“Se tem uma coisa que Raul não era, era maluco. Maluco só se for no sentido poético, porque isso de ser maluco virou um estigma. Associa-se a imagem do maluco a uma incoerência que não existe na obra dele. O comportamento que atraía os jovens da época do Raul, e que continua atraindo, propriciava a você reclamar, chocar, contradizer, poder assumir um papel de uma certa crueldadew necessária que é a antítese dessa gente humilde. Ele veio com uma coisa inconformada que teve uma ressonância enorme em toda uma geração. O Raul que passava imagem de rebelde, tinha uma estruturação musical bem ampla, tinha uma intimidade enorme com o coco, com o repente, com o maxixe e ouvia muito Luiz Gonzaga. Vem cá cintura fina, cintura de pilão, cintura.....
LOBÃO
músico
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