segunda-feira, 10 de julho de 2017

AUDIE MURPHY, O BAIXINHO QUE SATISFAZ





Por Altamir Pinheiro

O caráter e a fúria do Major Audie Murphy do  US ARMY(Exército Americano) eram  de assustar e causar espanto em sua participação, DE VERDADE, IN LOCO,  na Segunda Guerra Mundial.  O baixinho era uma fera e distinguiu-se em ação nos confrontos da guerra em andamento no território italiano quando lutava na região do Rio Volturno e fazia a ”cabeça de ponte de Anzio” sob o frio intenso e a umidade das montanhas. Foi em condições de extremo perigo como esta que as suas habilidades como soldado de infantaria de combate lhe renderam várias promoções e condecorações por bravura, chegando a patente de Major.

Pouco tempo depois de Audie Murphy chegar ao campo de batalha, o melhor amigo dele, Lattie Tipton, foi morto por um soldado alemão que, supostamente, havia se rendido em um ninho de metralhadoras. Impotente para evitar a morte do amigo, Murphy entrou em um acesso de ódio incontrolável e, sozinho, dizimou a tropa alemã do bunker que havia acabado de matar o seu amigo. Alucinado, Murphy usou a metralhadora e as granadas tomadas dos alemães para destruir várias outras posições inimigas nas proximidades. Por este ato, Murphy recebeu a comenda da Cruz de Serviços Distintos que é superada em termos de distinção de guerra apenas pela Medalha de Honra. Atribui-se a Murphy a destruição de seis tanques, além de matar mais de 240 soldados alemães, como também ferir e capturar muitos outros.

Nas aventuras dos desbravadores do Oeste norte-americano e mais
precisamente no GÊNERO CINEMATOGRÁFICO dos filmes faroestes, bang bang e de cawboys, AUDIE MURPHY pode não ter sido um Duke, um Cooper, um Lancaster ou mesmo um Clint, ou pode não ser um astro tão popular para os mais jovens, realmente. Porém, na década de 1950/60 ele esteve muito presente em nossas salas de cinema. E quem viveu aquela época ficava a cada fim de sessão assistida ansiando pela nova película do Audie a chegar. Era um alvoroço, uma alegria enorme e uma corrente de fãs que não paravam de falar em seu nome e nas fitas do mocinho cawboy e baixinho de 1,65m, parecido com Buck Jones que possuía, também,  uma estatura igual ao do seu colega ator. Quanto  às fitas de Audie Murphy,  EI-LAS: Duelo Sangrento (1950); - O Último Duelo (1952); - A Morte Tem Seu Preço (1953); - A Ronda da Vingança (1953); - Antro de Perdição (1954); - A Passagem da Noite (1957); - Balas Que Não Erram (1959) ; - O Passado Não Perdoa (1960); Com o Dedo no Gatilho (1960); - Quadrilha do Inferno (1961); - Bandoleiros do Arizona(1965); -  Os Rifles da Desforra (1966) - Gatilhos da Violência (1969).

Quem leu a biografia deste herói de guerra que se tornou  astro dos filmes de faroestes,  de David A. Smith, percebe claramente que o autor(David Smith)  está interessado em iluminar as sombras de um homem de olhar frio marcado por experiências tão profundas. O vício do jogo. A dificuldade de relacionar-se. Os pesadelos que o atormentavam à noite a ponto de fazê-lo, ainda dormindo, esmurrar paredes até os nós dos dedos sangrarem. Viver muitas vidas em uma só tem seu preço. Pois bem,  Não se pode dizer a clássica frase "A VIDA DE AUDIE MURPHY DARIA UM FILME" porque esse filme foi feito e estrelado por ele mesmo. Chamou-se “TERRÍVEL COMO O INFERNO”, um de seus filmes de maior sucesso.

Paulo Néry Telles, o melhor biógrafo do baixinho afoito Audie Murphy, costuma dizer que, um dos mais famosos cowboys do cinema, talvez não seja tão popular às plateias mais jovens, pois não era tão famoso como John Wayne, ou Randolph Scott, ícones do faroeste americano. Mas é conhecido pelos amantes do gênero WESTERN e conquistou fãs pelo mundo todo, inclusive no Brasil, graças as suas exibições em nossa telinha nas sessões Western e Bang Bang por aqui, tão reprisadas em nossa televisão brasileira. Apesar de, o ídolo AUDIE LEON MURPHY, cuja memória nos Estados Unidos é mais lembrada como Herói americano da II Guerra Mundial, e tão pouco como cowboy de Hollywood, mesmo constando da sua biografia 32 filmes de faroestes. 

