sábado, 5 de agosto de 2017

O FURACÃO DORIA


MAIOR REVELAÇÃO DA POLÍTICA BRASILEIRA DOS ÚLTIMOS TEMPOS, O PREFEITO DE SÃO PAULO DEIXA PARA TRÁS OS VELHOS HÁBITOS DO PODER, FOCA NA GESTÃO DE RESULTADOS, PASSA A SER REVERENCIADO DENTRO E FORA DO BRASIL E SE CONSOLIDA COMO O ANTI-LULA. SUA TRAJETÓRIA ASCENDENTE NOS ÍNDICES DE PREFERÊNCIA DO ELEITORADO O CREDENCIA A QUALQUER COISA EM 2018

Carlos José Marques e Germano Oliveira         


Aconteceu de novo há alguns dias. João Doria, O POLÍTICO SENSAÇÃO DOS ÚLTIMOS TEMPOS, percorreu a passos milimétricos o longo circuito de embarque do aeroporto de São Paulo para mais uma viagem internacional. Desta vez à China, onde estaria com financistas, dirigentes estatais, prefeitos de províncias como Xangai (também conhecida como Shanghai) e empresários. Cena inusual: o alcaide de São Paulo teve que parar a cada pequeno avanço, tamanho o número de cumprimentos a que era submetido. Vários ali queriam parabenizá-lo, ROGAR SEU NOME A CANDIDATO PRESIDENCIAL, INCENTIVÁ-LO À DISPUTA. A cena se repetiu no avião. Na escala em Dubai. E mesmo do outro lado do mundo, em terras orientais, nas quais foi recebido com tapete vermelho e faixas de boas vindas, tal qual um chefe de Estado. Desde que assumiu, com rotineira frequência, Doria é ovacionado por onde passa, enquanto seus pares ouvem apupos. Tiram selfies com ele, o beijam, o abraçam. Doria foi convertido em um verdadeiro avatar da sorte na administração pública, UM POP-STAR DA POLÍTICA, ramo de atuação que anda mais em baixa que o de ladrão de galinhas. Aos olhos dos brasileiros ele tem se diferenciado por exibir um novo jeito de governar – mais em sintonia com os anseios de MORALIDADE, EFICIÊNCIA E SERIEDADE almejados pela população nos dias de hoje. Em poucos meses de mandato na prefeitura da maior cidade brasileira, Doria virou o jogo. Coleciona epítetos de bom gestor, reconhecimentos, apoios. Segue, como nenhum outro, em alta para as eleições de 2018. EM TODAS AS PESQUISAS É APONTADO COMO O DE MENOR REJEIÇÃO. Uma espécie de sobrevivente designado em um ambiente infestado de candidatos corruptos, parlamentares encrencados e líderes metidos em esquemas escabrosos. Dentro do próprio ninho tucano peessedebistas de carteirinha admitem não ter como frear a onda Doria.



E seria de fato um tremendo erro. O empresário-apresentador, que entrou no Executivo pela porta da frente e projetou-se como um outsider das corriolas fisiológicas, transformou-se numa ALTERNATIVA VIÁVEL fora das velhas e desgastadas panelas de conchavos dos políticos de sempre. Seus potenciais adversários dentro do PSDB, o senador Aécio Neves, o governador Geraldo Alckmin e o ex-ministro José Serra foram ou estão sendo abatidos a golpes de escândalos, que vão de desvios em obras do metrô do Estado a participação nas tramoias da Lava Jato. Alckmin, criador da criatura, viu seu pupilo ir muito além dele na preferência popular – embora tenha tido seu nome testado em escrutínio presidencial, com propaganda nacional intensa para se eleger. Sem sucesso. Doria hoje, antes de entrar em campo, já se posiciona à frente de Aécio e Alckmin nas pesquisas e só uma disposição insana de repetir propostas do passado levaria a esquadra tucana a desconsiderar esse cenário. Analistas e cientistas políticos concordam sobre o diagnóstico: as ambições de cada um no PSDB não podem – ou não deveriam – se sobrepor às chances efetivas de levar a disputa de 2018 com um candidato que mostrou grande poder de convencimento nas urnas e que galgou prestígio de maneira acelerada em vários segmentos. “SE DORIA CHEGAR NO COMEÇO DO ANO QUE VEM COM 20% E ALCKMIN SE MANTIVER NOS ATUAIS 7%, QUERO VER QUEM NO PARTIDO VAI ESCOLHER O GOVERNADOR”, diz um dirigente tucano. Nesse contexto, seria na verdade um ato de grandeza política do governador paulista o recuo de suas pretensões, cedendo espaço e abençoando a ascensão do apadrinhado. A data para o gesto, inclusive, já está definida. Em conversa na última semana, o senador Tasso Jereissati (CE) acertou com Alckmin que o presidenciável do PSDB será escolhido até o mês de dezembro. TUDO CONVERGE PARA DORIA. Em evento com empresários na quinta-feira 3 em Curitiba, o prefeito de São Paulo foi paparicado como se já fosse o candidato a presidente do partido.



