terça-feira, 7 de janeiro de 2020

CADÊ O VIADO VERDEVALDO QUE AFIRMOU QUE IRIA DERRUBAR O MINISTRO SÉRGIO MORO, HEIN?!?!?!


J.R.GUZZO

Você se lembra das “gravações” que iriam destruir, como na explosão da usina de Chernobyl, o ministro Sergio Moro, a Operação Lava Jato inteira e quem mais estivesse envolvido na guerra contra a corrupção aberta na 13ª Vara Criminal Federal de Curitiba? Foi, segundo nove entre dez dos nossos grandes formadores de opinião, um dos maiores fatos jamais ocorridos na História do Brasil – em 2019 ou em qualquer ano depois de 1500.

Pelo que se disse, um intrépido jornalista “investigativo” americano teria descoberto que estava tudo errado nos processos judiciais que levaram o ex-presidente Lula para a cadeia – Lula e quase 400 outros magnatas da política e do empresariado nacional, punidos com as mais variadas penas pela prática obsessiva de corrupção durante os governos populares do PT.

Durante dias e semanas, sem quase nenhum descanso, a mídia divulgou o conteúdo de gravações roubadas de conversas entre Moro e o procurador Deltan Dallagnol. Elas provariam, além de qualquer dúvida, que o juiz estava ajudando ilegalmente o acusador nas suas denúncias contra os réus. Não pode. Não vale. Anula tudo. A lei tem de ser respeitada, acima de tudo, de todos, do Brasil e de Deus.

Editoriais horrorizados condenaram Moro e o procurador, os mais altos “meios jurídicos” manifestaram a sua indignação contra os “métodos” do combate a corrupção, e por aí afora. Chegou-se, num momento de descontrole já avançado, a exigir a “punição de Moro” e atribuir a ele nada menos do que a prática de crimes. Sua demissão do Ministério da Justiça foi dada por toda a mídia como uma questão de dias ou mesmo de horas – e isso seria o mínimo. Moro, segundo a maioria dos “especialistas”, poderia ser, logo em seguida à sua demissão, processado, condenado e preso pelos delitos que, segundo as “gravações”, teria cometido contra Lula e seus parceiros.

Você se lembra do que aconteceu, na vida real, depois de todas essas revelações sensacionais? Não aconteceu nada. O mundo teria de vir abaixo, mas não veio. Na verdade, a história toda acabou tendo o fim miserável que se poderia prever desde o início – caso houvesse o pequeno cuidado de ouvir o que tinha sido realmente dito nas tais gravações. Mas as autoridades judiciárias acima de Moro, todas as que foram acionadas, ouviram, com mais atenção que uma equipe de VAR. O resultado é que não se achou um único e escasso ato ilegal em nada daquilo.

Ao fim e ao cabo, a única coisa que ficou provada sem nenhuma sombra de dúvida em toda essa história foi que as fitas tinham sido obtidas através da prática de crime. Os criminosos que as forneceram ao jornalista foram presos. Eram hackers do interior de São Paulo com um extenso prontuário de fraudes por via eletrônica, do estelionato ao furto de conversas pessoais. Já houve até a proverbial “delação premiada”. Fim de história.

Moro, como todo mundo sabe, continua ministro da Justiça. Nenhum dos seus atos na Lava Jato foi anulado. Nem a facção pró-crime do STF conseguiu dar algum uso às fitas roubadas. O promotor Dallagnol está onde sempre esteve. O jornalista investigativo, enfim, voltou melancolicamente ao anonimato. Recebeu homenagens, “desagravos” e um tapa na cara depois de ter ofendido repetidamente um jornalista durante um programa de rádio – mas ficou por aí mesmo. Tentaram fazer com que ele virasse herói. Não deu.

Sobra o leitor. É chato dizer, mas para ele ficou reservado apenas o papel de bobo nessa história toda.

DONALD TRUMP MANDOU O GENERAL TERRORISTA DO IRÃ PARA O INFERNO. PONTO PARA O GALEGUINHO DOS STEITIS!!!


J.R.GUZZO

Um sinal de que a humanidade está fazendo algum progresso é que a maioria das pessoas não fez nem deixou de fazer nada por causa dessa “Terceira Guerra Mundial”, anunciada como possibilidade real e iminente depois que os Estados Unidos mataram com um drone bem apontado o assassino-chefe da ditadura do Irã. O fato de ser uma das principais autoridades iranianas não fazia, obviamente, que o sujeito se tornasse menos criminoso do que é – com uma extensa folha corrida na prática de atos terroristas pelo mundo afora, e um número incerto de mortos em seu CV.

O resultado de sua morte, portanto, é que temos um planeta mais seguro para viver. Mas como o Irã é um país do campo “anti-imperialista”, para quem as classes intelectuais pedem “compreensão” e “diálogo”, e o país que matou o bandido é presidido por Donald Trump, o público teve de ouvir a habitual enxurrada de “análises” sobre o ato de “agressão contra um país soberano em tempo de paz” e os perigos extremos que isso traria para o resto do mundo – incluindo o Brasil, vejam só.

É claro que não aconteceu guerra mundial nenhuma, nem vai acontecer. O Irã não vai destruir Nova York, ou qualquer outra coisa importante, como “represália”. Seu programa nuclear continua do tamanho que estava. O Irã não é nenhuma Rússia ou China – que, aliás, não pensam em jogar bomba em ninguém, porque sabem exatamente o que lhe aconteceria depois.

