir propostas do passado levaria a esquadra tucana a
desconsiderar esse cenário. Analistas e cientistas políticos concordam sobre o
diagnóstico: as ambições de cada um no PSDB não podem – ou não deveriam – se
sobrepor às chances efetivas de levar a disputa de 2018 com um candidato que
mostrou grande poder de convencimento nas urnas e que galgou prestígio de
maneira acelerada em vários segmentos. “SE DORIA
CHEGAR NO COMEÇO DO ANO QUE VEM COM 20% E ALCKMIN SE MANTIVER NOS ATUAIS 7%, QUERO VER QUEM NO PARTIDO
VAI ESCOLHER O GOVERNADOR”, diz um dirigente tucano. Nesse contexto,
seria na verdade um ato de grandeza política do governador paulista o recuo de
suas pretensões, cedendo espaço e abençoando a ascensão do apadrinhado. A data
para o gesto, inclusive, já está definida. Em conversa na última semana, o
senador Tasso Jereissati (CE) acertou com Alckmin que o presidenciável do PSDB
será escolhido até o mês de dezembro. TUDO CONVERGE
PARA DORIA. Em evento com empresários na quinta-feira 3 em Curitiba, o prefeito
de São Paulo foi paparicado como se já fosse o candidato a presidente do
partido.
REFUNDAÇÃO
Os arquirrivais Aécio e Serra aquiesceram e sinalizam
simpatia pela escolha do novo fenômeno como a melhor opção. Tudo em prol de um
projeto ideológico e do partido, que teve sua imagem amarrotada e hoje é
considerado tão permissível a falcatruas como os demais. Para o PSDB, que agora
tem DORIA COMO ESTRELA FULGURANTE, é vital a retomada do poder para recuperar o prestígio que
deixou escapar entre os dedos, de maneira seguida, nas quatro últimas eleições
presidenciais. Em carta divulgada na última semana, economistas ligados ao
PSDB, como Edmar Bacha, Gustavo Franco e Elena Landau, clamaram por uma espécie
de “REFUNDAÇÃO DO PARTIDO”. Se a ideia é retomar os princípios que levaram à
criação da legenda, hoje quem melhor os personifica é Doria, na avaliação de
tucanos emplumados. “Alckmin, Aécio ou Serra perderam o discurso da ética. Só
vai ganhar quem não estiver envolvido nessas confusões”, concorda a diretora do
Ibope, Márcia Cavallari.
Na oposição um pacto destinado a poupar Alckmin de ataques,
fechando temporariamente os olhos às denúncias que o cercam, foi acertado. A
avaliação predominante entre os quadros do PT, PSOL, Rede e agregados é que
Alckmin constitui uma opção mais fácil de ser abatida, uma vez que ele estaria
tão comprometido quanto os demais em acusações de irregularidade, o que lhe
tira o discurso da ética. DORIA, POR SUA VEZ, NÃO POSSUI TELHADO DE VIDRO NESSA SEARA E É
TEMIDO POR DECLARAÇÕES BELICOSAS E DE INDIGNAÇÃO QUE LANÇA CONTRA OS MALFEITOS
DE SEUS RIVAIS. Em uma reunião recente da cúpula petista, a trégua de ataques ao
nome Alckmin e o temor sobre a ameaça Doria foram discutidas. Ali ficou
acertada a estratégia: BLINDAR O PRIMEIRO E DESACREDITAR O SEGUNDO.
Por declarações, atitudes e resultados, Doria já se
converteu, na essência e na prática, no anti-Lula. Representa a figura que se
opõe a todos os equívocos e hábitos abomináveis de administração que deitaram
raízes no País, especialmente na era de mando do cacique petista. Moldou um
conceito de atuação e discurso com foco em Lula, como adversário preferencial,
praticamente quebrando paradigmas. “EU SOU O ANTI-LULA POR FORMAÇÃO. E PARA ISSO NÃO PRECISO SER
CANDIDATO EM 2018. SER CONTRA LULA É SER A FAVOR DO BRASIL”, disse João Doria à ISTOÉ, em seu
gabinete na prefeitura de São Paulo. Até então, boa parte da classe política
evitava confrontar aquele que era tido como mito entre seus pares. Ninguém
ousava lançar farpas sobre ele. Doria, ao contrário, não se intimidou. Desde os
seus primeiros movimentos, ainda em campanha, chamava Lula de “VAGABUNDO”.