REFUNDAÇÃO

Os arquirrivais Aécio e Serra aquiesceram e sinalizam simpatia pela escolha do novo fenômeno como a melhor opção. Tudo em prol de um projeto ideológico e do partido, que teve sua imagem amarrotada e hoje é considerado tão permissível a falcatruas como os demais. Para o PSDB, que agora tem DORIA COMO ESTRELA FULGURANTE, é vital a retomada do poder para recuperar o prestígio que deixou escapar entre os dedos, de maneira seguida, nas quatro últimas eleições presidenciais. Em carta divulgada na última semana, economistas ligados ao PSDB, como Edmar Bacha, Gustavo Franco e Elena Landau, clamaram por uma espécie de “REFUNDAÇÃO DO PARTIDO”. Se a ideia é retomar os princípios que levaram à criação da legenda, hoje quem melhor os personifica é Doria, na avaliação de tucanos emplumados. “Alckmin, Aécio ou Serra perderam o discurso da ética. Só vai ganhar quem não estiver envolvido nessas confusões”, concorda a diretora do Ibope, Márcia Cavallari.

Na oposição um pacto destinado a poupar Alckmin de ataques, fechando temporariamente os olhos às denúncias que o cercam, foi acertado. A avaliação predominante entre os quadros do PT, PSOL, Rede e agregados é que Alckmin constitui uma opção mais fácil de ser abatida, uma vez que ele estaria tão comprometido quanto os demais em acusações de irregularidade, o que lhe tira o discurso da ética. DORIA, POR SUA VEZ, NÃO POSSUI TELHADO DE VIDRO NESSA SEARA E É TEMIDO POR DECLARAÇÕES BELICOSAS E DE INDIGNAÇÃO QUE LANÇA CONTRA OS MALFEITOS DE SEUS RIVAIS. Em uma reunião recente da cúpula petista, a trégua de ataques ao nome Alckmin e o temor sobre a ameaça Doria foram discutidas. Ali ficou acertada a estratégia: BLINDAR O PRIMEIRO E DESACREDITAR O SEGUNDO.

Por declarações, atitudes e resultados, Doria já se converteu, na essência e na prática, no anti-Lula. Representa a figura que se opõe a todos os equívocos e hábitos abomináveis de administração que deitaram raízes no País, especialmente na era de mando do cacique petista. Moldou um conceito de atuação e discurso com foco em Lula, como adversário preferencial, praticamente quebrando paradigmas. “EU SOU O ANTI-LULA POR FORMAÇÃO. E PARA ISSO NÃO PRECISO SER CANDIDATO EM 2018. SER CONTRA LULA É SER A FAVOR DO BRASIL”, disse João Doria à ISTOÉ, em seu gabinete na prefeitura de São Paulo. Até então, boa parte da classe política evitava confrontar aquele que era tido como mito entre seus pares. Ninguém ousava lançar farpas sobre ele. Doria, ao contrário, não se intimidou. Desde os seus primeiros movimentos, ainda em campanha, chamava Lula de “VAGABUNDO”.

Apontava o dedo o acusando de ter destruído o País. Alertou, em várias ocasiões, para as manobras matreiras e nada republicanas do líder petista. Quando recebeu de Lula o troco, com a alegação de nunca ter trabalhado, Doria não se fez de rogado. Voltou à ofensiva. Mostrou a carteira de trabalho com vários registros e ainda tachou o rival de “COVARDE” e “MENTIROSO”. “O LULA TRABALHOU OITO ANOS NA VIDA E TEM APOSENTADORIA, TRÍPLEX, FAZENDINHA, SITIOZINHO E É POR ISSO QUE CADA VEZ QUE VEJO ESSE SEM VERGONHA FALAR MENTIRA NA TELEVISÃO EU PONHO MAIS UMA HORA DE TRABALHO E DEDICO A ELE”.

O tom ácido de suas falas muitas vezes vem acompanhado de fina ironia. “CURITIBA É APRAZÍVEL. OS PETISTAS SABEM DISSO. FREQUENTAM COM CONSTÂNCIA E ALGUNS ESTABELECERAM ENDEREÇO FIXO POR LÁ”, tripudiou em certa ocasião, fazendo referência aos presos da Lava Jato. Disse, inclusive, que visitaria Lula em Curitiba. Sobre os resultados alcançados pelo governo petista, Doria fez troça: “Durante os 13 anos de Lula e Dilma, eles só conseguiram fazer duas reformas: a do TRÍPLEX e a do sítio de ATIBAIA”. Por convicção ou faro político, Doria acertou em cheio no seu alvo. Ele não anseia a prisão de Lula. Quer derrotá-lo nas urnas. Diz que não se trata de benevolência, mas de pragmatismo. No seu entender, LULA PRECISA SER JULGADO PRIMEIRO PELO POVO PARA DEPOIS SOFRER AS CONDENAÇÕES DA JUSTIÇA. Do contrário vira vítima e vai tentar mobilizar a sociedade com a velha ladainha do golpe. É munido de sarcasmo que Doria apela: “DEIXEM LULA CONCORRER E SER DERROTADO. É ASSIM QUE ELE TEM DE ENTRAR PARA A HISTORIA”. Na sua metralhadora giratória, não poupa ninguém. Outro dia foi o ex-ministro, Ciro Gomes, do PDT, também presidenciável, quem experimentou o poder de sua ira. Ao ser chamado de “farsante” respondeu dizendo que o cearense estava com a saúde mental abalada. Nenhum ataque fica sem revide. Outro dia, durante discurso em um quase comício, ouviu um manifestante chamá-lo de “golpista”. Indignado, mandou o rapaz procurar a turma em Curitiba. “GOLPISTA É QUEM ROUBA COMO OS PETISTAS”, esbravejou.

