Por
Altamir Pinheiro
Neste 25 de
dezembro de 2017, dia de Natal, faz 40 anos da morte do maior gênio dos filmes de comédia que Hollywood já pariu!!! Se
o inglês Charles Chaplin fosse brasileiro, carinhosamente, a gente o tratava como Carlito-pé-de-mesa. Namorador
incorrigível e fascinado por mocinhas, sem nunca ter sido pedófilo(termo que adotamos na linguagem moderna),
Chaplin se orgulhava de ser bem-dotado, chamando seu
pênis de “a oitava maravilha do mundo” e se considerava uma máquina sexual,
gabando-se de ser capaz de ter cinco ou seis orgasmos seguidos, com apenas
alguns minutos de descanso. Galante e volúvel, envolveu-se com dezenas de
mulheres. Em que pese ter sido o astro dos astros na cinematografia mundial, sua
vida pública e privada abrangia adulação, controvérsias e escândalos, pouco se
assemelhando ao encantador andarilho das telas.
Para quem quiser
e a quem interessar possa, Charles Chaplin é considerado o maior comediante da
história do cinema, genial no uso de mímica e na comédia pastelão. Como a
crítica costuma afirmar taxativamente, o
inglês CHARLES CHAPLIN (1889-1977) conquistou milhões de pessoas em todo o
mundo com o personagem Carlitos, um vagabundo delicado e andarilho, irreverente
e sensível, que possui as maneiras refinadas de um gentleman, andar errático e
ar angelical, usando fraque, calças e sapatos desgastados e mais largos que o
seu número, chapéu-coco, bengala e um pequeno bigode. Ele dirigiu, escreveu,
atuou, produziu e financiou seus próprios filmes. Era um monstro sagrado na
profissão que abraçou com tanto afinco e obstinação.
Conforme consta
nas páginas do livro(A Vida Sexual dos Ídolos de Hollywood de Nigel Cawthorne),
Chaplin Era um pegador incorrigível. Na verdade, foram dezenas de paixões ardentes que se fizeram presentes na agitada
vida amorosa desse enamorado e amante possuidor de um cobiçado ar angelical. Apesar de ser o que era e o que foi, ele não pensava somente com a cabeça de baixo.
Charles Chaplin foi um cérebro privilegiado; um verdadeiro gênio, mas tinha a carne fraca,
pois o hormônio testosterona produzido
nos seus testículos gritavam o tempo todo para serem liberados.
Vejamos as mulheres existenciais que cruzaram na vida do elegante e cheio de charme, Chaplin:
EDNA
PURVIANCE (1895 - 1958) – Ele andava à procura de uma estrela para o seu
próprio estúdio, recomendaram a CHAPLIN uma loura de São Francisco. Foi amor à
primeira vista. Bastante talentosa, ela estrelou ao todo 35 filmes com ele. No
entanto, os dois não foram exatamente fiéis e se separaram, mas continuaram
amigos e Edna permaneceu na folha de pagamento do ator até sua morte, vítima de
câncer;
MILDRED
HARRIS (1901 - 1944) - Ele a conheceu numa festa. A garota tinha
14 anos, mas desde os 10 era atriz e já havia aparecido praticamente nua numa
cena. Em 1916, com a sua suposta gravidez, ele se viu obrigado a casar, receoso
de ser processado por estupro. Era uma armadilha, Mildred só ficou grávida dele
de verdade em 1920, gerando uma criança deformada que morreu três dias após o
nascimento. No mesmo ano se separaram, num divórcio marcado por acusações de
crueldade e de infidelidade;
PEGGY
HOPKINS JOYCE (1983 - 1957) - Depois desse
primeiro escândalo, CHAPLIN namorou essa experiente milionária, conhecida
também por seus golpes do baú. Os banhos que tomavam pelados numa praia na ilha
Catalina foram noticiados em jornais de todo o mundo. O breve interlúdio
