quinta-feira, 15 de novembro de 2018

JUÍZA GABRIELA ENQUADRA O LAPA DE CORRUPTO, CANTA DE GALO, E DIZ QUEM MANDA NO PEDAÇO É ELA!!! LULA AINDA VAI SENTIR MUITA SAUDADE DO JUIZ MORO...

A juíza Gabriela Hardt já entrou para a história ao enquadrar o ex-presidente Lula durante seu primeiro interrogatório com o petista na Lava Jato. Considerado um orador hábil, capaz de inserir frases de grande impacto político em suas falas, Lula se deparou com um paredão intransponível ao ser interrogado pela juíza federal que substituiu o juiz Sérgio Moro, outra lenda da Lava Jato na Justiça Federal do Paraná. A juíza enquadrou o petista em várias oportunidades durante o interrogatório que durou quase três horas. Os vídeos com as respostas firmes da magistrada viralizaram na internet em poucas horas.


Logo no início do interrogatório, Lula tentou manipular a juíza Gabriela Hardt, questionando-a sobre algo que não tinha relação com a ação penal em que responde pelos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro. Nesta ação penal, Lula não é acusado de ser o dono do sítio em Atibaia, mas sim de ter sido beneficiário de um esquema de corrupção envolvendo vantagens indevidas dissimuladas através de obras e benfeitorias na propriedade rural no interior paulista.

Ardiloso, Lula fingiu-se disposto a colaborar com o trabalho da magistrada, mas logo em seguida, tentou assumir o protagonismo do interrogatório indagando a juíza se ele era ou não dono do sítio de Atibaia, uma pergunta descabida.

- Mas, doutora, eu só queria perguntar, para o meu esclarecimento, porque eu estou disposto a responder toda e qualquer pergunta: eu sou dono do sítio ou não?

- Isso é o senhor quem tem que responder, não eu, doutor, e eu não estou sendo interrogada nesse momento - respondeu Hardt.

- Não, quem tem que responder é quem me acusou - disse Lula.

- Doutor, e assim, senhor ex-presidente, esse é um interrogatório e se o senhor começar nesse tom comigo a gente vai ter problema - disse Hardt, que completou: - Então, vamos começar de novo: eu sou a juíza do caso, eu vou fazer as perguntas que eu preciso para que o caso seja esclarecido para que eu possa sentenciá-lo ou para que um colega possa sentenciá-lo. Num primeiro momento, você tem direito de ficar em silêncio mas, nesse momento, eu conduzo o ato, advertiu a juíza com firmeza que surpreendeu Lula e seus advogados. Acabou sobrando para todo mundo.

Neste momento, o advogado José Roberto Batochio tentou argumentar que aquela era uma oportunidade que seu cliente tinha para falar no processo e tinha liberdade para questionar sobre sua acusação. Neste momento, a juíza repreendeu o advogado:

- Eu posso fazer as perguntas ao seu cliente? O senhor o orientou do que está sendo acusado nesse processo? Ele está apto a ser interrogado ou o senhor precisa sair dessa sala e conversar com ele e ele retornar? - desafiou a juíza. Em utras palavras, a juíza tratou o teatro encenado por Lula e sua defesa sugerindo que os advogados de Lula eram incompetentes, dando a eles a oportunidade de informar ao cliente do que ele estava sendo acusado.

Após o disparo à queima roupa na direção da defesa de Lula, Hardt, então, retorna suas atenções para o réu e questiona se o petista já está apto a começar a responder as questões.

- E quando eu posso falar, doutora? - disse Lula.

- O senhor pode falar, responder, quando eu perguntar no começo - respondeu Hardt.

- Mas pelo que eu sei, é meu tempo de falar - afirmou Lula.

- Não, é o tempo de responder às minhas perguntas. Eu não vou responder interrogatório nem questionamentos aqui. Está claro? Que eu não vou ser interrogada? - questionou a juíza.

- Eu não imaginei que fosse assim. Como eu sou vítima de uma mentira...

- Eu também não imaginava, então vamos começar com as perguntas. Eu já fiz o resumo e vou fazer perguntas: O senhor fica em silêncio ou o senhor responde.

Lula descobriu durante seu interrogatório conduzido pela juíza Gabriela Hardt que poderá sentir saudade de Sergio Moro... - Imprensa Viva. - . 




A JUÍZA GABRIELA TERMINOU DE BATER O ÚLTIMO PREGO E FECHAR O CAIXÃO DO SEBOSO DE CAETÉS...