A virulência de seus rompantes agrada e mobiliza adeptos. Doria consegue, com essa postura, verbalizar muito da indignação que prevalece entre os brasileiros. Daí, talvez, ele galvanizar as atenções de hordas de eleitores nas mais recônditas localidades do País. Já entrou para os anais as condecorações, comendas e chaves como Cidadão Honorário que recebeu de ao menos oito capitais ao longo deste ano, mostrando que sua popularidade ultrapassou em muito as cercanias paulistas. Nesta segunda-feira 7, inclusive, o tucano receberá o título em Salvador e, no próximo dia 18, em Fortaleza. Enquanto perdura a crise, Doria vai angariando projeção nacional na base da eficiência. Seu conceito de “PREFEITAR” virou “benchmarking”. Na prática, muitos políticos aspirantes ao poder, em qualquer nível, passaram a mirar o modelo Doria, a copiar seu estilo e a colar na sua imagem. Estão indo às ruas de pá e enxada para mostrar serviço, incorporaram a ideia da privatização em escala e do saneamento nas contas públicas. Mandam mensagens e telefonam de várias partes do País. Querem entender a fórmula. No gabinete do prefeito, diariamente, são registradas solicitações de dicas e informações vindas de municípios do Amapá, Piauí, Pará, Rondônia, Bahia, Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Goiás e Paraná, em grande quantidade.



Desde criança, Doria acompanhava o pai João Doria (ao lado) em seu local de trabalho, uma agência de publicidade. A convivência dos dois precisou ser interrompida por quase dez anos porque o pai, então deputado federal, foi forçado a se exilar em Paris em razão do golpe militar no Brasil, contra o qual se rebelou. O pai morreu em 2000. Outra inspiração para Doria foi o ex-governador Mário Covas, falecido em 2001. Covas é seu modelo de político honesto e trabalhador. O entorno mais próximo do prefeito também está empolgado com o seu modo de comandar. “OS VEREADORES, POR EXEMPLO, ESTÃO CONTAGIADOS”, diz a parlamentar Rute Costa, do PSD. “SEGUIR ELE PEGA BEM”, endossa o peemedebista Ricardo Nunes. O empresário Flávio Rocha, presidente da Riachuelo, a segunda maior rede de moda do País, acha que a candidatura de João Doria a presidente em 2018 seria não apenas “MUITO PLAUSÍVEL” como REPRESENTARIA “A MELHOR COISA QUE PODERIA ACONTECER AO BRASIL”. Doria parece ser de fato uma figura capaz de arrebatar ânimos. Em várias frentes. Inclusive na religiosa. Católicos, espíritas, umbandistas e, em número significativo, evangélicos. Quatro grandes líderes do segmento já declinaram apoio a ele. Pastores como Silas Malafaia e Valdemiro Santiago apontaram o tucano como a solução para o País. “Faria um bem danado a nós”, afirma Malafaia. “Tiro o chapéu de vaqueiro (sua marca registrada) para o católico Doria. Ele é exatamente o que o Brasil e o mundo precisam”, reforçou Santiago, meses atrás, durante ato da Igreja Mundial do Poder de Deus, enquanto as câmeras de TV da congregação enquadravam fiéis às lágrimas gritando aleluia. “FUI O PRIMEIRO A PROFETIZAR QUE ELE SERIA PREFEITO E, SE FIZESSE UMA BOA ADMINISTRAÇÃO, TERIA TUDO PARA SER PRESIDENTE DESSA NAÇÃO”, reivindica Ezequiel Pires, líder da Catedral da Bênção.



LEI DO SILÊNCIO

Hábil articulista, no plano da promoção pessoal Doria se coloca como o “NOVO” contra os velhos personagens de sempre. No tabuleiro de adversários potenciais, os concorrentes à alternativa Doria seriam na verdade outsiders como ele que ainda não apresentaram as cartas. Nomes como o do ministro Henrique Meirelles, o do presidente do TSE, Gilmar Mendes, e de seu colega de magistrado, Joaquim Barbosa, estão no páreo. Há uma contradição latente entre o desejo mal velado de concorrer e a necessidade que Doria expõe como vital de ser bem aceito por quem, como ele, postula a vaga no partido. A avalanche de preferência que se coloca a seu favor curiosamente o assustou. Ele teme melindrar a relação com aliados e recentemente determinou uma espécie de lei de silêncio sobre 2018. Defende-se dizendo que não faz proselitismo. “TENHO QUE PREFEITAR”, esquiva-se. Sabe que a fogueira das vaidades nesse ambiente pode ser um veneno mortal e por precaução adotou a tática da defesa. As circunstâncias, evidentemente, são favoráveis ao seu nome. DORIA É UM CANDIDATO PRET À PORTER, FEITO SOB MEDIDA, PARA ESSA ELEIÇÃO. DEIXOU DE SER UM ENIGMA E SE PREPAROU ARDUAMENTE PARA A FAÇANHA DO GRANDE ENFRENTAMENTO CONTRA LULA.

