quarta-feira, 23 de setembro de 2015

SERÁ QUE COLLOR DE MELLO E DILMA VÃO DURAR TANTO QUANTO SARNEY, MALUF OU LULA...






Fernando Rodrigues


O ex-presidente da República Fernando Collor de Mello (PTB-AL) avalia que o Brasil passa por uma “crise política sem precedentes”. Se um eventual processo de impeachment contra Dilma Rousseff começar a tramitar, o afastamento da petista será “IRREVERSÍVEL”.
Em entrevista ao UOL para fazer um paralelo entre o momento atual e o que ele próprio enfrentou, em 1992, quando sofreu um processo de impeachment, Collor demostrou ceticismo sobre as possibilidades de recuperação do governo de Dilma Rousseff.
 “Esse filme eu já vi”, diz Collor para descrever a “angústia” que sente ao assistir à deterioração do apoio político ao Palácio do Planalto. “A PRESIDENTE ESTÁ PRIVADA DE INSTRUMENTOS ESSENCIAIS DE COORDENAÇÃO, DE CONCERTAÇÃO POLÍTICA PARA SAIR DA CRISE EM QUE ELA COLOCOU SEU GOVERNO”.
Aos 66 anos e hoje senador pelo PTB de Alagoas, Collor demonstra desencanto ao analisar a conjuntura criada por Dilma e o apoio que deu à petista no último processo eleitoral. “Eu errei na minha avaliação. Ela realmente não estava preparada [PARA SER PRESIDENTE]”.
Ele usa uma alegoria para descrever como enxerga a administração dilmista. “É mais ou menos como aquela figura do sapo que se coloca numa tigela de água em cima de uma fonte de energia de fogo. A água vai esquentando. O sapo aguenta. Até que a água ferve e o sapo não sai”.
Na avaliação de Collor, DILMA ERRA DE MANEIRA CONTINUADA. Um dos equívocos mais recentes é a decisão de cortar 10 ministros nesta semana, no meio da “borrasca”. É uma ação “TARDIA”, sem o efeito simbólico positivo, mas cuja consequência será “catastrófica”. Produzirá “uma ebulição política na base, algumas centenas de graus centígrados acima do que já está”.
Será como o sapo que morre na panela com água fervendo? “É a consequência natural”.
Apesar da acidez de sua análise, Collor não demonstra torcer contra Dilma: “Talvez em função de um desejo íntimo meu: que não ocorra com nenhum presidente o que ocorreu comigo”. Mas seria necessário “ACREDITAR EM MILAGRES para achar que ainda não chegamos a um ponto de não retorno”.
Uma vez iniciada a tramitação do processo de impeachment, a chance de interrompê-lo, “para não dizer que é zero, é muito próximo disso”. Por quê? “É algo que começa a ter vida própria. Ninguém mais tem racionalidade (…) Há que se evitar que se chegue a esse ponto”. O ex-presidente então faz uma ressalva: “Que estamos na rota, estamos”.
O senador faz poucas recomendações para Dilma, exceto que atue nos bastidores para tentar construir uma aliança política ampla. Acha que a investida da presidente para se aproximar de políticos pode ter o efeito oposto do desejado. Até porque a petista “NÃO NUTRE PRAZER” pelo convívio com deputados e senadores. Os interlocutores sempre percebem.
Collor conta uma conversa entre ele e Dilma, em março de 2015, num momento agudo de manifestações de rua contra o governo:
“Sugeri a ela pedir desculpas. Ela perguntou: ‘DESCULPAS POR QUÊ?’. E eu disse: porque há 3 meses ou 4 meses nós estávamos nas ruas dizendo que a energia elétrica não ia subir nem o custo da energia elétrica para as famílias, que a inflação estava sob controle, que os juros não iam subir, que a gasolina não ia subir. E o que nós estávamos vendo era completamente diferente”.
Segundo Collor, Dilma ficou “rabiscando num papel”. A conversa terminou só com um “muito obrigado” e nada mais? “Não. Nem muito obrigado. Ela ouviu. Ouviu, mas não escutou”.
Citado pelo Ministério Público como um dos envolvidos na Operação Lava Jato, Collor disse que não queria falar a respeito.
A seguir, trechos da entrevista do ex-presidente e hoje senador Fernando Collor de Mello, gravada na terça-feira (22.set.2015), no estúdio do UOL, em Brasília:

UOL – O BRASIL PASSA POR UM MOMENTO DE CRISE POLÍTICA. O QUE LEVOU A ESSA CONJUNTURA?

FERNANDO COLLOR – O país vive hoje uma crise política sem precedentes.

SEM PRECEDENTES?

É o que me parece. É o meu sentimento. E uma crise econômica também de extrema gravidade. Portanto, deslindar esse cruzamento de duas crises que afetam a nação como um todo, com essa abrangência e profundidade, é algo extremamente difícil. Acho que é necessário muita habilidade política, muito senso de responsabilidade para com o presente, para com o futuro que se avizinha.

EM QUE MEDIDA A SITUAÇÃO ATUAL DO BRASIL GUARDA SIMILITUDES COM A DE 1992, QUANDO O SR. ENFRENTOU UM PROCESSO DE IMPEACHMENT?

Há uma diferença fundamental entre os eventos que culminaram com o meu afastamento da Presidência em 1992 e com os eventos que hoje nos circundam. Em 1992, no campo econômico, nós tínhamos uma situação extremamente sólida. (…) Diferentemente de hoje, em que a economia não está exatamente algo que nós pudéssemos sequer dizer controlada.
MAS EM 1992 A INFLAÇÃO AINDA NÃO ESTAVA CONTROLADA…

Sim. Mas nós tínhamos passado de uma patamar de uma inflação de 86% ao mês para uma inflação de 20%, 23% ao mês. Mas isso não implicava, apesar da inflação ainda estar alta, em nenhum desajuste orgânico da economia. A economia estava bem. Estava caminhando bem. (…)

MAS O PROCESSO DE HOJE É PARECIDO COM O DA SUA ÉPOCA?

Não. Na minha época… No final do processo, o PMDB, por exemplo, representado pelo dr. Ulysses Guimarães, pressionado por São Paulo, pelo governador de saudosa memória, Orestes Quércia, mudou de posição. Decidiu apoiar o movimento que estava já nas ruas pedindo a minha saída da Presidência da República.
Mas isso foi no final. Já chegando muito próximo das eleições. Mas a relação era muito boa. A relação era, com os partidos, muito fluida. O problema que nós vivenciamos hoje é fundamentalmente um problema desse presidencialismo de coalizão que, no meu entender, não funciona.
O presidencialismo de coalizão é um sistema de governo gerador de crises semestrais. Não há nenhuma possibilidade de se manter um governo estável no sistema presidencialista com um presidencialismo de coalizão. Como se construir uma maioria dentro do presidencialismo de coalizão, vamos dizer, na Câmara dos Deputados, onde existem 27 ou 26 partidos ali representados? Como? É melhor dar o poder ao parlamento. Daí a questão do parlamentarismo. Que é uma ideia que eu venho defendendo. Uma proposta que eu venho defendendo há muito tempo juntamente com outros parlamentares para que seja instituído no Brasil.
UM PRESIDENTE DA REPÚBLICA QUE ENFRENTA UMA SITUAÇÃO DIFÍCIL PASSA A TER UMA ATITUDE MAIS ENSIMESMADA?