Josias de Souza


Inquirido durante quase três horas no processo sobre o sítio de Atibaia, Lula intercalou ataques desconexos e respostas inconsistentes. A agressividade foi domada pela contrarreação da juíza Gabriela Hardt, a substituta de Sergio Moro. A inconsistência serviu de matéria-prima para o cerco promovido pela força-tarefa da Lava Jato, representada na audiência pelo procurador da República Athayde Ribeiro Costa. Com seu depoimento, Lula como que abriu o caminho que o levará a uma nova condenação.
Ex-presidente mais popular da história desde Getúlio Vargas, protagonista nato, líder desde a primeira mamada, Lula deixou a sala de audiências da 13ª Vara de Curitiba como um pobre-diabo indefeso. Incapaz de enxergar o que se passava sob os fios de sua barba, alegara ter tomado conhecimento das obras no sítio por meio do noticiário. O representante do Ministério Público quis saber por que não cogitou procurar os executores da obra – Odebrecht, OAS e o pecuarista José Carlos Bumlai – para realizar o pagamento.
“A chácara não é minha”, escorregou Lula. “As obras não foram feitas pra mim. Portanto, eu não tinha que pagar, porque achei que o dono do sítio tinha pago”, desconversou noutro trecho.
O procurador lembrou que Fernando Bittar, o suposto proprietário, dissera em depoimento na semana passada que não levara a mão ao bolso por imaginar que Lula e sua mulher Marisa Letícia, como beneficiários, pagariam pelos confortos, orçados em R$ 1,02 milhão. Instado a se explicar, Lula complicou-se: “Ele fala e você quer que eu explique?”
Considerando-se que nenhuma empreiteira reformaria graciosamente um sítio pertencente a um desconhecido chamado Bittar, o procurador insistiu em oferecer a Lula uma chance de defesa. Mas o interrogado desperdiçou: “Se ele falou que não pagou, achando que a Marisa tinha pago, eu não tenho mais como perguntar (a ex-primeira-dama Marisa Letícia morreu em fevereiro do ano passado).”
Espremendo-se o que Lula alegou durante o depoimento, chega-se a um enredo que, por inacreditável, seria refugado até como roteiro de telenovela. Nele, a família Lula da Silva se apropria de um sítio alheio. Duas das maiores empreiteiras do país reformam a propriedade. Dizem ter bancado o upgrade com verbas sujas, em retribuição a facilidades obtidas nos governos petistas. O escândalo ganha o noticiário. Vira assunto nas esquinas e nos botecos. Mas Lula, beneficiário dos mimos, jura que nunca tratou do tema.
Viva, Marisa Letícia foi pendurada nas manchetes como responsável pelos primeiros pedidos de reforma do sítio. Entretanto, Lula assegura que não conversou sobre a encrenca nem na alcova. Tampouco perguntou para Bumlai, o pecuarista-companheiro, quem pagou pelas obras. Jamais tratou do assunto com Bittar, o hipotético proprietário do sítio. “Não sou daquele tipo de cidadão que entra na casa dos outros e vai abrindo a geladeira. O cara tem a propriedade, o cara me empresta a propriedade. Eu vou ficar perguntando: ‘O que foi que você fez?.”
Lula declarou que também não lhe passou pela cabeça tocar o telefone para o amigo Emílio Odebrecht. “Por que eu tinha que falar com o Emílio?” Espantou-se não com a generosidade de Léo ‘OAS’ Pinheiro, mas com sua incúria. “O que eu acho grave, que você deveria perguntar, é porque o Léo não cobrou! Por que o Léo não cobrou? O cara que tem que receber é o cara que vai todo santo dia cobrar. O cara que tem que pagar, se puder nem passa perto.”
O procurador que inquiria Lula não passou recibo. Pacientemente, refrigerou a memória do líder máximo do PT. Disse que o sócio da OAS não lhe apresentara a fatura referente ao sítio porque já se considerava pago e satisfeito com as contrapartidas que amealhara em negócios firmados com a Petrobras.
Lula cobrou várias vezes durante o interrogatório a exibição de provas que atestassem que ele seria o proprietário do sítio. Foi informado de que, neste processo, a questão da propriedade do imóvel não é crucial. O que está em causa é a corrupção e a lavagem de dinheiro estampadas nas obras feitas em seu benefício com dinheiro saqueado do Estado.
Logo na abertura da audiência, Lula sinalizou a intenção de conturbar. A juíza perguntou-lhe se estava ciente das acusações que pesavam contra ele. Lula disse que não. Corrupção e lavagem de dinheiro, disse a substituta de Sergio Moro, resumindo o conteúdo dos autos num parágrafo. Lula tentou fazer pose de João sem braço: “Não, não, não, não. Eu imagino que a acusação que pesava sobre mim é que eu era dono de um sítio em Atibaia.”
A juíza Gabriela Hardt reiterou o que acabara de dizer. Lula voltou à carga: “Doutora, eu só queria perguntar, para o meu esclarecimento, porque eu estou disposto a responder toda e qualquer pergunta: eu sou dono do sítio ou não?” Ao farejar as intenções do interrogado, a magistrada apressou-se em puxar as rédeas:
“Senhor ex-presidente, isso é um interrogatório. Se o senhor começar neste tom comigo a gente vai ter problema. Então, vamos começar de novo: Eu sou a juíza do caso, eu vou fazer as perguntas que eu preciso para que o caso seja esclarecido, para que eu possa sentenciá-lo ou algum colega possa sentenciá-lo. Então, num primeiro momento, eu quero dizer que o senhor tem todo o direito de ficar em silêncio. Mas, neste momento, eu conduzo o ato.”
Na última metade da sessão, Lula voltaria à carga: “Eu vim aqui pensando que vocês iam me desmoralizar, pegar uma escritura, mostrar que eu paguei, que eu recebi (a escritura do sítio). Vocês não fizeram nada disso”. Puxa daqui, estica dali, o representante da Lava Jato ofereceu corda para que o réu enforcasse seus advogados. “Se o senhor não sabe qual é o objeto da ação, é um problema da defesa técnica do senhor. Se o senhor se sentir indefeso, pode chamar a Defensoria Pública.”
No ápice do interrogatório, o procurador aplicou em Lula algo muito parecido com um xeque-mate: “No caso do tríplex, o senhor alegava que as obras de melhorias do apartamento não foram para o senhor sob o argumento de que o senhor nem ia lá. Agora, o senhor constantemente estava no sítio, mantinha lá bens pessoais de toda ordem e os empresários alegam que a obra era para o senhor. Eu gostaria do senhor qual é a explicação que o senhor tem para isso, senhor ex-presidente?”
Lula tentou desconversar. Seu advogado, Cristiano Zanin, interveio. Houve um princípio de barraco. O réu cavou um intervalo providencial. Pediu para ir ao banheiro. Ao retornar, Lula ouviu o procurador repetir a mesma pergunta. A flacidez da resposta potencializou a impressão de que o presidiário petista estava mesmo indefeso.
“Eu vou dar a explicação. Primeiro do tríplex: o tríplex não era, não é e não será (meu). A história vai mostrar o que aconteceu nesse processo. Segundo, o sítio: Eu vou lá porque o dono do sítio me autorizou a ir lá. Tá? Que bens pessoais que eu tinha no sítio? Cueca, roupa de dormir, isso eu tenho em qualquer lugar que eu vou. E nenhum empresário pode afirmar que o sítio é meu se ele não for meu.”
“Mas eles afirmaram que fizeram obras para o senhor”, insistiu o procurador. Lula perdeu a linha: “Ah, meu Deus do céu, sem eu pedir. Você não acha muito engraçado alguém fazer uma obra que eu não pedi? E depois alguém negociar uma delação sob a pressão de que é preciso citar o Lula. E vocês colocam isso como se fosse uma verdade! …Eu repudio qualquer tentativa de qualquer pessoa dizer que foi feito uma obra para mim naquele sítio. Porque se o Fernando Bittar amanhã vender o sítio…”
Nesse ponto, o procurador esclareceu que, mantido o fio condutor da defesa, Lula não enxergaria senão pus no fim do túnel. Explicou que a condenação independe de um pedido formal para a realização das obras bancadas com verbas de má origem: “O senhor pode alegar que não pediu. Mas o crime de corrupção tem a modalidade receber.”
O depoimento desta quarta-feira foi o terceiro que Lula prestou à Justiça Federal em Curitiba. No caso do tríplex, foi condenado em primeira e segunda instância. Cumpre pena de 12 anos e um mês de cadeia. O processo sobre a compra de um apartamento e de um terreno que seria usado para abrigar o Instituto Lula aguarda uma sentença da juíza Gabriela Hardt. E o caso do sítio entrou na fila na forma de uma condenação esperando para acontecer.
Para desassossego de Lula, seu drama penal vai virando parte da paisagem. A multidão que o prestigiou nos dois primeiros depoimentos de Curitiba ficou em casa. A vigília nos arredores da Superintendência da PF, onde está preso, minguou. Dessa vez, poucos apoiadores faziam barulho nas ruas de Curitiba. Nas proximidades do fórum, não houve bloqueio de ruas nem fechamento de lojas. O aparato de segurança sofreu lipoaspiração.
Lula coleciona façanhas políticas que poderiam tê-lo guindado à condição de estátua. Mas até os seus apoiadores parecem recusar o papel de testemunhas de uma fase em que o grande ídolo, auto-convertido em pardal de si mesmo, suja com depoimentos desconexos a própria testa de bronze. No seu primeiro encontro com a juíza substituta, Lula percebeu que seu futuro penal está agora nas mãos de uma versão feminina de Sergio Moro. Logo, logo o PT terá de incluir uma nova personagem no rol de ”perseguidores políticos” do grande líder.