É verdade que nunca foi um astro de primeira grandeza na Meca do Cinema, mas fez seu nome na Sétima Arte conseguindo gerar admiradores de seu trabalho e de suas eletrizantes fitas de aventuras. Aliás, aventuras não faltam na vida deste astro, fossem dentro ou fora das telas. Eis o que escreveu o DUBLÊ de Audie Murphy, NEIL SUMMERS: ‘’Em meus 30 anos como profissional, trabalhei em muitos dos filmes de Audie Murphy.  Durante minha vida em SETS de filmagem, eu conheci e trabalhei com quase todas as grandes estrelas que existiram nas últimas três décadas, mas existia um sentimento muito especial enquanto trabalhei nas filmagens com Audie. Eu acredito que muita desta fascinação tem a ver com suas façanhas na guerra. Um companheiro e eu frequentemente discutíamos o que AUDIE havia passado durante a guerra... O que ele teria visto, o que teria vivido, e o que teria feito para sobreviver, enquanto todos os outros perto dele estavam sendo mortos. Tudo isso antes mesmo dele ter dezoito anos de idade. Todos nós sabíamos que ele foi profundamente afetado pela guerra, mas vendo-o brincar nos sets de filmagem, você jamais diria’’...

Por fim, Audie Murphy se tornou um bem sucedido criador de CAVALOS DE RAÇA e também empresário proprietário de inúmeros ranchos no Texas, afastando-se do cinema para ter mais tempo para se dedicar aos seus negócios e aumentar sua fortuna pessoal. Como empresário, AUDIE ganhava tempo se locomovendo com seu avião particular e numa dessas viagens, durante uma forte tempestade, o aparelho em que viajava se chocou com uma montanha em Galax, no Estado da Virginia, ocorrendo a morte de Audie Murphy. O acidente ocorreu no dia 28 de maio de 1971 e Audie Murphy estava com apenas 46 ANOS DE IDADE. Sua morte precoce foi uma perda, sem precedentes, para todos que tiveram muito entretenimento na juventude com os seus faroestes. Uma pena e uma perda sem limites para seus fãs!!!



Clic para assistir ao vídeo com imagens inéditas de AUDIE MURPHY, o verdadeiro herói americano mais condecorado da Segunda Guerra Mundial que virou estrela de Hollywood em filmes de cawboys.


https://www.youtube.com/watch?v=c-YqVXyKn4E



domingo, 9 de julho de 2017

JAMES DEAN, O REBELDE SEM CAUSA


Por Altamir Pinheiro



Às 17h45min de um dia como outro qualquer, apesar do crepúsculo e o brilho do sol poente que deslumbrava no horizonte,  em 1955, o ator JAMES DEAN, de apenas 24 anos, MORRIA EM UM ACIDENTE DE CARRO, na Califórnia, quando o seu Porsche que tinha o apelido de "Little Bastard" ("Pequeno Bastardo"),  atingiu um Ford Sedan em um cruzamento. O motorista do outro carro, o estudante de 23 anos, Donald Turnupseed, estava atordoado após o acidente, mas, praticamente, sem ferimentos. No trágico dia, o filme VIDAS AMARGAS (1955), estrelado por Dean, era um sucesso nos cinemas. Depois de sua morte, ainda seriam lançando dois filmes póstumos: JUVENTUDE TRANSVIADA (1955) e ASSIM CAMINHA A HUMANIDADE (1956). Apesar de ser jovem e iniciando a carreira, DEAN estava no caminho para o estrelato, e o acidente o transformou em uma lenda. Ele é considerado um ícone cultural, como personificação da rebeldia e angústias da juventude da década de 1950.


Dean viajava para uma corrida de carros em Salinas junto com o seu mecânico, o  alemão Rolf Wütherich, que ficou gravemente ferido e, após se recuperar, jamais falou sobre a tragédia. DUAS HORAS ANTES, O ATOR TINHA SIDO MULTADO POR EXCESSO DE VELOCIDADE. Batizado de "O REBELDE DA AMÉRICA" por Ronald Reagan também ator e mais tarde presidente dos Estados Unidos,  Dean morreu na hora, em decorrência de várias lesões graves, incluindo uma fratura de pescoço. A beleza e a atitude rebelde, desafiadora e ao mesmo tempo vulnerável e angustiada ajudaram a definir a juventude do pós-guerra.


Dean era um apaixonado por velocidade. Porém, testemunhas alegam que DEAN não estava correndo no exato momento do acidente, e que o outro carro poderia estar rápido. Contudo, o brilho do sol ardente pode ter impedido Turnupseed de ver o Porsche chegando... Talvez não haja no mundo alguém tão simbólico quando se fala em “REBELDIA JUVENIL”. Sua imagem e sua aura de garoto revoltado, flertando com o perigoso mundo marginal, com um cigarro aceso entre os dedos, tornou-se um modelo para gerações mundo afora. E até Michael Jackson se inspirou no ator: a jaqueta vermelha do clipe de BEAT IT  é uma referência óbvia ao famoso figurino de DEAN no filme JUVENTUDE TRANSVIADA, seu maior clássico entre os três longas-metragens épicos que estrelou entre 1954 e 1955.