Sim. Tem.

COMO O Sr. SENTIU ISSO?

A diferença fundamental é que a presidenta é uma pessoa que nunca vivenciou a política partidária. Nunca militou na política partidária. Quer dizer, nunca exerceu nenhum cargo público. Não tinha experiência. Não tinha o conhecimento exatamente. E, mais do que não ter conhecimento do que era a política, do que seria o Congresso, ela não gostava disso.

O Sr. ACHA QUE ELA NÃO NUTRE PRAZER?

Não nutre prazer. E num momento de crise –e eu enfrentei vários momentos de crise durante o meu governo –a primeira reação do governante é se isolar. É se isolar e tomar as decisões de forma solitária e achar que aqueles que estão ao seu redor não estão ajudando de forma conveniente ao momento.

ISSO ACONTECEU COM O Sr.?

Aconteceu. Aconteceu comigo, mas em seguida eu reagi.

MAS NESSAS HORAS O PRÓPRIO GOVERNANTE TALVEZ NÃO SEJA O SEU MELHOR CONSELHEIRO…

Exatamente isso. Uma vez, contrariando o meu desejo, cedi aos apelos que foram feitos numa solenidade de taxistas no Palácio do Planalto. Estavam todos lá. Eu disse ao cerimonial que não falaria, como não falei. Terminou a cerimônia e eu saí. Não falei. Mas aí, em coro, pediram: “Fala, Collor”. Os ministros foram lá me buscar para que eu falasse. Aí saiu aquele grande equívoco, aquela grande “pixotada” que foi a de conclamar o povo a sair nas ruas no domingo vestido de verde e amarelo. Entreguei de bandeja um prato para aqueles que se opunham a mim saírem de preto e mostrarem que não era esse o sentimento da população, o que eu imaginava ser.

É muito difícil o presidente da República fugir do erro de se isolar, de não escutar, de não ouvir. Acredito que esse seja o erro primordial do governo atual.
O governo é mais ou menos como aquela figura que contam do sapo. O sapo que se coloca numa tigela de água em cima de uma fonte de energia de fogo. O sapo está dentro da água. E a água vai esquentando, esquentando. O sapo fica aguentando tudo. Até que a água ferve e o sapo não sai.
Quando você coloca o sapo dentro da água fervendo, o sapo pula imediatamente. Mas quando ele está dentro da água e a água vai esquentando aos poucos, ele não se apercebe do perigo que está correndo. Esse é mais ou menos o problema que esse governo vem passando. Não está escutando.
NO SEU CASO, HAVIA ALGO POSSÍVEL PARA EVITAR O DESFECHO QUE HOUVE?

Havia. Várias medidas que poderiam ter sido tomadas para evitar o desfecho. A primeira delas teria sido evitar a constituição da CPI [do PC Farias]. Seria extremamente simples para mim naquele momento evitar que a CPI fosse instalada. Ela foi instalada com o meu apoio e o apoio da minha base. Por sugestão de algumas pessoas próximas, dentro do governo, a mim.

A CRISE ATUAL JÁ ESTÁ NUM “PONTO DE NÃO RETORNO”?

Tenho receio de fazer a conclusão deste diagnóstico. É uma situação de extrema gravidade. Aí ainda estamos discutindo a questão desse rombo, desse déficit no Orçamento da União da ordem de R$ 30 bilhões. No meu entender será o dobro disso. Nunca vi isso na minha vida. Não tenho leitura, registro, de que algo parecido tenha acontecido nem durante a minha existência. Isso é algo de uma temeridade absoluta.

O GOVERNO PRETENDE CONSERTAR O ORÇAMENTO DE 2016 POR MEIO DE MEDIDAS QUE DEPENDEM EM GRANDE PARTE DO CONGRESSO. VAI DAR CERTO?

Do ponto de vista técnico, a melhor saída é a volta da CPMF [Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira]. É algo que imediatamente pode ser recebido. Mas se esta é uma saída técnica, é por outro lado politicamente inviável.

INVIÁVEL?

É inviável. Não há como passar.

O CONGRESSO NÃO APROVARÁ?

Nenhuma medida. Não estou fazendo nenhum vaticínio. Apenas dando a minha impressão, fruto da minha vivência. Não há nenhuma possibilidade de o Congresso Nacional aprovar o ajuste orçamentário para 2016 com essas medidas que estão sendo encaminhadas. Não vejo nenhuma possibilidade.

A CRISE ENTÃO SE AGRAVA MAIS?

É o que eu disse há pouco.

O SEU DIAGNÓSTICO ENTÃO É QUE JÁ SE CHEGOU A ESTE PONTO DE NÃO RETORNO?

Nós precisamos acreditar em milagres para achar que nós ainda não chegamos a um ponto de não retorno.

A PRESIDENTE ANUNCIOU UMA REFORMA MINISTERIAL QUE REDUZ DE 39 PARA 29 O NÚMERO DE MINISTÉRIOS. FOI UMA DECISÃO ACERTADA?

É tardia.

ACERTADA, PORÉM TARDIA?

Exato. Essa decisão ela deveria ter tomado logo no início do ano. Eu próprio sugeri a ela depois de um panelaço, fruto de uma intervenção dela na televisão. Tive a oportunidade de dar a minha opinião.

COMO FOI A SUGESTÃO?

Sugeri que a primeira palavra dela numa aparição de rádio e televisão, numa rede nacional, seria pedir desculpas. E ela perguntou: “Desculpas por quê?”. E eu disse: porque há 3 meses ou 4 meses nós estávamos nas ruas dizendo que a energia elétrica não ia subir nem o custo da energia elétrica para as famílias, que a inflação estava sob controle, que os juros não iam subir, que a gasolina não ia subir. E o que nós estávamos vendo era completamente diferente.

E ELA?

E ela… Rabiscando num papel. Eu disse a ela também que deveria falar com humildade e falar diretamente para o coração da mãe de família, da dona de casa, do chefe de família. Dizer que houve equívoco na avaliação que foi levada a ela sobre como seria o ano de 2015. Mas que ela, como presidente da República, embora não tivesse sido responsável pelo desenho desses cenários, tinha de assumir a sua responsabilidade diante disso. E pedir desculpas, fazer um chamamento para novamente estarmos todos juntos e, ato contínuo, anunciar que iria cortar uns 15 ministérios e metade dos cargos em comissão na Esplanada dos Ministérios.

O Sr. DISSE A ELA EM MEADOS DE MARÇO?

Começo de março.

E ELA REAGIU AO FINAL COMO?

Não fazendo nada disso.

MAS ELA DISSE ALGO AO Sr. NO FINAL DA CONVERSA?

Nada. Nada.

APENAS “MUITO OBRIGADO”?

Não. Nem muito obrigado. Ela ouviu.

NEM “MUITO OBRIGADO”?

Não. Ouviu, mas não escutou. Naquele momento, se ela tivesse feito essa redução dos ministérios e de cargos, acho que teria um impacto. Se ela tivesse falado diretamente com a população… Mas agora, se fosse ela, não mexeria em nada. Deixaria a composição de ministérios como está. Neste momento de crise, de borrasca, não é o momento ideal para se mudar de barco.