É instigante verificar como ele veio erigindo, paulatinamente, a trajetória de arrancada. Criado e curtido em um ambiente político, onde seu pai, João Agripino da Costa Doria, foi cassado e viveu exilado por obra e repressão do regime militar, o jovem Doria mirou desde cedo a atividade pública como meta. Encaminhado pelas mãos do ex-governador Mario Covas, virou presidente da Paulistur e a seguir da Embratur. Seu sonho sempre foi resgatar a missão do pai, bruscamente interrompida, mas primeiramente amealhou sucesso na iniciativa privada, onde se firmou como grande aglutinador de relacionamentos empresariais. Criou o LIDE, com mais de três mil associados, que promove seminários e eventos arrastando participantes renomados de vários setores. Ganhou muito dinheiro, mas nunca abandonou a ambição da carreira política, tida por ele quase como uma sina. Impassível e tenaz, mesmo diante dos apelos de familiares e amigos para desistir do objetivo, seguiu em frente e entrou com o pé direito, viabilizando-se por conta própria para a prefeitura, sem escala no Legislativo.

Hoje, a despeito da sua própria ação, O NOME DELE TEM CIRCULADO CADA VEZ COM MAIS FORÇA, DE BOCA EM BOCA, ENTRE SIMPATIZANTES. O instinto de sobrevivência do PSDB falará mais alto ao final. Só não pode demorar na definição da linha a ser traçada para não ficar a reboque dos demais – especialmente da oposição. Recentemente, a repercussão sobre a propaganda partidária do PSDB, na qual os caciques falavam em renovação, não foi das melhores. Sem mostrar caras novas – nem Doria apareceu – ela teria deixado no ar dúvidas sobre o real engajamento dos comandantes nessa direção. Certamente não irão adiantar promessas que não venham acompanhadas de uma opção autenticamente fora das velhas saídas. Alckmin ainda acredita piamente que a sua candidatura tem fôlego. Movimenta-se nos bastidores para manter a postulação à Presidência.

Doria, por sua vez, avisou que não irá disputar prévias. Ele teria de ser ungido por preferência da maioria, com indicação direta da agremiação, ou nada feito. Uma posição bem distinta da que tomou quando concorreu à prefeitura. Naquele momento encarou uma queda-de-braço com figurinhas carimbadas do partido e foi escolhido. Saiu a seguir vitorioso ao romper o cinturão vermelho dos petistas nas localidades menos favorecidas enquanto arrebanhava, ao mesmo tempo, a quase totalidade dos votos nas classes A e B. CRAVOU UM FEITO LEVANDO PELA PRIMEIRA VEZ NA HISTÓRIA A ELEIÇÃO NA CAPITAL PAULISTA EM PRIMEIRO TURNO.

Nos salões internacionais suas conquistas têm sido tão ou mais reverenciadas. Em maio passado, as vésperas de pipocar o escândalo que devastaria quase toda a classe política – com a delação tsunâmica do empresário Joesley Batista – Doria recebeu a distinção de “HOMEM DO ANO”, EM NOVA YORK, concedida pela Câmara de Comércio Brasil/EUA. Em meio ao evento, o creme de la crème da classe produtiva nacional e figuras de proa do mundo dos negócios globais. Nos elegantes salões da Big Apple, a plateia saudou o prefeito em êxtase. Bill Rhodes, ex-presidente do Citibank e ex-secretário de economia dos EUA, disse que Doria trouxe novos ares ao Brasil. O ex-prefeito de NY, Michael Bloomberg, o classificou como “REFERÊNCIA”. Outro de seus admiradores, o ex-governador da Califórnia e ator hollywoodiano, Arnold Schwarzenegger, fez questão de vir a São Paulo cumprimentá-lo pessoalmente com um “HELLO, MR. PRESIDENT”.

O fato é que, em meio à crise, esse aspirante ao Planalto tem ganho MUITA PROJEÇÃO NACIONAL E INTERNACIONAL. Participa das grandes decisões sobre os rumos do País. Posicionou-se contra o desembarque tucano da nau de Temer, defendeu as reformas, reclamou dos juros altos. Desde a eclosão do escândalo da JBS, Doria participou de mais de 20 encontros nacionais. Enfrentou os chamados “CABEÇAS-PRETAS” do PSDB, jovens radicais que pregavam o rompimento puro e simples com o governo, sem plano alternativo. Abriu guerra às drogas, desfazendo o circuito da Cracolândia no centro da cidade, debaixo de críticas e desconfiança dos especialistas. Inventou o CORUJÃO DA SAÚDE – TALVEZ O SEU PROJETO MAIS BEM SUCEDIDO. Conquistou doações do setor privado. Também com tudo isso reforçou a simpatia e a torcida dos seus eleitores. Doria sabe onde pisa e a postura de confiança tem lhe aberto portas. O resultado de suas investidas o credencia a qualquer coisa. A viabilidade de sua candidatura a Brasília por certo não depende nem mesmo de sua filiação partidária. “O APOIO A DORIA ESTÁ SENDO ORGANIZADO ALÉM DAS FRONTEIRAS DO PARTIDO”, disse um deputado vinculado ao grupo de Serra. Ele encontra legenda e entusiasmo ao seu nome inclusive entre peemedebistas, democratas e outras grandes agremiações. Doria soube entender os anseios sociais, captou o Zeitgeist – termo alemão usado para designar o “espírito do tempo”, E QUEM LEVANTAR SEU NOME DEVE SAIR COM VANTAGEM EM 2018.



