Alexandre
Borges
Se o lulopetismo é imbatível em tudo que há de pior num governo,
como explicar não apenas o protagonismo de Lula para 2018, um condenado em
primeira instância a nove anos e meio de prisão e RESPONSÁVEL FINAL pelo desastre
brasileiro dos últimos anos?
Se o governo atual reverteu a crise inédita que herdou e seu
casamento demoníaco de inflação com recessão, por que é tão impopular? Sem
estas respostas, não é possível fazer um diagnóstico preciso e muito menos
projeções confiáveis para o novo ciclo do país a partir de 2019.
Os piores inimigos do Congresso e do Judiciário hoje são eles
próprios, mas a quem interessa a aniquilação moral de dois dos três poderes da
república e das instituições democráticas do país? Todo ceticismo em relação
aos políticos é bem-vindo, mas quando o país beira o niilismo é preciso acender
sinais de alerta.
Diversas pesquisas de opinião e estudos nacionais e
internacionais confirmam que o Brasil confia pouco ou nada no Congresso e no
Judiciário. Segundo levantamento do Latinobarómetro divulgado há um mês, o
índice de insatisfação dos brasileiros com a própria democracia é o mais baixo
da região.
O estudo do Latinobarómetro afirma que 62% dos brasileiros veem
a democracia como o melhor sistema. Um em cada três brasileiros não confiar na
democracia é um dado que deveria ser mais analisado e discutido, especialmente
às vésperas de um processo eleitoral particularmente acirrado como é de se
esperar para 2018. O dado é coerente com o índice de 31% dos brasileiros
dizendo que a corrupção é o pior problema do país contra a média da América
Latina de 10%.
Enquanto 57% dos uruguaios e 38% dos argentinos aprovam a
democracia em seus países, aqui ficamos com apenas 13%. Em relação ao
Congresso, 11% confiam “muito” ou “razoavelmente”, perdendo de goleada até para
Venezuela (37%) e Bolívia (32%). Num estudo da FGV do ano passado, brasileiros
disseram confiar prioritariamente nas Forças Armadas (59%) e na Igreja Católica
(57%).
Numa pesquisa divulgada pelo Datafolha em junho, 47% dizem ter
“vergonha de ser brasileiro”, número recorde segundo o instituto. A popularidade
do atual governo não poderia ser baixa, a despeito dos sinais econômicos
positivos, oscilando em torno dos 5%, das mais baixas já registradas no país
que reelegeu seus três presidentes anteriores (FHC, Lula e Dilma).
A descrença geral no governo Temer e nas instituições
democráticas ajuda a explicar não apenas a liderança atual de Lula nas
pesquisas, mas a vista grossa que parte do eleitorado parece fazer ao
representante máximo dos governos mais corruptos e lesivos da história do país,
UM
PROJETO DE PODER QUE DEIXOU UMA TERRA ARRASADA EM TERMOS ECONÔMICOS E, COMO
PROVAM AS PESQUISAS, INSTITUCIONAIS.
No artigo “Cinco narrativas que vão destruir o país de vez“,
publicado em abril, já alertava para a raiz do problema: o LULOPETISMO é praticamente o
único projeto de poder do país com uma narrativa estruturada, repetida
sistemática e diligentemente por seus militantes nas ruas, nas redes sociais e
principalmente nos grandes jornais, cada vez mais funcionando como ASSESSORIA
DE IMPRENSA
de Lula e sua “caravana”.
A popularidade de Michel Temer entrou em queda livre em meados
deste ano quando os brasileiros foram bombardeados, 24 horas por dia, com as
alegadas revelações do famigerado acordo de delação premiada dos irmãos
Batista. O Brasil foi tomado de assalto por uma clara e coordenada tentativa de
derrubar o atual governo que, FELIZMENTE, terminou com a
revogação do acordo no início de setembro e a prisão dos donos da holding
J&F e da JBS, maior processadora de carnes do mundo.
Mesmo com a prisão dos irmãos Batista e o cancelamento do
acordo, o estrago estava feito. A autoridade moral do governo Temer foi ferida
de morte. Todos os dados que mostram que o país está numa SURPREENDENTE
RECUPERAÇÃO, consequência direta de uma política econômica ortodoxa e
responsável, não foram suficientes para que o brasileiro recupere a confiança.