Tem usina atômica, verba, urânio e cientista, mas bomba H, que é bom mesmo, não tem. Enfim, as tais “represálias” iranianas com as quais os “especialistas” tentaram assustar o mundo nos últimos dias vão se limitar a mais assassinatos, aqui e ali, como o Irã já faz há anos. A chance de você ser atingido por elas é a mesma de ser atropelado na rua ao sair da farmácia.

País de terceira é país de terceira, não importa o que a mídia lhe diga – mata, acima de tudo, os seus próprios cidadãos, e civis desarmados quando faz “operações” no exterior.

Espere por uma próxima guerra, porque essa não está com cara de vir – como não veio a “guerra da Coreia” que ia acabar com o mundo dois anos atrás. Para fechar a conta, aliás, há uma garantia talvez superior a todas as outras. Alguém, Deus sabe por que, lembrou de perguntar ao ex-chanceler Celso Amorim o que ele achava da crise – e o grande diplomata da era Lula-Dilma disse que a situação era gravíssima. Ponto final. Se o homem diz uma coisa, podem ter certeza de que vai valer exatamente o contrário. Esse nunca acertou uma.

segunda-feira, 6 de janeiro de 2020

O SEBOSO DE CAETÉS ARRANJOU UMA TRAMBIQUEIRA IMUNDA PARA NAMORAR

LULA PODE TER SIDO O MANDANTE DO ASSASSINATO DE CELSO DANIEL


VEJA ESSES ELEMENTOS:

uma fita cassete com pistas sobre o assassinato de Celso Daniel, o prefeito petista de Santo André morto em 2002

um pedido de Lula a um amigo para esquecer o assunto

uma invasão de bandidos em busca de provas contra petistas


O repórter Fabio Leite, da Crusoé, revela informações exclusivas sobre o crime que assombra o PT há quase duas décadas: A reportagem ouviu um ex-amigo de Lula, agora decidido a contar tudo o que sabe sobre o líder maior do PT. Seu nome é Valter Sâmara, um fazendeiro rico e influente de Ponta Grossa, no Paraná. Sâmara foi amigo íntimo de Lula durante 25 anos e chegou a bancar muitas despesas do petista — inclusive as de uma amante de Lula. Mas o fazendeiro rompeu com Lula e já se prontificou até a colaborar com a Lava Jato.

AO REPÓRTER FABIO LEITE, O EX-AMIGO DE LULA REVELOU FATOS INÉDITOS RELACIONADOS AO ASSASSINATO DE CELSO DANIEL, ENTÃO PREFEITO DE SANTO ANDRÉ, EM 2002.

É um caso ruidoso, que até hoje atormenta os petistas por causa das suspeitas de que tenha havido uma motivação política por trás do crime. Depois de investigação, a Polícia concluiu que se tratava de um crime comum, mas… O ex-amigo de Lula, assim como a família de Celso Daniel, contesta essa versão. À Crusoé, ele conta que, ainda em 2002, três meses depois do assassinato de Celso Daniel, recebeu uma fita cassete com a gravação de uma conversa entre Gilberto Carvalho, braço direito de Lula, e Miriam Belchior, ex-mulher de Celso Daniel. Ambos trabalhavam na prefeitura de Santo André.

O CONTEÚDO DA GRAVAÇÃO, SEGUNDO O RELATO DE SÂMARA, É INTRIGANTE.

À reportagem, o ex-amigo de Lula contou o que ouviu na fita cassete — que teria sido entregue ao próprio Lula. Essa história não termina aí. Em 2018, 16 anos após o assassinato de Celso Daniel, um grupo armado invadiu o imóvel onde mora a irmã de Valter Sâmara, em Ponta Grossa. Os bandidos deixaram claro: queriam os “documentos do PT”. O ex-amigo de Lula diz não ter dúvidas: eles queriam a fita.

LEIA UM TRECHO DA REPORTAGEM QUE CONTA ESSE EPISÓDIO:

Passava das cinco horas da tarde quando dois homens, um deles de boina e bengala, desceram de um Spacefox preto em frente a uma loja de roupas de grife em um bairro residencial de Ponta Grossa, no interior do Paraná. Era quinta-feira, 26 de abril de 2018, e a rua estava calma, como de costume. Armada, a dupla rendeu duas pessoas logo na entrada e anunciou o assalto. Outros dois comparsas chegaram em seguida para invadir a casa que fica nos fundos do mesmo imóvel, fazendo 11 reféns, entre eles uma idosa e uma criança. Mas em vez de dinheiro e objetos de valor, os bandidos queriam “os documentos do PT”. As vítimas foram amarradas, amordaçadas e agredidas, enquanto parte da quadrilha quebrava as paredes atrás de um cofre onde o material poderia estar escondido. Após mais de uma hora de terror e destruição, o bando não achou nada e fugiu…

A morte de Celso Daniel já atormenta o PT e o Brasil há quase duas décadas. Um novo e esclarecedor capítulo pode ser aberto agora. O CRIME FOI REGISTRADO EM BOLETIM DE OCORRÊNCIA:

sexta-feira, 3 de janeiro de 2020

CENTRO DE GARANHUNS É UMA POÇA DE MIJO



Por Altamir Pinheiro
A presença maciça de turistas de todo o Nordeste para curtir a mega festa A MAGIA DO NATAL   tornou-se numa baita dor de cabeça ou tormento para os moradores das ruas adjacentes à Avenida Santo Antônio.  As pessoas utilizam deliberadamente essas ruas próximas ao ruge ruge de gente como sanitário público. Este foi o caso da Rua Siqueira Campos (rua da antiga Câmara), Severiano Peixoto( Rua do Cajueiro) e a  Pedro Pacífico,  e as quatro  travessas paralelas para essas ruas, como também as das Rua da Madeira. Ou colocam-se mais guardas para multar  os mijões ou tripliquem o número  daqueles horrorosos e fedorentos sanitários químicos. De imediato, talvez seja o melhor modo de  combater à malcheirosa praga dos homens com seus respectivos pintos na mão  urinando  ao lado dos carros, locais públicos e residenciais. Quem sabe com essa atitude da MULTA evitasse os jorros de urina que escorrem por  ruas e postes  “regando” vasos de plantas até umas “zora”...

