Cláudio Humberto
O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), promoveu uma “limpa” demitindo nesta terça-feira (26) cerca de 150 funcionários comissionados, nomeados sem concurso, quase todos ligados a Renan Calheiros (MDB-AL) e até a José Sarney (MDB-AP).
Todos ocupavam há anos cargos-chave de confiança, de diretores a garçons, além de assessorias muito bem remuneradas, embora de necessidade duvidosa. Aliados de Alcolumbre suspeitam que vários dos demitidos atuariam como espiões dos padrinhos.
Os atos foram publicados no Boletim Administrativo de Pessoal (BAD) do Senado Federal e atingiu pessoas que há décadas estavam pendurados em cargos de comissão, inclusive jornalistas, lotados na Presidência, da Secretaria Geral da Mesa, do Instituto Legislativo Brasileiro (ILB) e da Diretoria Geral do Senado.
Aguarda-se ainda a demissão da diretora-geral do Senado, Ilana Trombka, que parece ter sido mantida no cargo para promover as exonerações determinadas pelo presidente da Casa. Mas como Trombka tem origem judaica, como Alcolumbre, há pedidos para que ela seja mantida.
Outra demissão aguardada é a de Luiz Fernando Bandeira de Melo, secretário-geral da Mesa Diretora que foi acusado de manobrar, na véspera da recente eleição para a presidência do Senado, que beneficiava a candidatura do seu “padrinho” Renan Calheiros.
Entre os demitidos estão vários jornalistas como Tânia Fusco, muito ligada à ex-senadora Roseana Sarney, nomeada em 2003 e lotada na presidência do Senado, além de Carlos Iberê Freitas, que foi assessor de imprensa do ex-presidente Eunício Oliveira. Muitos recebiam quase R$22 mil por mês.
Alcolumbre demitiu Vandira Brito Peixoto, que foi assessora do ex-senador José Sarney. Também perdeu o cargo Joaquim Campelo, integrante da equipe que elaborou o dicionário Aurélio e amigo de Sarney. Outros jornalistas exonerados: Vamireh Chacon, Lisle Heusi de Lucena, Joaquim Campelo, Ricardo Tom e Said Dib.
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