Rodrigo Constantino
A extrema-esquerda, com a ajuda
global, preparou a narrativa de que só havia uma coisa a ser feita para quem
tem um pingo de ética: VOTAR “SIM” PELA ABERTURA DA INVESTIGAÇÃO DA DENÚNCIA DO
MINISTÉRIO PÚBLICO DE RODRIGO JANOT CONTRA O PRESIDENTE TEMER. O discurso foi tão envolvente
que muitos ignoraram de onde ele saía: daqueles que nunca ligaram a mínima para
a ética e defendem marginais condenados como heróis. Era o sinal para um pouco
de pausa e reflexão.
Que a acusação tenha partido de
uma conversa claramente armada pelo MAIOR BANDIDO DO PAÍS (DEPOIS DE LULA) que, graças a ela, ficou
totalmente impune, curtindo seus bilhões em Nova York, não vinha ao caso. Que o
processo de denúncia tenha se dado numa velocidade a jato, incomum, fora de
qualquer padrão, tampouco foi abordado. O “Fora Temer” era o único grito de
quem “não defende bandido algum”, E AÍ OS MORALISTAS, NUMA SINUCA DE BICO, TIVERAM
QUE DANÇAR DE ACORDO COM A MÚSICA TOCADA PELO PT E O PSOL.
Mas não era nada disso em jogo, e
qualquer pessoa minimamente atenta sabia disso, não caiu no engodo dos SOCIALISTAS, que teve o apoio da REDE GLOBO e de O
ANTAGONISTA, sabe-se lá por qual motivo. Em jogo não estava ser contra ou a
favor de um corrupto, mas sim não bancar o idiota útil dos golpistas radicais. A CAPA DO GLOBO de hoje demonstra um viés
absurdo, que ignora esse detalhe:
Temer não está livre da Justiça, como pensam muitos e
como parte da imprensa desinforma. Judicialmente o caso não morreu: “E ele pode
ser processado sem o foro privilegiado quando deixar de ser presidente. O caso
seria apreciado com trâmite normal na Justiça comum a partir de 2019”. A QUESTÃO ERA A PRESSA TODA, ESTRANHA, E A OBSESSÃO EM DERRUBAR TEMER, abortando as reformas tímidas em
curso, além de outras medidas, como a asfixia aos sindicatos e aos artistas
engajados, além da mudança nos comandos das estatais. Vários na direita
compreenderam isso, como Paulo Eduardo Martins:
Foi o caso de Luciano Ayan
também, que condenou o voto dos Bolsonaros:
E até mesmo OLAVO DE CARVALHO é de opinião contrária àquela
dos moralistas jacobinos, que cederam à pressão da extrema-esquerda:
Ou seja, não foi por “AMOR” a Temer, e sim por ÓDIO ao PT e por saber o que estava
em jogo que tanta gente à direita, intransigente com a corrupção e sem qualquer
tipo de lealdade ao governo Temer, pregou o voto pelo encerramento da
investigação neste momento.
Por isso as pessoas não foram às
ruas. Engana-se quem diz que isso é ter corrupto favorito. NÃO É! APENAS
NÃO DÁ PARA FAZER O JOGO DOS GOLPISTAS DA EXTREMA-ESQUERDA. UM MÍNIMO DE
PRAGMATISMO É SINAL DE MATURIDADE E SABEDORIA, e
Burke, o “pai do conservadorismo”, seria o primeiro a concordar:
“A raiva e o delírio destroem em uma hora mais
coisas do que a prudência, o conselho, a previsão não poderiam construir em um
século.”
[…]
Não
ignoro nem os erros, nem os defeitos do governo que foi deposto na França e nem
a minha natureza nem a política me levam a fazer um inventário daquilo que é um
objeto natural e justo de censura. […] Será verdadeiro, entretanto, que o
governo da França estava em uma situação que não era possível fazer-se nenhuma
reforma, a tal ponto que se tornou necessário destruir imediatamente todo o
edifício e fazer tábua rasa do passado, pondo no seu lugar uma construção
teórica nunca antes experimentada?
[…]
Se
chegam à conclusão de que os velhos governos estão falidos, usados e sem
recursos e que não têm mais vigor para desempenhar seus desígnios, eles
procuram aqueles que têm mais energia, e essa energia não virá de recursos
novos, mas do desprezo pela justiça. As
revoluções são favoráveis aos confiscos, e é impossível saber sob que nomes
odiosos os próximos confiscos serão autorizados.
A alternativa a esta prudência é
virar um jacobino revolucionário e moralista, que banca o “INCORRUPTÍVEL” contra tudo e todos que estão aí, contra a “CORRUPÇÃO” em abstrato, E TACAR FOGO NO PAÍS, ENTREGÁ-LO DE BANDEJA PARA OS COMUNISTAS, em nome da pureza fatal.
Temer contou com uma arma
poderosa: o medo
real da volta do PT. E claro: há também a diversão
legítima de imaginar o luto no Projaquistão, a decepção dos antagonistas
janotistas (a mesma decepção de quando Trump ganhou), e a festinha micada de
Caetano e sua turma, que nem a erva do capeta pode salvar.
Vivemos num novo país, em que A GLOBO NÃO CONSEGUE MAIS DERRUBAR PRESIDENTE, mesmo quando suspende o Jornal Nacional e até o futebol. Não é
porque voltamos a ficar lenientes com a corrupção, e sim porque percebemos que
havia algo mais por trás desse FALSO MORALISMO REPENTINO, e que não era inteligente cair nessa armadilha janotista.
Sergio Moro continua sendo um
herói do povo brasileiro. A Lava Jato já estava dividida em duas partes. Não há
motivo para desespero, tampouco para conclusões precipitadas de que o combate a
corrupção acabou. Acabou nada, égua! Ele continua. Como é preciso continuar
isso que está aí, viu, as reformas e a asfixia gradual das fontes de
financiamento da extrema-esquerda. NÃO VÃO LEVAR NO GRITO…