domingo, 27 de novembro de 2016

Fidel, Kennedy e Kruschev dividiram o mundo na crise dos mísseis, em 1962


 Mensagem Viva ao Fidel escrito numa parede
Che Guevara e Fidel Castro, já no poder, em 61
Pedro do Coutto
No final da semana Fidel Castro deixou Havana, foi para a eternidade e a repercussão mundial de sua morte comprova a importância de sua figura na história dos séculos XX e XXI. Vitorioso na revolução em 1º de janeiro de 59, tornou-se ditador de Cuba mantendo-se no poder absoluto até 2008, quando passou o governo a seu irmão Raúl. Foram muitas as violações de direitos humanos cometidas, que provocaram repúdio em todo o mundo. Liberdade é um bem supremo. Mas recebeu também muitos apoios, especialmente do bloco comunista que desabou com o fim da União Soviética e o ingresso da China moderna no sistema “capitalista”.
A China, pelo seu crescimento econômico, tem o segundo produto do mundo, da ordem de 10 trilhões de dólares, só perdendo para os EUA, que atinge o dobro dessa marca. A veloz expansão chinesa tornou-se o caminho da globalização dos dias de hoje.
Mas no título destaquei os três principais personagens da divisão  do mundo, crise dos mísseis de 1962, que Otto Maria Carpeaux foi o primeiro a considerar o episódio como um novo Tratado de Tordesilhas, de 1494, estabelecido  pelo Papa Alexandre VI, César Borgia, espanhol que assegurou domínio da Espanha nas terras latinas que iriam surgir. O Tratado foi entre Espanha e Portugal.
ROMPIMENTO COM EUA – A importância de Fidel castro cresceu, a partir do momento em que rompeu com os Estados Unidos e recebeu apoio de Nikita Kruschev, primeiro-ministro da URSS. Kruschev sucedeu Stálin, que detonou a guerra fria com os EUA. Atingiu o clímax quando Moscou instalou mísseis atômicos em Cuba, voltados para a Flórida, portanto, a curta distância. John Kennedy dirigiu um ultimato a Kruschev. Era novembro e amanhecia a perspectiva de um destruidor confronto nuclear. A tensão e a insegurança tomaram conta do planeta. Um ultimato é sempre uma ameaça sem volta.
O alívio só veio quando a União Soviética retirou mísseis da costa cubana e os filmes mostraram na televisão e as fotos nos jornais na época o retorno dos navios russos levando para a Europa o arsenal atômico instalado. Porém, como todo lance político possui pelo menos duas faces, Kruschev, a meu ver, abandonou Havana, trocando-a por Berlim. Cuba no complicado jogo internacional de poder valia menos que a Alemanha Oriental.
MURO DE BERLIM  Mesmo assim o muro de Berlim somente cairia em 89, com Ronald Reagan e Gorbachev, 27 anos depois da retirada dramática dos mísseis. Esse momento, sem dúvida, foi o mais importante da controvertida ditadura imposta em cuba por Fidel Castro, incluindo pena de morte a quem negociasse dólares no mercado paralelo ao da taxa oficial: um peso cubano, moeda da época, por um dólar.
A repercussão de sua morte na imprensa mundial confirma a importância de sua figura de ditador e revolucionário ao mesmo tempo. A história me julgará, disse ele certa vez, repetindo talvez inconscientemente a frase de Adolf Hitler, no auge do nazismo: a história me absolverá. Veio a derrocada, a história não o absolveu. O que de Fidel ficará na história, no futuro?
CUBA LIBRE – Repórter do Correio da Manhã, conheci Fidel em 59, quando veio aqui e ofereceu um Cuba Libre (Rum, Coca-Cola e rodela de limão) servido na Embaixada, Rua Djalma Ulrich. Estava ao lado de Guevara e Camilo Cienfuegos. Este morreu nas sombras de um desastre aéreo. Ernesto Che Guevara, Fidel o enviou para articular uma revolução comunista na Bolívia. Os rangers americanos estavam instalados nas selvas do país. Foi capturado e morto. Castro ficou solitário e absoluto no poder. A revolução de 59 passou a ser descrita por um só autor.
Autor e grande personagem, inegavelmente, da história, que é tão eterna como o ser humano. Outras versões e revelações surgirão. Interpretar personagens e fatos é um processo multilateral.

A HISTÓRIA NÃO ABSOLVERÁ FIDEL CASTRO... NEM O INFERNO, TAMBÉM!!!




Altamir Pinheiro

Já faz bastante tempo que eu li um livro que me marcou até hoje. Até porque, ao terminar de lê-lo, nunca mais fui o mesmo no que dizia respeito a impressão que eu tinha do REGIME CUBANO que falava  que o homem cubano atingiria a igualdade. Lá sim, tinha um regime de verdade, puro e que pensava no povo!!! O tal livro chamava-se ou se chama: CONTRA TODA ESPERANÇA, DE ARMANDO VALADARES. Eu o recomendo a todos aqueles que QUISEREM E A QUEM INTERESSAR POSSA. O livro nos dar uma ideia do limite do sofrimento de um ser humano só porque não aceitava e nem bajulava o REGIME DOS CASTRO. O livro depois de lido, você fica com a certeza que, "O diabo vai ter trabalho com esse cara lá em cima".

