segunda-feira, 22 de maio de 2017

JUSTIÇA INEFICIENTE, LERDA E CONIVENTE






Josias de Souza

Michel Temer cogita pedir a anulação de todo o processo em que é investigado no Supremo Tribunal Federal por suspeita de corrupção, obstrução de justiça e formação de organização criminosa. Alega que o ministro Edson Fachin, relator da Lava Jato, não teria legitimidade para atuar no caso, pois a empresa JBS, dos irmãos Joesley e Wesley Batista, é investigada não no escândalo da Petrobras, mas em outras cinco operações: Sépsis, Greenfield, Cui Bono, Carne Fraca e a Bullish.
Alertado pelo criminalista Antonio Claudio Mariz de Oliveira, cujo escritório assumiu sua defesa, Temer disse a aliados, neste domingo, que Fachin não seria o juiz natural do caso que resultou das delações de executivos da JBS. O relator, disse o presidente a ministros e congressistas, deveria ter sido escolhido por sorteio. Algo que os advogados suspeitam que não foi feito. Para tirar a prova dos nove, a defesa do presidente pede ao Supremo que esclareça como foi feita a distribuição do processo sobre a JBS.
Na tarde de sábado, o escritório de Antonio Mariz já havia protocolado no Supremo um pedido de suspensão do inquérito contra o presidente. Questiona-se na petição a validade da gravação feita por Joesley Batista, o sócio da JBS, da conversa que manteve com Temer em 7 de março, no Palácio do Jaburu. No mesmo dia, Fachin determinou que o áudio seja periciado pela Polícia Federal. E transferiu para o plenário do Supremo a decisão sobre suspender ou não a investigação contra Temer. O julgamento está marcado para quarta-feira.
O novo questionamento da defesa de Temer, condicionado à confirmação da ausência de sorteio na distribuição do processo da JBS, será mais amplo. Em vez da suspensão, cogita-se pleitear a anulação de todos os atos praticados por Fachin em relação a Temer. Nessa hipótese, iriam para a lata do lixo, por extensão, os outros despachos de Fachin —da homologação das delações até as 41 batidas de busca e apreensão e as 8 prisões preventivas decretadas pelo relator da Lava Jato com base na colaboração judicial da JBS.
No limite, subiriam no telhado também os despachos de Fachin que afastaram do exercício regular dos respectivos mandatos o senador Aécio Neves (PSDB-MG) e o deputado Ricardo Rocha Loures (PMDB-PR). A pretensão de Temer e seus advogados é a de promover uma reviravolta no caso. O presidente teria, então, munição para sustentar a tese segundo a qual está sendo vítima de uma grande armação. E o debate sobre o mérito do diálogo antirrepublicano que teve com Joesley Batista ficaria em segundo plano. -  A manchete não faz parte do texto original -

domingo, 21 de maio de 2017

SEM RÁDIO E SEM NOTÍCIAS DAS TERRAS CIVILIZADAS







Dalinha Catunda

Enquanto pegava fogo Esse nosso cabaré Terra de muito Batista E de pouca Salomé Eu estava no sertão Comendo milho e baião E tirando ata do pé.


Não vi a tal da suruba Na delação da propina Eu curtia a invernada Como boa nordestina O Brasil com sua cruz E eu comendo cuscuz Sem chorar a minha sina.

Era cantiga de grilo Era sapo a coaxar De dia tapa em mutuca De noite vou lhe contar Era tapa em muriçoca No alpendre só fofoca E café para tomar.

Porém agora voltei Para a civilização Morada da putaria Reino da esculhambação Aonde é cega a justiça E tudo cheira a carniça Brasil em putrefação.

sábado, 20 de maio de 2017

FITA DO ÁUDIO DO DONO DA JBS COM TEMER É UMA FARSA, MONTAGEM FAJUTA QUE TEM MAIS DE 50 CORTES. MICHEL TEMER FOI VÍTIMA DE UMA CONSPIRAÇÃO...




