Carlos Newton
Certas
coisas só acontecem em países bagunçados como o Brasil. Ao julgar uma ação
proposta pelo PCdoB sobre o rito do impeachment, o Supremo Tribunal Federal
cometeu em dezembro um erro clamoroso, ao atribuir ao Senado o direito de se
recusar a abrir processo de impeachment aprovado pela Câmara. Com isso,
inventou uma possibilidade que não existia, esculhambou o rito previsto na
legislação (Lei 1079) e o resultado foi desastroso.
Em
função desse equívoco do Supremo, o Brasil é o único país do mundo a ter dois
presidentes-zumbis – Dilma Rousseff, que já era, e Michel Temer, que ainda não
pode ser. Nenhum dos dois governa, a administração pública federal está
absurdamente parada, a crise econômica do país se agrava e os problemas
sociais se intensificam. Trata-se de um caso típico de vácuo de poder, o que
descaracteriza qualquer alegação de “golpe”, pois a chefia do governo não foi
transferida nem usurpada.
REINA,
MAS NÃO GOVERNA
A
presidente de Dilma Rousseff assume inteiramente o papel de rainha da
Inglaterra, pois reina, mas já não governa. MOVIDO A
MEDICAMENTOS DE TARJA PRETA,
dedica-se a viagens internas e externas para divulgar a estranha tese do “golpe
parlamentar”, que a imprensa estrangeira não mais engole.
Realmente,
é muito difícil compreender a democracia à brasileira, na qual o Supremo de uma
hora para outra pode inventar uma lei que não existe e fica tudo por isso
mesmo. Mas os correspondentes estrangeiros sediados no Rio de Janeiro e São
Paulo já estão cansados de saber o que realmente acontece por aqui. Não adianta
insistir na teoria do “golpe”, porque não vai colar.
DILMA RESISTE, MAS SEU ESTADO DE
SAÚDE É PRECÁRIO E DELICADO.
Conforme a IstoÉ informou
recentemente, ela está mesmo submetida a TRATAMENTO
PARA ESQUIZOFRENIA.
Este diagnóstico foi mantido, os médicos apenas trocaram a medicação, depois
que a revista publicou que ela estava tomando OLANZAPINA. Passaram a receitar QUETIAPINA, ANTIPSICÓTICO TAMBÉM INDICADO PARA
CASOS DE ESQUIZOFRENIA.
E O RECURSO AO STF?
Desde
quando ainda era ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo já anunciava que o
governo iria recorrer ao Supremo para anular o impeachment, possibilidade
prazerosamente endossada pelo ministro petista Ricardo Lewandowski, mas
repudiada pela maioria dos magistrados do tribunal.
Agora,
Cardozo está à frente da Advocacia-Geral da União, a responsabilidade direta
pela preparação do recurso ao STF é dele. Mas já se sabe que não vai adiantar
nada. Diversos ministros se adiantaram para avisar que não está havendo
golpe de estado e essa tese esdrúxula não será aceita no Supremo.
RADICALIZAÇÃO
A
ALTERNATIVA QUE RESTA A LULA, DILMA E O PT É TUMULTUAR A ORDEM DEMOCRÁTICA,
MEDIANTE A RADICALIZAÇÃO DOS MOVIMENTOS SOCIAIS, TENDO À FRENTE OS “EXÉRCITOS”
DE JOÃO PEDRO STÉDILE (SEM TERRA) E GUILHERME BOULOS (SEM TETO).
No
desespero, Lula está apostando nesse último trunfo e não perde oportunidade de INCITAR O PT, as centrais, os sindicatos e os
movimentos sociais ligados ao governo, para que saiam às ruas e lutem contra
impeachment.
O
vácuo de poder causado pelo erro do Supremo favorece essa radicalização, que
deve atingir um ponto crítico dentro de mais alguns dias, quando o Senado enfim
aprovar o processo e o afastamento da presidente petista.
DEPOIS, A NORMALIZAÇÃO
Quando
Dilma deixar o governo, no próximo dia 11 ou no dia 17, se não houver mais
retardamentos, Temer assume automaticamente, nem precisa tomar posse. Pode
assinar de imediato as nomeações dos novos ministros e integrantes dos
primeiros escalões, para iniciar sua gestão, que aparentemente é provisória,
mas todos sabem que será definitiva (e vá explicar isso a um jornalista
estrangeiro que não more aqui…).
Daí
em diante, a tendência será de acomodação, sem maiores problemas ou confrontos,
embora Lula & Cia. possam continuar esperneando à vontade. Como se sabe, as
Forças Armadas são pagas justamente para manter a ordem democrática. Para que
saiam as ruas e restabeleçam a normalidade, bastará que sejam convocadas
por algum dos Poderes da República, conforme está previsto na
Constituição. Simples assim. E isso não significa ameaça de uma nova ditadura
militar.
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PS – É inacreditável, inaceitável e insustentável que se chegue a esta situação, com o país governado por uma pessoa submetida a tratamento para ESQUIZOFRENIA. A família de Dilma Rousseff deveria intervir, para evitar que Lula e o PT continuem a usá-la irresponsavelmente. Mas quem se interessa? (C.N.)
PS – É inacreditável, inaceitável e insustentável que se chegue a esta situação, com o país governado por uma pessoa submetida a tratamento para ESQUIZOFRENIA. A família de Dilma Rousseff deveria intervir, para evitar que Lula e o PT continuem a usá-la irresponsavelmente. Mas quem se interessa? (C.N.)
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