POIS BEM!!! Armando Valladares foi acordado em sua cama à noite por soldados armados. Ele vivia com a mãe, que apavorada viu o filho ser levado à delegacia para assinar uma carta de desculpas ao regime. Seu crime: Armando trabalhava na Caixa Econômica, e não permitiu que colocassem em sua mesa um adesivo com os dizeres “SE FIDEL É COMUNISTA, PONHA MEU NOME NA LISTA". Cuba estava balançando, prestes a cair nas garras de Moscou, e Fidel estava sendo acusado de ser comunista, coisa que negava. Armando Valladares não o era, e não permitiu que colocassem o adesivo. Como se negasse a assinar o pedido de desculpas ao governo, foi processado e preso. Acabou tornando-se “O PRISIONEIRO DE FIDEL”, e ficaria preso por 22 anos!!! Armando vivenciou dezenas de fuzilamentos, viu um menino de doze anos, que estava preso, ser estuprado anos seguidos, até que se jogou do alto do presídio e acabou com o sofrimento.

Pouco antes de sair da cadeia, Armando foi jogado numa cela que não tinha teto, apenas uma grade de ferro onde guardas vigiavam-no dia e noite por ordem de Fidel. Teve os braços quebrados, e por seis meses os guardas urinaram e defecaram sobre ele sem piedade nenhuma. Incapaz de pegar com as mãos a marmita imunda que lhe era atirada por um buraco na porta, Armando comeu como um cão, apenas com a boca, sem tocar no prato, por seis meses!!!

Casou-se através das grades, e sua esposa sabe-se lá como conseguiu entrar em contato com um grupo de Direitos Humanos da Suécia, e esse grupo conseguiu entrar em contato com o presidente Miterrand – amigo de Fidel -, que finalmente conseguiu demover o ditador sanguinário de seu intento de acabar com a vida de Armando.

O LIVRO É ARREPIANTE. Desde o término daquela leitura que eu revi meus conceitos sobre a revolução cubana. Um dia saberemos um pouco do que fez esse assassino. Quem sabe, isso venha a mudar as mentes desses jornalistas petralhas safados… – a imensa maioria – e eles passem a dar valor a quem presta. COMUNISMO, NUNCA!!! XÔ FIDEL!!! XÔ CARNIÇA!!!




O INFELIZ DO DITADOR SANGUINÁRIO, FIDEL, ERA GENTE TÃO RUIM QUE, SEQUER A IRMÃ VAI AO ENTERRO...




Altamir Pinheiro

A vida familiar de Fidel castro sempre foi um segredo de estado guardado a sete chaves. Agora é que se sabe, que a irmã não vai ao seu enterro. QUE FAMÍLIA UNIDA, NÃO!!! VAMOS AOS FATOS: Juanita é irmã de Fidel e Raúl Castro. Ela tem 83 anos e vive nos Estados Unidos, onde se exilou em 1964. Ela fez denúncias contra os dois irmãos e mostrou que ambos usaram o comunismo para tirar a liberdade e agir com violência contra o seu povo. Na época em que fugiu de Cuba, Juanita disse que não poderia ficar indiferente com o que acontecia na Ilha: “MEUS IRMÃOS, FIDEL E RAUL FIZERAM UMA ENORME PRISÃO CERCADA POR ÁGUA. AS PESSOAS ESTÃO PREGADAS EM UMA CRUZ DE SOFRIMENTO IMPOSTO PELO COMUNISMO INTERNACIONAL". Sabe-se que Juanita jamais negou ter participado da Revolução Cubana para ajudar na compra de armas com a finalidade de colaborar com os dois guerrilheiros. Porém, após terem assumido o comando do país, viu o quanto de mal eles estavam fazendo contra a população. E a revolta dela aumentou, depois de ter visto o tratamento ruim que os dois ditadores aplicaram ao irmão mais velho da família, Ramón. Se Juanita Castro não perdoa os próprios irmãos violentos e traidores, não dá para perdoar os que defendem e agora lamentam a perda de Fidel. E a senhora não foi nenhum pouco incoerente ao afirmar que não estará em Cuba para acompanhar o funeral daquele que como ela, verdadeira “testemunha de sangue”, chama o irmão de ditador sanguinário.

EIS O QUE FALOU A IRMÃ DOS IRMÃOS FIDEL E RAUL SOBRE O INFERNO QUE SEUS IRMÃOS TRANSFORMARAM AQUELA  FRONDOSAS ILHA DO CARIBE:


Logo após anunciada a morte do ditador cubano, Juanita Castro deu entrevista ao jornal 'El Nuevo Herald'. Ela é irmã de Fidel que vive no exílio em Miami desde os anos 1960, disse à imprensa local neste sábado (26) que não irá ao funeral do líder cubano, em Havana, embora lamente sua morte.

"Diante dos rumores pouco saudáveis de que me dirigia para Cuba para os funerais, quero esclarecer que, em nenhum momento, voltarei para a Ilha, nem tenho planos de fazê-lo", declarou Juanita ao jornal "El Nuevo Herald".

"Lutei ao lado desse exílio, braço com braço nas etapas mais ativas e intensas em décadas passadas, e respeito os sentimentos de cada um", insistiu a dissidente cubana.


"Não me regozijo da morte de nenhum ser humano, muito menos posso fazê-lo com alguém com meu sangue e meus sobrenomes", disse Juanita ao Herald.

Juanita Castro acrescentou que se exilou, assim como "todos os cubanos que saíram para encontrar um espaço onde lutar pela liberdade de seu país" e que, para isso, teve de pagar "um alto preço de dor e isolamento"

"Como irmã de Fidel, estou vivendo, nesse momento, a perda de um ser humano que teve meu sangue", completou.


UMA SINGELA HOMENAGEM AO Coma Andante...

















O pai cubano pergunta para o seu filho pequeno: 
- O que você quer ser quando crescer? 
- ESTRANGEIRO. 

 ***

Sabia que Adão e Eva eram cubanos? 
- O que fez você pensar isso? 
- Não tinham roupas, andavam descalços, não podiam comer maçã e ouviam dizer que estavam no PARAÍSO...