Apontava o dedo o acusando de ter destruído o País. Alertou,
em várias ocasiões, para as manobras matreiras e nada republicanas do líder
petista. Quando recebeu de Lula o troco, com a alegação de nunca ter
trabalhado, Doria não se fez de rogado. Voltou à ofensiva. Mostrou a carteira
de trabalho com vários registros e ainda tachou o rival de “COVARDE” e “MENTIROSO”.“O LULA TRABALHOU OITO ANOS NA VIDA E TEM APOSENTADORIA,
TRÍPLEX, FAZENDINHA, SITIOZINHO E É POR ISSO QUE CADA VEZ QUE VEJO ESSE SEM
VERGONHA FALAR MENTIRA NA TELEVISÃO EU PONHO MAIS UMA HORA DE TRABALHO E DEDICO
A ELE”.
O tom ácido de suas falas muitas vezes vem acompanhado de
fina ironia. “CURITIBA É APRAZÍVEL. OS PETISTAS SABEM DISSO. FREQUENTAM COM
CONSTÂNCIA E ALGUNS ESTABELECERAM ENDEREÇO FIXO POR LÁ”, tripudiou em certa ocasião, fazendo
referência aos presos da Lava Jato. Disse, inclusive, que visitaria Lula em
Curitiba. Sobre os resultados alcançados pelo governo petista, Doria fez troça:
“Durante os 13 anos de Lula e Dilma, eles só conseguiram fazer duas reformas: a
do TRÍPLEX e a do sítio de ATIBAIA”. Por convicção ou faro político,
Doria acertou em cheio no seu alvo. Ele não anseia a prisão de Lula. Quer
derrotá-lo nas urnas. Diz que não se trata de benevolência, mas de pragmatismo.
No seu entender, LULA PRECISA SER JULGADO PRIMEIRO PELO POVO PARA DEPOIS SOFRER AS
CONDENAÇÕES DA JUSTIÇA. Do contrário vira vítima e vai tentar mobilizar a sociedade com
a velha ladainha do golpe. É munido de sarcasmo que Doria apela: “DEIXEM LULA CONCORRER E SER
DERROTADO. É ASSIM QUE ELE TEM DE ENTRAR PARA A HISTORIA”. Na sua metralhadora giratória, não
poupa ninguém. Outro dia foi o ex-ministro, Ciro Gomes, do PDT, também
presidenciável, quem experimentou o poder de sua ira. Ao ser chamado de
“farsante” respondeu dizendo que o cearense estava com a saúde mental abalada.
Nenhum ataque fica sem revide. Outro dia, durante discurso em um quase comício,
ouviu um manifestante chamá-lo de “golpista”. Indignado, mandou o rapaz
procurar a turma em Curitiba. “GOLPISTA É QUEM ROUBA COMO OS PETISTAS”, esbravejou.
A virulência de seus rompantes agrada e mobiliza adeptos.
Doria consegue, com essa postura, verbalizar muito da indignação que prevalece
entre os brasileiros. Daí, talvez, ele galvanizar as atenções de hordas de
eleitores nas mais recônditas localidades do País. Já entrou para os anais as
condecorações, comendas e chaves como Cidadão Honorário que recebeu de ao menos
oito capitais ao longo deste ano, mostrando que sua popularidade ultrapassou em
muito as cercanias paulistas. Nesta segunda-feira 7, inclusive, o tucano
receberá o título em Salvador e, no próximo dia 18, em Fortaleza. Enquanto
perdura a crise, Doria vai angariando projeção nacional na base da eficiência.
Seu conceito de “PREFEITAR” virou “benchmarking”. Na prática,
muitos políticos aspirantes ao poder, em qualquer nível, passaram a mirar o
modelo Doria, a copiar seu estilo e a colar na sua imagem. Estão indo às ruas
de pá e enxada para mostrar serviço, incorporaram a ideia da privatização em
escala e do saneamento nas contas públicas. Mandam mensagens e telefonam de
várias partes do País. Querem entender a fórmula. No gabinete do prefeito, diariamente,
são registradas solicitações de dicas e informações vindas de municípios do
Amapá, Piauí, Pará, Rondônia, Bahia, Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul,
Goiás e Paraná, em grande quantidade.