LAPA DE CORRUPTO QUE É PhD EM PROPINA AINDA VAI SENTIR MUITA SAUDADE DO JUIZ MORO...





LULA TENTOU TRANSFORMAR INTERROGATÓRIO EM PALANQUE E DIZ: "Nunca foi tão fácil nesse país ser ladrão"...



O ex-presidente Lula ficou visivelmente irritado ao ser questionado pela juíza Gabriela Hardt sobre o “caixa-geral” que irrigou os cofres do PT no esquema de propina oriundo de desvios milionários da Petrobras.

O petista foi interrogado em Curitiba nesta quarta-feira, 14, pela juíza Gabriela Hardt, que substitui o juiz federal Sérgio Moro no comando das ações da Lava Jato na 13.ª Vara Federal do Paraná.

Ao ser indagado sobre o “caixa-geral” do PT, Lula tentou sair pela tangente, negando ter conhecimento sobre algo que vários integrantes do PT já reconheceram publicamente.

“Eu não acredito”, alegou Lula.

“O senhor não acredita, mas foi lhe dito nos outros depoimentos sobre quantidades de valores devolvidos por diretores e gerentes da Petrobras relativos a propinas e os valores em contas bloqueadas de políticos no exterior”, completou a juíza.

Irritado, o petista que se tornou milionário desde que deixou a Presidência da República ao final de 2010 tentou sugerir que apenas delatores lucraram no mega esquema de corrupção do PT na estatal:

“Aí é caixa deles, na verdade eles ganhavam um prêmio. Nunca foi tão fácil ser ladrão nesse país. Você rouba, aí depois você faz a delação e fica com um terço do roubo ou dois terços do roubo”, disse Lula em tom de ironia. - Imprensa Viva - 


LULA TENTA INTIMIDAR MINISTÉRIO PÚBLICO E JUÍZA E SE SAI MAL, MUITO MAL: "Se isso acontecer, o senhor será responsável”...

O ex-presidente Lula, em mais de uma oportunidade, tentou desafiar a astúcia da juíza Gabriela Hardt e emitir recados sutis para a militância petista. Durante o interrogatório no processo do sítio em Atibaia, Lula percebeu que cometeu um erro ao subestimar a inteligência da substituta do juiz Sérgio Moro, ao tentar se colocar no papel de vítima da justiça, ao mesmo tempo em que sugeria que a militância do PT deveria tomar providências contra os membros do Ministério Público Federal.


Se dirigindo ao procurador do MPF presente na audiência, Athaíde Ribeiro Costa, Lula afirmou que "Se eu fosse presidente do PT, pediria para que todos os filiados do PT do Brasil inteiro abrissem processo contra o Ministério Público para ele provar o power point”, disse o ex-presidente, que foi interrompido pela juíza, mas chegou a entabular um bate boca com a responsável pelos processos da Lava Jato na 13.ª Vara Federal do Paraná:

Hardt: “O senhor está intimidando a acusação assim, senhor presidente. Por favor, vamos mudar o tom. O senhor está instigando e intimidando a acusação e eu não vou permitir”.

Lula: “Eu não estou intimidando, estou apenas contando um fato verídico”.

Hardt: “O senhor está estimulando os filiados ao partido a tumultuarem o processo e os trabalhos. Se isso acontecer, o senhor será responsável”.

Cristiano Zanin, advogado de Lula: “A referência feita foi a processo judicial. Eu não acredito que a Justiça seja meio para instigar o Ministério Público”.

Hardt: “Mas tumultuar a Justiça, sim. Tumultuar a Justiça, sim”.

Zanin: “Aí cabe análise judicial. Eu não acredito que a Justiça fosse ser meio de pressão contra o Ministério Público”.

Lula: “Isso dito pela própria Justiça é grave”.

Hardt: “Eu não estou falando que a Justiça vai deferir, mas você tumultuar a Justiça por meios de diversas ações que vocês têm que responder, que tem que contestar, que tem que prestar informação, sim. Isso é intimidar porque nos tira do nosso trabalho diário para ter que ficar respondendo a intimações, informações e questões que não são pertinentes”.

Zanin: “Isso não é um fato concreto, vossa excelência, ele fez uma referência”.

Lula: “Doutora, as pessoas prejudicadas recorrerão a quem?”.