sexta-feira, 4 de agosto de 2017

A JUVENTUDE TRANSVIADA DE JAMES DEAN



Às 17h45min de um dia como outro qualquer, apesar do crepúsculo e o brilho do sol poente que deslumbrava no horizonte, em 1955, o ator JAMES DEAN, de apenas 24 anos, MORRIA EM UM ACIDENTE DE CARRO, na Califórnia, quando o seu Porsche que tinha o apelido de “Little Bastard” (“Pequeno Bastardo”), atingiu um Ford Sedan em um cruzamento. O motorista do outro carro, o estudante de 23 anos, Donald Turnupseed, estava atordoado após o acidente, mas, praticamente, sem ferimentos. No trágico dia, o filme VIDAS AMARGAS (1955), estrelado por Dean, era um sucesso nos cinemas. Depois de sua morte, ainda seriam lançando dois filmes póstumos: JUVENTUDE TRANSVIADA (1955) e ASSIM CAMINHA A HUMANIDADE (1956). Apesar de ser jovem e iniciando a carreira, DEAN estava no caminho para o estrelato, e o acidente o transformou em uma lenda. Ele é considerado um ícone cultural, como personificação da rebeldia e angústias da juventude da década de 1950.

Dean viajava para uma corrida de carros em Salinas junto com o seu mecânico, o alemão Rolf Wütherich, que ficou gravemente ferido e, após se recuperar, jamais falou sobre a tragédia. DUAS HORAS ANTES, O ATOR TINHA SIDO MULTADO POR EXCESSO DE VELOCIDADE. Batizado de “O REBELDE DA AMÉRICA” por Ronald Reagan também ator e mais tarde presidente dos Estados Unidos, Dean morreu na hora, em decorrência de várias lesões graves, incluindo uma fratura de pescoço. A beleza e a atitude rebelde, desafiadora e ao mesmo tempo vulnerável e angustiada ajudaram a definir a juventude do pós-guerra.

Dean era um apaixonado por velocidade. Porém, testemunhas alegam que DEAN não estava correndo no exato momento do acidente, e que o outro carro poderia estar rápido. Contudo, o brilho do sol ardente pode ter impedido Turnupseed de ver o Porsche chegando… Talvez não haja no mundo alguém tão simbólico quando se fala em “REBELDIA JUVENIL”. Sua imagem e sua aura de garoto revoltado, flertando com o perigoso mundo marginal, com um cigarro aceso entre os dedos, tornou-se um modelo para gerações mundo afora. E até Michael Jackson se inspirou no ator: a jaqueta vermelha do clipe de BEAT IT é uma referência óbvia ao famoso figurino de DEAN no filme JUVENTUDE TRANSVIADA, seu maior clássico entre os três longas-metragens épicos que estrelou entre 1954 e 1955.

No início dos anos 50, atuou em vários filmes, mas seu estrelato só veio após o estrondoso sucesso alcançado por suas atuações em “Juventude Transviada”, de 1955(o título original do filme denomina-se REBEL WITHOUT A CAUSE, traduzido para o português, REBELDE SEM CAUSA. Só que no Brasil, ele ficou com a denominação de JUVENTUDE TRANSVIADA. Logo em seguida vieram “Vidas Amargas”, de 1955, e “Assim Caminha a Humanidade”, de 1956, tendo os dois últimos lhe valido indicações ao Oscar de Melhor Ator. Sua morte repentina, aos 24 anos, quando seu carro Porsche se chocou com outro veículo, associada ao prestígio obtido por suas ótimas performances em seus últimos filmes, o transformou num dos maiores mitos de Hollywood.

Por muito pouco JAMES DEAN não atuou em um filme de faroeste que já tinha sido o escolhido pelo escritor e diretor Gore Vidal para protagonizar o filme de cawboy UM DE NÓS MORRERÁ no papel de Billy the Kid. Conforme nos conta o cinéfilo Darci Fonseca, Vidal sonhava com James Dean como protagonista. Dean, porém, estava preso às filmagens de “ASSIM CAMINHA A HUMANIDADE” que se prolongaram acima do esperado e PAUL NEWMAN foi então convidado para substituir James Dean. O teleteatro “The Death of Billy the Kid” foi ao ar na noite de 24 de julho de 1955, obtendo êxito de público. Por ser exibida na televisão o ator William Bonney não foi mostrado como homossexual conforme Vidal deixara evidente em seu texto. Em 1957 a Warner Bros adquiriu os direitos de “The Death of Billc the Kid” escalando o roteirista Leslie Stevens para reescrever a peça de Gore Vidal. O WESTERN baseado no teleplay foi intitulado “The Left Handed Gun” (O Pistoleiro Canhoto), recebendo o título brasileiro de “UM DE NÓS MORRERÁ”.