Por Matheus Magenta e Daigo Oliva

Uma perícia contratada pela Folha concluiu que a gravação da conversa entre o empresário Joesley Batista e o presidente Michel Temer SOFREU MAIS DE 50 EDIÇÕES. O laudo foi feito por Ricardo Caires dos Santos, perito judicial pelo Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo.
Segundo ele, o áudio divulgado pela Procuradoria-Geral da República tem indícios claros de MANIPULAÇÃO, mas “não dá para falar com que propósito”. Afirma ainda que a gravação divulgada tem “VÍCIOS, PROCESSUALMENTE FALANDO”, o que a invalidaria como prova jurídica.
“É COMO UM DOCUMENTO IMPRESSO QUE TEM UMA RASURA OU UMA PARTE ADULTERADA. O CONJUNTO PODE ATÉ FAZER SENTIDO, MAS ELE FACILMENTE SERIA REJEITADO COMO PROVA”, disse Santos.
Segundo disse à Folha a Procuradoria, a gravação divulgada é “exatamente a entregue pelo colaborador e sua autenticidade poderá ser verificada no processo”.
“Foi feita uma avaliação técnica da gravação que concluiu que o áudio revela uma conversa lógica e coerente”, declarou a Procuradoria na noite desta sexta (19).
A gravação não passou pela Polícia Federal, que só entrou no caso no dia 10 de abril. O áudio, feito pelo empresário na noite de 7 de março, foi entregue diretamente à PGR e é anterior à fase das ações controladas.
Em um dos trechos editados, o empresário pergunta ao peemedebista sobre sua relação naquele momento com o ex-deputado federal Eduardo Cunha (PMDB-RJ), preso pela Lava Jato. As duas respostas de Temer sofreram cortes.
O trecho na gravação divulgada permite o seguinte entendimento:
“Tá.. Ele veio [corte] tá esperando [corte] dar ouvido à defesa.. O Moro indeferiu 21 perguntas dele… que não tem nada a ver com a defesa dele”
“Era pra me trucar, eu não fiz nada [corte]… No Supremo Tribunal totalidade só um ou dois [corte]… aí, rapaz mas temos [corte] 11 ministros”
Em depoimento posterior à PGR, Joesley disse que nesse momento o presidente dizia ter influência sobre ministros do STF.
“Ele me fez um comentário curioso que foi o seguinte: ‘Eduardo quer que eu ajude ele no Supremo, poxa. Eu posso ajudar com um ou dois, com 11 não dá’. Também fiquei calado, ouvindo. Não sei como o presidente poderia ajudá-lo”, afirmou.
Em outro trecho cortado, o empresário, enquanto explica a Temer que “DEU CONTA” de um juiz, um juiz substituto e um procurador da República, declara: “…eu consegui [corte] me ajude dentro da força-tarefa, que tá”.
No momento mais polêmico do diálogo, quando, segundo a PGR Temer dá anuência a uma mesada de Joesley a Cunha, a perícia não encontrou edições. O trecho, no entanto, apresenta dois momentos incompreensíveis, prejudicados por ruídos.
Em entrevista à Folha, outro perito, Ricardo Molina, que não fez uma análise formal do áudio, declarou que A GRAVAÇÃO É DE BAIXA QUALIDADE TÉCNICA. Para ele, uma perícia completa e precisa obrigaria a verificação também do equipamento com que foi feita a gravação.
“Percebem-se mais de 40 interrupções, mas não dá para saber o que as provoca. Pode ser um defeito do gravador, pode ser edição, não dá para saber.”
Para o perito judicial Ricardo Caires dos Santos, não há hipótese de defeito.
Procurada para comentar o assunto, a assessoria da JBS disse que a empresa não vai comentar. Conforme revelou o Painel nesta sexta-feira (19), o Planalto decidiu enviar a peritos a gravação, desconfiando de edição da conversa. Comprovada a existência de montagem, o governo vai reforçar a tese de que TEMER FOI VÍTIMA DE UMA “CONSPIRAÇÃO”.