A falta de respeito por parte da prefeitura que não contratou caminhões pipas com o seu pessoal com vassouras e xampus adequados, logo após o término do evento,  para higienizar o circuito da festa que é Avenida Santo Antônio  e as ruas transversais do grandioso festejo que se transformou A MAGIA DO NATAL  é uma esculhambação geral,  total e irrestrita. Mas, o que a prefeitura pode fazer? Bem, tentar transformar esses delitos menores em algo similar a um serviço público ou então montar uma estrutura compatível com o  tamanho do acontecimento. Pois, só assim,  pior do que está não fica, como diz o Tiririca. Se já não bastasse as largas calçadas serem invadidas por bugigangas de 1,99 e uma tal de Casas Narciso, inclusive até altas horas da noite, encurtando ou apertando a circulação dos transeuntes... Haja gente expelindo fezes ou vertendo urina e vomitando tudo que tem direito nos becos e vielas  circunvizinhos!!!

Do jeito que Garanhuns COPIOU o natal de Gramado(RS), já passou da hora de IMITAR a cidade de Balneário  Camboriú(SC) com seus  banheiros majestosos em tudo quanto é esquina. Lá tem mais banheiro público que farmácia!!! São instalações sanitárias que podemos chamar de verdadeiras toaletes. Podem-se observar  deslumbrantes arquiteturas decoradas com luminárias de design sofisticado, paredes revestidas com pastilhas, espelhos grandes, pias com tamanho similar ao de uma banheira e poltronas ultra confortáveis. Embora seja de uso público, geralmente, é custeado por  empresas privadas que produzem ou fabricam tanto o  papel higiênico como todos os ingredientes para higienização dos mesmos comprados pela prefeitura. Tudo isso poderia ser muito bem adaptado no grande espaço da Praça Colunata com enfeites de  vidraças bastante coloridas e a construção/arquitetura no estilo suíço.  É só querer, cambada de políticos incompetentes!!! Pense, numa raçinha nojenta...



quinta-feira, 2 de janeiro de 2020

COMO FUNCIONA A CÂMARA DE VEREADORES DE GARANHUNS




Por Altamir Pinheiro


Poucas pessoas se dão conta do que se passa nos bastidores da Câmara Municipal de Garanhuns e quem é seu GERENTE LEGISLATIVO. Pois bem, trata-se  de Marcos Alexandre Mello de Siqueira, muito conhecido como MARCÃO. Pois é dele e sua equipe, formada por 12 funcionários, que possuem ou são responsáveis pela  função legislativa, a qual restringe-se ao bom andamento  da sua organização interna.  Cabe a essa tropa de choque fazer a coordenação e executar trabalhos de acompanhamento e análise das atividades dos assessores de Gabinete Parlamentar, com vistas ao aperfeiçoamento e    racionalização de procedimentos legislativos sob a responsabilidade dessa equipe de qualidade que desempenha um papel fundamental e porque não dizer,   essencial,  no auxílio aos senhores  vereadores.

Mas, quem é esse tal de MARCÃO? Para se ter
ideia da inteligência, preparo, como também  da  compostura exemplar de Marcos Alexandre Mello de Siqueira, dos 13 vereadores que compõem a Câmara  falei com 6 e fiz-lhes a seguinte indagação: de 5 a 10 qual é a nota que vocês dão a MARCÃO? Todos responderam sem titubear, nota dez!!! Marcão é daquele tipo de pessoa que não perde nunca a serenidade. O seu estilo sempre foi  de arbitrar conflitos ou intriguinhas bestas, mediar interesses e conciliar disputas, como também advertir a quem de direito como proceder no respeito a Constituição Municipal (Lei  Orgânica do Município) e ao Regimento Interno da Câmara, onde ele exerce tão bem  o cargo de Gerente Legislativo, pois não foi à toa que, o Procurador da Câmara Dr. Jaílson Alves da Costa na confraternização(café da manhã) dos funcionários da Câmara de Vereadores de Garanhuns dirigiu-se a ele com briosos elogios quanto à dedicação e presteza com que Marcão trata a todos sem distinção alguma.



Entre tantas funções do GERENTE LEGISLATIVO(Marcão) e sua equipe da Câmara Municipal de Garanhuns, destacam-se a orientação dos  senhores parlamentares no que diz  respeito às normas regimentais e constitucionais no período legislativo; cabe a ele coordenar e supervisionar a tramitação dos projetos; auxiliar tecnicamente o Presidente da Câmara nas atividades legislativas durante a reunião no Plenário;   prover os serviços de apoio à Mesa Diretora, necessários ao bom andamento e controle dos trabalhos; planejar e supervisionar a execução de trabalhos e a elaboração de proposições, com o auxilio do ASSESSOR JURÍDICO(PROCURADOR DA CÂMARA), que visem o assessoramento de Vereadores, como também observar e fazer cumprir as disposições da Lei Orgânica e do Regimento Interno da Câmara.