No início dos anos 50, atuou em vários filmes, mas seu estrelato só veio após o estrondoso sucesso alcançado por suas atuações em "Juventude Transviada", de 1955(o título original do filme denomina-se REBEL  WITHOUT  A CAUSE, traduzido para o português,  REBELDE  SEM  CAUSA. Só que no Brasil, ele ficou com a denominação de   JUVENTUDE TRANSVIADA. Logo em seguida vieram  "Vidas Amargas", de 1955, e "Assim Caminha a Humanidade", de 1956, tendo os dois últimos lhe valido indicações ao Oscar de Melhor Ator. Sua morte repentina, aos 24 anos, quando seu carro Porsche se chocou com outro veículo, associada ao prestígio obtido por suas ótimas performances em seus últimos filmes, o transformou num dos maiores mitos de Hollywood.


Por muito pouco JAMES DEAN não atuou em um filme de faroeste que já tinha sido o escolhido pelo escritor e  diretor Gore Vidal para protagonizar o filme de cawboy UM DE NÓS MORRERÁ no papel de Billy the Kid. Conforme nos conta o cinéfilo Darci Fonseca, Vidal sonhava com James Dean como protagonista. Dean, porém, estava preso às filmagens de “ASSIM CAMINHA A HUMANIDADE” que se prolongaram acima do esperado e PAUL NEWMAN foi então convidado para substituir James Dean. O teleteatro “The Death of Billy the Kid”  foi ao ar na noite de 24 de julho de 1955, obtendo êxito de público. Por ser exibida na televisão o ator William Bonney não foi mostrado como homossexual conforme Vidal deixara evidente em seu texto. Em 1957 a Warner Bros adquiriu os direitos de “The Death of Billc the Kid” escalando o roteirista Leslie Stevens para reescrever a peça de Gore Vidal. O WESTERN baseado no teleplay foi intitulado “The Left Handed Gun” (O Pistoleiro Canhoto), recebendo o título brasileiro de “UM DE NÓS MORRERÁ”.



Em janeiro de 1951, Dean tinha decidido abandonar as aulas e entrar totalmente em Hollywood, onde daria seus primeiros passos em representações teatrais exibidas pela televisão, onde dividiu palco com Natalie Wood, sua futura companheira de elenco em "Rebelde sem causa". Muitos se perguntam o que teria sido de Dean se tivesse vivido mais. Há quem acredite que teria tido uma carreira como a de Marlon Brando ou Cary Grant. Ou que talvez teria optado por se envolver profissionalmente no mundo das corridas de carros que tanto amava. Ou que teria aberto o caminho para muitos ao tornar pública sua suposta homossexualidade. Mas James Dean viveu e morreu de acordo com sua própria filosofia, com frases que entraram para o imaginário de Hollywood como "a gratificação vem ao fazer, não com os resultados". Além da célebre "sonhe como se fosse viver para sempre e viva como se fosse morrer hoje". Na época, enquanto o outro rebelde lançou a camiseta também no cinema, quem? MARLON BRANDO!!! Viva os REBELDES!!! Ele,  James Dean , também inventou moda: as pessoas usam Jeans porque ele "EXISTE"!!! Não, ele não inventou o Jeans...  Mas basicamente lançou no cinema...

Aproveitando a deixa, eis um sucesso Inesquecível, uma música belíssima na linda voz do brasileiro LUIZ MELODIA, intitulada JUVENTUDE TRANSVIADA que tem o mesmo nome do filme do norte-americano JAMES DEAN. Curta aqui, este clipe!!!



https://www.youtube.com/watch?v=0Blw9bVFgEA


sábado, 8 de julho de 2017

STEVE MCQUEEN, O HOMEM DA ESCOPETA



Por Altamir Pinheiro
STEVE MCQUEEN protagonizou um papel de um ex-soldado do Exército Confederado, personagem conhecido como JOSH RANDALL que se transformou  em um ser temido, determinado e solitário caçador de recompensas. Esse personagem comum no Velho Oeste não era tolerado em muitas cidades e era visto com antipatia pela Justiça. Randall, ao invés do tradicional Colt 45, usava uma arma bastante estranha que era um rifle Winchester com dois canos, ambos cortados, e que disparavam cartuchos de diferentes calibres (.30 e .40). Medindo aproximadamente 50 cm, esse tipo de ESCOPETA é também chamado de PATADA DE MULA. Uma arma assim especial tinha também uma cartucheira especial que Josh Randall tanto carregava na cintura ou no ombro. E o caçador de recompensas manuseava a arma com incrível habilidade e pontaria certeira.