***

Fidel vai a um centro espírita e, na sessão, consegue conversar com a mãe   morta: 
- Mãe, no próximo ano eu ainda vou estar no poder? 
- Sim, meu filho, vai. 
- E o povo vai estar comigo? 
- Não, vai estar comigo.

*** 

Uma professora cubana mostra aos alunos um retrato do presidente Clinton, e pergunta à classe: 
- De quem é esse retrato? 
Silêncio absoluto. 
- Eu vou ajudar vocês um pouquinho. É por culpa desse senhor que nós estamos passando fome. 
- AH, PROFESSORA!!!   É que sem a barba e o uniforme não dava para reconhecer! 

***

Fidel está fazendo um de seus famosos discursos: 
- E a partir de agora teremos de fazer mais sacrifícios! 
- Trabalharemos o dobro!  - diz alguém da multidão. 
- E teremos de entender que haverá menos alimento! 
- Trabalharemos o triplo!  - diz a mesma voz. 
- E as dificuldades vão aumentar!  - continua Fidel. 
- Trabalharemos o quádruplo! 
Aí o Fidel fala para o chefe de segurança: 
- Quem vai trabalhar tanto? 
- O COVEIRO, comandante. 

 ***
  
O povo cubano estava todo reunido em uma apresentação pública com o ditador, e o seu assessor olhava para Fidel, virava para o povo e dizia: 
- Mira, pueblo de Cuba!  Acá estás Fidel!  Fidel no tiene la barba de Cristo? 
E o povo:
- Tiene! 
- Fidel no tiene lo pelos de Cristo? 
- Tiene! 
- Fidel no tiene lo ojos de Cristo? 
- Tiene! 
- Entonces, porque no CRUCIFICÁRIO?!?!?! 

*** 

Estão a decorrer exercícios militares entres as forças armadas cubanas e soviéticas. O Capitão soviético dirige-se a um dos seus soldados e ordena:
- Soldado Ivanov!!!
- Sim meu capitão!
- Espeta a baioneta no pé direito!
O soldado Ivanov cumpre a ordem e continua em sentido sem mexer um único músculo.
- Queixas-te, Ivanov?
- Não, meu Capitão!
- Porquê?
- Porque o meu glorioso partido, através dos heróicos exemplos dos seus melhores filhos, ensinou-me a suportar a dor!
O oficial cubano não se mostrou minimamente impressionado. Virou-se para as suas tropas e berrou:
- Soldado Perez!
- Sim, meu Capitão!
- Espeta a baioneta no pé direito!
O soldado Perez lá espetou a baioneta no pé direito, continuando na mesma posição como se não fosse nada com ele.
- Queixas-te, Perez?
- Não, meu Capitão!
- Porquê?
- Porque graças ao meu glorioso país foram-me distribuídas botas tamanho 47, enquanto eu só calço o número 42!

***

Um espião norte-americano do mais alto nível é enviado a Cuba para fazer um relatório da situação interna do país com vista a elaborar medidas para a liquidação da revolução.
O espião percorre todo o país, fala com toda a gente e, passado algum tempo, envia o seguinte relatório:
“Situação muito contraditória. Não há desemprego, mas ninguém trabalha. Ninguém trabalha, mas as normas de produção são ultrapassadas. As normas são ultrapassadas, mas não há nada nas lojas. Não há nada nas lojas, mas toda a gente tem tudo. Toda a gente tem tudo, mas todos se queixam. Todos se queixam, mas toda a gente está com Fidel.”

*** 

Em Cuba, um menino chega da escola com fome e pergunta à mãe:
-Mamãe, que tem pra comer?
-Nada, meu filho.
O menino olha para o papagaio de estimação e pergunta:
-Mamãe, porque você não faz papagaio com arroz?
-Porque não tem arroz.
-E papagaio no forno?
-Não tem gás.
-E papagaio na grelha elétrica?
-Não tem eletricidade.
-E papagaio frito na lenha?
-Não tem lenha.
E o papagaio, contentíssimo, gritou:
VIVA FIDEL!!! VIVA FIDEL!!!



@@@ - Fonte: Por Ricardo Froes

sábado, 26 de novembro de 2016

FIM DE UM CICLO NA AMÉRICA LATINA: MORRE FIDEL CASTRO AOS 90 ANOS DE IDADE









OS  PETISTAS ESTÃO DE LUTO;  A PETEZADA ABRIU UM CHORORÔ QUE  SÓ, PELA MORTE DE SEU ÍDOLO MAIOR; ONTEM, OS PETRALHAS MORRERAM DE BLACK FRIDAY DE TANTAS VELAS COMPRADAS...  ENQUANTO ISSO, OS CUBANOS EM MIAMI COMEMORAM E O MUNDO INTEIRO NÃO TEM MAIS DÚVIDA QUE, O RESTO QUE SOBRAVA DO REGIME COMUNISTA FOI SEPULTADO PARA SÉCULO SEM FIM, AMÉM!!!