Como se vê, a Câmara Municipal de Garanhuns vai indo muito bem obrigado no que diz respeito às sessões ordinárias de todas as quartas-feiras e na Sala das  comissões, aonde acontece proveitosas e importantes reuniões todas as terças-feiras. Para se ter ideia do volume de trabalho tanto da equipe como  dos senhores vereadores,  no Plenário da Câmara são efetuadas, no mínimo, 20 reuniões ordinárias por cada período legislativo que são dois:  de fevereiro a junho e de agosto a novembro. Tudo isso se realiza  sob a batuta de Marcão e sua competente equipe. Para quem não sabe, essa agradável figura em pessoa,   já tem 25 anos de casa e há 10 exerce o cargo de Gerente Legislativo. Portanto,  Marcão é o tipo de funcionário exemplar que além de    possuir uma  carreira  longa naquela Casa Legislativa também é dono de uma  credibilidade ainda maior por todos aqueles que vivem ao seu redor. Marcão, na verdadeira acepção da palavra, é um gentleman!!! Isto é, exemplo de cavalheirismo  que se comporta seguindo os preceitos da honra, do respeito alheio  e da dignidade.


LULINHA, O CATADOR DE BOSTA DO ZOOLÓGICO BEBEU NO MESMO COPO DO CACHACEIRO LULA...



Demorou, mas chegou. As suspeitas de crimes e maracutaias de Lulinha, o filho prodígio do ex-presidente e condenado Luiz Inácio Lula da Silva, começam a ser desvendadas pela Operação Lava Jato. Excelente reportagem exclusiva da revista Crusoé mostrou o roteiro do milagre. De biólogo com cargo modesto no Zoológico de São Paulo a empresário milionário, ele se tornou em curtíssimo tempo (justamente no governo do pai) um “fenômeno” dos negócios.

As suspeitas são antigas. Quando provocado, Lula reagia invariavelmente com seu cinismo invencível: “Que culpa tenho eu, se meu filho é o Ronaldinho dos negócios?”.

MUITAS PROVAS – Crusoé foi fundo no jornalismo investigativo. A matéria, forte e fundamentada, é irrespondível. As suspeitas envolvendo as empresas de Lulinha e seus sócios com as operadoras Oi e Telemar ganham solidez e consistência. Até os pardais desconfiavam do assombroso crescimento patrimonial do “fenômeno”. Agora, as suposições tomam forma e se concretizam em mais um escândalo que abala a família petista.

“Em documentos colhidos pela Lava Jato, como e-mails e extratos bancários”, afirma a matéria da Crusoé, “apareceram os sinais concretos de que por trás do sucesso estaria o interesse das empresas parceiras em se aproximar de Lula e do governo durante os mandatos do petista.

É justamente esse o ponto central da investigação. A Polícia Federal e o Ministério Público suspeitam que as empresas de Lulinha não prestavam os serviços pelos quais eram remuneradas – quando muito, entregavam apenas uma parte do contratado. O objetivo central seria vender influência.

TRÁFICO DE INFLUÊNCIA – O material já reunido pelos policiais e procuradores dá força à hipótese do tráfico de influência: ao mesmo tempo que ganhavam muito dinheiro, Lulinha e seus sócios tinham acesso a informações privilegiadas do governo, influenciavam a agenda do então presidente da República e facilitavam a vida das companhias que contratavam suas empresas”, sublinha a reportagem.

Para a Lava Jato, parte dos milionários repasses para as empresas de Lulinha pode estar ligada à fusão da Oi, surgida da antiga Telemar, com a Brasil Telecom, um dos capítulos mais rumorosos do setor de telecomunicações brasileiro, diz a reportagem. Uma canetada de Lula resolveu o negócio.

A Lava Jato também encontrou indícios de que dinheiro proveniente da Oi/Telemar pode ter sido usado na compra do sítio de Atibaia, aquela “propriedade do amigo” que já rendeu uma condenação a Lula.

UMA PORNOPOLÍTICA – Os defeitos pessoais e as limitações humanas dos homens públicos, inevitáveis e recorrentes como as chuvas de verão, não matavam a política. Hoje, no entanto, assistimos ao advento da pornopolítica. A vida pública, com contadas exceções, transformou-se num espaço mafioso, numa avenida transitada por governantes corruptos, políticos cínicos e gangues especializadas no assalto ao dinheiro público.

Não bastasse tudo isso, e não é pouco, o Brasil passou mais de uma década sob o controle de um grupo disposto a impor à sociedade um modelo ideológico autoritário de matriz marxista. Optaram, esperta e pragmaticamente, pelo atalho gramsciano: o populismo democrático.

O bolivarianismo tupiniquim, estrategicamente implantado por Lula, rendeu bons resultados aos seus líderes: muito poder e muito dinheiro. E é disso que se trata. A cada dia que passa, com o registro inescapável da história, o que se percebe é que falta idealismo e sobra sede de poder e paixão pela grana.

ESQUERDA “CAVIAR” – A esquerda ideológica não gosta de pobre. Gosta de caviar. Pobre é instrumento de marketing. E ponto final. O governo Bolsonaro acaba de focar o BNDES na promoção do saneamento básico. No reinado petista, de triste memória, o banco financiava empreiteiras e investia na construção de porto em Cuba. Que ironia!

Os petistas não contaram, no entanto, com três fatores: a força inescapável da realidade econômica, o papel da liberdade de imprensa e a robustez dos poderes democráticos.

A política econômica populista, que, como se constatou, não tinha possibilidade de se sustentar, provocou a catastrófica crise que maltratou o Brasil, reduziu a pó o capital político do PT e transformou Lula num náufrago e presidiário.