Desde criança, Doria acompanhava o pai João Doria (ao
lado) em seu local de trabalho, uma agência de publicidade. A convivência dos
dois precisou ser interrompida por quase dez anos porque o pai, então deputado
federal, foi forçado a se exilar em Paris em razão do golpe militar no Brasil,
contra o qual se rebelou. O pai morreu em 2000. Outra inspiração para Doria foi
o ex-governador Mário Covas, falecido em 2001. Covas é seu modelo de político
honesto e trabalhador. O entorno mais próximo do prefeito também está empolgado
com o seu modo de comandar. “OS VEREADORES, POR EXEMPLO, ESTÃO
CONTAGIADOS”, diz a parlamentar Rute Costa, do PSD. “SEGUIR ELE
PEGA BEM”, endossa o peemedebista Ricardo Nunes. O empresário Flávio Rocha,
presidente da Riachuelo, a segunda maior rede de moda do País, acha que a
candidatura de João Doria a presidente em 2018 seria não apenas “MUITO
PLAUSÍVEL” como REPRESENTARIA “A MELHOR COISA QUE PODERIA ACONTECER AO BRASIL”. Doria parece ser de fato uma figura
capaz de arrebatar ânimos. Em várias frentes. Inclusive na religiosa.
Católicos, espíritas, umbandistas e, em número significativo, evangélicos.
Quatro grandes líderes do segmento já declinaram apoio a ele. Pastores como
Silas Malafaia e Valdemiro Santiago apontaram o tucano como a solução para o
País. “Faria um bem danado a nós”, afirma Malafaia. “Tiro o chapéu de vaqueiro
(sua marca registrada) para o católico Doria. Ele é exatamente o que o Brasil e
o mundo precisam”, reforçou Santiago, meses atrás, durante ato da Igreja
Mundial do Poder de Deus, enquanto as câmeras de TV da congregação enquadravam
fiéis às lágrimas gritando aleluia. “FUI O PRIMEIRO A PROFETIZAR QUE ELE SERIA PREFEITO E, SE
FIZESSE UMA BOA ADMINISTRAÇÃO, TERIA TUDO PARA SER PRESIDENTE DESSA NAÇÃO”, reivindica Ezequiel Pires, líder da
Catedral da Bênção.
LEI DO SILÊNCIO
Hábil articulista, no plano da promoção pessoal Doria se coloca
como o “NOVO” contra os velhos personagens de sempre. No tabuleiro de
adversários potenciais, os concorrentes à alternativa Doria seriam na verdade
outsiders como ele que ainda não apresentaram as cartas. Nomes como o do
ministro Henrique Meirelles, o do presidente do TSE, Gilmar Mendes, e de seu
colega de magistrado, Joaquim Barbosa, estão no páreo. Há uma contradição
latente entre o desejo mal velado de concorrer e a necessidade que Doria expõe
como vital de ser bem aceito por quem, como ele, postula a vaga no partido. A
avalanche de preferência que se coloca a seu favor curiosamente o assustou. Ele
teme melindrar a relação com aliados e recentemente determinou uma espécie de
lei de silêncio sobre 2018. Defende-se dizendo que não faz proselitismo. “TENHO QUE PREFEITAR”, esquiva-se. Sabe que a fogueira das
vaidades nesse ambiente pode ser um veneno mortal e por precaução adotou a
tática da defesa. As circunstâncias, evidentemente, são favoráveis ao seu nome.
DORIA É UM CANDIDATO PRET À PORTER, FEITO SOB MEDIDA, PARA
ESSA ELEIÇÃO. DEIXOU DE SER UM ENIGMA E SE PREPAROU ARDUAMENTE PARA A FAÇANHA
DO GRANDE ENFRENTAMENTO CONTRA LULA.