Em janeiro de 1951, Dean tinha decidido abandonar as aulas e entrar totalmente em Hollywood, onde daria seus primeiros passos em representações teatrais exibidas pela televisão, onde dividiu palco com Natalie Wood, sua futura companheira de elenco em “Rebelde sem causa”. Muitos se perguntam o que teria sido de Dean se tivesse vivido mais. Há quem acredite que teria tido uma carreira como a de Marlon Brando ou Cary Grant. Ou que talvez teria optado por se envolver profissionalmente no mundo das corridas de carros que tanto amava. Ou que teria aberto o caminho para muitos ao tornar pública sua suposta homossexualidade. Mas James Dean viveu e morreu de acordo com sua própria filosofia, com frases que entraram para o imaginário de Hollywood como “a gratificação vem ao fazer, não com os resultados”. Além da célebre “sonhe como se fosse viver para sempre e viva como se fosse morrer hoje”. Na época, enquanto o outro rebelde lançou a camiseta também no cinema, quem? MARLON BRANDO!!! Viva os REBELDES!!! Ele, James Dean , também inventou moda: as pessoas usam Jeans porque ele “EXISTE”!!! Não, ele não inventou o Jeans… Mas basicamente lançou no cinema…

Aproveitando a deixa, eis um sucesso Inesquecível, uma música belíssima na linda voz do brasileiro LUIZ MELODIA, intitulada JUVENTUDE TRANSVIADA que tem o mesmo nome do filme do norte-americano JAMES DEAN.

Luiz Melodia faleceu hoje, dia 4 de agosto de 2017.

Curta aqui, este clipe!!!



O PICÃO ROXO

DALINHA CATUNDA - EU ACHO É POUCO
                      



O PICÃO ROXO


Andei com dores nos quartos
Vejam que situação.
Aí me recomendaram
Tomar um chá de picão,
Eu saí me maldizendo
E já fui logo dizendo:
Esse diabo tomo não!


Mas o doutor raizeiro
Correu logo atrás de mim
Me chamou lá num cantinho
E já foi dizendo assim:
Experimente o tal picão
Que a sua situação
De dor vai chegar ao fim.


Olhei bem desconfiada
Pro vendedor de raiz
Foi quando senti de novo
Aquela dor infeliz
Era uma dor bem profunda
Subindo o rego da bunda
E atormentando os quadris.


Eu tinha que me render
A tal fitoterapia
Mas uma dúvida atroz
Realmente me afligia
Será que o tal picão
É cipó ou solução?
A gente toma, ou enfia?


Era a dor me consumindo
Era bem grande a aflição
E tinha que ser do roxo
Pra ter efeito o picão
Entrei firme no cipó
Se a dor de mim não tem dó
Não vejo outra solução.

... Texto gentilmente roubado lá do blog JBF de Berto Filho.


quinta-feira, 3 de agosto de 2017

O BANDITISMO RELIGIOSO  

 

O Blog Chumbo Grosso, na calada da noite, gentilmente, roubou um vídeo enviado pelo excelente cronista Cícero Tavares ao Jornal da  Besta Fubana(JBF) de Berto Filho da cidade do Recife – PE. Pois bem!!! Como relata TAVARES, o  Interessante desse vídeo do humorista Márcio Américo que  vem caracterizando o PASTOR ADÉLIO um picareta que adora pobres, diferentemente do deputado JUSTO VERÍSSIMO, personagem antológico criado pelo genial Chico Anísio, que os odiava e tinha nojo. Assistam ao vídeo até o final e sintam a realidade por trás das palavras proféticas do PASTOR HUMORISTA. O que ele fala é simplesmente um choque de realidade: nós vamos ser destruídos pela pobreza. O Congresso Nacional é o exemplo cabal e perfeito dessa sucursal nefasta. DIVIRTAM-SE!!!


OBRANDO PELA BOCA



O CARA DE PAU E O BOCA SUJA DO LULA, APENAS É O CORRUPTO QUE MAIS ESCANCAROU E DISSEMINOU A LADROAGEM BRASIL A FORA. SAFADAMENTE, O PT EXPÔS OS SEUS MÉTODOS  DE LADROAGEM  ATRAVÉS DO MAIOR NÚMERO DE BANDIDOS BARBUDOS E A FÚRIA ÁVIDA DA CORRIDA AO TESOURO: OS COFRES GORDUCHOS E ABARROTADOS DE PIXULECOS DAS ESTATAIS... A PETEZADA SAFADA E OS VERMES  COMUNAS ESTÃO SENTINDO E MUITO  A FALTA DO CHEIRO DE BORRACHA QUEIMADA E MORTADELA... O LULA E UM DESTES RICAÇOS QUE ATRAVÉS DO SEU TRÍPLEX VIVE DE FRENTE PRO MAR, TIRA FÉRIAS NO  SEU SÍTIO, POREM, IRONICAMENE,  VIVE DE COSTAS PARA O BRASIL.
Pois o Blog Chumbo Grosso, gentilmente, roubou o título e o vídeo abaixo lá no Blog JBF de Berto Filho, para colocar um pouco de humor escatológico  aos leitores malassombrados deste blog e prestem atenção nas  risadas da criança que valem a pena e compensam o mau cheiro provocado pelo cagatório oral desse Lapa de milionário ou bilionário.



VOTAR A FAVOR DE TEMER NÃO É O MESMO QUE VOTAR PELA CORRUPÇÃO, E SIM CONTRA A EXTREMA-ESQUERDA GOLPISTA



Rodrigo Constantino

A extrema-esquerda, com a ajuda global, preparou a narrativa de que só havia uma coisa a ser feita para quem tem um pingo de ética: VOTAR “SIM” PELA ABERTURA DA INVESTIGAÇÃO DA DENÚNCIA DO MINISTÉRIO PÚBLICO DE RODRIGO JANOT CONTRA O PRESIDENTE TEMER. O discurso foi tão envolvente que muitos ignoraram de onde ele saía: daqueles que nunca ligaram a mínima para a ética e defendem marginais condenados como heróis. Era o sinal para um pouco de pausa e reflexão.