BIOGRAFIA DE FIDEL CASTRO


Ditador revolucionário cubano nascido em Mayarí, na província cubana de Oriente, que à frente de um grupo de guerrilheiros, fez com que surgisse em Cuba a primeira ditadura comunista do hemisfério ocidental. Filho de um usineiro de açúcar, estudou em escolas católicas de Santiago de Cuba e em Havana, no prestigiado Colegio de Belén, dirigido por jesuítas, formando-se em direito pela Universidade de Havana, onde se iniciou nas atividades políticas. Após participar em atividades revolucionárias frustadas na República Dominicana e na Colômbia, tramou a tomada do quartel de Moncada, em Santiago, na sua primeira iniciativa contra o golpe militar encabeçado por Fulgencio Batista (1953). Preso foi anistiado (1955), e com o irmão mais novo Raúl foram para o México, onde se juntaram ao argentino Ernesto Che Ghevara, fundando o Movimento 26 de Julho. Desembarcaram clandestinamente em Cuba (1956), instalaram-se nas montanhas de Sierra Maestra e iniciaram a vitoriosa campanha de guerrilhas contra as forças do governo, que terminou com a fuga do ditador Batista (1958). Assumindo o controle do país instituiu a pena de morte para os defensores do antigo regime e adversários do novo, iniciou uma política de expropriações e prisões e promoveu as reformas agrária e urbana, o que provocou o êxodo de uma parte considerável da população para Miami. Na política proclamou-se comunista (1961), declarou Cuba estado socialista de partido único, o Partido Comunista de Cuba - O Partidão, rompendo com os Estados Unidos e colocando-se sob a proteção da a União Soviética, o que quase provocou uma terceira guerra mundial (1962). Também ajudou com apoio ideológico movimentos revolucionários da América Latina e com tropas militares os governos marxistas de Angola e da Etiópia, na África. No campo social, um dos seus maiores sucessos, conseguiu promover uma considerável expansão da educação, da saúde pública, da previdência social, do esporte e das artes. Dependente economicamente da União Soviética, com o fim desta, seu país tem passado por enormes dificuldades econômicas agravadas pelo massacrante bloqueio comercial patrocinado pelos Estados Unidos, o que deve implicar em profundas transformaçãos sociais e políticas após sua futura e inevitável saída do poder. Por causa de uma doença mantida como segredo de Estado, em 31 de julho (2006) cedeu o poder a seu irmão Raúl, após uma intervenção provocada por uma hemorragia.







QUEM FOI FIDEL CASTRO?!?!?!




Fidel Alejandro Castro Ruz (Birán, 13 de agosto de 1926) é um revolucionário comunista cubano, primeiro presidente do Conselho de Estado da República de Cuba (1976-2008). Até 2006 foi primeiro-secretário do Comitê Central do Partido Comunista de Cuba. Em 19 de fevereiro de 2008, Castro anunciou ao jornal do Partido Comunista, o Granma, que não se recandidataria ao cargo de presidente de Cuba, cinco dias antes de o seu mandato terminar.

Castro nunca foi eleito através de eleições diretas, não permitiu a criação de partidos de oposição, nem liberdade de imprensa (Cuba é considerado um dos países com menor liberdade de imprensa do Mundo) durante o período em que esteve como líder do regime ditatorial cubano. Seu governo foi e continua sendo amplamente criticado pela comunidade internacional por violações aos direitos humanos. Apesar das controvérsias, foi durante o governo de Castro que Cuba alcançou altos índices de desenvolvimento humano e social e deu diversos exemplos de solidariedade humanitária, como a menor taxa de mortalidade infantil das Américas, erradicação do analfabetismo e da desnutrição infantil, tratamento gratuito de mais de 124 mil vítimas do acidente nuclear de Chernobyl, participação direta na luta pelo fim do Apartheid na África do Sul, treinamento de médicos do Timor Leste, entre outros.

Líder e secretário-geral do partido desde sua fundação, em 1965, em 19 de abril de 2011, Fidel, que já havia entregue o cargo de presidente em 2006, foi substituído como secretário-geral do Partido Comunista Cubano por seu irmão, Raúl Castro, retirando-se oficialmente da vida política do país. Ganhou o Prêmio Olivo da Paz do Conselho Mundial da Paz em 2011 pela coexistência pacífica entre as nações e por ser uma personalidade que contribuiu para o desarmamento.


PARTE 1 - INFÂNCIA E ESTUDOS

Nascido da união entre Ángel Castro Argiz, imigrante da Galiza, e Lina Ruiz González. Fidel Castro, que é canhoto, apesar de aparecer em algumas fotografias escrevendo com a mão direita, foi educado em colégios jesuítas, como o La Salle, Dolores (ambos localizados em Santiago de Cuba) e Colegio Belén (em Marianao, Havana). Foi um acólito ou coroinha (ajudante do sacerdote na missa católica). Alto e de porte atlético, foi premiado como o melhor atleta estudantil secundarista cubano em 1944. Em 1945 entrou na Universidade de Havana. Enquanto cursava o segundo ano (1946-1947) editou, em colaboração com Baudilio Castellanos, o periódico mensal Saeta, impresso em seu mimeógrafo pessoal no qual reproduzia, entre outras coisas, conferências de classes para entregar gratuitamente a seus colegas de estudo.

Durante sua permanência na Universidade de Havana (onde graduou-se em Direito em 1949), foi dirigente da Federação de Estudantes Universitários (FEU) a diferentes instâncias, participou da frustrada expedição de Cayo Confites (1947) para lutar contra a tirania de Rafael Leónidas Trujillo na República Dominicana e colaborou no projeto para celebrar o Congresso Latino-americano de Estudantes que coincidiu com a IX Conferência Panamericana, o que o levou junto a Alfredo Guevara, dentre outros, à Colômbia.


PARTE 2 - INÍCIO DA CARREIRA POLÍTICA

Depois de graduado, dedicou-se de modo especial à defesa dos opositores ao governo, trabalhadores e sindicatos, denunciou as corrupções e atos ilegais do governo de Carlos Prío através do diário Alerta e das emissoras Radio Álvarez e COCO e se vinculou estreitamente ao Partido do Povo Cubano (Ortodoxo) que era liderado por Eduardo Chibás, partido pelo qual seria candidato a Representante nas eleições de 1952. O golpe de estado em 10 de março de 1952 por Fulgencio Batista, ao qual Fidel condenou no diário La Palabra e pretendeu levar aos tribunais, o convenceu da necessidade de buscar novas formas de ação para transformar a sociedade cubana.