É instigante verificar como ele veio erigindo, paulatinamente, a
trajetória de arrancada. Criado e curtido em um ambiente político, onde seu
pai, João Agripino da Costa Doria, foi cassado e viveu exilado por obra e
repressão do regime militar, o jovem Doria mirou desde cedo a atividade pública
como meta. Encaminhado pelas mãos do ex-governador Mario Covas, virou
presidente da Paulistur e a seguir da Embratur. Seu sonho sempre foi resgatar a
missão do pai, bruscamente interrompida, mas primeiramente amealhou sucesso na
iniciativa privada, onde se firmou como grande aglutinador de relacionamentos
empresariais. Criou o LIDE, com mais de três mil associados, que promove
seminários e eventos arrastando participantes renomados de vários setores.
Ganhou muito dinheiro, mas nunca abandonou a ambição da carreira política, tida
por ele quase como uma sina. Impassível e tenaz, mesmo diante dos apelos de
familiares e amigos para desistir do objetivo, seguiu em frente e entrou com o
pé direito, viabilizando-se por conta própria para a prefeitura, sem escala no
Legislativo.
Hoje, a despeito da sua própria ação, O NOME DELE TEM CIRCULADO CADA VEZ COM MAIS FORÇA, DE BOCA EM BOCA,
ENTRE SIMPATIZANTES. O instinto de sobrevivência do PSDB
falará mais alto ao final. Só não pode demorar na definição da linha a ser
traçada para não ficar a reboque dos demais – especialmente da oposição.
Recentemente, a repercussão sobre a propaganda partidária do PSDB, na qual os
caciques falavam em renovação, não foi das melhores. Sem mostrar caras novas –
nem Doria apareceu – ela teria deixado no ar dúvidas sobre o real engajamento
dos comandantes nessa direção. Certamente não irão adiantar promessas que não
venham acompanhadas de uma opção autenticamente fora das velhas saídas. Alckmin
ainda acredita piamente que a sua candidatura tem fôlego. Movimenta-se nos bastidores
para manter a postulação à Presidência.
Doria, por sua vez, avisou que não irá disputar prévias. Ele
teria de ser ungido por preferência da maioria, com indicação direta da
agremiação, ou nada feito. Uma posição bem distinta da que tomou quando concorreu
à prefeitura. Naquele momento encarou uma queda-de-braço com figurinhas
carimbadas do partido e foi escolhido. Saiu a seguir vitorioso ao romper o
cinturão vermelho dos petistas nas localidades menos favorecidas enquanto
arrebanhava, ao mesmo tempo, a quase totalidade dos votos nas classes A e B. CRAVOU UM FEITO LEVANDO PELA PRIMEIRA VEZ NA HISTÓRIA A ELEIÇÃO
NA CAPITAL PAULISTA EM PRIMEIRO TURNO.
Nos salões internacionais suas conquistas têm sido tão ou mais
reverenciadas. Em maio passado, as vésperas de pipocar o escândalo que
devastaria quase toda a classe política – com a delação tsunâmica do empresário
Joesley Batista – Doria recebeu a distinção de “HOMEM DO ANO”, EM NOVA YORK, concedida pela Câmara de Comércio
Brasil/EUA. Em meio ao evento, o creme de la crème da classe produtiva nacional
e figuras de proa do mundo dos negócios globais. Nos elegantes salões da Big
Apple, a plateia saudou o prefeito em êxtase. Bill Rhodes, ex-presidente do
Citibank e ex-secretário de economia dos EUA, disse que Doria trouxe novos ares
ao Brasil. O ex-prefeito de NY, Michael Bloomberg, o classificou como “REFERÊNCIA”. Outro de seus admiradores, o
ex-governador da Califórnia e ator hollywoodiano, Arnold Schwarzenegger, fez
questão de vir a São Paulo cumprimentá-lo pessoalmente com um “HELLO, MR. PRESIDENT”.
O fato é que, em meio à crise, esse aspirante ao Planalto tem
ganho MUITA PROJEÇÃO NACIONAL E INTERNACIONAL. Participa das grandes decisões sobre os rumos do País.
Posicionou-se contra o desembarque tucano da nau de Temer, defendeu as
reformas, reclamou dos juros altos. Desde a eclosão do escândalo da JBS, Doria
participou de mais de 20 encontros nacionais. Enfrentou os chamados “CABEÇAS-PRETAS”
do PSDB, jovens radicais que pregavam o rompimento puro e simples com o governo,
sem plano alternativo. Abriu guerra às drogas, desfazendo o circuito da
Cracolândia no centro da cidade, debaixo de críticas e desconfiança dos
especialistas. Inventou o CORUJÃO DA SAÚDE – TALVEZ O SEU
PROJETO MAIS BEM SUCEDIDO. Conquistou doações do setor privado.