Hardt: “As pessoas prejudicadas recorrerão à Justiça”.

Lula: “A Justiça, eu só queria ouvir isso”.

Hardt: “O senhor já foi julgado em primeira instância, em segunda instância e seu processo está em tribunais superiores. E o senhor será julgado em tribunais superiores. Vamos adiante”.

Diante da firmeza da magistrada, Lula tentou recuar de suas ameças.

“As vezes eu fico nervoso, mas não é pessoalmente com ninguém, porque vocês sabem que eu tenho um respeito profundo pela instituição [MPF], tenho muitos amigos dentro do Ministério Público. As vezes eu fico muito nervoso com as mentiras que foram contadas no power point. Fico muito irritado”, disse o petista, ainda meio surpreso com a POSTURA ENÉRGICA da juíza Gabriela Hardt.- Imprensa Viva - 



JUÍZA BOTA PRA ARROMBAR NO LULA: "Se começar com esse tom, a gente vai ter problema"...


O ex-presidente Lula descobriu da pior maneira possível que não vai conseguir  "SE CRIAR" com a juíza Gabriela Hardt. Considerada mais linha dura que o juiz Sérgio Moro, a juíza que assume os processos da Lava Jato na 13.ª Vara Federal de Curitiba, deu uma dura em Lula logo no início do interrogatório nesta quarta-feira, 14.

Lula tentou sondar os limites da juíza com IRONIAS PROVOCATIVAS, e recebeu um alerta quanto à sua conduta perante o juízo: "Se começar com esse tom, a gente vai ter problema.”

O petista deu início ao seu depoimento perguntando à magistrada “Sou dono do sítio ou não?

Percebendo a tentativa de Lula em conduzir o interrogatório de forma irônica, Gabriela Hardt devolveu: Isso é o senhor que tem que responder. Se começar com esse tom, a gente vai ter problema.”

Sobrou até mesmo para a defesa de Lula, que também tentou explorar os limites da juíza. O advogado José Roberto Batochio tentou interceder na defesa do cliente, que estava sendo irônico e acabou levando uma também: “O senhor orientou o seu cliente sobre o processo ou precisa sair para explicar?”, indagou a juíza, que lembrou que é o réu que tem que responder suas perguntas, não o contrário: “É o tempo de responder às minhas perguntas. Está claro? Está claro que não vou ser interrogada?” - Imprensa Viva - 


LULA VOLTA PARA PRISÃO E DEVE PEGAR OUTRO GANCHO, ALÉM DE TER TUDO PARA MOFAR NA CADEIA...




O ex-presidente Lula já retornou para sua sala no quarto andar do prédio da Superintendência da Polícia Federal, em Curitiba. O petista foi interrogado por mais de três horas pela juíza Gabriela Hardt na ação penal em que o ex-presidente figura como réu, acusado pelos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro num esquema para ocultar o recebimento de vantagens indevidas nas obras do sítio Santa Bárbara, em Atibaia, litoral de São Paulo.

Lula disse que é inocente, alegou perseguição política e tentou desmentir os depoimentos de cúmplices em seus supostos crimes, como Marcelo Odebrecht, Léo Pinheiro, Emílio Odebrecht, entre outros que confirmaram, também à juíza Garbiela Hardt, que Lula sabia de todas as manobras para ocultar o recebimento de vantagens indevidas referentes à reformas do sítio usado por ele e seus familiares.


Nesta ação penal na Lava Jato, Lula é investigado por ter sido supostamente foi beneficiado por meio de reformas realizadas por empreiteiras em um sítio em Atibaia (SP). O ex-presidente é acusado de ter recebido propina de R$ 1,02 milhão de Odebrecht, OAS e Schahin por meio de obras realizadas em dezembro de 2010. A vantagem indevida seria uma contrapartida a contratos com a Petrobras obtidos de forma fraudulenta. Neste processo, Lula é réu por corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Lula alegou inocência. Imprensa Viva -

quarta-feira, 14 de novembro de 2018

HÁ 50 ANOS, GARANHUNS ELEGIA SEU ÚLTIMO PREFEITO FILHO DA TERRA: LUIZ SOUTO DOURADO


Por Altamir Pinheiro

Mesmo o município de  Garanhuns tendo sido emancipado ou elevado à  categoria de  cidade em 1879, só veio a eleger o seu primeiro prefeito 13 anos depois,  haja vista o cargo de prefeito só ter sido considerado após o fim da Intendência Municipal (era indicado pelo governador) no começo da República(1889), 13 anos depois que Garanhuns emancipou-se e 3 anos após a Proclamação da República. A peculiaridade desta primeira eleição é que ela foi anulada por duas vezes, somente  a terceira é que o Coronel Antonio da Silva Souto foi vencedor e  governou o município por 4 anos,  de 1892 a 1895.

Antes de entrar no assunto da manchete em epígrafe vale salientar que o primeiro prefeito eleito de Garanhuns era pai de SOUTO FILHO, este conhecido por Dr. Soutinho que, indiscutivelmente, por muito tempo,  foi o “CACIQUE MÓR” da nossa política. Como curiosidade, politicamente ele foi tudo, mesmo assim, nunca exerceu o cargo de prefeito de Garanhuns. Apesar de ter sido eleito em 1929, ele renunciou ao cargo.  Hoje a cidade presta-lhe uma merecida homenagem com uma obra erguida no centro da cidade; trata-se da Praça Souto Filho(praça da fonte luminosa), que fica defronte ao Colégio XV de Novembro.  Souto Filho morreu em 1937,  diga-se de passagem, relativamente jovem, aos 51 anos de idade.

Vale lembrar, a quem quiser e a quem interessar possa,  que Souto Filho era cunhado de Euclides Dourado; Euclides Dourado era pai de Luiz Souto Dourado; Antonio da Silva Souto(1º prefeito) era o pai de Soutinho; e avô, por parte de mãe, de Luiz Souto Dourado.