sexta-feira, 19 de maio de 2017

LULA E DILMA BOTARAM NO PÉ DO CIPA MAIS DE R$ 500 MILHÕES EM DINHEIRO SUJO




SEGUNDO BATISTA, GUIDO TERIA PEDIDO DINHEIRO À JBS PARA COMPRAR 30 DEPUTADOS EM TROCA DE VOTOS FAVORÁVEIS A DILMA DURANTE O PROCESSO DE IMPEACHMENT

Weudson Ribeiro

A delação da JBS também compromete os petistas Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff: "Os saldos das contas vinculadas a eles eram formados pelos ajustes sucessivos de propina do esquema BNDES e do esquema-gêmeo, que funcionava no âmbito dos fundos Petros e Funcef", contou Joesley Batista à Procuradoria-Geral da República. De acordo com o empresário, O VALOR DAS CONTAS DOS EX-PRESIDENTES CHEGOU A BATER US$ 150 MILHÕES. 

Ficou a cargo de Guido Mantega o papel de intermediário dos pagamentos. Em 2010, Guido teria repassado R$ 30 milhões para a campanha de Rousseff. De acordo com Batista, o dinheiro era pago para garantir que burocratas do governo não servissem de obstáculo para os litígios do grupo frigorífico.

IMPEACHMENT

Segundo Batista, Guido teria pedido dinheiro à JBS PARA COMPRAR 30 DEPUTADOS EM TROCA DE VOTOS FAVORÁVEIS A ROUSSEFF DURANTE O PROCESSO DE IMPEACHMENT DO ANO PASSADO. Batista autorizou a compra de cinco deputados federais. Cada um teria recebido R$ 3 milhões para votar a favor da petista. O empresário disse aos procuradores que não se lembra dos nomes dos deputados corruptos. A ultima parcela do pagamento total de R$ 15 milhões foi pago em março deste ano. “Nos dias seguintes ao da votação do impeachment, Bacelar trouxe ao depoente [Batista] a dívida de 15 milhões de reais, de 5 deputados que haviam, em tese, votado contra o lmpeachment de Dilma; QUE dos 15 milhões, o depoente já pagou 3.5 milhões, sendo que os últimos 500 mil reais foram pagos na sua casa, em março de 17”, disse Batista no depoimento.

 

 

OS MARGINAIS LULA E DILMA TINHAM US$ 150 MILHÕES EM “CONTA-CORRENTE NA SUÍÇA” DE PROPINA DA JBS...




O termo de colaboração 1 do empresário Joesley Batista, do Grupo JBS, descreve o fluxo de duas ‘CONTAS-CORRENTES’ de propina no exterior, cujos beneficiários seriam os ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff. O empresário informou à Procuradoria-Geral da República que o saldo das duas contas BATEU EM US$ 150 MILHÕES EM 2014. Ele disse que o ex-ministro Guido Mantega (Fazenda/Governos Lula e Dilma) operava as contas.
A reportagem do Estadão confirmou com procuradores próximos ao caso que a conta estava em nome de empresas offshores em banco na Suíça. A utilização de offshores caracteriza, para os investigadores, tentativa de camuflagem dos reais beneficiários da conta.
Procurado, o Ministério Público da Suíça se recusou a comentar e afirmou que não daria informações sobre ‘pessoas investigadas ou não’ pela Procuradoria.
As duas contas foram ‘zeradas’ em 2014. Segundo Joesley Batista, o dinheiro foi utilizado para financiar campanhas políticas de partidos e candidatos elencados pelo ex-ministro Guido Mantega. Segundo o empresário, ele foi ‘explícito’ em uma reunião com Dilma sobre a existência desse dinheiro. De acordo com sua delação premiada, os gastos eram tratados em reuniões entre Guido Mantega e Batista.
“FOI ATÉ ZERAR, ATÉ ACABAR. ACABOU A DA DILMA E ACABOU A DO LULA. EU AVISEI QUANDO ACABOU”. O empresário não soube dizer se os partidos que se beneficiavam dos recursos usavam o dinheiro ‘em caixa 1, em caixa 2, por dentro ou por fora’. Segundo ele, quem cuidava dessa relação de pagamentos era Edinho Silva na época, o tesoureiro da campanha. – Fonte: Jornal O Estadão – A manchete e a imagem não fazem parte dotexto original -