Nos dias que se seguiram ao golpe, imprimiu em mimeógrafo e distribuiu clandestinamente sua denúncia. Uniu-se a jovens que editavam o periódico mimeografado clandestino, Son los Mismos, sugeriu a troca de seu nome pelo de El Acusador e foi co-editor desse novo órgão, onde assinou seus trabalhos apenas com seu segundo nome, Alejandro. Este mesmo pseudônimo utilizaria mais tarde em suas correspondências e mensagens.

Daquele grupo sairia o núcleo inicial de jovens que sob seu comando atacariam de assalto ao Quartel Moncada em Santiago de Cuba e de Céspedes, (Bayamo) em 26 de julho de 1953 e fundaria depois o Movimento Revolucionário 26 de Julho (M-26-7).


PPARTE 3 - A HISTÓRIA ME ABSOLVERÁ

No julgamento que se seguiu pelas ações, assumiu sua própria defesa e defendeu o direito dos povos de lutarem contra a tirania. Condenado a quinze anos de prisão, começou a cumprir a pena na prisão de Boniato (Santiago de Cuba) e depois foi transferido ao Presidio Modelo (Isla de Pinos), onde reelaborou sua auto-defesa que levou o nome de A História me Absolverá, e teve sua primeira publicação e distribuição clandestinas em 1954 e desde então foi editada numerosas vezes em Cuba, como em muitos outros países e traduzido nos mais diversos idiomas.

PARTA 4 - ANISTIA

Após ser anistiado em maio de 1955 graças a um amplo movimento popular, ocorreu uma intensa tarefa periodística de caráter político através do diário La Calle e do semanário Bohemia e em aparições em radioauditivas e televisivas enquanto estruturava o movimento 26 de julho em escala nacional e internacional.

PARTE 5 - NOVO EXÍLIO NO MÉXICO

Porém, ao começarem a censurar seus artigos e cerrar as vias e meios legais de expressão de suas idéias, decidiu seguir, apenas dois meses depois ao seu exílio no México onde trabalhou na preparação dos homens que o acompanhariam em seu intento de iniciar a luta insurrecional em Cuba, participou em atividades políticas, escreveu o Manifesto número um do Movimento 26 de Julho ao povo de Cuba que circulou clandestinamente na Ilha e firmou, com José Antonio Echeverría, presidente da FEU, o Pacto do México a favor da unidade das forças que se opunham à ditadura de Fulgêncio Batista.


PARTE 6 - PREPARAÇÃO DA REVOLUÇÃO

Em 1955 viajou aos Estados Unidos em busca de apoio dos emigrados cubanos neste país. Pronunciou discursos em Nova York e Miami. Ao fim de novembro de 1956, partiu do porto mexicano de Tuxpan, a bordo do Iate Granma, com várias dezenas de combatentes e em 2 de dezembro desembarcaram na praia Las Coloradas, próxima a Niquero (Oriente), e se abrigaram em Sierra Maestra onde permaneceu por mais de dois anos à frente do Exército Rebelde Cubano, do qual era comandante-em-chefe.

Neste ínterim, desenhou e guiou a tática e a estratégia da luta contra a ditadura batistiana, financiada e apoiada pelos estadunidenses e pela unidade de ação das forças opositoras revolucionárias. Comandou diversos combates que culminaram em vitórias de suas tropas, orientou a criação de novas frentes guerrilheiras em Oriente e Las Villas, trabalhou na preparação de leis fundamentais que deveriam promulgar-se uma vez alcançada a vitória e divulgou suas ideias nacional e internacionalmente, através de meios improvisados na própria Sierra Maestra como o periódico El Cubano Libre, a emissora Radio Rebelde e mediante entrevistas realizadas por periodistas cubanos e estrangeiros.


PARTE 7 - PÓS-REVOLUÇÃO

Depois do desmonte do regime ditatorial pela fuga de Batista em 1 de janeiro de 1959, convocou generais para consolidar a vitória da Revolução e marchou até Havana, onde entrou em 8 de janeiro. O Governo revolucionário instaurado o designou primeiramente Comandante em Chefe de todas as forças armadas, terrestres, aéreas e marítimas e depois, em meados de fevereiro, Primeiro Ministro.

Fidel Castro visitou, após a vitória, os Estados Unidos da América.[20] A URSS deu apoio econômico e militar ao novo governo de Castro, comprando a maioria do açúcar cubano. A partir de então, Cuba passou a sofrer um embargo econômico por parte dos Estados Unidos. A este respeito Fidel Castro disse: Nuestro pueblo heroico ha luchado 44 años desde una pequeña isla del Caribe a pocas millas de la más poderosa potencia imperial que ha conocido la humanidad. Con ello ha escrito una página sin precedentes en la historia. Nunca el mundo vio tan desigual lucha.


Nosso povo heróico lutou 44 anos desde uma pequena ilha do Caribe, a poucas milhas da mais poderosa potência imperial que a humanidade já conheceu. Com ele escreveu uma página sem precedentes na história. Nunca o mundo viu uma luta tão desigual.

Imediatamente começou a impulsionar a criação de um novo aparato estatal, escreveu leis a favor dos setores mais desfavorecidos, entre essas leis encontra-se a lei de Reforma Agrária, que firmou ainda em Sierra Maestra em 17 de maio. Também fundou órgãos de novo tipo como o Instituto Nacional de Reforma Agrária (INRA, do qual foi seu primeiro presidente) e instituições culturais como a Imprensa Nacional de Cuba e o Instituto Cubano de Arte e Indústria Cinematográfica (ICAIC). O anúncio de sua renúncia ao cargo de primeiro-ministro em meados de julho de 1959 pelos obstáculos colocados pelo presidente Manuel Urrutia às leis e medidas revolucionárias, motivou uma massiva exigência popular para que se reincorporasse ao mesmo e forçou a renúncia do presidente.