Também com tudo isso reforçou a simpatia e a torcida dos seus eleitores. Doria
sabe onde pisa e a postura de confiança tem lhe aberto portas. O resultado de
suas investidas o credencia a qualquer coisa. A viabilidade de sua candidatura a
Brasília por certo não depende nem mesmo de sua filiação partidária. “O APOIO A DORIA ESTÁ SENDO ORGANIZADO
ALÉM DAS FRONTEIRAS DO PARTIDO”, disse um deputado vinculado ao grupo
de Serra. Ele encontra legenda e entusiasmo ao seu nome inclusive entre peemedebistas,
democratas e outras grandes agremiações. Doria soube entender os anseios
sociais, captou o Zeitgeist – termo alemão usado para designar o “espírito do
tempo”, E QUEM LEVANTAR SEU NOME DEVE SAIR COM VANTAGEM EM 2018.
Às 17h45min de um dia como outro qualquer, apesar do crepúsculo e o brilho do sol poente que deslumbrava no horizonte, em 1955, o ator JAMES DEAN, de apenas 24 anos, MORRIA EM UM ACIDENTE DE CARRO, na Califórnia, quando o seu Porsche que tinha o apelido de “Little Bastard” (“Pequeno Bastardo”), atingiu um Ford Sedan em um cruzamento. O motorista do outro carro, o estudante de 23 anos, Donald Turnupseed, estava atordoado após o acidente, mas, praticamente, sem ferimentos. No trágico dia, o filme VIDAS AMARGAS (1955), estrelado por Dean, era um sucesso nos cinemas. Depois de sua morte, ainda seriam lançando dois filmes póstumos: JUVENTUDE TRANSVIADA (1955) e ASSIM CAMINHA A HUMANIDADE (1956). Apesar de ser jovem e iniciando a carreira, DEAN estava no caminho para o estrelato, e o acidente o transformou em uma lenda. Ele é considerado um ícone cultural, como personificação da rebeldia e angústias da juventude da década de 1950.
Dean viajava para uma corrida de carros em Salinas junto com o seu mecânico, o alemão Rolf Wütherich, que ficou gravemente ferido e, após se recuperar, jamais falou sobre a tragédia. DUAS HORAS ANTES, O ATOR TINHA SIDO MULTADO POR EXCESSO DE VELOCIDADE. Batizado de “O REBELDE DA AMÉRICA” por Ronald Reagan também ator e mais tarde presidente dos Estados Unidos, Dean morreu na hora, em decorrência de várias lesões graves, incluindo uma fratura de pescoço. A beleza e a atitude rebelde, desafiadora e ao mesmo tempo vulnerável e angustiada ajudaram a definir a juventude do pós-guerra.
Dean era um apaixonado por velocidade. Porém, testemunhas alegam que DEAN não estava correndo no exato momento do acidente, e que o outro carro poderia estar rápido. Contudo, o brilho do sol ardente pode ter impedido Turnupseed de ver o Porsche chegando… Talvez não haja no mundo alguém tão simbólico quando se fala em “REBELDIA JUVENIL”. Sua imagem e sua aura de garoto revoltado, flertando com o perigoso mundo marginal, com um cigarro aceso entre os dedos, tornou-se um modelo para gerações mundo afora. E até Michael Jackson se inspirou no ator: a jaqueta vermelha do clipe de BEAT IT é uma referência óbvia ao famoso figurino de DEAN no filme JUVENTUDE TRANSVIADA, seu maior clássico entre os três longas-metragens épicos que estrelou entre 1954 e 1955.