SE ELA INSISTIR EM CORTAR 10 MINISTROS, QUAL SERÁ A CONSEQUÊNCIA?

Catastrófica.

DESCREVA.

Uma ebulição política na base, algumas centenas de graus centígrados acima do que já está.

COMO O SAPO QUE MORRE NA PANELA?

É a consequência natural.

O QUE ELA PODERIA FAZER A ESTA ALTURA ENTÃO?

Esse é que é o drama. Essa que é a dificuldade que sinto cada dia quando me levanto e olho a situação e vejo… Meu Deus, será que não tem nenhuma forma de resolver esse assunto? O bê-á-bá da cartilha política é que ninguém pode governar sem o apoio do Congresso. Ninguém. Ninguém governa sem o apoio do Congresso dentro de um sistema democrático. Ela antes não tinha a simpatia do Congresso, mas tinha o apoio do Congresso. Hoje, ela não tem a simpatia e não tem, o que ainda é mais grave, a solidariedade do Congresso.

O Sr. ACREDITA ENTÃO QUE É INEVITÁVEL, DADA A CONJUNTURA ATUAL E SEM O MILAGRE QUE O Sr. MENCIONOU, QUE EM ALGUM MOMENTO SERÁ INSTALADO ESSE PROCESSO DE IMPEACHMENT CONTRA A PRESIDENTE?

Não acho que o processo de impeachment seja o melhor caminho.

E A INEVITABILIDADE DO PROCESSO?

Embora eu considere isso nas minhas projeções, sempre coloco essa possibilidade como a mais remota. Talvez em função de um desejo íntimo meu: que não ocorra com nenhum presidente o que ocorreu comigo.

MAS…

Mas, sim. É uma possibilidade. É uma possibilidade.

ESSA POSSIBILIDADE HOJE É REAL?

É. Mas aí eu me permitiria voltar a uma outra conversa que mantive com a presidenta Dilma na presença de líderes do Senado e do vice-presidente Michel Temer. Isso foi recente, há 2 meses.

UM JANTAR NO ALVORADA?

Um jantar no Alvorada. Na reunião discutia-se a pauta de votação no Congresso –medidas provisórias, o que votar, o que não votar. E ninguém falava de um assunto que estava, está, presente em nosso dia a dia, que é o impeachment. Então eu disse: “Presidenta, me desculpe, mas eu não ouvi aqui ninguém se referir a algo que politicamente eu acredito que nós tenhamos de discutir para saber como evitar, que é a questão do impeachment. É o que se comenta no Senado, na Câmara dos Deputados, nas ruas, nos meios acadêmicos, por pessoas formadoras de opinião. Nós temos de enfrentar isso”. Do mesmo modo, não houve nenhuma resposta dela. Ela não fez nenhum tipo de comentário. Em seguida, falou o vice-presidente Michel Temer. Ele disse que achava que a minha  exposição estava bem colocada e que teria que merecer, por parte do governo, a atenção devida para tomar medidas que fossem possíveis para evitar que isso [impeachment] se consumasse. Então fico analisando, vendo essa tentativa até comovente que ela vem fazendo de se reaproximar da classe política, de se reaproximar dos partidos políticos…

COMOVENTE POR QUÊ?

Porque…

ELA JÁ FOI ABANDONADA NA SUA OPINIÃO?

A classe política está infensa a esse tipo de demanda por parte da presidente da República.

TODAS AS SUAS ANÁLISES INDICAM QUE A PRESIDENTE ESTÁ SEM SAÍDA NO MOMENTO…

Vejo a presidente numa situação muito difícil.

O Sr. TEM UMA RECOMENDAÇÃO SOBRE O QUE ELA POSSA FAZER A ESTA ALTURA?

Bom, as recomendações que fiz nessas duas oportunidades ela não seguiu. Está tentando fazer agora, mas o “timing” se perdeu. O momento para que fossem tomadas certas decisões passou.

Tudo o que ela fizer então não surtirá o efeito desejado?

Não [surtirá].

NÃO SURTIRÁ?

Lamentavelmente, no meu entender, não surtirá. Acho que precisamos juntar todos, a classe política, os principais partidos políticos. Todos entenderem que essa crise não se restringe ao perímetro da praça dos Três Poderes, mas que se estende ao país todo. Atinge a todos.

MAS O SR. VÊ ESSE TIPO DE UNIÃO ACONTECENDO?

Pois é… Vejo o contrário. Eu vejo o contrário. Mas falo de um esforço da própria classe política. Não em função da demanda dela [Dilma], que não surte efeito. No momento em que a classe política entender que a solução desse problema passa inexoravelmente pelo Congresso Nacional e pela união de forças, independentemente de serem simpáticas ao governo, encontra-se uma saída.

MAS… NÃO SERIA QUASE INGÊNUO ACREDITAR QUE ISSO SE MATERIALIZE NO CURTO PRAZO?

Nós temos que acreditar em alguma coisa.

INDEPENDE DA PRESIDENTE?

Independe dela.

DILMA NÃO PODE MAIS FAZER NADA?

Qualquer ação dela no sentido de se reaproximar da classe política é uma ação que gera um efeito talvez contrário ao que ela esteja desejando.

OU SEJA, ELA ACELERA O PROCESSO DE IMPEACHMENT E NÃO O CONTRÁRIO?

Não digo que acelere o processo. Digo que essa ação dela não contribui para amenizar a grave crise que estamos atravessando.

MAS PRESIDENTE, SE O GOVERNANTE TENDE A FICAR ISOLADO EM UM MOMENTO DE CRISE…

Agora não está mais. Ela já partiu para a ação.

MAS SE AÇÃO NÃO SURTE O EFEITO QUE SERIA BENÉFICO, COMO O SR. DIZ, A PRESIDENTE TERIA QUE VOLTAR PARA A ESTRATÉGIA ANTERIOR E SE RESGUARDAR?

Não. Ela tem que começar, nos bastidores, a tentar organizar o que culminaria nessa possível união das forças políticas que entendam que é necessário haver um união em torno de uma saída.

E A REFORMA MINISTERIAL…

Isso agrava. Agrava porque, se fosse feito naquele momento, lá atrás, seria entendido. Os partidos apoiariam. Todos entenderiam que precisava esse movimento. Teria sido uma demonstração que o Executivo estaria dando de cortar na própria carne, de mostrar um desejo de resolver os problemas fiscais do país. Mas esse momento passou. Hoje, qualquer mudança no ministério significa agravar a relação com um contingente de partidos e de pessoas. Quer dizer, não tem mais nem o efeito simbólico e o efeito político é desastroso.

NA EVENTUALIDADE DO INÍCIO DA TRAMITAÇÃO DE UM PROCESSO DE IMPEACHMENT NA CÂMARA, NA CONJUNTURA ATUAL, O DESFECHO É IRREVERSÍVEL?

Num processo de impeachment, quem o guia é o imponderável. Não há regra fixa, não há matriz, um padrão.