O cineasta, cinéfilo  e pesquisador Darci Fonseca estudioso da biografia de STEVE MCQUEEN costuma afirmar que ele tinha a indiferença e frieza de Humphrey Bogart somadas porém à rebeldia de James Dean, isto nos conturbados anos 60 em que os jovens procuravam no cinema o que haviam encontrado na música com Bob Dylan e com os Beatles. Steve McQueen parecia ser essa resposta e seu amor pela velocidade completou uma das imagem mais perfeitas de uma época. Milhões de jovens no mundo inteiro tinham na parede o famoso poster de McQueen pilotando uma motocicleta alemã, foto extraída do filme “FUGINDO DO INFERNO”. Mesmo fazendo poucos westerns Steve é também lembrado como um cowboy, ainda que tenha declarado que não gostava muito de cavalos. Porém quando empunhou seu rifle(escopeta),    colocou o surrado chapéu e saiu à caça dos bandidos Steve McQueen deixou uma marca muito forte e pode-se afirmar sem medo de errar que nunca houve um cowboy tão anti-herói como Steve McQueen.

Mais lembrado por seu papel em "PAPILLON" (1973), e uma série de
outros filmes de ação. É considerado um dos maiores atores de todos os tempos. Em 1974, Steve McQueen se tornou o astro de cinema mais bem pago do mundo. Ele foi também um piloto ávido de motocicletas e carros de corridas. Passava os finais de semana competindo em corridas de moto. Steve também é lembrado por dispensar o uso de "dublês" em seus filmes, pois ele mesmo realizava as cenas de ação. McQueen continuou a se equilibrar entre o cinema e a TV até que tirou a sorte grande ao conseguir um dos principais papéis de SETE HOMENS E UM DESTINO(1960), faroeste clássico de John Sturges, com Yul Brynner comandando um elenco repleto de outros jovens candidatos a astros, como Robert Vaughn, James Coburn e Charles Bronson.

Durante quatro anos, de 1958 a 1961, Steve McQueen estrelou a série “PROCURADO VIVO OU MORTO” que era transmitido pela CBS sempre com ótima audiência. Esse programa transformou Steve McQueen numa celebridade interpretando o caçador de recompensas Josh Randall, sempre armado com sua famosa escopeta. Sucesso na televisão é quase uma garantia de melhores filmes em Hollywood e Steve McQueen atuou em “Quando Explodem as Paixões” com Frank Sinatra e fez o papel principal numa produção mediana intitulada “O Grande Roubo de St. Louis”. Em 1960 John Sturges estava compondo o cast para a versão norte-americana de “Os Sete Samurais” e chamou Steve McQueen para ser um dos sete homens desse western intitulado “Sete Homens e Um Destino”. Esse filme  fez bastante sucesso nos Estados Unidos, e ainda bateu recordes de público em todos os países em que foi exibido, inclusive no Brasil. Depois de “Sete Homens e um Destino” Steve McQueen passou a ser um nome famoso também no cinema mas ainda não era o grande ídolo que estava destinado a ser.

Steve McQueen mesclou papeis de ação, como no filme de corrida de carros “AS 24 HORAS DE LE MANS”, com papeis como no drama "PAPILLON", demonstrando que, além de galã, era também bom ator. Depois de “O Inferno na Torre”, uma das melhores fitas de catástrofe realizada em 1974, onde dividiu a tela com ator do porte de Paul Newman.  McQueen foi um grande aficionado da adrenalina, especialmente em automobilismo e motociclismo – no transcurso da carreira chegou a considerar seriamente converter-se em piloto de corrida. Foi amigo pessoal do mestre em artes marciais Bruce Lee, Casou-se com sua terceira e última esposa, Bárbara,   em janeiro de 1980, dez meses antes de falecer.

O sucesso continuou em diversas películas bem acolhidas pelo público, com PAPILLON e logo após veio O INFERNO NA TORRE. No entanto, McQueen era um solitário por natureza e sua insociabilidade atingiu o ápice entre 1974 e 1978, quando preferia ficar trancado em casa, bebendo cerveja e engordando. Chegou a recusar convites milionários, como atuar em "Apocalypse Now", de Francis Ford Coppola ou trabalhar ao lado de SOPHIA LOREN. Seu único interesse eram os carros e chegou ao ponto de pedir a seu mecânico para ler os roteiros que recebia e mostrar a ele apenas os mais interessantes. Finalmente, voltou ao cinema no fracassado "O Inimigo do Povo" (1978). Sua última atuação foi no "Caçador Implacável" (1980), já debilitado pela doença que o levaria à morte.

Steve McQueen morreu em 07/11/1980 COM APENAS 50 ANOS DE IDADE, no "Tucson Medical Center" em Tucson (Arizona - EUA), vítima de uma ataque cardíaco (Infarto), após uma cirurgia para tratamento de "MESOTELIOMA" (câncer na membrana que envolve os pulmões), também chamada de  "DOENÇA DO AMIANTO". Quando Steve faleceu, possuía sua própria empresa cinematográfica, a SOLAR  e era um dos mais populares astros norte-americanos. O Corpo de Steve McQueen foi cremado e suas cinzas foram espalhadas no Oceano Pacífico, conforme sua vontade.