Que a acusação tenha partido de uma conversa claramente armada pelo MAIOR BANDIDO DO PAÍS (DEPOIS DE LULA) que, graças a ela, ficou totalmente impune, curtindo seus bilhões em Nova York, não vinha ao caso. Que o processo de denúncia tenha se dado numa velocidade a jato, incomum, fora de qualquer padrão, tampouco foi abordado. O “Fora Temer” era o único grito de quem “não defende bandido algum”, E AÍ OS MORALISTAS, NUMA SINUCA DE BICO, TIVERAM QUE DANÇAR DE ACORDO COM A MÚSICA TOCADA PELO PT E O PSOL.

Mas não era nada disso em jogo, e qualquer pessoa minimamente atenta sabia disso, não caiu no engodo dos SOCIALISTAS, que teve o apoio da REDE GLOBO e de O ANTAGONISTA, sabe-se lá por qual motivo. Em jogo não estava ser contra ou a favor de um corrupto, mas sim não bancar o idiota útil dos golpistas radicais. A CAPA DO GLOBO de hoje demonstra um viés absurdo, que ignora esse detalhe:

 

  Temer não está livre da Justiça, como pensam muitos e como parte da imprensa desinforma. Judicialmente o caso não morreu: “E ele pode ser processado sem o foro privilegiado quando deixar de ser presidente. O caso seria apreciado com trâmite normal na Justiça comum a partir de 2019”. A QUESTÃO ERA A PRESSA TODA, ESTRANHA, E A OBSESSÃO EM DERRUBAR TEMER, abortando as reformas tímidas em curso, além de outras medidas, como a asfixia aos sindicatos e aos artistas engajados, além da mudança nos comandos das estatais. Vários na direita compreenderam isso, como Paulo Eduardo Martins:

Foi o caso de Luciano Ayan também, que condenou o voto dos Bolsonaros:

 
E até mesmo OLAVO DE CARVALHO é de opinião contrária àquela dos moralistas jacobinos, que cederam à pressão da extrema-esquerda:
Ou seja, não foi por “AMOR” a Temer, e sim por ÓDIO ao PT e por saber o que estava em jogo que tanta gente à direita, intransigente com a corrupção e sem qualquer tipo de lealdade ao governo Temer, pregou o voto pelo encerramento da investigação neste momento.
Por isso as pessoas não foram às ruas. Engana-se quem diz que isso é ter corrupto favorito. NÃO É! APENAS NÃO DÁ PARA FAZER O JOGO DOS GOLPISTAS DA EXTREMA-ESQUERDA. UM MÍNIMO DE PRAGMATISMO É SINAL DE MATURIDADE E SABEDORIA, e Burke, o “pai do conservadorismo”, seria o primeiro a concordar:
“A raiva e o delírio destroem em uma hora mais coisas do que a prudência, o conselho, a previsão não poderiam construir em um século.” 
[…]
Não ignoro nem os erros, nem os defeitos do governo que foi deposto na França e nem a minha natureza nem a política me levam a fazer um inventário daquilo que é um objeto natural e justo de censura. […] Será verdadeiro, entretanto, que o governo da França estava em uma situação que não era possível fazer-se nenhuma reforma, a tal ponto que se tornou necessário destruir imediatamente todo o edifício e fazer tábua rasa do passado, pondo no seu lugar uma construção teórica nunca antes experimentada?
[…]
Se chegam à conclusão de que os velhos governos estão falidos, usados e sem recursos e que não têm mais vigor para desempenhar seus desígnios, eles procuram aqueles que têm mais energia, e essa energia não virá de recursos novos, mas do desprezo pela justiça. As revoluções são favoráveis aos confiscos, e é impossível saber sob que nomes odiosos os próximos confiscos serão autorizados.

A alternativa a esta prudência é virar um jacobino revolucionário e moralista, que banca o “INCORRUPTÍVEL” contra tudo e todos que estão aí, contra a “CORRUPÇÃO” em abstrato, E TACAR FOGO NO PAÍS, ENTREGÁ-LO DE BANDEJA PARA OS COMUNISTAS, em nome da pureza fatal.

Temer contou com uma arma poderosa: o medo real da volta do PT. E claro: há também a diversão legítima de imaginar o luto no Projaquistão, a decepção dos antagonistas janotistas (a mesma decepção de quando Trump ganhou), e a festinha micada de Caetano e sua turma, que nem a erva do capeta pode salvar.

Vivemos num novo país, em que A GLOBO NÃO CONSEGUE MAIS DERRUBAR PRESIDENTE, mesmo quando suspende o Jornal Nacional e até o futebol. Não é porque voltamos a ficar lenientes com a corrupção, e sim porque percebemos que havia algo mais por trás desse FALSO MORALISMO REPENTINO, e que não era inteligente cair nessa armadilha janotista.

Sergio Moro continua sendo um herói do povo brasileiro. A Lava Jato já estava dividida em duas partes. Não há motivo para desespero, tampouco para conclusões precipitadas de que o combate a corrupção acabou. Acabou nada, égua! Ele continua. Como é preciso continuar isso que está aí, viu, as reformas e a asfixia gradual das fontes de financiamento da extrema-esquerda. NÃO VÃO LEVAR NO GRITO…


 

“PETISTA MATA PIXULECO NO DENTE”...