Na minha singela concepção, sem nenhum demérito aos outros, Garanhuns teve dois grandes abnegados, que cada um em sua área distinta “ladrilhou com pedrinhas de brilhante” a passarela  dos fatos relevantes  e as boas coisas realizadas em Garanhuns. Tratam-se de, SOUTO FILHO e IVO AMARAL. Dr. Soutinho, no campo estritamente político, apesar de sua baixa estatura,  era um gigante. Foi um político extremamente habilidoso. Já no campo ADMINISTRATIVO, o prefeito que elevou o nome de Garanhuns para os quatro cantos do Brasil e boa parte do Mundo(haja vista o alcance do Festival de Inverno) foi o  excelente  gestor, Ivo Tinô do  Amaral, um prefeito digno de aplausos. 

Continuando,  no dia 15 de novembro de 1968, há exatamente 50 anos, o Município de Garanhuns elegia, até hoje, seu último prefeito filho da terra: o intelectual e advogado LUIZ SOUTO DOURADO que tomou posse aos 45 anos de idade. De lá pra cá passou-se meio século e tivemos 8 prefeitos(com três reeleições), nenhum deles com a certidão de nascimento da Terra de Simôa. Eis a sinopse numérica do resultado da eleição para prefeito realizada em Garanhuns, em 15 de novembro de 1968, organizada pelo Serviço de Estudos e Estatística da Secretaria do Tribunal Eleitoral do Estado, conforme consta das páginas do jornal Diário de Pernambuco em sua edição de 19 de novembro de 1968. O número de votantes  foi de 11.827 e o resultado total foi o seguinte: LUIZ SOUTO DOURADO(MDB), 6.202 votos. ALUÍSIO SOUTO PINTO(ARENA), 5.258 votos.  Souto Dourado, portanto,  foi eleito prefeito ganhando aquele pleito por uma diferença com pouco mais de 900 votos.

Para ser eleito prefeito de Garanhuns, naquela circunstância o  deputado Luiz Souto Dourado(que tinha como seu vice o jornalista Humberto de Moraes) recebeu o apoio maciço do então prefeito  Amílcar da Mota Valença para derrotar o  favorito do pleito,  Aluísio Pinto, por diferença de 900 sufrágios(os dois – Aluísio e Dourado representavam Garanhuns na Assembleia Legislativa, eles foram deputados por Garanhuns em duas oportunidades e eram primos legítimos). Na avaliação do jornalista Ulisses Pinto, além da força que o intelectual Dourado recebeu do prefeito bem avaliado, Amílcar, pesou muito o seu SLOGAN de campanha  que dizia o seguinte: “VAMOS DEIXAR ALUÍSIO PINTO NA ASSEMBLEIA e SEU PRIMO SOUTO DOURADO NA PREFEITURA”...

Abro mais um parênteses para falar do  líder
popular Aluísio Pinto(irmão do jornalista Ulisses Pinto) foi vereador por duas vezes pelo partido da UDN, eleito prefeito em 1959 com uma vantagem de mais de 70% dos votos sobre o seu adversário que foi Abdias Branco(tio e pai de criação por boa parte da vida do nosso querido e já noventão, Ivan Rodrigues). O vice de Aluísio foi Álvaro Rocha. Já em 1968,  quando disputou a eleição com Souto Dourado Aluísio Pinto exercia o mandato de deputado estadual pelo partido governista da ARENA. Como prefeito, na sua gestão o município de Garanhuns era composto de sete distritos: Brejão, Caetés, Paranatama, São João, São Pedro, Iratama e Miracica. Aluísio Pinto morreu no dia 31 de dezembro de 1968(45 dias após perder a eleição para o primo Souto Dourado), de ataque cardíaco fulminante (conhecido na época pelo nome de moléstia do coração) aos 54 anos de idade.

Retornando à aldeia, naquela ocasião  do pleito vitorioso do garanhuense Souto Dourado,  houve uma  bela  sequência de fatos extraordinários protagonizados por candidatos a vereança como a eleição do debutante ANTONIO EDSON que foi na ocasião,  o vereador mais votado ao obter 805 votos pelo MDB, partido  do prefeito eleito; outros ilustres vereadores compuseram a Câmara, como Ivan Rodrigues(MDB) – Líder do Governo na Câmara -; Dr. Pinto(MDB); Hermínio Sampaio(MDB); Paulo Faustino(ARENA); Jaime Pinheiro(ARENA); José Inácio Rodrigues(ARENA) e tantos outros. O fato que chama atenção é ou foi do  eleito  Severino Pereira Guimarães(SEVERINO VENTINHA), pois se elegeu com 643 sufrágios sendo o mais votado da  ARENA e que teve uma trajetória brilhante por ter sido o vereador recordista de mandatos  na Câmara conseguindo se eleger por seis vezes consecutivas.

Foi-se o homem, fica a obra pela eternidade, perpetuada no tempo.  No quesito EMBELEZAMENTO DA CIDADE, sem nenhum desmerecimento ou desonra aos outros,  Garanhuns foi ou é beneficiada por três Grandes prefeitos: Souto Dourado(falecido em 1986 aos 63 anos de idade), Ivo Amaral e Izaías Régis(vivinhos da silva). Em sua profícua administração, Souto Dourado notabilizou-se no campo cultural, em feitos como por exemplo a reforma do suntuoso prédio da Estação Ferroviária, transformando-o no centro cultural com o nome merecido de Alfredo Leite, IDEIA INÉDITA PARA  ÉPOCA, inclusive com uma acústica perfeita, elogiada por vários artistas de renome,  como Benito de Paula.

Por fim, não está partindo de mim nenhuma pretensão de desenvolver aqui qualquer tese ou ensaio sociológico. Falo como um simples cidadão, digo o que ouvi, pesquisei, li, perguntei e muito do que presenciei nos últimos 50 anos neste município, mas afirmo  que há meio século, Garanhuns não elege um prefeito filho da terra!!! Não quero depreciar o trabalho dos “forasteiros”, afinal eles foram adotados como filhos de Garanhuns e têm correspondido com afeição e luta às causas da terra, mas é lastimável afirmar que em certos momentos Garanhuns parece uma cidade SEM  famílias tradicionais como àquelas existentes nos tempos de outrora. Nada é tão lamentável e nocivo como constatar fato desta natureza na centenária Garanhuns...

terça-feira, 13 de novembro de 2018

HALLOWEEN SUPREMO EM NOVA YORK: Hotel de luxo, charutos, carro do Itamaraty, jantar em mansão, vinhos e compras no animado feriadão de ministros de tribunais superiores brasileiros...