LAVA JATO – A Operação Lava Jato é o resultado direto da solidez institucional da nossa jovem democracia. É o lado bom da História. E é consequência do insubstituível papel da imprensa independente e de qualidade. Todos são capazes de intuir que a informação tem sido a pedra de toque do processo de moralização dos nossos costumes políticos. Você é capaz de imaginar o Brasil sem jornais? O apoio à imprensa séria é uma questão de sobrevivência da democracia.

O Brasil está piorando? Não. Está melhorando. A exposição da chaga é o primeiro passo para a cura do doente. Ao divulgar as revelações da Lava Jato, a imprensa cumpre relevante papel: impedir que os escândalos escorreguem para a sombra do esquecimento. Existe gente que não gosta da imprensa. Lula, por exemplo, tenta dar lições de ética jornalística ao criticar os “vazamentos seletivos” contra o PT. Beleza. E quando o vazamento era feito pelo PT, prática recorrente, tudo bem? A imprensa existe para divulgar informações relevantes. E alguém tem dúvida da importância das informações sobre o “fenômeno” Lulinha?

QUESTÃO DE CIDADANIA – Não podemos mais tolerar que o Brasil seja um país que discrimina os seus cidadãos. Pobre vai para a cadeia. Poderoso não só não é punido, como invoca a presunção da inocência para empurrar seu julgamento para o mundo da prescrição.

Uma democracia se constrói na adversidade. O Brasil, felizmente, ainda conta com um Ministério Público atuante, um Judiciário, não obstante decepções na sua cúpula, bastante razoável e uma imprensa que não se dobra às pressões do poder. É preciso, no entanto, que a sociedade, sobretudo a classe média, mais informada e educada, assuma o seu papel no combate à corrupção. -Fonte: Blog Tribuna da Internet. - 

terça-feira, 31 de dezembro de 2019

VEREADORA DE GARANHUNS, ANDRÉA NUNES, FECHA O ANO COM CHAVE DE OURO



Por Altamir Pinheiro

Terminar o ano de maneira bem-sucedida foi o que aconteceu com a vereadora revelação de 2019, Andréa Nunes(PTB), ao encerrar o ano com chave de ouro quando foi premiada como a mulher destaque do ano, evento este realizado na Câmara de Vereadores de Garanhuns no dia 18 de dezembro. O diploma  foi entregue pelas mãos do blogueiro desportista Tiago Valença que junto com a Web  Rádio Garoa patrocinaram o grande acontecimento que foi muito concorrido. O merecido prêmio arrebatado pela Vereadora Andréa Nunes é uma prova maior que existe gente séria e boa na política. Essas pessoas são poucas, mas existem sim!!! Lamentavelmente, muitos estão cercados pelos maus políticos e por uma população que olha automaticamente com desconfiança.  “Porém, o mais gratificante é que olhando pra trás e as coisas boas que aconteceram comigo no ano de 2019 me parecem bem maiores do que foram. As coisas ruins eu descartei por completo”, afirmou a vereadora Andréa.


Em que pese Garanhuns ter quatro mulheres com acento na Casa Raimundo de Moraes, mesmo assim, todos hão de convir que muitas mulheres ainda têm dificuldades de ocupar cargos de poder, serem eleitas ou terem voz ativa nas tomadas de decisões políticas. Isso acontece devido à exclusão histórica das mulheres na política e que reflete, até hoje, no nosso cenário de baixa representatividade feminina. Esse cenário se observa em todas as esfera do poder do Estado. Desde as câmaras dos vereadores até o Senado Federal, essa taxa de representatividade ainda permanece muito baixa, mesmo em um cenário no qual 52% dos eleitores são mulheres.


Esse prêmio recebido pela vereadora Andréa Nunes como a POLÍTICA DESTAQUE de 2019 é uma prova inconteste que as mulheres precisam se fazerem mais presentes nas eleições de 2020. É preciso que as mulheres de lideranças sejam estimuladas e filiem-se a partidos políticos para saírem  candidatas a vereadoras em Garanhuns.  É urgente  discutir mais essa questão. Por que razão os partidos não conseguem se divorciar de práticas patriarcais, antigas e agressivas contra as mulheres e como as mulheres podem reforçar-se mutuamente a ponto de não esvaziar esse potencial e participar dos meios legislativos. O espelho está aí, com a vereadora Andréa que tem tudo  para se reeleger com uma consagradora votação  no ano que vem e continuar desempenhando um grande papel na representatividade feminina naquela Casa Legislativa.


O que aconteceu no último dia 18 de dezembro com a vereadora Andréa Nunes foi um momento para celebrar as conquistas e de lembrar do papel e a importância da atuação dela como vereadora de Garanhuns e legítima representante da  Comunidade da COHAB II. A recompensa e homenagem prestadas por Tiago Valença é um reconhecimento de uma vereadora guerreira e preparada para exercer o cargo ao qual foi eleita em  cargo ou  função até então desempenhada pela maioria dos  homens. A Galeria da Câmara e o Plenário ficaram lotados sendo que a sessão especial foi comandada pela própria vereadora. Sem sombra de dúvida foi uma justa homenagem que prestaram a capacitada parlamentar. Parabéns!!!


MALANDRO É MALANDRO, BANDIDO É BANDIDO E LADRÃO É LADRÃO...