amoroso inspirou o comediante em “Uma Mulher de Paris(1923);
POLA
NEGRI (1894 - 1987) - Chaplin apaixonou-se perdidamente pela
vamp polonesa ao conhecê-la em Berlim, em 1921. Ficaram quatro dias “in love”,
mas só voltaram a se reencontrar no ano seguinte, em Hollywood. Tornaram-se
inseparáveis. Numa entrevista coletiva, anunciaram o noivado e falaram dos
planos para o casamento. Cinco semanas depois, tudo estava acabado. Pola
mostrou-se arrasada, declarando: “Ele é muito temperamental e tão instável
quanto o vento. Dramatiza tudo. E faz experiências com o amor”;
LITA GREY (1908 - 1995) - Aos 35 anos, durante a rodagem de “Em Busca do Ouro
(1925), ele seduziu Lita, que tinha apenas 15 anos e interpretava o principal
papel feminino do seu filme. A mocinha ficou grávida e novamente ele foi
forçado a se casar, em 1924, no México, mesmo tentando de tudo para evitá-lo,
desde a sugestão de um aborto a uma oferta de 20 mil dólares. O relacionamento
infeliz gerou dois filhos, culminando no divórcio em 1926, com a jovem atriz
alegando publicamente que ele havia tentado filmar suas relações sexuais,
sugerira uma outra mulher entre eles no leito conjugal e lhe pedira que
aceitasse a felação, sendo que o sexo oral era crime na Califórnia;
MARION
DAVIES (1897 - 1961) - Ele supostamente traía Lita com a bela Marion
Davies, carismática atriz amante do magnata da imprensa William Randolph
Hearst. Nos piores momentos do seu casamento, ele se consolava com ela. No
entanto, o casal infiel terminou por protagonizar um tenebroso caso no iate de
Hearst, durante uma festa a bordo que resultou no fim trágico do produtor
Thomas Ince, assassinado ao ser confundido com o comediante. O magnata
Randolph encontrou Marion tendo relações
sexuais com Chaplin, saiu para buscar uma arma, Marion começou a gritar e seu
companheiro aproveitou para escapar. Ouvindo o barulho, Ince veio correndo e
procurou consolar a atriz. Retornando, Randolph
Hearst interpretou equivocadamente a situação, atirou e matou Ince;
PAULETTE
GODDARD (1910 - 1990) - Passado os anos, Chaplin voltou a se casar,
desta vez secretamente, aos 47 anos, em 1936, com uma milionária de 25 anos que
estava decidida a ser uma estrela de cinema. Ele a escalou para trabalhar em
duas de suas obras-primas, “Tempos Modernos” (1936) e “O Grande Ditador” (1940).
Depois de alguns anos felizes, este casamento também terminou em divórcio, em
1942, devido aos terríveis ciúmes que ele sentia da juventude e beleza de sua
parceira. Pouco antes, havia tentado com afinco conseguir para ela o papel de
Scarlett O’Hara em “...E o Vento Levou / (1939). Como não foi a escolhida,
concluiu que seu marido era mais um estorvo do que um auxílio e os dois se
separaram;
JOAN
BARRY (1920 - 1996) - começou a namorar
uma jovem aspirante a atriz, de 22 anos (ele tinha 52). Depois de alguns
abortos e inúmeros abusos, como dançar nua no gramado da casa de Chaplin e
ameaçá-lo com um revólver, Joan levou o ator a julgamento em 1943. Ele foi
preso, fotografado e teve suas impressões digitais registradas. Ela exigia que
assumisse a paternidade de seu futuro filho, mas exames de sangue comprovaram
que o comediante não era o pai, porém na época, a lei exigia que, por ele ter
sido o último parceiro com quem ela apareceu em público, mesmo não sendo o pai
biológico, teria que assumir a criança, sendo condenado a pagar uma pensão de
cem dólares por semana para a criança por fim registrada com seu sobrenome.
