GASTÃO VAI LIBERAR VERBA DE GASTÃO
NA PELE DE DEPUTADO FEDERAL, GASTÃO VIEIRA (PMDB-MA) INJETOU NO ORÇAMENTO DE 2011 EMENDA QUE, COMO MINISTRO DO TURISMO, VAI GERENCIAR.
Escrito por Josias de Souza
Caberá ao ministro Gastão decidir sobre a liberação de R$ 2,5 milhões que o deputado Gastão destinou a quatro municípios onde foi campeão de votos em 2010. A emenda de Gastão foi trazida à LUZ pelos repórteres Daniel Bramatti e Fernando Gallo. Eis as cidades às quais o deputado Gastão destinou as verbas: São João dos Patos, Araioses, São Bento e Loreto. Assentadas nos fundões do Maranhão, rendem votos para o autor da emenda, não divisas para o turismo nacional. A despeito disso, Gastão sentiu-se à vontade para enfiar sua emenda milionária no miolo do orçamento da pasta que vai agora chefiar. Ouvido, o apadrinhado do tetrapresidente do Senado José Sarney alegou que seus redutos eleitorais têm “CLARA VOCAÇÃO” turística. Reconhece que o mapa de votação de 2010, ano em que obteve a reeleição para a Câmara, influiu na sua decisão. Porém, realça que, hoje, o Ministério do Turismo não exige que as cidades irrigadas por emendas tenham atrações turísticas. Explicou que parte dos R$ 2,5 milhões de sua emenda destina-se à construção de praças "EM CIDADES ONDE NÃO HÁ LAZER". Informou que outro naco da emenda –coisa de R$ 487,5 mil— vai às arcas do município de Loreto porque há ali uma festa religiosa anual. Segundo o novo ministro, a cidade recebe “MILHARES DE ROMEIROS”. E falta-lhe infraestrutura para recepcionar tanta gente. Antes mesmo de assumir o novo cargo, o ministro Gastão avisa que quer mais verbas para gastar. No papel, o orçamento do Turismo para 2011 dispõe de R$ 3,7 bilhões. Passado na faca no início do ano, minguou para R$ 600 milhões. Gastão queixou-se de que o borderô “foi bastante reduzido”. Como novo titular da pasta, se autoimpôs a tarefa de “buscar mais recursos para recompor o orçamento." E quanto ao histórico de malversações que infelicita o ministério? Bem, Gastão diz que seguirá à risca todas as recomendações dos órgãos de controle. Se durar no cargo, é possível que lhe chegue à mesa uma encrenca nascida de emenda apresentada pelo antecessor, O RECÉM-DEFENESTRADO PEDRO NOVAIS. O amigo Novais, como Gastão um índio da tribo do morubixaba Sarney, levou ao Orçamento do Turismo uma emenda de R$ 1 milhão. Destinou a verba à construção de uma ponte em Barra do Corda, outro município maranhense desprovido de atrativos turísticos. O dinheiro beneficiou uma empreiteira FANTASMA sediada num conjunto habitacional da periferia de São Luís (Manchete original: Ministro Gastão gerirá ‘emendas’ do deputado Gastão).
O NOVO NOVAIS
A ÚNICA CREDENCIAL DO NOVO MINISTRO DO TURISMO, GASTÃO VIEIRA (PMDB-MA) É SER DA PATOTA DO SARNEY. A SUA BIOGRAFIA INCLUI EMENDAS DA PASTA PARA REDUTOS ELEITORAIS, ONDE AS OBRAS ESTÃO ABANDONADAS, DOAÇÃO RECEBIDA DE EMPRESA FRAUDULENTA E A DECLARAÇÃO DE QUE ENTENDER DA ÁREA NÃO É ESSENCIAL.
Além de maranhense e membro antigo do PMDB, GASTÃO VIEIRA tem outros pontos em comum com o deputado Pedro Novais, a quem sucedeu no Ministério do Turismo. Os dois são apadrinhados do presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), e figuram na lista de presentes do empreiteiro ZULEIDO VERAS, DONO DA CONSTRUTORA GAUTAMA, PIVÔ DO ESQUEMA DE DESVIO DE DINHEIRO PÚBLICO DESMANTELADO EM MAIO DE 2007 PELA OPERAÇÃO NAVALHA. Apreendida pela Polícia Federal, a lista contém mais de 200 nomes de políticos e autoridades, entre as quais Sarney e sua filha, a governadora do Maranhão, Roseana Sarney (PMDB), ministros de Estado e até membros do Tribunal de Contas da União. Gastão recebia também ajuda de campanha do empreiteiro. NA ELEIÇÃO DE 2006, SUA PRESTAÇÃO DE CONTAS À JUSTIÇA ELEITORAL REGISTRA UMA DOAÇÃO DE R$ 40 MIL. Na Operação Navalha, foram presas 74 pessoas, entre elas parentes do então governador do Maranhão, Jackson Lago, e até um conselheiro do Tribunal de Contas do Estado. O escândalo derrubou o então ministro de Minas e Energia Silas Rondeau, um apadrinhado de Sarney. O novo ministro alega que, à época, Zuleido era considerado idôneo e sua empresa não figurava no noticiário de escândalos. A exemplo de Novais, que pagava a governanta, o motorista particular da mulher e até motel com dinheiro público, O NOVO MINISTRO TAMBÉM TEM UM PASSIVO DE CONFUSÃO ENTRE PÚBLICO E PRIVADO. EM 2008, ELE TEVE DE DAR EXPLICAÇÕES POR TER EMPREGADO A FILHA LYCIA MARIA VIEIRA EM CARGO COMISSIONADO NA CÂMARA. Ela acabou demitida após o Supremo Tribunal Federal baixar súmula reafirmando a proibição de nepotismo em todos os níveis do Estado. Em meio a registros polêmicos, o site Excelência traz um dado curioso. Caso raro na política, GASTÃO TEVE O PATRIMÔNIO REDUZIDO EM 4,6% AO LONGO DO ÚLTIMO MANDATO: COMEÇOU 2006 COM CERCA DE R$ 442 MIL E TERMINOU 2010 COM R$ 421 MIL. Na prestação de contas, outros três políticos maranhenses tiveram redução patrimonial após se elegerem: Ribamar Alves (PSB), Domingos Dutra (PT) e Sarney Filho (PV). – Blog do Coronel -
Nenhum comentário:
Postar um comentário