O impeachment da presidente Dilma Rousseff será visto como o ponto final de um período iniciado com a chegada ao poder de Luiz Inácio Lula da Silva, em 2003, em que a consciência crítica da Nação ficou anestesiada. A partir de agora, será preciso entender como foi possível que tantos tenham se deixado enganar por um político que jamais se preocupou senão consigo mesmo, com sua imagem e com seu projeto de poder; por um demagogo que explorou de forma inescrupulosa a imensa pobreza nacional para se colocar moralmente acima das instituições republicanas; por um líder cuja aversão à democracia implodiu seu próprio partido, transformando-o em sinônimo de corrupção e de inépcia. De alguém, enfim, cuja arrogância chegou a ponto de humilhar os brasileiros honestos, elegendo o que ele mesmo chamava de “postes” – nulidades políticas e administrativas que ele alçava aos mais altos cargos eletivos apenas para demonstrar o tamanho, e a estupidez, de seu carisma.

Muito antes de Dilma ser apeada da Presidência já estava claro o mal que o lulopetismo causou ao País. Com exceção dos que ou perderam a capacidade de pensar ou tinham alguma boquinha estatal, os cidadãos reservaram ao PT e a Lula o mais profundo desprezo e indignação. Mas o fato é que a maioria dos brasileiros passou uma década a acreditar nas lorotas que o ex-metalúrgico contou para os eleitores daqui. Fomos acompanhados por incautos no exterior.

Raros foram os que se deram conta de seus planos para sequestrar a democracia e desmoralizar o debate político, bem ao estilo do gangsterismo sindical que ele tão bem representa. Lula construiu meticulosamente a fraude segundo a qual seu partido tinha vindo à luz para moralizar os costumes políticos e liderar uma revolução social contra a miséria no País.

Quando o ex-retirante nordestino chegou ao poder, criou-se uma atmosfera de otimismo no País. Lá estava um autêntico representante da classe trabalhadora, um político capaz de falar e entender a linguagem popular e, portanto, de interpretar as verdadeiras aspirações da gente simples. Lula alimentava a fábula de que era a encarnação do próprio povo, e sua vontade seria a vontade das massas.

O mundo estendeu um tapete vermelho para Lula. Era o homem que garantia ter encontrado a fórmula mágica para acabar com a fome no Brasil e, por que não?, no mundo: bastava, como ele mesmo dizia, ter “vontade política”. Simples assim. Nem o fracasso de seu programa Fome Zero nem as óbvias limitações do Bolsa Família arranharam o mito. Em cada viagem ao exterior, o chefão petista foi recebido como grande líder do mundo emergente, mesmo que seus grandiosos projetos fossem apenas expressão de megalomania, mesmo que os sintomas da corrupção endêmica de seu governo já estivessem suficientemente claros, mesmo diante da retórica debochada que menosprezava qualquer manifestação de oposição. Embalados pela onda de simpatia internacional, seus acólitos chegaram a lançar seu nome para o Nobel da Paz e para a Secretaria-Geral da ONU.

Nunca antes na história deste país um charlatão foi tão longe. Quando tinha influência real e podia liderar a tão desejada mudança de paradigma na política e na administração pública, preferiu os truques populistas. Enquanto isso, seus comparsas tentavam reduzir o Congresso a um mero puxadinho do gabinete presidencial, por meio da cooptação de parlamentares, convidados a participar do assalto aos cofres de estatais. A intenção era óbvia: deixar o caminho livre para a perpetuação do PT no poder.

O processo de destruição da democracia foi interrompido por um erro de Lula: julgando-se um kingmaker, escolheu a desconhecida Dilma Rousseff para suceder-lhe na Presidência e esquentar o lugar para sua volta triunfal quatro anos depois. Pois Dilma não apenas contrariou seu criador, ao insistir em concorrer à reeleição, como o enterrou de vez, ao provar-se a maior incompetente que já passou pelo Palácio do Planalto. Assim, embora a história já tenha reservado a Dilma um lugar de destaque por ser a responsável pela mais profunda crise econômica que este país já enfrentou, será justo lembrar dela no futuro porque, com seu fracasso retumbante, ajudou a desmascarar Lula e o PT. Eis seu grande legado, pelo qual todo brasileiro de bem será eternamente grato. – Editorial do Jornal O Estadão. – A manchete não faz parte do título original. -


sábado, 28 de dezembro de 2019

O PRESIDENTE BUNDA SUJA É UM COVARDE, TRAIDOR E VINGATIVO: ACABA DE DAR UMA FACADA PELAS COSTAS NO BRASIL E EM SÉRGIO MORO...

MINISTRO SÉRGIO MORO AO LADO DE UMA ESTÁTUA DE WINSTON CHURCHILL EM TORONTO, NO CANADÁ COM A SEGUINTE FRASE:  “We shall never surrender” (“Nós nunca nos renderemos”).