Durante o julgamento, o ator afirmou sua virilidade e confirmou sua potência
sexual excessiva;
OONA
O’NEILL (1925 - 1991) - Pouco tempo
depois, ainda em 1943, casou-se com Oona, não agradando ao pai dela, o famoso
dramaturgo Eugene O’Neill. Ele tinha 55 anos e ela somente 17, mas a enorme
diferença de idade não afetou negativamente a união. Foram viver na Suíça e
tiveram oito filhos, entre eles a atriz Geraldine. O último nasceu quando
Charles Chaplin já estava na casa dos setenta anos. Este casamento longo e
feliz durou até o fim da vida do comediante. “Se tivesse conhecido Oona ou
alguém como ela há muito tempo, nunca teria tido tantos problemas com as
mulheres”, declarou ele anos mais tarde.
Ufa, cansei!!!
Até que enfim chegou ao fim!!! E haja
casamentos... Agora, diga-se de passagem, todas elas são mulheres monumentos, fatais, Manequins a lá Marilyn Monroe. A mais linda, sem dúvida, era a Paulette, minha favorita, não só pela
beleza, mas porque também estava nos geniais
filmes Tempos Modernos” (1936) e “O Grande Ditador” (1940). E outra mais: a Paulette Goddard além de Grande atriz parece que
tinha mais química com Chaplin dentre todas... Há quem diga ou quem gosta mais
da Edna, da Marion, da Pola, da Peggy, da Paulette e da Oona e algumas
delas atrizes talentosas. Mulheres incríveis. Já a Mildred, a Lita e Joan eram
três oportunistas, estavam apenas de olho na grana de Chaplin. A Pola Negri era
outra mulher fatal soberba, além de ser a primeira atriz estrangeira a fazer
sucesso em Hollywood. Resumo da ópera: detalhes sórdidos (sexo oral, ménage à trois, estupros, assassinato e Otras Cositas Más). A vida amorosa de
Chaplin daria um filme picante.
Voltando-se a sua
carreira cinematográfica, fica evidente que Chaplin derrubou os limites da
comédia em cada fase sucessiva de sua trajetória no cinema, assim como Picasso
derrubou os limites da arte em cada fase sucessiva de sua carreira”, escreveu
Rick Levinson em seus estudos sobre "Ranking dos comediantes silenciosos": “Você tem que ter uma noção do que era a comédia
antes, durante e após a carreira de Chaplin para ter uma noção do imenso
impacto que ele fez sobre a cultura do século 20”. Dentre sua enorme obra que
deixou, destaca-se verdadeira lição de comportamento humanitário, como, Vida
de Cachorro (A dog’s life, 1918) - O Garoto (The Kid, 1921) - Em Busca do Ouro
(The Gold Rush, 1925) - O Circo (The Circus, 1928) - Luzes da Cidade (City
Lights, 1931) - Tempos Modernos (Modern Times, 1936) - O Grande Ditador (The
Great dictator, 1940).
A sua marca registrada que perdurou
durante toda uma vida foi a de ‘’O
Vagabundo’’, vagabundo este, que não se cansava de falar sobre a imbecilidade
da guerra; era também Feroz crítico do
capitalismo; o vagabundo escancarou de
vez sua visão sobre o mundo industrial e capitalista, ao defender a tese de que
a diferença entre as grandes corporações e um assassino em série é apenas a
quantidade de pessoas que elas matam. Extremamente humano e com
incrível talento para expressar o que pensava, sempre foi sarcástico ao
afirmar: “Mais do que máquinas, precisamos de humanidade.
Mais do que inteligência, precisamos de afeição e doçura. Sem essas virtudes a
vida será de violência e tudo estará perdido”. Agora, ao trocar a beca de
vagabundo pela de um Don Juan incorrigível sempre se comportava como um altaneiro galanteador e muito dócil com as mulheres ao afirmar: “O homem não morre quando deixa de viver, mas sim quando deixa de
amar”...
https://www.youtube.com/watch?v=mK6tUzRZRBI&t=115s