Assista ao trailer de um bom filme de guerra com esta cena histórica de uma das mais belas tomadas do cinema do meio motociclístico: Steve McQueen no filme "FUGINDO DO INFERNO", numa fuga mirabolante dos alemães. Uma grande cena que ficou marcada e reconhecida por grandes astros do cinema como a melhor tomada sobre duas rodas do antigo cinema. McQueen não usava dublês. Lembrando-se de que a cena se passa em 1963.

https://www.youtube.com/watch?v=e3PNcyouDpU











sexta-feira, 7 de julho de 2017

LULA, O SEBOSO DE CAETÉS, É UM FALASTRÃO E ENGANADOR...



A estratégia lulopetista de sobrevivência está focada no quanto pior, melhor, que visa a manter o Brasil paralisado e a crise econômica e social se agravando. É uma lógica irresponsável e socialmente cruel, mas que oferece aos salvadores da Pátria nostálgicos do poder – ou ameaçados pela Justiça – o falacioso argumento de que é necessário lutar para que “os trabalhadores continuem com os seus direitos”, como declarou Lula, na quarta-feira passada, em entrevista a uma rádio da Paraíba. Na entrevista, o ex-presidente até falou em conspiração, mas para levantar a suspeita de que o governo norte-americano esteve por trás do afastamento do PT do governo.

O chefão do PT, que enxerga na sua candidatura à Presidência a melhor maneira de se livrar da cadeia, está como sempre no palanque disposto a fazer pouco da inteligência e do discernimento dos brasileiros. Em franca campanha, sabe que eleições diretas serão realizadas, de acordo com a lei, em outubro do ano que vem. Mas, para manter o discurso populista, continua defendendo “Diretas Já”. Não será de estranhar, portanto, que, quando as urnas se abrirem em outubro de 2018, proclamará tratar-se de conquista sua. E insiste também no “Fora Temer”, para manter coerência com sua própria história: com maior ou menor empenho, esteve por trás do “Fora Sarney”, do “Fora Collor”, do “Fora Itamar” e do “Fora FHC”. Ou seja, mesmo que outros sejam eleitos, só o PT tem legitimidade para governar o País.

A quarta-feira passada foi pródiga em oportunidades para o falastrão, que se proclama “o homem mais honesto do País”, se comportar como se o Brasil não tivesse passado pela experiência de tê-lo, e a sua pupila Dilma Rousseff, na chefia do Executivo. Na entrevista à emissora paraibana, Lula começou atacando o alvo preferencial do revanchismo petista, a quem responsabiliza por todos os males que afligem os brasileiros: “Ninguém quer mais o afastamento do Temer do que nós. Queremos a saída do Temer e eleições diretas porque queremos fazer com que os trabalhadores continuem com seus direitos”. Quer dizer: até a chegada de Lula ao Planalto, os trabalhadores não tinham direitos. A partir de então o Brasil tornou-se um campeão dos direitos civis, um verdadeiro “protagonista internacional”: “Nenhum país conseguiu fazer o que o Brasil fez em 12 anos. Acho que tinha interesse americano que o Brasil não desse certo”. Aí vieram os “golpistas”, derrubaram Dilma e seguiu-se o “governo ilegítimo” de Temer, que conspira contra os direitos dos brasileiros e as eleições diretas.

Embora a estratégia lulopetista de conquista e manutenção do poder tenha sido, desde sempre, a de dividir o País em “nós” contra “eles” – uma reprodução tosca da luta sindical da qual Lula copiou os fundamentos de sua ação política –, o estadista de Garanhuns condenou na entrevista o clima de “ódio e intolerância” que domina a política brasileira, atribuindo a responsabilidade por isso, especialmente, a Michel Temer e Aécio Neves. E acrescentou, em tom irônico, que ambos estão agora experimentando o “próprio veneno”.

Na mesma quarta-feira, ao falar em Brasília na solenidade oficial de posse da senadora Gleisi Hoffmann (PR) na presidência nacional do PT, Lula partiu para cima do presidente da Câmara, Rodrigo Maia, que “deve estar se preparando para ser o próximo presidente da República como seguidor do golpe, e não podemos achar que um golpista é melhor do que outro”. Logo, se for o caso, “Fora Maia”. E emendou, como se as eleições diretas para presidente tivessem sido abolidas: “A mudança que queremos é que o povo brasileiro volte a ter o direito de escolher o seu presidente. Errando ou acertando é o povo que tem o direito de tirar e colocar pessoas”.