No início dos anos 50, atuou em vários filmes, mas seu estrelato só veio após o estrondoso sucesso alcançado por suas atuações em “Juventude Transviada”, de 1955(o título original do filme denomina-se REBEL WITHOUT A CAUSE, traduzido para o português, REBELDE SEM CAUSA. Só que no Brasil, ele ficou com a denominação de JUVENTUDE TRANSVIADA. Logo em seguida vieram “Vidas Amargas”, de 1955, e “Assim Caminha a Humanidade”, de 1956, tendo os dois últimos lhe valido indicações ao Oscar de Melhor Ator. Sua morte repentina, aos 24 anos, quando seu carro Porsche se chocou com outro veículo, associada ao prestígio obtido por suas ótimas performances em seus últimos filmes, o transformou num dos maiores mitos de Hollywood.
Por muito pouco JAMES DEAN não atuou em um filme de faroeste que já tinha sido o escolhido pelo escritor e diretor Gore Vidal para protagonizar o filme de cawboy UM DE NÓS MORRERÁ no papel de Billy the Kid. Conforme nos conta o cinéfilo Darci Fonseca, Vidal sonhava com James Dean como protagonista. Dean, porém, estava preso às filmagens de “ASSIM CAMINHA A HUMANIDADE” que se prolongaram acima do esperado e PAUL NEWMAN foi então convidado para substituir James Dean. O teleteatro “The Death of Billy the Kid” foi ao ar na noite de 24 de julho de 1955, obtendo êxito de público. Por ser exibida na televisão o ator William Bonney não foi mostrado como homossexual conforme Vidal deixara evidente em seu texto. Em 1957 a Warner Bros adquiriu os direitos de “The Death of Billc the Kid” escalando o roteirista Leslie Stevens para reescrever a peça de Gore Vidal. O WESTERN baseado no teleplay foi intitulado “The Left Handed Gun” (O Pistoleiro Canhoto), recebendo o título brasileiro de “UM DE NÓS MORRERÁ”.
Em janeiro de 1951, Dean tinha decidido abandonar as aulas e entrar totalmente em Hollywood, onde daria seus primeiros passos em representações teatrais exibidas pela televisão, onde dividiu palco com Natalie Wood, sua futura companheira de elenco em “Rebelde sem causa”. Muitos se perguntam o que teria sido de Dean se tivesse vivido mais. Há quem acredite que teria tido uma carreira como a de Marlon Brando ou Cary Grant. Ou que talvez teria optado por se envolver profissionalmente no mundo das corridas de carros que tanto amava. Ou que teria aberto o caminho para muitos ao tornar pública sua suposta homossexualidade. Mas James Dean viveu e morreu de acordo com sua própria filosofia, com frases que entraram para o imaginário de Hollywood como “a gratificação vem ao fazer, não com os resultados”. Além da célebre “sonhe como se fosse viver para sempre e viva como se fosse morrer hoje”. Na época, enquanto o outro rebelde lançou a camiseta também no cinema, quem? MARLON BRANDO!!! Viva os REBELDES!!! Ele, James Dean , também inventou moda: as pessoas usam Jeans porque ele “EXISTE”!!! Não, ele não inventou o Jeans… Mas basicamente lançou no cinema…
Aproveitando a deixa, eis um sucesso Inesquecível, uma música belíssima na linda voz do brasileiro LUIZ MELODIA, intitulada JUVENTUDE TRANSVIADA que tem o mesmo nome do filme do norte-americano JAMES DEAN.
Luiz Melodia faleceu hoje, dia 4 de agosto de 2017.
Andei com dores nos quartos Vejam que situação. Aí me recomendaram Tomar um chá de picão, Eu saí me maldizendo E já fui logo dizendo: Esse diabo tomo não!
Mas o doutor raizeiro Correu logo atrás de mim Me chamou lá num cantinho E já foi dizendo assim: Experimente o tal picão Que a sua situação De dor vai chegar ao fim.
Olhei bem desconfiada Pro vendedor de raiz Foi quando senti de novo Aquela dor infeliz Era uma dor bem profunda Subindo o rego da bunda E atormentando os quadris.
Eu tinha que me render A tal fitoterapia Mas uma dúvida atroz Realmente me afligia Será que o tal picão É cipó ou solução? A gente toma, ou enfia?
Era a dor me consumindo Era bem grande a aflição E tinha que ser do roxo Pra ter efeito o picão Entrei firme no cipó Se a dor de mim não tem dó Não vejo outra solução.
... Texto gentilmente roubado lá do blog JBF de Berto Filho.