A mansão de 12 milhões de dólares que sediou o convescote noturno das excelências: o anfitrião era um advogado estrelado
Um homem de terno acende um cigarro embaixo da marquise do Plaza Athénée, luxuoso hotel a dois quarteirões do Central Park, em Nova York. Ele está sob o toldo da fachada. O segurança pede, com um “please”, que ele saia dali e vá para perto de um cinzeiro a céu aberto. É a lei da cidade, explica. “Oh, you donʼt like me here? You donʼt have to like!”, diz o fumante, com sotaque brasileiro: “Você não gosta de eu estar aqui? Não tem que gostar mesmo!”.

O concierge sai do hotel para apaziguar a pequena confusão. Mas, antes que o climão se resolva, um veículo utilitário para na frente do hotel. É um carro oficial do Consulado do Brasil, dirigido por um funcionário cujos salários são pagos pelo contribuinte brasileiro. Dele desembarcam Gilmar Mendes e sua mulher, Guiomar, acompanhados de uma assessora. “Vamos trabalhar, ministro?”, diz, em português, o homem que estava fumando, também ele uma figura ilustre no Brasil: é Luís Felipe Salomão, ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ), a segunda mais alta corte do país. Enquanto isso, o concierge ajuda a desembarcar as malas do casal Mendes.

O casal Mendes chega em carro do Itamaraty.
É quinta-feira, dia 1° de novembro de 2018. O ministro do cigarro, assim como Gilmar, integrava uma comitiva de duas dúzias de pessoas que passaram quatro dias em Nova York. O motivo da viagem foi profissional: ministros do Supremo Tribunal Federal e do STJ, além de outros magistrados, funcionários de tribunais e advogados viajaram para a cidade no feriado de Finados, a convite, para participar de um seminário organizado pela Fundação Getúlio Vargas e pela Universidade Columbia, com apoio do jornal Financial Times, da Câmara de Comércio Brasil-Estados Unidos e da CLS Brazil, uma associação de brasileiros que estudam ou já estudaram na prestigiosa instituição universitária americana.

Além de Gilmar Mendes, ficaram no Plaza Athénée, cuja diária parte de 500 dólares (cerca de 2 mil reais), o presidente do STF, Dias Toffoli, e os ministros João Otávio de Noronha, Ricardo Villas Bôas Cueva, Luis Felipe Salomão e Mauro Campbell Marques, do STJ. Cada ministro levou um acompanhante ou dois – eram familiares ou assessores.

MALA DE VINHO

O único compromisso marcado para a quinta era o jantar de abertura do evento. Então, menos de meia hora depois da chegada da comitiva, os brasileiros já saíam. Estavam livres para bater perna. As famílias dos meritíssimos aproveitaram o veranico que na quinta- feira deixou Nova York com 20°C de temperatura em pleno novembro, quando a média fica abaixo de 10°C. Mulheres, filhos e filhas e sobrinhos dos ministros saíram do hotel à tarde e voltaram só à noite – com muitas sacolas, claro.

Já na manhã de sexta, o início do seminário atrasa. O ministro João Otávio de Noronha, presidente do STJ desde o fim de agosto, chegaria apenas às 9 horas, quando a mesa de que participaria, marcada para as 8h30, já havia começado.

Enquanto esperam, participantes brasileiros conversam no fundo do auditório. “Suas compras chegaram no hotel?”, pergunta um deles. “Chegou quase tudo, falta uma coisinha ou outra. Os vinhos chegaram todos.” O animado servidor do Judiciário reservou até uma mala especial para transportar garrafas. “Cheia de compartimento. Não quebra.” Um assistente de ministro conta que teve de pagar 512 dólares na Alfândega, em viagem recente, porque tinha comprado três telefones. O outro saca do bolso o seu aparelho e passa para os interlocutores, que constatam ser um iPhone XS Max, modelo lançado semanas antes, que custa de 1.099 a 1.449 dólares. “Mas o seu é diferente, né? É coisa fina”, diz a colega, mostrando o seu iPhone 8, que já há algum tempo deixou de ser de última geração.

O evento começa. Enquanto um juiz americano fala, um brasileiro na plateia usa o livreto com a programação do evento e um lápis para fazer contas. Um outro pede a programação emprestada. Folheia e diz: “Não vai fazer muita conta, hein?”. O dono do papel ri e se explica: “Tô calculando quanto vai ter que pagar de imposto. Deu duzentos e poucos [dólares]”.

Nas poltronas distribuídas no pequeno palco, os palestrantes discutem a judicialização da medicina no país. Dias Toffoli diz que se sente tentado a começar o discurso saudando menos pessoas, como fez o médico Claudio Lottenberg, presidente do grupo UnitedHealth, sentado a seu lado. “Imagina se o médico chega na sala de operação e diz ‘excelentíssimo anestesistaʼ, ‘excelentíssimo instrumentadorʼ. O paciente já morreu antes de ele terminar.”

Era a segunda vez de Dias Toffoli e de Lottenberg no evento. A primeira edição do seminário Law and Economics se deu no feriado de 12 de outubro de 2017. E contou com vários dos mesmos participantes: os ministros Dias Toffoli, Gilmar Mendes e Ricardo Villas Bôas Cueva. O médico-empresário Lottenberg, interessadíssimo no que pensam as excelências sobre as questões que dizem respeito aos negócios que comanda, também estava lá na edição do ano passado. Em 2017, a programação completa do evento foi publicada na internet, incluindo os dois jantares de recepção. Já em 2018, o site da faculdade de direito de Columbia apenas indicava que “vários juízes” brasileiros participariam do evento.

As palestras preenchem toda a sexta, 2, em que no Brasil se comemora o Dia de Finados, com pausa de uma hora e meia para almoçar. Gilmar Mendes é o primeiro a voltar, depois do almoço. O ministro se senta sozinho na primeira fileira. Logo se forma uma pequena fila de estudantes e de outros participantes que querem dar uma palavra. Esse tipo de evento, explica um advogado presente, serve para ensejar uma aproximação com os juízes supremos do Brasil. “É um networking que não tem preço.”