É verdade. Errando ou acertando, foi o povo quem elegeu Dilma Rousseff e seu vice, Michel Temer, que agora é presidente porque os senadores e deputados nos quais o povo votou livremente em 2014 cassaram o mandato da titular. - O Estado de S.Paulo                                                                                                                      -

BOLINHA ESTÁ MAIS ENROLADO NA JUSTIÇA DO QUE ‘’PENTEIO DE AFRICANO’’



O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), primeiro na linha sucessória de Michel Temer (PMDB-SP), também é alvo de inquéritos no Supremo Tribunal Federal. Recaem sobre ele citações de delatores da Odebrecht sobre repasses, via caixa dois, nas eleições de 2008, 2010 e 2012. O valor total dado pela empreiteira,  às margens da lei eleitoral, é de R$ 1 milhão, segundo relataram os colaboradores à Procuradoria-Geral da República. Nas planilhas do departamento de propinas da Odebrecht, Maia era identificado por ‘Botafogo’, time pelo qual torce. Somente com base nas delações da empreiteira, dois inquéritos tramitam no Supremo.


Relatório da Polícia Federal também chegou a apontar, supostas propinas de R$ 1 milhão da OAS ao parlamentar, em 2013. Maia pode assumir a Presidência se Temer não resistir à pressão política que sofre desde que a Procuradoria-Geral da República o denunciou pelo crime de corrupção passiva no caso JBS.

Em um inquérito, o presidente da Câmara é citado como integrante de um grupo de deputados que teria ajudado, em troca de doações não contabilizadas, a Braskem com alterações no texto da Medida Provisória 613/2013, que tratava de benefícios fiscais a produtores de etanol por meio da redução de PIS/Pasep e Cofins.

O delator Cláudio Melo filho, que era funcionário do Setor de Operações Estruturadas, o ‘departamento de propinas’ da Odebrecht, relatou que o lobby da empreiteira pela iniciativa envolveu a abertura de um caixa de R$ 7 milhões para os senadores e deputados que se comprometessem a colaborar com os anseios do grupo.

Segundo o inquérito, teriam sido beneficiados os senadores Romero Jucá (PMDB-RR), com quem teria sido feito o primeiro contato da empreiteira sobre o tema no Congresso, Renan Calheiros (PMDB-AL), Eunício Oliveira (PMDB-CE), o então líder do DEM, Rodrigo Maia, e Lúcio Vieira Lima (PMDB-BA), irmão do ex-ministro do governo Temer, Geddel Vieira Lima, preso desde segunda-feira, 3, na Papuda.


Segundo Cláudio Melo Filho, o principal contato na Câmara era com Lúcio, mas, por relações pessoais de amizade, chegou a procurar Maia. “Conhecia o deputado e sabia que se eu pedisse a ele olharia com carinho”, afirmou. Melo Filho, da Odebrecht, afirmou que, apesar de não ter recebido a ajuda esperada do deputado, recebeu uma solicitação. “Ele perguntou: ‘Cláudio, tem como ajudar?’ Ele tinha sido candidato em 2012 e ficou um resto de campanha a pagar”.

A título da possível ajuda com a Medida Provisória que beneficiaria em especial a Braskem (empresa do setor petroquímico pertencente à Odebrecht), Maia teria recebido R$ 100 mil, em 2013, via caixa dois, sob o codinome de seu time do coração, o Botafogo.

Em outro inquérito contra o presidente da Câmara, o mesmo delator relatou ter indicado pagamentos de R$ 350 mil, em 2008, quando Maia se candidatou, sem sucesso, à Prefeitura do Rio de Janeiro, e R$ 600 mil em 2010, em sua campanha a deputado federal.

No âmbito da Operação Lava Jato, a Polícia Federal chegou a identificar mensagens de celular entre Maia e o empreiteiro Léo Pinheiro, ex-presidente da OAS, que apontavam para supostas propinas de R$ 1 milhão ao deputado.

Segundo o inquérito da PF, em troca dos valores, o parlamentar teria defendido interesses da empreiteira no Congresso, entre 2013 e 2014, como na apresentação de emenda a uma Medida Provisória que definia regras para a aviação regional, em benefício da construtora. À época em que as investigações foram reveladas, o presidente da Câmara afirmou que elas eram ‘um absurdo’.(AE).


PSDB ESTÁ BOTANDO NO FOPA DE MICHEL TEMER SEM CUSPE E SEM VASELINA...




Reinaldo Azevedo

Nenhum partido exerce um papel tão pusilânime e asqueroso na crise que aí está como o PSDB. Ignoro que tenha havido algo similar na história. Nem os golpistas silenciosos do antigo PSD se equiparam. Tornou-se mera correia de transmissão das vozes que defendem abertamente um “by pass” no regime democrático e no Poder Judiciário. A propósito: depois de vomitar ontem impropérios totalitários na GloboNews, Rodrigo Janot dava há pouco plantão no QG do Movimento Derruba Temer: a Rede Globo. Na prática, pregava a deposição do presidente no “Jornal Nacional”. O país está indo para o buraco. Será preciso fazer, no tempo certo, as devidas atribuições de responsabilidades.