Jorge Pontes
A Lei 13.964/2019, que estabeleceu, entre outros pontos, a figura do juiz de garantias, o trend topic do momento, está sob intensa discussão, tanto na imprensa como nas redes sociais.
Todos buscam entender a nova figura e o seu impacto no combate à corrupção ou na salvaguarda das garantias individuais (sic). Buscam dissecar as suas filigranas jurídicas e entender vantagens e desvantagens da novidade.
Sem querer esmiuçar muito, até porque não é necessário, temos que trazer logo à baila o que de fato se intentou — no nosso ordenamento jurídico — com a criação da figura do juiz de garantias.
O objetivo era e é apenas um: abortar o nascimento de novos Moros e Bretas pelo Brasil afora.
A partir de agora, quem autorizará a quebra de sigilo, a interceptação telefônica e telemática, as buscas & apreensões e as prisões cautelares será um juiz, enquanto quem instruirá o processo e procederá ao julgamento será outro magistrado. Dois magistrados para atuar sobre os mesmos fatos…
Está com os dias contados o modelo que pariu a Operação Lava Jato, onde um juiz dedicado debruçou sua inteligência sobre a investigação policial e conheceu, por anos a fio e profundamente, os meandros e detalhes sofisticados da orcrim investigada, o seu emaranhado de esquemas, os atores, e sua dinâmica.
Sob a égide do juiz de garantias a que se refere a Lei 13.964/19 não haveria lugar para juízes como Sergio Moro ou Marcelo Bretas. O juiz que acompanhar o inquérito policial não seguirá em frente. Um outro magistrado terá obrigatoriamente de ler todo o processado, apreendendo cada detalhe, iniciando do zero o conhecimento acerca de fatos investigados, sobre provas e sobre os extensos processados que toda e qualquer investigação de corrupção sistêmica e lavagem de dinheiro produz.
Trata-se de um instituto que veio só para atrapalhar o combate à corrupção. E, ainda, não é adequado ao que está posto no nosso ordenamento, como a própria justificativa para a prevenção do juízo que antecedeu aos demais, em atuação pré-processual.
Nada justifica a criação dessa nova figura, pois, afinal, não estamos vivendo nenhuma onda de ataques ou de ameaças às garantias individuais. Muito pelo contrário, o que temos é um falso garantismo exacerbado, acompanhado de uma profunda crise moral, da “naturalização das coisas erradas”, que por sua vez desaguou na corrupção sistêmica e na consequente institucionalização da delinquência.
A criação do juiz de garantias veio na contramão do que precisamos. É mais uma medida que faz parte da grande onda de reações que essa elite política anacrônica — que ainda dita os rumos do país — vem preparando e entregando, para fazer frente à Lava Jato e ao seu legado.
A grande ironia da chegada do juiz de garantias no nosso sistema jurídico foi a forma como ele nos foi contemplado. A ideia foi embuchada no pacote anticrime do Ministro Moro, como um verdadeiro Cavalo de Tróia. Certamente foi soprado no ouvido do Deputado Marcelo Freixo, que só fez psicografar seu texto. Resta agora saber, por uma curiosidade masoquista, de que “entidade” partiu de fato essa ideia maquiavélica.
Por fim, o advento do juiz de garantias não teve outro objetivo, senão de ceifar a possibilidade do aparecimento de novos Moros e Bretas e, por conseguinte, de novas Lava Jatos. Simples assim.

O PERIGO QUE EXISTE NA CRIAÇÃO DO "JUIZ DE GARANTIAS"


Jorge Béja
Para chegar ao âmago, ao ponto central deste artigo, é preciso relembrar e contar, ainda que com brevidade e ligeireza, fatos que lhe são introdutórios. Na década de 1980, muito frequentei o Jockey Club Brasileiro (JCB), na Gávea, Rio de Janeiro. Sempre aos sábados, chegava por volta das 13 horas, antes da largada do primeiro páreo. E no varandão do setor social, me sentava à mesa redonda do almoço ao lado de gente famosa, dos quais era eu o menor de todos eles: Lima Duarte, Débora Duarte, Herval Rossano, Domício Costa, Chico Anysio e, vez ou outra, Jô Soares. Conversávamos muito. Cada um pagava a sua conta.
E uma funcionária do JCB sempre subia lá antes da largada dos páreos para pegar nossas apostas, descer de elevador até o andar térreo, fazer o jogo no guichê em que ele atendia, e de volta subia para entregar as “pules”. Bons tempos que não voltam mais.
DESESPERO  Certo dia de semana, num início da tarde, aquela moça do JCB, muito aflita e chorando copiosamente, bate à porta do meu franciscano escritório de advocacia e me pede, desesperadas: “Dr. Béja, dr. Béja, socorro! Minha irmã de 18 anos acabou de ser presa. Pelo amor de Deus, liberte minha irmã. Ela está no xadrez da 13ª Delegacia de Polícia”.
Mesmo sem ser criminalista, imediatamente fui até à 13a. DP, até hoje no mesmo lugar, na Avenida Nossa Senhora de Copacabana. E lá li o auto e prisão em flagrante e me entrevistei com a jovem. Ela me contou qe tinha sido presa por PMs na Rua Sá Ferreira logo após ter comprado um cigarro de maconha. O traficante escapou! Só a moça foi presa. Ela declarou ao delegado e a mim que nunca tinha fumado maconha. Que pela primeira vez ia experimentar.
EM FLAGRANTE – Eu sabia que a situação dela era péssima. Na época estava vigente a antiga Lei de Entorpecentes (Lei 6.368, de 1976). E o temido artigo 12 apenava com prisão de 3 a 15 anos e multa, sem distinção alguma, nem mesmo de quantidade do entorpecente apreendido, quem transportasse e trouxesse consigo substância entorpecente (droga).
Levada à presença do juiz –, aliás, de uma juíza criminal – a moça contou a verdade. Que nunca fumou maconha. Que era a primeira vez que ia experimentar. Que estava arrependida. Que trabalhava. E fez comoventes desabafos, sempre chorando e soluçando muito, ela, sua mãe, seus irmãos, eu e minha esposa que estava lá comigo… Todos chorávamos juntos. A juíza decidiu ouvir o promotor que concordou tomar por termo, na mesma audiência, as declarações de todos, inclusive dos dois PMs que efetuaram a prisão. Até eles estavam emocionados.
VER, OUVIR E SENTIR – O que interessa, nesta época em que se fala da instituição do “juiz de garantia”, vem agora. A juíza, no quinto dia seguinte à prisão da jovem, assinou a sentença absolutória. E o que importa registrar foram os verbos que a juíza repetiu várias vezes na sua longa e bendita sentença: ver, ouvir e sentir.
Sentenciou a juíza que condenar aquela jovem era o mesmo que destruir o seu futuro. Que ela era inocente, na acepção mais verdadeira da palavra.
“Eu colhi seu interrogatório. Eu vi, eu senti e ouvi declarações de pureza e candura. Independente dos laudos e exames médicos-periciais que constataram que ré não ingeriu bebida alcoólica e também não fizera uso de substância entorpecente, conforme resultado dos exames médicos existentes nos autos, estou convicta de que é meu dever dar-lhe a libertação. Isto porque eu colhi seu depoimento, eu a senti, e com a ré eu conversei na audiência. E dela ouvi sua história de vida e eu a senti pura, sem maldade e tomada de arrependimento. Eu ouvi o depoimento de familiares e testemunhas que falaram a verdade a este juízo. Eu não posso condená-la”.
NAS MÃOS DE DEUS  A juíza então mandou expedir mandado de soltura. E determinou que a jovem, uma vez por mês, comparecesse à sua presença para contar o que estava fazendo na vida. Não foi uma imposição da juíza, mas uma preocupação carinhosa. Até que um dia a jovem desapareceu do fórum. E ao me ver no corredor, a juíza me indagou o paradeiro dela. Sem ter a resposta na hora, fui à família. E fiquei sabendo que a jovem tinha ingressado num convento na região serrana do Rio. E decidira se tornar freira.
Fui até lá, com minha mulher. E encontramos a jovem já vestida com o “hábito” preto. Hoje, perto de 40 anos depois e com 58 anos de idade, a irmã RPSF é a madre superiora do convento.
Indaga-se: que sorte teria essa jovem se, naquela época em que foi absolvida pela mesma juíza que presidiu toda a instrução criminal do processo, existisse o tal “juiz de garantia”, que nada mais é do que o juiz que instrui o processo, que colhe depoimentos, que ouve o acusado, que ouve testemunhas e depois envia os autos do processo ou do inquérito policial, segundo consta (papelada, enfim)  para um outro juiz, que examinará os textos, frios e sem vida, e sem ter mantido qualquer contato pessoal, direto ou indireto,  com as pessoas envolvidas (principalmente com a parte acusada), e dará a sentença final?
TERIA SIDO INOCENTADA? – Certamente a sorte da jovem teria sido outra. Nem se diga que a criação do “juiz de garantias” ficaria limitada apenas ao exercício de uma espécie de “presidência do inquérito policial”. Isto porque juiz não preside inquérito, e sim delegado de polícia.
Ou o magistrado é o juiz da causa ou não é. Se for, não pode repartir seu ofício com outro magistrado. Precisa ver, ouvir e sentir qual é a decisão mais acertada.
Há momentos na vida em que é preciso, ver, ouvir e sentir...