MAS DENTRO DESSA TEORIA DO CAOS QUE SE INSTAURA QUANDO COMEÇA A TRAMITAR O IMPEACHMENT, O Sr. ACHA QUE PARA A PRESIDENTE DILMA ROUSSEFF SE O PROCESSO É INSTALADO…

Vai ser péssimo.

UMA VEZ ANDANDO O PROCESSO NA CÂMARA, A CHANCE DE ELA CONSEGUIR DETÊ-LO É ZERO?

Para não dizer que é zero, é muito próximo disso. É algo que se transforma, que começa a ter vida própria. É um processo sobre o qual ninguém mais tem racionalidade ao conduzi-lo. Porque a paixão desenfreada, desencadeada dentro de um processo político, com a população de alguma forma insuflando e apoiando…

…TORNA-SE IRREVERSÍVEL.

É irreversível. Se for instalado, é irreversível. É irreversível até porque, instalado o processo na Câmara, automaticamente o presidente é afastado.

NÃO. O PROCESSO DEMORA UNS 45 DIAS ATÉ A PRESIDENTE SER AFASTADA…

Depende. No meu caso foi muito mais rápido [risos]. Os prazos foram todos ultrapassados, de modo a adequar a votação do meu afastamento às vésperas de uma eleição municipal em que todos estavam com os ânimos muito exaltados. Essa questão de prazos, num processo político como é o impeachment, é vencida de maneira rápida, da maneira que for conveniente para a maioria dos que estão comandando e coordenando o processo.

RECAPITULANDO: INSTALADO O PROCESSO DE IMPEACHMENT, PODE SER MUITO RÁPIDO, É IMPONDERÁVEL E, O Sr. DIZ, IRREVERSÍVEL?

Se for instalado o processo de impeachment, se for aprovado pela Câmara… É irreversível no momento em que a maioria absoluta da Câmara vote para afastar.

E ANTES DESSA VOTAÇÃO, NAQUELAS SEMANAS QUE ANTECEDEM A VOTAÇÃO DO AFASTAMENTO, MAS O PROCESSO JÁ ESTÁ TRAMITANDO? O Sr. ACHA QUE TAMBÉM NESSE PERÍODO JÁ FICA MUITO DIFÍCIL E IRREVERSÍVEL?

É… quando chega a esse ponto… Há que se evitar que se chegue a esse ponto.

MAS A CONJUNTURA ATUAL ESTÁ LEVANDO PARA A ABERTURA DESSE PROCESSO NA CÂMARA?

Que estamos, vamos dizer assim, na rota, estamos. Mas essa rota pode ser desviada se houver alguma possibilidade dessa união da classe política em torno da constituição de um projeto de salvação nacional.

COMO O Sr. SE SENTE ASSISTINDO A ESTE PROCESSO? COMO É QUE O SR. DESCREVERIA SEU SENTIMENTO PESSOAL?

Me angustio muito. Até porque esse filme eu já vi. Desde quando Antônio Palocci era ministro da Casa Civil, há 4 anos, eu estive com ele e falei da minha preocupação. Já naquela época havia alguma coisa, algum azedume nas relações entre o Legislativo e o Executivo.

O Palocci me disse: “Mas, presidente, eu não percebo isso. Todos os projetos da presidente no Congresso estão sendo aprovados”. Aí eu falei: “É verdade. Ela está tendo o apoio do Congresso para essas medidas. O meu receio é de que no momento em que ela precise da solidariedade do Congresso, ela não venha a ter esse apoio”.
Agora, é chegado exatamente esse momento em que a solidariedade é exigida para que o governo saia dessa grande crise em que está introduzido. Porque a presidente não tem mais instrumentos nem capacidade –não porque ela não queira, até porque agora ela está querendo. Mas como passou o tempo, a presidente está privada desses instrumentos essenciais de coordenação, de uma concertação política para sair da crise em que ela colocou seu governo.
A PRESIDENTE DILMA ESTAVA PREPARADA PARA ASSUMIR A FUNÇÃO DE PRESIDENTE DA REPÚBLICA DO BRASIL?

Eu errei na minha avaliação. Quando ela era chefe da Casa Civil, eu estava na presidência da Comissão de Infraestrutura no Senado. Foi quando lançou-se o PAC. Eu me avistava com ela para tratar dessa questão das obras de infraestrutura. Percebi uma mulher extremamente decidida, determinada, com capacidade de tomar medidas rápidas
.
Achei que ela fosse realmente uma pessoa com esse perfil de administradora, de gerente, que talvez fizesse bem ao Brasil naquele momento. Mas, depois, confesso que fui sendo surpreendido por medidas que ela tomava. Percebia que não havia um mínimo de planejamento. Medidas intervencionistas. A questão do sistema elétrico me deixou muito confuso.
Enfim, foi um erro de avaliação. Enquanto chefe da Casa Civil, ela estava bem. Mas para a Presidência da República ela realmente, no meu entender, não estava preparada.
SE TUDO CONTINUAR DO JEITO QUE ESTÁ –A REFORMA MINISTERIAL, DIFICULDADE PARA APROVAR A CPMF ETC.–, QUANTO TEMPO O Sr. ACREDITA, NO MELHOR DO SEU JUÍZO…

90 dias

PARA QUE SE INSTAURE ALGUM PROCESSO NA CÂMARA?

Para que alguma coisa aconteça, não necessariamente um processo na Câmara.

ESTA ENTREVISTA ESTÁ SENDO GRAVADA NO DIA 22 DE SETEMBRO…

O PMDB tem sua convenção marcada para o dia 15 de novembro.

ESSA É UMA DATA RELEVANTE?

Muito relevante.

SE A CONJUNTURA ATUAL SE MANTIVER, O DESFECHO VAI SER ALGO QUE LEVE A UM EVENTUAL AFASTAMENTO [DO PMDB]?

Sem dúvida. Eu não tenho dúvida. Eu não posso falar em nome do PMDB. Até peço desculpas aos companheiros do PMDB se estou me intrometendo numa seara que não é a minha. Mas estou aqui falando como um cidadão analisando o quadro. Acredito que, sem dúvida, o 15 de novembro irá marcar o afastamento do partido do governo da presidente Dilma Rousseff.

E UMA VEZ O PMDB DECIDINDO SE AFASTAR PRECIPITA-SE O OUTRO PROCESSO, QUE É O EVENTUAL AFASTAMENTO DA PRESIDENTE?

Saindo da base de sustentação o principal partido aliado, isso é de extremíssima gravidade. A partir daí, não sei o que se dará.

O SR. HÁ ALGUNS ANOS SE POSICIONOU CONTRÁRIO À APROVAÇÃO DE ALGUNS DISPOSITIVOS DO PROJETO DE LEI DE ACESSO A INFORMAÇÃO. A LEI ACABOU SENDO APROVADA E ESTÁ EM VIGOR. O SR. ACHA QUE A LEI TEM SIDO POSITIVA OU NEGATIVA?

Positiva.

APESAR DE TER AQUELES DISPOSITIVOS COM OS QUAIS O SR. NÃO CONCORDAVA?