Volto ao PSDB. de Tasso Jereissati, o presidente interino do partido, que teve participação modestíssima no impeachment de Dilma — ou alguém o viu a incendiar os corações e as mentes por aí, como diria aquele fanático do clichê? —, agora se tornou um agente escancarado da deposição do presidente. E, ora vejam, ele deposita o futuro do Brasil na mão de um outro bandido: Eduardo Cunha! Joesley Batista já não lhe basta!

A coluna de Mônica Bergamo, na Folha, publica que o presidente é um dos alvos da delação de Cunha. Ora, não me digam… Vocês esperavam o quê? Depois de tudo o que há contra o ex-deputado; depois das condenações em curso, o que é que lhe pediria o Ministério Público Federal? Nada menos do que o que foi pedido a Joesley Batista: a cabeça presidencial. Só essa mercadoria seria grande o bastante para o tamanho do gigante criminoso, não é?

Segundo Tasso, se Cunha acusar Temer, aí a coisa está acabada. Entenderam? Aquele monumento moral decide agora ao menos quem não é presidente do Brasil.

A situação é de tal sorte absurda que, saibam, na petição inicial em que pede a Edson Fachin que autorize procedimentos para investigar o presidente, o procurador-geral informa que não há crimes anteriores — do futuro investigado: Temer — e que as diligências e ações solicitadas visam a evitar crimes futuros. Vale dizer: Janot pediu a Fachin um procedimento de exceção para que ele pudesse fabricar, em sentido literal, as provas do mal que ainda seria cometido. E sabemos hoje que um advogado de Joesley teve aula de delação 15 dias antes de esse patriota contumaz gravar a conversa com o presidente. O nome daquilo? PROVA ILÍCITA!

Mas volto. Notem: Joesley confessou 245 crimes. Ainda que verdadeiros fossem, quantos estão relacionados a Temer? Não obstante, o presidente está com a cabeça a prêmio e, a depender do andar da carruagem, ela rolará no patíbulo, E LULA, O CHEFÃO DO PARTIDO QUE COMANDOU O MENSALÃO E O PETROLÃO, PODE VOLTAR À PRESIDÊNCIA. Quanto a Joesley, bem…

Quando afirmei, no fim de janeiro e início de fevereiro, que a tanto nos conduziriam ainda a Lava Jato e a direita xucra, recebi o quê? Xingamentos, demonização, patrulha… Chegaram a me acusar até de… “petralha”, usando contra mim a palavra que criei. E, por óbvio, eu denunciava um caminho estúpido, que acabaria conduzindo, alertava, para a RESSUSCITAÇÃO DA ESQUERDA. E ELA ESTÁ AÍ, RESSUSCITADA. E PELAS MÃOS DO MPF E DA DIREITA XUCRA.

O ódio a mim foi tal que resolveram — não sei se PF, MPF ou ambos —, em meio a mais de duas mil gravações, pinçar uma conversa minha com Andrea Neves, minha fonte. E o que havia lá? Nada! E até os inimigos tiveram de reconhecer. O objetivo era me tirar do debate. O efeito foi contrário. Meu blog continua firme e forte, como se vê. Falava por uma hora do rádio; agora, tenho 20 minutos a mais, na BandNews FM, entre 18h e 19h20. Por enquanto. Não reclamo, é claro! Até porque, objetivamente, trabalho em melhores condições. Mas sei bem o que passei. E irei até o fim para que os responsáveis por aquelas aflições paguem — e caro! — por seus crimes. Também pelos crimes morais e éticos.

Pior: Tasso está usando com Rodrigo Maia (DEM-RJ), presidente da Câmara, o canto da sereia, que ou arrasta para os “pélagos profundos” os que se deixam seduzir ou os sequestra. Diz o tucano que Maia pode ser o presidente da República. É mesmo? E o deputado articularia sua candidatura estando no comando da Câmara, é isso? Presidindo a Casa de um dos Poderes, ele se apresentaria para presidir o outro? Teria de renunciar ao comando da Casa? Afastar-se apenas? Mas quem levaria a sério tal afastamento?.

Mais: como Tasso fará para evitar o movimento em favor da antecipação de eleições? Botará as, digamos, massas tucanas nas ruas?

A denúncia de Janot é o que se viu. É fraca! Achar que, a esta altura, eventuais palavras de Cunha contra o presidente tenham alguma credibilidade corresponde a coonestar esse misto de Estado Policial e pantomima em que o MPF transformou o país. Se não se derruba Temer com uma flecha, tenta-se com outra. E mais uma. E depois mais outra.

Uma pessoa aplaude o espetáculo de pé: LULA!  Sim, seu partido sofreu bastante. Mas passou. Janot não se esqueceu, quero crer, de ser grato. Afinal, como ignorar aquele telefonema do ex-presidente a Sigmaringa Seixas, em que informa que o governo, o seu governo, usou métodos “não-formais” para fazer de Janot o procurador-geral? Ou, notou o petista, o hoje chefe do MPF teria tomado caracu. CUIDADO, “COMPANHEIROS” DA DIREITA! OLHEM QUE, ANTES DE LULA SER PRESO AMANHÃ, HÁ O RISCO DE ELE SER ELEITO AMANHÃ. QUE GRANDE ARTE, NÃO? – a manchete não faz parte do texto original -






quinta-feira, 6 de julho de 2017

LULA TENTA ESCONDER OS RECURSOS DE SUA DEFUNTA...