O Blog Chumbo
Grosso, na calada da noite, gentilmente, roubou um
vídeo enviado pelo excelente cronista Cícero Tavares
ao Jornal daBesta Fubana(JBF) de Berto Filho da cidade do Recife
– PE. Pois bem!!! Como
relata TAVARES, o Interessante desse
vídeo do humorista Márcio Américo quevem caracterizando o PASTOR
ADÉLIO um picareta que adora pobres,
diferentemente do deputado JUSTO VERÍSSIMO, personagem antológico criado pelo genial Chico Anísio,
que os odiava e tinha nojo. Assistam ao vídeo até o final e sintam a realidade
por trás das palavras proféticas do PASTOR HUMORISTA. O que ele fala é simplesmente um choque de realidade:
nós vamos ser destruídos pela pobreza. O Congresso Nacional é o exemplo cabal e
perfeito dessa sucursal nefasta. DIVIRTAM-SE!!!
O CARA DE PAU E O BOCA SUJA DO LULA, APENAS É O CORRUPTO QUE
MAIS ESCANCAROU E DISSEMINOU A LADROAGEM BRASIL A FORA. SAFADAMENTE, O PT EXPÔS
OS SEUS MÉTODOSDE LADROAGEMATRAVÉS DO MAIOR NÚMERO DE BANDIDOS BARBUDOS
E A FÚRIA ÁVIDA DA CORRIDA AO TESOURO: OS COFRES GORDUCHOS E
ABARROTADOS DE PIXULECOS DAS ESTATAIS... A PETEZADA SAFADA E OS
VERMESCOMUNAS ESTÃO SENTINDO E
MUITOA FALTA DO CHEIRO DE BORRACHA
QUEIMADA E MORTADELA... O LULA E UM DESTES RICAÇOS QUE ATRAVÉS DO SEU TRÍPLEX VIVE DE FRENTE PRO
MAR, TIRA FÉRIAS NOSEU
SÍTIO, POREM, IRONICAMENE, VIVE DE COSTAS PARA O BRASIL.
Pois o Blog Chumbo Grosso,
gentilmente, roubou o título e
o vídeo
abaixo lá
no Blog JBF de Berto Filho, para colocar um pouco de
humor escatológico aos leitores
malassombrados deste blog e prestem atenção nas risadas da criança que valem a pena e compensam
o mau cheiro provocado pelo cagatório oral desse Lapa de milionário ou bilionário.
A extrema-esquerda, com a ajuda
global, preparou a narrativa de que só havia uma coisa a ser feita para quem
tem um pingo de ética: VOTAR “SIM” PELA ABERTURA DA INVESTIGAÇÃO DA DENÚNCIA DO
MINISTÉRIO PÚBLICO DE RODRIGO JANOT CONTRA O PRESIDENTE TEMER. O discurso foi tão envolvente
que muitos ignoraram de onde ele saía: daqueles que nunca ligaram a mínima para
a ética e defendem marginais condenados como heróis. Era o sinal para um pouco
de pausa e reflexão.
Que a acusação tenha partido de
uma conversa claramente armada pelo MAIOR BANDIDO DO PAÍS (DEPOIS DE LULA) que, graças a ela, ficou
totalmente impune, curtindo seus bilhões em Nova York, não vinha ao caso. Que o
processo de denúncia tenha se dado numa velocidade a jato, incomum, fora de
qualquer padrão, tampouco foi abordado. O “Fora Temer” era o único grito de
quem “não defende bandido algum”, E AÍ OS MORALISTAS, NUMA SINUCA DE BICO, TIVERAM
QUE DANÇAR DE ACORDO COM A MÚSICA TOCADA PELO PT E O PSOL.