Em 26 de julho retomou o cargo. A partir de então pode levar adiante, desde os primeiros anos posteriores ao triunfo da Revolução, medidas e atividades de grande envergadura para o desenvolvimento ulterior do pais em todas as ordens, como a nacionalização de empresas estrangeiras, a Reforma Urbana, o desenvolvimento da indústria nacional e a diversificação agrícola, a campanha de alfabetização, a nacionalização e gratuidade do ensino em todos os níveis, a eliminação da saúde pública privada e do desporte profissional, a melhoria das condições de vida dos setores mais populares, o estabelecimento de vínculos com nações de todo o mundo e todos os sistemas sociais de governo, a incorporação de Cuba ao Movimento de Países Não Alinhados, a definição de uma política exterior independente, e a declaração do caráter socialista da revolução em abril de 1961.




PARTE 8 - INTERVENÇÕES

Conseguiu, ademais, a unidade das forças revolucionárias e anti-imperialistas do país em organizações massivas como a Associação de Jovens Rebeldes (ARJ), os Comitês de Defesa da Revolução (CDR), as Milícias Nacionais Revolucionárias (MRN), a União de Pioneiros de Cuba (UCP), a Federação de Mulheres Cubanas (FMC) e outras de caráter mais seletivo e político. Escreveu textos fundamentais da história contemporânea de Cuba e da América Latina como os da Primeira (1960) e Segunda (1962) Declaração de Havana. Em abril de 1961 dirigiu pessoalmente as tropas que derrotaram a invasão mercenária em Playa Girón, financiada e organizada pelos Estados Unidos.

Sua intervenção em uma reunião com escritores e artistas na Biblioteca Nacional José Martí em junho de 1961, publicada depois sob o título Palavras aos Intelectuais, definiu aspectos da política cultural da Revolução ainda vigentes e facilitou a realização, em agosto deste mesmo ano, do Primeiro Congresso Nacional de Escritores e Artistas de Cuba.

Foi membro do conselho de direção de Cuba Socialista (1961-1967). Desde outubro de 1965, quando o PURCS tomou o nome de Partido Comunista de Cuba, (PCC), têm sido membro de seu Comitê Central e seu Primeiro Ministro.

Assim mesmo, ao constituir-se a Assembleia Nacional do Poder Popular em 1977, esta o elegeu Presidente dos Conselhos de Estado e Ministros, cargos nos quais tem sido ratificado desde então. Por suas responsabilidades a frente do PCC, o Estado e o Governo cubanos tem sido o principal orientador e impulsor das estratégias de desenvolvimento do país em todos os sentidos, assim como o arquiteto da política internacional da Revolução Cubana.



PARTE 9 - RELAÇÕES MUNDIAIS

A partir de 1959 tem viajado a uma infinidade de países da América Latina, Europa, África e América do Norte, para representar Cuba em congressos e conferências dos mais diversos tipos e organizações, assim como em outras atividades oficiais e visitas amistosas. Em 1959 foi ao Brasil, onde foi recebido pelo presidente Juscelino Kubitschek. Anteriormente já havia se encontrado com o deputado Jânio Quadros (que depois viria a ser presidente do Brasil).

Para treinar os militares cubanos, Fidel Castro contratou antigos soldados nazis das SS em 1962. Os serviços secretos alemães dão como certa a presença em Cuba de pelo menos dois dos quatros membros das SS convidados pelo regime de Fidel Castro. Os ex-soldados das SS foram para Cuba ganhar salários quatro vezes superiores ao que um alemão médio auferia naquela época. Nesse ano Fidel Castro também tentou comprar armamento belga através de intermediários da extrema-direita alemã.

Em 13 de março de 1995, Fidel faz sua primeira visita à França, a uma potência ocidental desde a revolução de 1959. Na ocasião, Fidel declarou que a visita significava o fim do apartheid imposto a Cuba pelo Ocidente e atacou o bloqueio comercial imposto pelos Estados Unidos há mais de três décadas.


De especial significado tem sido sua presença nas cúpulas do Movimento de Países Não-Alinhados. Documentos políticos, discursos, intervenções, artigos e entrevistas suas têm sido difundidos em livros próprios ou compilações, em filmes e nos mais importantes órgãos de imprensa escrita e emissoras de rádio e televisão de Cuba e de todo o mundo. Em 1961 foi-lhe atribuído o Prêmio Lênin da Paz.

Várias universidades da Europa e América Latina lhe conferiram o título de Doctor Honoris Causa. Tem recebido também múltiplas condecorações por seu labor em prol das relações com outros países, assim como o Prêmio Mijail Sholojov outorgado pela União de Escritores da Rússia em 1995.



PARTE 10 - TRANSFERÊNCIA INÉDITA E RETIRADA DE PODER



Em 26 de julho de 2006, Fidel Castro ia a bordo de um avião que fazia a viagem entre as cidades cubanas de Holguín e Havana quando teve uma primeira hemorragia relacionada com a doença nos intestinos que o afastou da vida pública.

Não havia nenhum médico a bordo do avião, por isso o aparelho aterrou de emergência para que Fidel Castro fosse hospitalizado. A doença do líder histórico cubano foi então considerada segredo de Estado, mas foram mobilizados os melhores médicos e quatro meses depois, o médico espanhol José Luis Garcia Sabrido, chefe de cirurgia do hospital Gregório Marañón em Madrid, viajou até Cuba para acompanhar a situação.

Em 1 de agosto de 2006, Fidel Castro delegou em caráter provisório, por conta de uma doença intestinal que, segundo o próprio, seria grave, suas funções de comandante supremo das Forças Armadas, secretário-geral do Partido Comunista de Cuba e de presidente do Conselho de Estado (cargo máximo da República Cubana) ao seu irmão Raúl Castro, Ministro da Defesa. Inúmeras críticas surgiram, e em outubro de 2006 a imprensa mundial afirmou que ele tem um câncer, fato não confirmado.