Se a excursão tivesse um guia, ele seria Sidnei Gonzalez. Diretor de mercado da FGV, Gonzalez supervisiona a viagem. Enquanto os ministros palestram, fica em pé no fundo do salão filmando com seu celular. Gonzalez é figura repetida nesse tipo de evento. Figura muito bem relacionada nas cortes superiores, ele se encarrega de organizar seminários e congressos assim de tempos em tempos. Desde 2010, a FGV e o IDP, de Gilmar Mendes, já realizaram ao menos onze eventos conjuntos. Gonzalez e Gilmar, por sinal, compraram apartamentos no mesmo prédio em Lisboa. Em junho, quando O Antagonista publicou a notícia, o diretor da FGV afirmou que a proximidade dos imóveis, avaliados em 600 mil euros cada um, não passava de coincidência. Sobre seu amigo do Supremo, ele disse: “A relação com o ministro Gilmar é 98% profissional”.

“BENEFÍCIO COLATERAL”

O seminário termina perto das 20 horas. Na noite de sexta, há só um integrante da comitiva comendo uma salada de 34 dólares no restaurante do Plaza Athénée. A maioria está num jantar ali perto.

No número 10 da rua E 62 fica uma mansão construída em 1910. O prédio de três andares tem duas salas — os ornamentos das paredes de uma delas são em talha dourada, como nos palácios europeus. O valor de mercado da casa beira os 12 milhões de dólares (cerca de 42 milhões de reais). Até 2015, ela estava registrada em nome de uma offshore. Depois, foi transferida para outra empresa, cujo nome não é revelado em documentos públicos americanos. Em sites imobiliários, seu aluguel é estimado em 60 mil reais mensais.

É nessa casa que acontece o jantar da turma que organiza o evento com os convidados especiais do Judiciário. Três chefs com chapéus de mestre-cuca cuidam da comida — massas, canapés e uma opção de carne. Uma trupe de garçons abre as garrafas de vinho, da adega da casa. A música ambiente é ao vivo, tocada por um trio com violão, violoncelo e percussão.

A comitiva brasileira está em peso no evento. Os últimos saem às 23h20 e esquecem a porta da frente aberta. Alguns decidem percorrer os dois quarteirões até o hotel a pé. Outros chamam carros do Uber. Um dos últimos a sair é o advogado Marcus Vinícius Furtado Coelho, ex-presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), dono de uma requisitada banca de Brasília e amigo do peito de ministros de tribunais superiores.

Três homens se referem ao encontro noturno como “o jantar do Arnoldo”. Arnoldo é Arnoldo Wald, um dos advogados tributaristas mais conhecidos (e caros) do país, que estava na platéia do seminário e fora mencionado em uma das mesas.

O “jantar do Arnoldo” é mencionado como parte imperdível da programação. Na verdade, imperdíveis são seminários e convenções como esse, quase sempre em feriados, e quase sempre uma oportunidade para as excelências confraternizarem com advogados e viajarem com as famílias sem ter que gastar com passagens e hospedagens – os custos, normalmente, são bancados pelos organizadores. Um dos presentes disse a Crusoé, pedindo para não ser identificado, que os promotores de seminários assim “não pagam honorários” pelas palestras, mas em contrapartida custeiam a viagem.

“É o que a gente chama de benefício colateral”, diz um funcionário do Tribunal de Justiça do Distrito Federal que, desta vez, não estava entre os convidados. Uma funcionária do STF confirma que os seminários são um “plus” para magistrados, familiares e assessores — algo que não é salário, mas vem embutido com alguns cargos relevantes na estrutura das cortes.

O tal benefício colateral está em todas as esferas do Judiciário. Em 2016, ministros do Tribunal Superior do Trabalho (TST) e do Superior Tribunal de Justiça participaram de um seminário numa sexta-feira no Hotel Jatiúca, em Maceió. O evento foi curto. Durou apenas uma sexta, apesar do nome longo: “Os Efeitos da Desconsideração da Personalidade Jurídica à Luz dos Entendimentos Consolidados nos Tribunais Superiores”.

Em março de 2017, Luiz Fux emendou dois eventos nos EUA, com três dias de distância um do outro. O ministro participou de um jantar em sua homenagem oferecido pelo Council of the Americas, em 21 de março. No dia 24, esteve no seminário “Direito e Economia: Diálogos Brasil x EUA”, na Faculdade de Direito de Harvard.

Outros encontros acontecem nos dois meses de férias dos supremos juízes, em janeiro e julho. O seminário “Cidadania em um Mundo de Transição”, por exemplo, ocorreu em julho e levou uma dúzia de ministros a Coimbra, em Portugal. O vice-presidente do STJ, Humberto Martins, foi para palestrar. Do STF, Ricardo Lewandowski e Dias Tofolli estiveram lá para realizar o que a programação classifica como “intervenções”. O quórum de ministros foi alto nas férias: a lista de participantes incluía ainda Marco Aurélio Mello e, do STJ, João Otávio de Noronha, Mauro Campbell, Humberto Martins, Jorge Mussi, Marco Buzzi, Raul Araújo, Marcelo Navarro, Sebastião Reis, Benedito Gonçalves e Rogério Schietti.

CHARUTO E BAGAGEM

O voo de volta da maioria dos convidados ilustres brasileiros está marcado para as 16h30 do domingo. O que não os impede de aproveitar a última manhã do passeio em Nova York. Ao meio-dia, o ministro Luís Felipe Salomão sai sozinho do Plaza Athénée de gorro – esfriou e a temperatura está abaixo dos 10°C. Ele anda três quarteirões, passando pela boutique do estilista Roberto Cavalli, e entra no Club Macanudo.

O ministro deixa a charutaria depois de três horas.
O “clube” é, na verdade, uma das melhores charutarias do mundo, e permite a entrada de não-sócios, desde que respeitem a norma estampada em uma placa dourada na entrada: “temos um código indumentário”. O ministro passa. Rudolph Giuliani, ex-prefeito de Nova York e atual advogado do presidente Donald Trump, já disse em três entrevistas que vai ao salão de mogno escuro sempre que pode. Há consumação mínima de apenas 15 dólares em charutos para cada pessoa que entra. Mas, evidentemente, a conta costuma passar disso.
Trinta minutos depois do ministro, outros dois brasileiros entram no Macanudo. Salomão gastou três horas por lá. Ele sai da charutaria ainda fumando. Anda até o hotel, a duas quadras. Abre, ele mesmo, a porta para entrar – à diferença dos protocolos de Brasília, em que poderosos não precisam colocar a mão na maçaneta.