Mas não era nada disso em jogo, e
qualquer pessoa minimamente atenta sabia disso, não caiu no engodo dos SOCIALISTAS, que teve o apoio da REDE GLOBO e de O
ANTAGONISTA, sabe-se lá por qual motivo. Em jogo não estava ser contra ou a
favor de um corrupto, mas sim não bancar o idiota útil dos golpistas radicais. A CAPA DO GLOBO de hoje demonstra um viés
absurdo, que ignora esse detalhe:
Temer não está livre da Justiça, como pensam muitos e
como parte da imprensa desinforma. Judicialmente o caso não morreu: “E ele pode
ser processado sem o foro privilegiado quando deixar de ser presidente. O caso
seria apreciado com trâmite normal na Justiça comum a partir de 2019”. A QUESTÃO ERA A PRESSA TODA, ESTRANHA, E A OBSESSÃO EM DERRUBAR TEMER, abortando as reformas tímidas em
curso, além de outras medidas, como a asfixia aos sindicatos e aos artistas
engajados, além da mudança nos comandos das estatais. Vários na direita
compreenderam isso, como Paulo Eduardo Martins:
Foi o caso de Luciano Ayan
também, que condenou o voto dos Bolsonaros:
E até mesmo OLAVO DE CARVALHO é de opinião contrária àquela
dos moralistas jacobinos, que cederam à pressão da extrema-esquerda:
Ou seja, não foi por “AMOR” a Temer, e sim por ÓDIO ao PT e por saber o que estava
em jogo que tanta gente à direita, intransigente com a corrupção e sem qualquer
tipo de lealdade ao governo Temer, pregou o voto pelo encerramento da
investigação neste momento.
Por isso as pessoas não foram às
ruas. Engana-se quem diz que isso é ter corrupto favorito. NÃO É!APENAS
NÃO DÁ PARA FAZER O JOGO DOS GOLPISTAS DA EXTREMA-ESQUERDA. UM MÍNIMO DE
PRAGMATISMO É SINAL DE MATURIDADE E SABEDORIA, e
Burke, o “pai do conservadorismo”, seria o primeiro a concordar:
“A raiva e o delírio destroem em uma hora mais
coisas do que a prudência, o conselho, a previsão não poderiam construir em um
século.”
[…]
Não
ignoro nem os erros, nem os defeitos do governo que foi deposto na França e nem
a minha natureza nem a política me levam a fazer um inventário daquilo que é um
objeto natural e justo de censura. […] Será verdadeiro, entretanto, que o
governo da França estava em uma situação que não era possível fazer-se nenhuma
reforma, a tal ponto que se tornou necessário destruir imediatamente todo o
edifício e fazer tábua rasa do passado, pondo no seu lugar uma construção
teórica nunca antes experimentada?
[…]
Se
chegam à conclusão de que os velhos governos estão falidos, usados e sem
recursos e que não têm mais vigor para desempenhar seus desígnios, eles
procuram aqueles que têm mais energia, e essa energia não virá de recursos
novos, mas do desprezo pela justiça. As
revoluções são favoráveis aos confiscos, e é impossível saber sob que nomes
odiosos os próximos confiscos serão autorizados.
A alternativa a esta prudência é
virar um jacobino revolucionário e moralista, que banca o “INCORRUPTÍVEL” contra tudo e todos que estão aí, contra a “CORRUPÇÃO” em abstrato, E TACAR FOGO NO PAÍS, ENTREGÁ-LO DE BANDEJA PARA OS COMUNISTAS, em nome da pureza fatal.
Temer contou com uma arma
poderosa: o medo
real da volta do PT.E claro: há também a diversão
legítima de imaginar o luto no Projaquistão, a decepção dos antagonistas
janotistas (a mesma decepção de quando Trump ganhou), e a festinha micada de
Caetano e sua turma, que nem a erva do capeta pode salvar.
Vivemos num novo país, em que A GLOBO NÃO CONSEGUE MAIS DERRUBAR PRESIDENTE, mesmo quando suspende o Jornal Nacional e até o futebol. Não é
porque voltamos a ficar lenientes com a corrupção, e sim porque percebemos que
havia algo mais por trás desse FALSO MORALISMO REPENTINO, e que não era inteligente cair nessa armadilha janotista.
Sergio Moro continua sendo um
herói do povo brasileiro. A Lava Jato já estava dividida em duas partes. Não há
motivo para desespero, tampouco para conclusões precipitadas de que o combate a
corrupção acabou. Acabou nada, égua! Ele continua. Como é preciso continuar
isso que está aí, viu, as reformas e a asfixia gradual das fontes de
financiamento da extrema-esquerda. NÃO VÃO LEVAR NO GRITO…