O poder passou em definitivo para as mãos de seu irmão Raúl Castro após Fidel Castro decidir retirar-se do poder em 24 de fevereiro de 2008, após o parlamento definir a nova cúpula governamental. Cinco dias depois, Fidel anunciou que não aceitaria novamente, se eleito, o cargo de Chefe de Estado. 

Em uma mensagem publicada no jornal oficial Granma, ele escreveu e assinou: “Não aspirarei nem aceitarei - repito - não aspirarei nem aceitarei o cargo de Presidente do Conselho de Estado e Comandante-em-Chefe.”

Ele também escreveu que estaria traindo sua consciência ocupando uma responsabilidade que requer uma mobilidade que não estaria mais em condições físicas de exercer.

Mesmo com a resignação de Castro, o ex-presidente americano, George Bush, não retirou as sanções americanas impostas a Cuba. Fidel Castro diz que continuará escrevendo sua coluna no jornal cubano e não pode continuar no poder por insuficiência em sua saúde. Ele permaneceu como membro do parlamento após a sua eleição como um dos 31 membros do Conselho de Estado. Também manterá o cargo de primeiro-secretário do Partido Comunista de Cuba.




CURIOSIDADES - FAMÍLIA

Com sua primeira esposa, Mirta Díaz Balart, Fidel Castro tem um filho chamado Fidel "Fidelito" Castro Díaz-Balart. Mirta e Fidel divorciaram-se em 1955, tendo ela se casado novamente e, após uma temporada em Madrid, teria voltado a residir em Havana para viver com Fidelito e sua família. Fidelito cresceu em Cuba e por um período dirigiu a comissão para a energia atômica do país, tendo sido retirado do posto por seu pai.

Fidel tem outros cinco filhos com sua segunda esposa, Dalia Soto del Valle: Alexis, Alexander, Alejandro, Antonio e Ángel.

Durante seu casamento com Mirta, Fidel teve uma amante, Naty Revuelta, que lhe deu uma filha, Alina Fernández-Revuelta, que deixou Cuba em 1993 fazendo-se passar por uma turista espanhola e pediu asilo nos Estados Unidos, onde tem sido uma ferrenha crítica das ações políticas de seu pai.

Uma irmã de Fidel, Juanita Castro, vive nos Estados Unidos desde o início da década de 1960, tendo sido retratada num documentário de Andy Warhol em 1965.



CURIOSIDADES - PATRIMÔNIO

Em 2005 a revista Forbes especulou que o patrimônio de Fidel Castro atingiria aproximadamente 550 milhões de dólares. A Forbes chegou a esse número pela soma do patrimônio das empresas estatais do governo de Cuba. Com essa fortuna acumulada, especulou a revista, ele teria alcançado o décimo lugar na categoria "governantes e membros da realeza mais ricos do mundo".

A Forbes disse à BBC que, para estimar a presumível fortuna de Fidel, calculou o valor de mercado de várias empresas estatais cubanas, e atribuiu um percentual do valor assim obtido ao patrimônio pessoal de Fidel Castro. Um porta voz da revista confirmou à BBC que a revista não tem nenhuma prova de que Fidel Castro tenha contas bancárias no exterior, embora a revista mantenha que Fidel teria "uma fortuna".

Esses dados foram prontamente negados por Fidel, que considerou a notícia uma infâmia. Na oportunidade, Fidel Castro desafiou:
“Se eles provarem que tenho um conta no exterior de 900 milhões, de um milhão, de 500 mil, de 100 mil ou de um dólar, eu renuncio a meu cargo e às funções que desempenho.”

Fidel ainda alegou que a revista estaria ligada aos serviços de inteligência dos Estados Unidos, e afirmou que o presidente Ronald Reagan teria nomeado o editor da revista para o cargo de coordenador das transmissões de rádio da Voz da América dirigidas à União Soviética durante a Guerra Fria. Ainda segundo Fidel, muitos meios de comunicação, por todo o mundo, estariam buscando, "de maneira suja e baixa, desprestigiar a Revolução, anular Cuba e pintar Castro como um ladrão".







sexta-feira, 25 de novembro de 2016

O BANDIDO DO PT, ZÉ DIRCEU, VAI SER LIBERADO DA PRISÃO...


Jailton de Carvalho
O procurador da República Carlos Fernando dos Santos Lima, um dos coordenadores da Operação Lava-Jato, criticou duramente a tentativa de deputados e senadores de apresentar projeto para anistiar caixa dois e outros crimes relacionados a movimentação de dinheiro de campanha eleitoral. Num veemente discurso, o procurador disse que se trata de uma manobra espúria de auto-anistia contra a corrupção. Santos Lima conclamou a população a reagir e a impedir a aprovação da proposta que, para ele, acabará com a Lava-Jato e obrigará a liberação até de presos do mensalão.
— Pretendem com isso anistiar a corrupção. Isso acaba com a necessidade da operação Lava-Jato. Não posso investigar fatos que não são crimes. A partir do dia que dessa lei for sancionada, esses fatos não serão crimes. Pior que isso, vamos ter que liberar muita gente presa. Vamos ter que liberar condenados do mensalão. José Dirceu, por exemplo, terá que ser liberado no dia seguinte a sanção dessa lei – disse o procurador.
PRESSÃO POPULAR – Santos Lima fez ainda um forte chamado a população para reagir a partir de agora contra esta e outras iniciativas que, para ele, terão como objetivo criar um salvo-conduto geral para corruptos em todos os quadrantes do país.
Ele sustenta que o sistema político está corrompido pelo poder econômico. O procurador reafirma ainda que a corrompido não pode ser encarada como um dado natural, uma “graxa” para manter a estrutura do estado em funcionamento. Desvios de dinheiro público estão, para ele, na raiz da atual crise econômica do país.
APELO À REAÇÃO — “Peço a todos que multipliquem os esforços hoje e nos próximos meses para nos mantermos vigilantes para aprovarmos as dez medidas contra a corrupção. Mas também que evitem essas medidas que querem anistiar o passado e soltar presos da Operação Lava-Jato, do Mensalão, extinguir ações contra corruptos do Brasil inteiro” — exortou o procurador.
Santos Lima fez o discurso durante debate no seminário 10 Medidas contra a Corrupção no Contexto da Convenção das Nações Unidas (Mérida), na sede da Procuradoria-Geral da República. O procurador é o principal responsável pelas investigações da Lava-Jato em Curitiba.