O QUE FOI ISSO, BUNDA SUJA?


Percival Puggina
As duas casas do Congresso desenvolveram uma técnica notável para criar jabutis com requintes de engenharia genética. Durante muitos anos, esses jabutis foram desenvolvidos para introdução em medidas provisórias que entravam no parlamento redondas e saíam quadradas, bicudas. Seu uso mais comum envolvia concessão de benefícios atribuídos a quem por eles pudesse pagar bem. O ex-presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, era conhecido por sua dedicação a esses curiosos animaizinhos legislativos.
De uns tempos para cá, a ala do Congresso Nacional que sai correndo quando alguém grita “Pega ladrão!” tem se dedicado a incluir jabutis em medidas provisórias ou em projetos do governo, invertendo seu sentido e seu efeito. Em óbvia defesa do interesse próprio e flagrante choque com o desejo da sociedade, temas de segurança pública, de combate à impunidade, de dar efetividade à lei penal, produzem sudorese nervosa em muitos congressistas. Eles usam os jabutis para se autoprotegerem.
Foi assim que quando queríamos as 10 medidas contra a corrupção, o Congresso nos ofereceu uma lei de combate ao abuso de poder, na medida exata para restringir as atividades de persecução penal e constranger à inação delegados, promotores e magistrados.
Foi assim, também, que o pacote do ministro Sérgio Moro foi agraciado com vários jabutis. Entre eles, sem dúvida o mais saliente é o que cria a figura do juiz de garantias para acompanhar os procedimentos e impedir que sejam violadas as garantias constitucionais e legais do réu.
É uma norma de aplicação incompatível com as dificuldades fiscais do país. É mais uma conta salgada e vitalícia como costumam ser os gastos que vêm a débito do pagador de impostos. Quarenta por cento das 5,5 mil comarcas brasileiras têm apenas um juiz o que dá ideia do número de vagas que estarão sendo criadas e providas em curtíssimo prazo. Como não há magistrados com tempo ocioso, a rigor será necessário criar milhares de novas vagas só nas justiças estaduais. Para surpresa geral da nação, Bolsonaro não vetou.
Ao omitir-se perante um jabuti desse tamanho, verdadeira tartaruga marinha no meio dos demais, o presidente contrariou o ministro Sérgio Moro, que expressou seu desagrado. Ao mesmo tempo, está sendo aplaudido pela esquerda, pelo deputado psolista Marcelo Freixo, pelos advogados criminalistas, pelos garantistas e pelos historicamente lenientes com a criminalidade. Aplaudem-no todos que tremem quando a campainha soa às seis horas da manhã. Aplaudem-no, enfim, todos de quem o Presidente da República é o principal adversário.
O que foi isso, presidente? Nós, seus eleitores, agradeceremos se explicar as razões dessa decisão, poupando-nos de buscá-las e impedindo que ela sirva duplamente a seus inimigos – criando mais delays nos processos criminais e apontando contradições em sua conduta.