Minha grande preocupação em relação à Lei de Acesso à Informação era com os segredos de Estado. Foi em razão disso que eu me posicionei. Porém, a lei foi aprovada e hoje eu dou a mão à palmatória. Os segredos foram mantidos, reservados, e [a lei] tem sido um instrumento de acesso a informações por parte da população de extrema valia para o melhor conhecimento da história do Brasil.
O Sr. JÁ FOI À TRIBUNA DO SENADO, NEGOU ENVOLVIMENTO COM A LAVA JATO E CRITICOU O PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA, RODRIGO JANOT. O QUE ACONTECEU NESSE CASO? TEM ALGO QUE O Sr. PODERIA ACRESCENTAR OU ESCLARECER?

Não. Nada a acrescentar além do que na minha defesa estarei apresentando.

O Sr. MANTÉM AS CRÍTICAS QUE FEZ AO PROCURADOR QUANDO O Sr. SUBIU À TRIBUNA?

Será que nós vamos misturar a entrevista com essa questão do Janot? Eu preferia não fazer, não.


PITACO DO BLOG CHUMBO GROSSO: -  CONFORME FALAM OS ANTAGONISTAS DIOGO MAINARDI E MÁRIO SABINO, FERNANDO COLLOR, NA VERDADE, ACHA QUE A CONJUNTURA PIOROU MUITO DEPOIS QUE A POLÍCIA FEDERAL APREENDEU O SEU PORSCHE, A SUA LAMBORGHINI E A SUA FERRARI. O FATO DE TER FICADO SÓ COM UM ROLLS-ROYCE MOSTRA QUE ELE, DE FATO, ERROU NA SUA AVALIAÇÃO.


-@@@ - A manchete não faz parte do texto original.

DILMA TÁ FAZENDO DO PMDB, MOLEQUE DE RECADO!!! JARBAS VASCONCELOS NÃO ENGOLIU ESSA E NÃO É ADEPTO DO TOMA-LÁ-DÁ-CÁ...




Na avaliação do deputado Jarbas Vasconcelos, a presidente Dilma está partindo para o “TOMA LÁ, DÁ CÁ” ao oferecer ministérios ao seu partido, o PMDB, em troca de apoio no Congresso Nacional. Para o parlamentar, isso mostra o quanto a presidente Dilma está desesperada e em busca de saídas para o seu governo. “Quem está desesperada feito ela  comete desatinos. E um desses desatinos é oferecer esses espaços ao PMDB em troca de apoio”, explicou. Jarbas relembrou que Fernando Collor, na tentativa de evitar o seu processo de impeachment, também promoveu uma reforma ministerial as pressas dando mais espaço na época ao então PFL (hoje DEM), na tentativa de cooptar deputados e ganhar respaldo no Congresso. “E vale lembrar que a reprovação do governo de Dilma hoje é maior do que a de Collor quando ele fez esse mesmo movimento de cooptação de deputados”, afirmou. Defensor da saída da presidente, Jarbas reconhece que com o PMDB fracionado as discussões e o andamento do processo de impeachment são impactados. “Defendo a saída dela pela renúncia porque entendo que o impeachment é um processo traumático. Mas, se esse processo acontecer, ele precisa ser conduzido com cautela, cuidado e bem ordenado. Sem nenhum passo em falso. E o PMDB dividido de fato atrapalha o andamento do impeachment”, diz. (Blog do Jamildo. – A manchete e as imagens não fazem parte do texto original).



O PMDB SE VENDEU POR MEIO QUILO DE MORTADELA E UMA BICADA DE TUBAÍNA



Do Portal O Globo
A presidente Dilma Rousseff se reuniu, na manhã de hoje, em encontros separados, com o VICE-PRESIDENTE MICHEL TEMER E COM O LÍDER DO PMDB NA CÂMARA, LEONARDO PICCIANI, de quem recebeu as indicações de nomes para integrar o Ministério. O encontro do vice com a presidente não tratou de nomeações e cargos.
Um integrante do governo que participou da conversa relatou ao GLOBO que a presidente disse a Picciani que dará O MINISTÉRIO DA SAÚDE A UM DOS TRÊS DEPUTADOS INDICADOS PELA BANCADA: MARCELO DE CASTRO (PI), MANOEL JÚNIOR (PB) OU SARAIVA FELIPE (MG). Os parlamentares também indicarão um segundo ministério, mas durante a reunião, não foi batido o martelo quanto à área. A tendência é que a cobiçada pasta fique com MANOEL JÚNIOR.
Dilma também vai se reunir hoje com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva na tentativa de definir qual será o espaço do PMDB na Esplanada. Lula deve almoçar com Dilma. OUTRA PASTA QUE DEVE FICAR COM O PMDB É O NOVO MINISTÉRIO DA INFRAESTRUTURA.
O encontro teve também as presenças do LÍDER DO PMDB NO SENADO, EUNÍCIO OLIVEIRA (PMDB-CE) E OS MINISTROS EDUARDO BRAGA (MINAS E ENERGIA) e Ricardo Berzoini (Relações Institucionais).
Além dos três nomes indicados pela bancada os peemedebistas também incluíram o nome de CELSO PANSERA (PMDB-RJ) PARA O SEGUNDO MINISTÉRIO.
A reaproximação com o PMDB é considerada peça fundamental para a articulação política. Na semana passada, Lula esteve em Brasília e se reuniu com caciques da legenda, entre eles o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ).
Na terça-feira, os deputados definiram pelo novo Ministério da Infraestrutura, que uniria Portos e Aviação Civil. No entanto, Dilma disse que ainda não fechou o desenho da reforma administrativa e que ainda não poderia garantir que será criada a nova estrutura. A SAÚDE, ATUALMENTE, É UMA PASTA COMANDADA PELO PT, que perderá espaço na nova composição feita pela presidente.

Para a segunda pasta que caberá à bancada de deputados, PICCIANI LEVOU À PRESIDENTE AS INDICAÇÕES DE NEWTON CARDOSO JÚNIOR (MG), MAURO LOPES (MG) E JOSÉ PRIANTE (PA). Como demonstração de que está disposto a entrar para a Esplanada, os deputados do PMDB fecharam questão ontem à noite pela manutenção dos vetos presidenciais. Foram votados e mantidos 26 dos 32. (A manchete não faz parte do texto original).

DILMA!!! O DÓLAR, HOJE, ABRIU A QUANTO?!?!?!





(Estado)O dólar comercial abriu em queda nesta quarta-feira, 23, mas inverteu o sinal ainda no início das negociações, pressionado pela retomada da cautela com o cenário fiscal e político no País. Às 10h10, a moeda subia 1,09% e era negociada a R$ 4,09, na máxima do dia. Na véspera, a moeda fechou a R$ 4,05, a maior cotação desde a criação do Plano Real, em 1994. 

O Congresso não analisou ainda o veto ao reajuste de até 78% dos salários do Judiciário, que pode ter impacto de R$ 36,2 bilhões nas contas públicas até 2019. A sessão foi interrompida por falta de quórum e não há prazo definido para a retomada dessa votação. 

De todo modo, o recuo, a princípio, respondeu à manutenção da maioria dos vetos presidenciais pelo Congresso, em sessão que durou cinco horas e terminou na madrugada de hoje. Foram mantidos 26 dos 32 vetos presidenciais a medidas com forte impacto nas contas públicas. O mercado aproveitou a boa notícia para realizar lucros, após o dólar ter fechado ontem a R$ 4,05 no mercado à vista - maior patamar desde a criação do Plano Real há 21 anos. Os ganhos estavam acumulados em 11,03% no mês e em 40,03% em 2015. 