quinta-feira, 24 de novembro de 2016

RENAN VAI DANÇAR NA CORDA BAMBA



Josias de Souza

Num instante em que Renan Calheiros, estalando de pureza moral, executava o seu número de combate aos abusos cometidos por autoridades como magistrados, procuradores e delegados, a ministra Cármen Lúcia invadiu-lhe o palco. TIROU-O PARA DANÇAR.

Ao abrir a primeira sessão de debate sobre o projeto que atualiza a Lei de Abuso de Autoridade, de 1965, Renan deu uma LIÇÃO de óbvio à plateia. Ensinou que a arbitrariedade “é uma chaga incompatível com o regime democrático de proteção às liberdades civis.” Renan marcou para 1º de dezembro nova rodada de discussão.

HORAS DEPOIS DA AULA DO PROFESSOR RENAN,  a presidente do Supremo Tribunal Federal MARCOU a data do julgamento de uma denúncia contra o senador. Nela, a Procuradoria-Geral da República acusa o presidente do Senado de custear com propinas recebidas da Mendes Júnior as despesas de uma filha que teve fora do casamento.

Cármen Lúcia marcou para o mesmo dia 1º de dezembro a sessão em que os ministros do Supremo devem abrir ação penal contra Renan, convertendo-o, finalmente, em réu. Se lhe perguntarem, a ministra será capaz de jurar que a coincidência de datas foi obra do acaso. Seja como for, ficou entendido o seguinte: Renan Calheiros no papel de ombudsman de autoridades que ultrapassam os limites da lei é algo tão inusitado QUANTO UM MACACO NA GERÊNCIA DA CASA DE LOUÇAS.

No mesmo dia em que receberá no Senado os doutores Sergio Moro e Gilmar Mendes, estrelas da última sessão de debates sobre abuso de autoridades, Renan, protagonistas de 12 inquéritos, será retratado no plenário do Supremo como um abusador da paciência alheia. A Procuradoria acusou-o de três crimes: falsidade ideológica, uso de documento falso e peculato.

Renan marcou para 6 de dezembro a votação do projeto sobre abuso de autoridades. Nesse dia, o senador já estará desfilando pelo tapete azul do Senado sua condição de réu. Isso, naturalmente, se o ministro Dias Toffoli não jogar sobre a mesa mais um desses pedidos de vista que desvirtuam o acaso que rege os passos da dança de Cármen Lúcia. - A imagem e a manchete não fazem parte do texto original -

No Brasil pós-Lava Jato, é impossível conviver com as práticas de Geddel



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Geddel praticou tráfico de influência em benefício próprio
Vera Magalhães
A semana que começou com Michel Temer passando a mão na cabeça de Romero Jucá e demonstrando, de um lado, condescendência com acusações de corrupção contra aliados e, de outro, paúra da capacidade de mobilização de Lula e do PT, só poderia terminar com um episódio como o que contrapôs o ministro Geddel Vieira Lima e o agora ex Marcelo Calero.
Parafraseando Chico Buarque, o tempo passou na janela, e só Temer e seus principais aliados no Planalto e no Congresso não viram. No Brasil pós-Lava Jato, vai-se mostrando impossível conviver com tráfico de influência explícito como o praticado por Geddel, tentativas de moldar as leis às conveniências dos investigados, como as praticadas na Câmara e no Senado, e manobras para o tapetão, como a tentada pelo presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), para buscar uma reeleição que não lhe é facultada.
EFEITO EDUCATIVO – O desassombro com que Calero deu uma entrevista para contar em detalhes algo que pré-Lava Jato ficaria restrito aos bastidores, mostra que grampos, delações e prisões de poderosos tiveram, sim, um efeito educativo sobre a política brasileira, e que há quem se importe em preservar honra e currículo de máculas que outros das antigas gerações tratam com desdém.
Temer parece alheio ao trem da história: mesmo no fim de semana, os assessores mais próximos do presidente garantiam que Geddel não fez nada demais, e fica onde está. Mais: o fato de a pressão não ter surtido resultado seria ponto a favor do governo. Vida que segue. A conferir.
PEC DO TETO – Mesmo admitindo desgaste na articulação política com as acusações desferidas por Calero sobre Geddel, o Planalto não acredita que o episódio tenha peso suficiente para impedir a aprovação da proposta de emenda constitucional que fixa o teto de gastos do setor público em primeiro turno. O placar estimado continua de ao menos 60 votos a favor da limitação. Mas, pelo sim, pelo não, a reforma da Previdência só vai para a Câmara depois que a primeira votação tiver acontecido.
ANISTIA AO CAIXA 2 – Diante da dificuldade de chegar a um texto que permita colocar a anistia ao caixa 2 no texto que tipifica o crime na lei penal, os deputados podem tentar outra abordagem: modificar a legislação eleitoral para permitir declarações de recebimento de “recursos não contabilizados”, para usar a definição eternizada por Delúbio Soares, por meio da abertura de novos prazos para retificação das prestações de contas.