As excelências brasileiras talvez não fossem a maior preocupação do hotel. O Plaza Athénée havia hasteado a bandeira da Arábia Saudita para uma comitiva bem mais numerosa que a dos magistrados e seus acompanhantes: membros da elite saudita haviam reservado a suíte presidencial e alguns dos quartos mais exclusivos. Estavam na cidade para uma festa de casamento realizada no The Plaza, outro hotel estrelado a três quarteirões dali.

Salomão não teve oportunidade de se despedir do colega Mauro Campbell Marques, que saiu para o aeroporto mais cedo do que ele. No porta-malas da SUV que foi buscar o ministro amazonense do STJ e sua família, há uma grande sacola com o nome Rebag. A grife, na Madison Avenue, é um brechó de bolsas de luxo. Uma Chanel modelo Bi Coco Flap, pequena e (pouco) usada, custa 2.330 dólares na loja. O chofer bate a porta e o carro leva Campbell e seus acompanhantes para o aeroporto JFK, de onde voariam para o Brasil a tempo de dar expediente na terça. Acabou o feriado. Agora só restam outras 87 folgas para os ministros do Judiciário brasileiro – algumas, certamente, com convescotes semelhantes ao marcado para a semana do Halloween na Big Apple. - Fonte: Blog do Orlando Tambosi. -

O FIM MELANCÓLICO DO ACAMPAMENTO MARISA LETÍCIA...

O acampamento de apoiadores do ex-presidente Lula foi desmontado às vésperas de seu novo interrogatório na Justiça Federal do Paraná. Alegando poucos recursos e entusiasmo da militância após a derrota do PT nas eleições de outubro, os organizadores do acampamento montado nas imediações do prédio da superintendência da Polícia Federal, em Curitiba, desistiram da resistência. Até mesmo a vigília na porta da sede da PF onde o petista se encontra preso perdeu a consistência e o tradicional 'Bom dia Lula" é apenas um eco nos ouvidos da vizinhança que penou cerca de seis meses com os inconvenientes que os grupos de petistas causavam no local.

É um fim melancólico, sobretudo para aqueles que depositaram suas esperanças nas listinhas de nomes da 'resistência' do PT e disseram que só arredariam o pé do local com após Lula ser libertado. Pelo andar da carruagem, Lula não só não será libertado tão cedo, como corre o sério risco de ser condenado nas próximas semanas em mais uma das ações penais  em que figura como réu na Lava Jato. - Imprensa Viva. - 


segunda-feira, 12 de novembro de 2018

ZUMBIS VERMELHOS VÃO BAIXAR A CRISTA


Os radicais de todas as cores e quadrantes estão pintados para a guerra nas dezenas de pontos dos cardeais, norte, sul, leste, oeste, centro-oeste, nos horizontes, na estratosfera. O pensamento acadêmico, os subintelectuais e os artistas de meias tigelas estão infestados pelos micróbios vermelhos.
Os zumbis vermelhos, os vikings, os novos bárbaros, carcarás,  lobisomens e serpentes destilam venenos. Os vampiros, escorpiões, trogloditas e outros insetos espalham brasas. São as brasas do ofício.   
Os lobos e os cordeiros se digladiam. Todos se transformam em feras, pois “o homem que nesta terra miserável/ mora entre feras sente inevitável/ necessidade de também ser fera”, no dizer do abençoado poeta Augusto dos Anjos, dos arcanjos e dos pecadores.     
Quem irá apascentar o coração do Brazil? Bezerros desmamados entram em fúria. As glândulas mamárias vermelhas vertem lágrimas.
Chamar adversários de fascistas é acusação infame e injusta, nada a ver com a direita conservadora do Brazil. As instituições garantem o Estado de Direito Democrático. Fascismo é sinônimo de assassinatos, terrorismo e tortura. Fascitoides são os esquerdopatas que financiaram e ainda hoje aplaudem os ditadores assassinos Nicolas Maduro na Venezuela e Daniel Ortega na Nicarágua.
Chora, menino pra comer pitomba! Vai começar a entressafra das pitombas vermelhas. Os zumbis roubaram as pitombas dos nossos quintais, roubaram as pitombas da Petrobras, do BNDES, dos fundos de previdência. Deixaram na indigência o fundo de Previdência Postalis, que distribuía pitombas com os funcionários dos Correios.  
Os zumbis da seita vermelha rebelam-se contra a vitória do Capitão Marvel e prometem resistência nas ruas, nas universidades, na mídia, nos movimentos sociais. Vão além, prometem sabotar o governo. Aí já muda de patamar.
Os bezerros serão desmamados das glândulas mamárias de ONGs chapas brancas, de sinecuras governamentais, da Lei Rouanet  e de estatais. O Governo Michel Temer manteve as mamatas a pretexto de não promover caça às bruxas, mesmo sendo  esculachado, chamada até de arroz doce.
Mais que transição de um governo, será a transição de um ciclo de 16 anos, a transição do mar vermelho de corrupção e patifarias. Aí os caboclos mamadores começam a berrar de antevéspera.
As universidades são autônomas para garantir a liberdade de pensamento. Ok. Liberdade de pensamento também de exercita em colégios e jardins de infância. Mas, universidades não são repúblicas independentes da República Federativa do Brazil.
Promover vandalismos e depredações não se enquadra no capítulo da liberdade de pensamento. A toda ação corresponde uma reação. Oposição democrática de rochedo, sim, bandoleiros do MST e congêneres vão ter que aguentar o rojão. Criminalizar os movimentos sociais? Os bandoleiros eles próprios se criminalizam.


A seita dos zumbis vermelhos não desiste jamais. Faz parte da natureza dos fanáticos. A casa caiu, la maison est tombée, a fonte secou. Os bezerros desmamados vão ter que baixar a crista. Alvíssaras, Capitão!