Também influencia os negócios locais o enfraquecimento do dólar frente o euro e algumas divisas de países emergentes e exportadores de commodities no exterior, como o peso chileno e o peso mexicano. 

Dados fracos do setor de manufatura da China em setembro apoiam especulações no exterior sobre a possibilidade de o Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) adiar o aumento dos juros básicos para 201. Isso ajuda a enfraquecer a moeda americana lá fora. Na semana passada, o Fed decidiu manter os juros inalterados, em meio às incertezas causadas pela desaceleração chinesa, e nos últimos dias vários dirigentes regionais da instituições vinham se manifestando em defesa do início da alta ainda neste ano, dando suporte ao dólar e aos juros dos Treasuries.


AS TITIAS VELHAS DO PMDB BOTAM DILMA NO COLO...


Josias de Souza

 

O PMDB da Câmara decidiu encaminhar a Dilma Rousseff uma lista de ‘ministeriáveis’ para que a presidente selecione os dois deputados que irão compor o seu “novo” gabinete. Para a vaga de ministro da Saúde, foram apontadas três alternativas: Manoel Júnior (PB), Marcelo de Castro (PI) e Saraiva Felipe (MG). Para chefiar o ministério que resultará da fusão das pastas da Aviação e dos Portos, indicaram-se quatro nomes: José Priante (PA), Celso Pansera (RJ), Mauro Lopes (MG) e Newton Cardoso Júnior (MG). DOIS DOS CANDIDATOS —MANOEL JÚNIOR E CELSO PANSERA — INTEGRAM O GRUPO DO PRESIDENTE DA CÂMARA, EDUARDO CUNHA (RJ), QUE DISSERA QUE NÃO INDICARIA NINGUÉM.

Ao identificar as digitais de Cunha na lista, o pedaço do PMDB que defende o afastamento de Dilma revoltou-se. As legendas de oposição, que enxergavam no presidente da Câmara um aliado da causa do impeachment, passaram a acusá-lo de traição. Abordado em plenário, Cunha tentou desvincular-se da escolha dos ‘ministeriáveis’ do PMDB. Não convenceu os colegas. Marcou para esta quarta-feira um almoço com os líderes oposicionistas.

Manoel Júnior, cotado para a Saúde, não dá um espirro na Câmara sem combinar com Eduardo Cunha. Celso Pansera, apresentado como alternativa para a infraestrutura, levou sua fidelidade ao presidente da Câmara à vitrine na CPI da Petrobras. Ali, especializou-se em apresentar requerimentos incômodos para os delatores que encrencaram Cunha na Lava Jato.

Em depoimento ao juiz Sérgio Moro, o doleiro Alberto Yousseff dissera que havia na CPI um “PAU MANDADO” de Eduardo Cunha que tentava constrangê-lo com requerimentos de quebra dos sigilos bancário e fiscal de suas duas filhas e de sua ex-mulher. Há um mês, durante sessão da CPI, Pansera provocou Yousseff, cobrando dele a identificação do “pau mandado”. O doleiro atendeu ao pedido: “É VOSSA EXCELÊNCIA.”

O processo de seleção dos nomes que o PMDB da Câmara submeteu à análise de Dilma foi confuso. Nem de longe oferece a segurança que Dilma requisitara ao líder pemedebista Leonardo Picciani (RJ). A presidente dissera a Picciani que desejava acomodar na Esplanada ministros que, respaldados pela bancada, tivessem votos na Câmara. Chamada a opinar, a bancada de deputados do PMDB reuniu-se a portas fechadas no início da noite desta terça-feira (22).

Ao final da reunião, informou-se que a indicação dos ministros havia sido aprovada por 42 votos a 9. LOROTA. NÃO HOUVE VOTAÇÃO, apenas manifestações orais. Pelas contas do grupo dissidente do PMDB, manifestaram-se a favor de Dilma 27 dos presentes. Falaram contra 12 deputados. Na primeira conta, oficial, havia na sala 51 deputados. Na segunda, apenas 39. Em nenhuma das somas atingiu-se a totalidade da bancada do PMDB, que controla 65 assentos na Câmara.

Ao abrir a reunião, Picciani informou que estivera na véspera com Dilma. Contou que a presidente lhe fizera um apelo para que o PMDB ajudasse o governo a superar a crise. O deputado Jarbas Vasconcelos (PE) pediu a palavra. Disse: “DILMA ESTÁ NOS ÚLTIMOS ESTERTORES. O PAÍS CAMINHA PARA O CAOS COMPLETO. ESSA VISÃO É GENERALIZADA, TANTO QUE DILMA SÓ TEM 7%, 8%, 9% DE APROVAÇÃO. ACHO INCONVENIENTE ABRIR UMA DISCUSSÃO SOBRE MINISTÉRIOS E SOBRE UMA COMPOSIÇÃO COM DILMA. PEÇO PERMISSÃO PARA ME RETIRAR. NÃO QUERO PARTICIPAR DE UMA DISCUSSÃO DESSE TIPO.” Jarbas foi embora.

Seguiu-se um debate acalorado. Alguns dos que se manifestaram a favor da indicação dos ministros esclareceram que a participação no governo não obriga os deputados a votarem cegamente com o governo. Vários deles esclareceram que se opõem à recriação da CPMF.

A certa altura, incomodado com manifestações contrárias de peemedebistas anti-Dilma, o líder Picciani disse que não indicar ministros corresponderia a um rompimento do PMDB com Dilma. O deputado Lúcio Vieira Lima (BA), adepto do impeachment, se disse surpreso. “ENTÃO, QUER DIZER QUE O RENAN CALHEIROS E O MICHEL TEMER, QUE DISSERAM QUE NÃO FARIAM INDICAÇÕES, ROMPERAM COM O GOVERNO?” Para Vieira Lima, O PMDB DÁ AS COSTAS À RUA AO OFERECER MINISTROS A DILMA.

“PIOR: ESSE GESTO VAI MOSTRAR QUE OS DEPUTADOS DO PMDB SÓ ESTÃO APOIANDO DILMA PARA OBTER VANTAGENS”, CONTINUOU VIEIRA LIMA. “ESPERO QUE NÃO ACONTEÇA COM OS NOSSOS, O QUE ACONTECE COM OS DELES. HOJE, OS DEPUTADOS DO PT NÃO CONSEGUEM SAIR ÀS RUAS OU IR AOS RESTAURANTES SEM RECEBER VAIAS E AGRESSÕES VERBAIS.”

 

Celso Pancera, o “PAU MANDADO” de Eduardo Cunha, disse que é hora de o PMDB “colher” os frutos que plantou ao ajudar a aprovar o ajuste fiscal do governo. E Vieira Lima: “Votei a favor dos ajustes por considerar que era importante para evitar que o Brasil perdesse o grau de investimento. NÃO SABIA QUE ESTAVA PLANTANDO UMA SEMENTE DE MINISTÉRIO, PARA COLHER AGORA.”