Namore alguém que te agarre como o cachorro louco Paulo Teixeira agarra o Pixuleco, que tu ESTÁS fodida!!!
Cláudio  Humberto
 
Um dos destaques da votação da denúncia da PGR contra o presidente Michel Temer foi a atitude inusitada do DEPUTADO PAULO TEIXEIRA (PT-SP), que arrancou um boneco “PIXULECO” das mãos de um colega, e o atacou a dentadas. O boneco representa o ex-presidente Lula vestindo uniforme de presidiário. Lula está condenado pela Justiça Federal a 9 anos e seis meses de prisão por corrupção passiva. Logo o ataque de Teixeira virou “meme” nas redes sociais, todos ridicularizando a imagem do parlamentar, em geral sisudo, mordendo com vontade o boneco inflável, tentando esvaziá-lo. “Namore alguém que te agarre como Paulo Teixeira agarra o Pixuleco”, diz um dos memes mais curiosos, ilustrado com o flagrante do ataque. Outro anuncia: “Petista mata Pixuleco no dente”. A estridente deputada Maria do Rosário (PT-RS) também seguiu o mesmo caminho, tentando arrancar Pixulecos das mãos de outros deputado e gritando para que alguém acabasse “com essa porra”.






quarta-feira, 2 de agosto de 2017

PRA VARIAR, O PT PERDEU MAIS UMA...




Cláudio Humberto
A Câmara dos Deputados negou, por 263 votos contra 227, a autorização para que o Supremo Tribunal Federal (STF) analise o mérito da denúncia da Procuradoria-Geral da República por corrupção passiva contra o presidente da República, Michel Temer. Houve ainda duas abstenções e 19 ausências.

O parecer do deputado Paulo Abi-Ackel (PSDB-MG), aprovado na Comissão de Constituição e Justiça, era pela improcedência da denúncia e a oposição precisava de 342 votos para reverter o resultado.

Com a decisão da Câmara, a denúncia da PGR só poderá ser analisada pelo STF após o fim do mandato de Temer, a partir de janeiro de 2019

VOTAÇÃO

A primeira sessão começou pontualmente às 9h. A oposição apresentou cinco requerimentos pedindo o adiamento da votação, mas todos foram rejeitados. Cinco deputados da oposição chegaram a protocolar no Supremo Tribunal Federal (STF) um mandado de segurança pedindo que a Corte garantisse, por meio de uma liminar com efeito imediato, a manifestação do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, no plenário da Câmara. O pedido foi indeferido pela ministra Rosa Weber, do STF.

Durante a sessão, o relator do parecer Abi-Ackel e o advogado de Temer, Antônio Maris, falaram e defenderam o arquivamento da denúncia. Depois, deputados contra e a favor do parecer se revezaram no microfone para apresentar seus posicionamentos. Após cinco horas de debate, Rodrigo Maia encerrou a primeira sessão. Pelo regimento da Casa, a sessão deliberativa pode durar quatro horas, prorrogáveis por mais uma. Se não estiver em andamento nenhuma votação, a sessão deve ser encerrada e o presidente deve abrir outra. Com isso, uma nova sessão foi aberta e começou a recontagem do quórum em plenário, com a oposição voltando a apresentar os requerimentos de adiamento da votação.

A base governista reuniu quórum necessário e os debates foram retomados, com os partidos encaminhando a votação das bancadas, quando orientam os deputados como devem votar. Após o encaminhamento, Maia iniciou a votação nominal: cada deputado era chamado ao microfone para proferir seu voto.
A votação foi marcada por troca de ofensas entre governistas e oposicionistas e até momentos de tumulto.

HISTÓRICO


A denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República chegou à Câmara no dia 29 de junho. Na denúncia, Temer é acusado de ter se aproveitado da condição de chefe do Poder Executivo e ter recebido, por intermédio de um ex-assessor, Rodrigo Rocha Loures, “vantagem indevida” de R$ 500 mil. O valor teria sido ofertado pelo empresário Joesley Batista, dono do grupo JBS, investigado pela Operação Lava Jato.

Segundo a Constituição Federal, um presidente da República só pode ser investigado no exercício do mandato se a Câmara autorizar o andamento do processo. Durante a tramitação na Câmara, a denúncia motivou diversas discussões em torno do rito de análise e tramitação da denúncia.
A denúncia foi analisada inicialmente pela Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) e recebeu do primeiro relator, deputado Sergio Zveiter (PMDB-RJ), voto favorável para a autorização da investigação. O parecer de Zveiter foi rejeitado pela maioria dos membros da comissão, que aprovaram um parecer substitutivo, elaborado por Paulo Abi-Ackel (PSDB-MG), recomendando o arquivamento do processo.

Ao longo da tramitação na Câmara, o processo mobilizou a liderança da base governista em torno da busca de apoio ao presidente. Partidos da oposição também adotaram diferentes estratégias nos últimos meses na tentativa de garantir a autorização para abertura da investigação.

Os oposicionistas criticaram a troca de membros na CCJ e a liberação das emendas parlamentares antes da votação na comissão e no plenário, enquanto os governistas argumentavam que a denúncia contra Temer precisava de provas concretas e que a investigação do presidente poderia causar mais instabilidade ao país.

TEMER VENCE: 263 X 227