Sem popularidade e sem narrativa, o governo atual abdicou o
papel de liderança política e de fiel condutor da transição entre o lulopetismo
e um novo projeto de país. Já que não há vácuo em política, Lula renasceu das
cinzas como em 2006 e está cada vez mais DESAVERGONHADO nas aparições
públicas e comícios, preenchendo no ideário popular a vaga de cavaleiro da
esperança, pai dos pobres e, como se não bastasse, um injustiçado por “golpistas”
que derrubaram um governo democraticamente eleito.
O NEFASTO PROJETO LULOPETISTA DE PODER, JUNTO COM SUAS FRANJAS NA
IMPRENSA, NA CLASSE ARTÍSTICA, EM PARTE DO MERCADO FINANCEIRO E DO EMPRESARIADO
ANTILIBERAL, TODOS SAUDOSOS DE UM POPULISTA PARA CHAMAR DE SEU, TEM COMO FONTE
DE ENERGIA A DESTRUIÇÃO DA CREDIBILIDADE DAS INSTITUIÇÕES DEMOCRÁTICAS DO PAÍS. Cada meme ou
notinha contra a democracia corresponde a uma garrafa de champanhe estourada
por um dos companheiros de Lula ou por ele próprio.
Dilma foi afastada da presidência num processo conduzido pelo
Congresso e com a supervisão do judiciário em cada etapa. A sessão final foi
presidida pelo STF após a observação de todos os preceitos constitucionais e
legais existentes e imaginados pelos ministros, o que poderia significar o fim
definitivo do lulopetismo. Mas não é o que se vê, muito pelo contrário, como se
viu no país pós-mensalão.
Se o Brasil não confia nos poderes que interromperam o mandato
de Dilma, como ter certeza de que Lula e seus correligionários não foram vítima
de um golpe? Na dúvida, há quem acredite que “ao menos as coisas estavam
melhores no tempo dele”. Com adversários titubeantes, inseguros, envergonhados,
pouco ou nada interessados na guerra cultural e de narrativas, o caminho está
aberto para a volta do lulopetismo ao Planalto. Neste caso, SALVE-SE QUEM PUDER.
Como uma infecção hospedeira, o LULOPETISMO SE ESPALHA NUM ORGANISMO
FRÁGIL E DEBILITADO por ele mesmo e que ainda não mostrou forças para reagir à
altura. Sem tratamento, uma doença política perfeitamente curável como esta
pode levar o paciente para o cemitério em poucos meses. Se não é o que você
quer para o país, a hora de acordar é agora.
Tanto o Congresso quanto o STF podem e devem ser criticados
quando merecem, mas desde que o mesmo rigor seja aplicado a todos os agentes
políticos do país. A mesma imprensa que bate diariamente no legislativo e
judiciário por seus erros reais ou aparentes NÃO poderia dar um passe livre para Lula,
sua pré-campanha e sua narrativa, e depois se surpreender com sua força
eleitoral. A
MILITÂNCIA DAS REDAÇÕES SABE O QUE ESTÁ FAZENDO.
Quando apenas um dos lados está guerreando, é fácil prever o
resultado de um embate. Ou o Brasil assume o COMBATE político-cultural ao LULOPETISMO
seriamente e com, no mínimo, a mesma sanha moralista que usa para vilipendiar a
imagem do atual governo, do Congresso e do Judiciário, ou Nicolás Maduro já
pode começar a escolher a roupa para a festa dos companheiros em janeiro de
2019.
Um comentário:
Outras condenações estão por vir', diz especialista em direito penal, sobre Lula "
Ao longo de 2017, o Brasil viu o combate à corrupção aumentar com as novas descobertas feitas pela força-tarefa responsável pela operação Lava Jato. Apesar do amplo trabalho realizado em diversas esferas pela Polícia Federal e pelo Ministério Público Federal, dois nomes se destacaram em meio à tantas polêmicas: Sérgio Moro e Luiz Inácio Lula da Silva.
O juiz federal condenou o ex-presidente em primeira instância a 9 anos e 6 meses de prisão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro no famoso caso do tríplex no Guarujá, litoral de São Paulo. O petista recorre da pena em liberdade.
COMENTÁRIO:
MAIS CONDENAÇÕES É POUCO, TEM QUE ENGAIOLAR LOGO E TIRAR DE CIRCULAÇÃO ESSE DELINQUENTE DE ALTA PERICULOSIDADE.
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