 


A certa altura, Picciani afirmou que o PMDB aprovara em convenção nacional o apoio a Dilma. E só outra convenção poderia revogar essa decisão. O deputado Osmar Terra (RS) saltou da cadeira. Recordou que Picciani e seu grupo político no Rio romperam com Dilma na campanha de 2014. “Não estou entendendo”, disse Terra a Picciani. “A CONVENÇÃO DECIDIU APOIAR DILMA. E VOCÊ APOIOU AÉCIO NEVES. ONDE ESTAVA O RESPEITO À CONVENÇÃO?” (A manchete não faz parte do texto original.

DILMA PAGOU CARO E O PMDB VOLTOU PARA O SEU LADO


 Ricardo Noblat
Como os mais céticos suspeitavam, o PMDB tinha um preço, sim, para indicar nomes destinados a compor o ministério reformado da presidente Dilma Rousseff. E assim, depois de assinar embaixo da fatura, ela pôde, ontem à noite, recolher-se em relativo sossego aos seus aposentos do Palácio da Alvorada. Havia ganhado a batalha.
O preço do PMDB: DOIS MINISTÉRIOS PARA OS DEPUTADOS FEDERAIS, MAIS DOIS PARA OS SENADORES, E OUTRO PARA DEPUTADOS E SENADORES DESDE QUE ELES SEJAM CAPAZES DE SE ENTENDER EM TORNO DE UM NOME. Na véspera, Dilma fora dormir aflita. O PMDB ameaçara ficar de fora do seu novo governo. Poderia ser o começo do fim.
A trinca de caciques do partido (Michel Temer, vice-presidente da República, Eduardo Cunha, presidente da Câmara dos Deputados, e Renan Calheiros, presidente do Senado) fora consultada por Dilma e se negara a apadrinhar novos ministros. Alegara que não o faria para não dificultar a tarefa dela de enxugar o governo.
Mas o PMDB não se resume aos seus caciques. E pelo PMDB falam muitos. Dilma pediu então socorro a Luiz Fernando Pezão, governador do Rio de Janeiro, a Leonardo Picciani, líder do PMDB na Câmara e que almeja se reeleger para a função no próximo ano, e a Eunício Oliveira, líder do partido no Senado. Deu certo.
Entre os ministérios a serem controlados pelo PMDB, está a joia da coroa – O MINISTÉRIO DA SAÚDE, o de maior orçamento e importância da área social, com uma capilaridade capaz de oferecer empregos e oportunidades de negócios a quem souber aproveitar. O PMDB tem políticos experientes e aptos para a tarefa.
Renan cedeu à tentação e fez jogo duplo. De público, dissera que não patrocinaria nomes para o ministério. Por meio do colega Eunício, negociou a indicação de nomes, sim. Queria emplacar o novo ministro da Integração Nacional. O atual é do PP. O FILHO DE RENAN, GOVERNADOR DE ALAGOAS, DEPENDE DE VERBAS DA INTEGRAÇÃO NACIONAL.
Dilma barganhou. Ofereceu a Renan o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, cujo titular no momento é o empresário Armando Monteiro Neto, do PTB. Dilma não gostou de ter visto Armando criticando medidas do ajuste fiscal. Seria uma maneira de acertar as contas com ele.
De olho nos acertos para o anúncio em breve do governo renovado, o PMDB votou disciplinadamente na sessão do Congresso que apreciou, à noite, os vetos de Dilma a projetos que criavam novas despesas. Disciplinadamente significou: pela manutenção dos vetos. O governo celebrou o resultado. Saiu tudo como ele queria.
O PMDB FOI ESPERTO. Pegaria mal se ele derrubasse os vetos à criação de novas despesas depois de tanto malhar o governo por sugerir o aumento de impostos e a criação de novos. Com o dólar alcançando um valor jamais registrado antes na história do Real, não interessava ao PMDB contribuir para que ele, hoje, batesse novo recorde.

Em resumo: o PMDB foi dormir como um partido responsável e merecedor da confiança do sistema financeiro e das classes produtoras. E também como UM PARTIDO QUE TOMOU DO PT A CONDIÇÃO DE O PARTIDO MAIS FORTE DE UM GOVERNO QUE AINDA TEIMA EM RESPIRAR. A cada dia a sua agonia.

NO GOVERNO LULA, O MINISTÉRIO DA CASA CIVIL ERA UM REDUTO DA BADERNA FORMADO POR UM CONLUIO DE MULHERES DESCLASSIFICADAS E HOMENS DESMORALIZADOS...

Cláudio Humberto

Na noite de segunda-feira (21), o JORNAL NACIONAL exibiu matéria sobre a operação NESSUM DORMA, A 19ª PARTE DA LAVA JATO, deflagrada ontem, que prendeu o chefe da empreiteira Engevix e João Augusto Henrique Rezende, apontado como um dos operadores do PMDB no escândalo da Eletronuclear. MAS O CANAL ABERTO PARECE TER ESQUECIDO UM FATO GRAVE.


Além das prisões, a matéria do JN, depois reproduzida no Jornal da Globo e no Bom Dia Brasil no dia seguinte, mostrou a coletiva de imprensa dos procuradores federais, em Curitiba, encarregados da Lava Jato. Por volta dos 50 segundos, o procurador Carlos Fernando dos Santos Lima, integrante da força-tarefa que investiga a roubalheira à Petrobras, fala que os escândalos do Mensalão, Petrolão e Eletronuclear são todos conexos: “DENTRO DELAS ESTÁ A MESMA ORGANIZAÇÃO CRIMINOSA. E NO ÁPICE DESTA ORGANIZAÇÃO ESTÃO PESSOAS LIGADAS AOS PARTIDOS POLÍTICOS”, a matéria corta para a repórter, que continua a matéria normalmente.

 

No entanto, uma hora antes, o Jornal da Band de segunda-feira exibiu a mesma matéria sobre a Nessum Dorma e a mesma fala do procurador, desta vez, completa: “DENTRO DELAS ESTÁ A MESMA ORGANIZAÇÃO CRIMINOSA. E NO ÁPICE DESTA ORGANIZAÇÃO ESTÃO PESSOAS LIGADAS AOS PARTIDOS POLÍTICOS E, NÃO TENHO DÚVIDA NENHUMA, À CASA CIVIL [PAUSA] DO GOVERNO LULA”.


Nem Globo, nem Band, se atentam para o fato de que o procurador da República, encarregado da investigação da Lava Jato afirmou, SEM SOMBRA DE DÚVIDAS, que a origem de todos os maiores escândalos de corrupção da história está na Casa Civil do Governo Lula.


A Casa Civil de Lula, entre 2003 e 2010, foi ocupada por José Dirceu, condenado no Mensalão e também no Petrolão, pela atual presidente Dilma Rousseff, por Erenice Guerra, enrolada em escândalos de favorecimento e nepotismo, e finalmente por Carlos Eduardo Esteves Lima, engenheiro que chegou a ocupar cargos no governo Fernando Henrique. (A manchete não faz parte do texto original).

 

PITACO DO BLOG CHUMBO GROSSO: - EIS A RELAÇÃO DOS MINISTROS-CHEFE DA CASA CIVIL DO BRASIL:

-JOSÉ DIRCEU (atualmente preso por dezenas de crimes). Período: 1 de janeiro de 2003 até 21 de junho de 2005;

-DILMA ROUSSEFF (presidente em julgamento pelo TSE e TCU). Período : 21 de junho de 2005 a 31 de março de 2010;

-ERENICE GUERRA (vários processos por corrupção). Período: 1º de abril de 2010 até 16 de setembro de 2010;

-CARLOS EDUARDO ESTEVES LIMA ( alvo de seis processos no Tribunal de Contas da União (TCU) entre 1999 e 2003. Os processos dizem respeito a possíveis falhas na prestação de contas do Departamento Nacional de Estradas e Rodagens (DNER), da Legião Brasileira de Assistência (LBA) e do Instituto Brasileiro de Turismo (Embratur), além de irregularidades na execução de obras e contratação de empresas pelo DNANTONIO PALOCCI (suspeito de participar de esquema de propina do Petrolão).         Período: 1 de janeiro de 2011 a 7 de junho de 2011;      

-GLEISI HOFFMANN ( acusada de receber R$ 1.000.000, em propina do Patrolão).           Período: 8 de junho de 2011 a 3 de fevereiro de 2014;


-ALOIZIO MERCADANTE:               Período: de 3 de fevereiro de 2014 ( acusado de receber R$ 200 mil em espécie do Petrolão, pessoalmente).

terça-feira, 22 de setembro de 2015

JUIZ SÉRGIO MORO SENTOU O CACETE NO DEPUTADO LADRÃO DO PT, ANDRÉ VARGAS QUE PEGOU 14 ANOS DE CADEIA EM REGIME FECHADO.






LAVOU A NOSSA ALMA



Cláudio Humberto

A Justiça Federal condenou nesta terça (22) o ex-deputado federal André Vargas (ex-PT-PR) a 14 anos e 4 meses de prisão, o irmão dele Leon Vargas a 11 anos e 4 meses e o publicitário Ricardo Hoffmann, ex-representante da agência Borghi-Lowe, a 12 anos e dez meses de cana. André Vargas, que foi vice-presidente da Câmara dos Deputados, é o primeiro político a ser condenado em processo da Operação Lava Jato, da Polícia Federal.
André Vargas e o irmão foram presos em abril passado na 11ª fase da Lava Jato e foram condenados hoje pelos crimes de lavagem de dinheiro e corrupção passiva. Ricardo Hoffmann foi condenado pelos crimes de corrupção ativa e lavagem de dinheiro.
O juiz Sergio Moro absolveu os três do crime de pertinência a organização criminosa. Segundo o juiz federal responsável pela Operação Lava Jato, “não há prova suficiente” para a condenação por esse crime.
André Vargas deverá cumprir pena de 14 anos e quatro meses de reclusão em regime inicialmente fechado, e 280 dias multa. Já a pena de Leon Vargas foi de 11 anos e quatro meses e 160 dias-multa Ricardo Hoffmann vai cumprir pena de 12 anos e dez meses, com 231 dias multa.
O juiz Sergio Moro determinou também que André Vargas e Ricardo Hoffmann, que já estão presos, não poderão recorrer da sentença em liberdade. “Considerando a gravidade em concreto dos crimes em questão e que os condenados estavam envolvido na prática habitual, sistemática e profissional de crimes contra a Administração Pública Federal e de lavagem de dinheiro, ficam mantidas, nos termos das decisões judiciais pertinentes, as prisões cautelares vigentes”, decidiu o juiz.


PITACO DO BLOG CHUMBO GROSSO: - HOJE, NA SENTENÇA QUE CONDENOU O LADRÃO ANDRÉ VARGAS, DEPUTADO FEDERAL DO PT, QUE VAI PUXAR UMA CADEIA DE 14 ANOS EM REGIME FECHADO O JUIZ SÉRGIO MORO FOI IMPECÁVEL. EIS UMA TRECHO EXEMPLAR QUE  MORO ESCREVEU EM SEU VEREDICTO:

“A responsabilidade de um vice-presidente da Câmara é enorme e, por conseguinte, também a sua culpabilidade quando pratica crimes. A vetorial personalidade também lhe é desfavorável. Rememoro aqui o gesto de afronta do condenado ao erguer o punho cerrado ao lado do então Presidente do Supremo Tribunal Federal, o eminente Ministro Joaquim Barbosa, na abertura do ano legislativo de 2014, em 4 de fevereiro de 2014, e que foi registrado em diversas fotos.”


JUIZ SÉRGIO MORO HOMOLOGA DELAÇÃO DE LOBISTA LIGADO A ZÉ DIRCEU





LOBISTA FERNANDO MOURA PODE GARANTIR PENA LONGA A EX-MINISTRO. TERIA ELE ATUADO EM PARCERIA COM O EX-MINISTRO EM FRAUDES EM CONTRATOS DA PETROBRAS...




Cláudio Humberto


O juiz federal Sérgio Moro, que conduz as ações da Operação Lava Jato, homologou nesta segunda-feira, 21, a delação premiada do empresário FERNANDO ANTÔNIO GUIMARÂES HOURNEAUX DE MOURA, apontado pela força-tarefa do Ministério Público Federal como lobista ligado ao ex-ministro da Casa Civil José Dirceu (Governo Lula) e ao PT. Fernando Moura foi preso, com Dirceu, no dia 3 de agosto, na OPERAÇÃO PIXULECO, 17ª fase da Lava Jato.
Moura foi o principal "operador" de José Dirceu quando ele chefiava a Casa Civil do governo Lula. Chegou a entrevistar candidatos para a diretoria da Petrobras e empresas subsidiárias, incluindo Renato Duque, ex-diretor de Serviços já condenado a 28 anos de prisão pelo juiz Sérgio Moro. O lobista Fernando Moura, que após o mensalão decidiu residir em Miami, SABE DE TODOS OS SEGREDOS DE DIRCEU E TAMBÉM DO EX-PRESIDENTE LULA.
O empresário celebrou acordo de colaboração premiada com o Ministério Público Federal, no Paraná. Fernando Moura seria um operador de propina que representava os interesses de Dirceu na Petrobrás. Foi ele o responsável por indicar o ex-diretor de Serviços da Petrobrás Renato Duque como cota do PT, no esquema de corrupção na estatal. Duque foi preso na Operação ‘QUE PAÍS É ESSE?’.
O nome de Duque, funcionário de carreira da estatal, foi apresentado por Fernando Moura a Silvio Pereira, então indicado por Dirceu para preencher cargos de primeira escalão no governo que se iniciava, em 2003.
Desde então, a relação entre Moura e Dirceu se estreitou. Ficaram amigos. Todos os negócios relativos a Petrobrás que envolviam algum interesse do grupo de Dirceu na estatal passavam por Moura. Era ele o encarregado de fazer a ligação entre a Petrobrás, os operadores e os empresários. 


PITACO DO BLOG CHUMBO GROSSO: -  O PETRALHISMO, É A FILOSOFIA DO FRACASSO, A CRENÇA NA IGNORÂNCIA, A PREGAÇÃO DA INVEJA. TUDO ISSO SEM FALAR NO BANDITISMO.  O PT TEM DE VIRAR CINZAS... SAL... ESTRUME...