A DEFESA DO TIRANETE PEDIU SEGREDO PARA QUE SEUS DADOS DA RECEITA FEDERAL E EXTRATOS BANCÁRIOS E DE INVESTIMENTOS SEJAM "DEVASSADOS PELA IMPRENSA". A JUÍZA NEGOU O PEDIDO:





A juíza Fatima Cristina Ruppert Mazzo, responsável pelo inventário de bens da ex-primeira-dama Marisa Letícia na 1.ª Vara de Família e Sucessões de São Bernardo do Campo (SP), negou o pedido do ex-presidente Lula para que o processo corresse em segredo de Justiça. Lula, por meio de seus advogados, havia requisitado o sigilo processual para que evitar que seus dados na Receita Federal e extratos de contas bancárias e de investimentos fossem “devassados pela imprensa”, expondo a intimidade e o patrimônio da família.



A juíza entendeu não haver razão para decretar o segredo de Justiça, argumentando que pessoas públicas estão submetidas ao princípio da transparência de seus atos. Se o segredo de Justiça tivesse sido decretado, apenas pessoas envolvidas no inventário poderiam ter acesso aos dados do processo.



A abertura de um inventário é uma exigência legal para promover a partilha de bens de uma pessoa falecida –Marisa Letícia morreu em 3 de fevereiro. Lula e a ex-primeira-dama foram casados em regime de comunhão de bens; e os quatro filhos do casal têm direito a uma parte da herança da mãe.



SITUAÇÃO EXCEPCIONAL



Inventários de bens costumam correr na Justiça sem sigilo. A defesa de Lula reconhece que essa é a regra geral. Mas requisitou o segredo argumentando que o caso do ex-presidente é “uma situação excepcional”. Segundo a petição, Lula e Marisa “são pessoas que possuem alta evidência no cenário político nacional, sujeitos à constante atenção da imprensa”.



Os advogados afirmaram ainda que o ex-presidente terá de apresentar nos autos “documentação financeira sua e de sua falecida mulher, o que trará uma indesejável exposição sobre informações de sua vida privada e de seu patrimônio”. Segundo a defesa, informações da Receita Federal e extratos de contas e de investimentos (...) “com certeza serão devassados pela imprensa (...) causando exposição incompatível com os princípios constitucionais e legais que asseguram ao cidadão o direito aos sigilos fiscal e bancário”.



Os defensores de Lula destacaram na petição que o artigo 5.º da Constituição determina que a publicidade geral e irrestrita pode ser danosa a outros direitos essenciais, como à intimidade – e que esse seria o caso do ex-presidente. Eles pediram a decretação do sigilo com base no artigo 189 do Código de Processo Civil.



OS ARGUMENTOS DA JUÍZA



A petição de segredo de Justiça feita por Lula – assinado pelos advogados Roberto Teixeira, Cristiano Zanin Martins, Maria de Lourdes Lopes e Maurício Custódio Dourado – foi formulado em 21 de junho. No dia 29, a juíza Fatima Cristina Ruppert Mazzo indeferiu o pedido.



A juíza diz, no despacho, não ver razões para abrir uma exceção à regra geral da publicidade processual nesse caso. Ela cita jurisprudência do Tribunal de Justiça de São Paulo segundo a qual “pessoas públicas têm seus direitos à intimidade”, mas que eles devem ser “reduzidos em relação às pessoas em geral porque suas profissões as deixam mais sujeitas a exposição”.



“Não se vislumbra interesse público na manutenção do sigilo”, conclui então a juíza no despacho. “Ao contrário, considerando-se a notoriedade das pessoas envolvidas, (...) o interesse público justamente recomenda a transparência de seus atos.”



Fatima Mazzo destaca ainda que o acesso aos autos digitais é permitido apenas aos advogados de defesa e pessoas previamente autorizadas e que os dados “não ficam liberados irrestritamente, não havendo que se falar em ofensa ao direito de privacidade”. (Gazeta do Povo, Curitiba).

quarta-feira, 5 de julho de 2017

LULA GARANTE QUE GEDDEL É UM EXEMPLO A SEGUIR

                      

Caso se reencontrem no mesmo pátio de cadeia, o ex-presidente e seu ex-ministro saberão que são ligados por laços indissolúveis


Preso ex-ministro de Temer, noticiaram os grandes jornais nesta terça-feira. A informação é incompleta: Geddel Vieira Lima foi ministro-chefe da Secretaria de Governo do atual presidente, mas também foi ministro da Integração Nacional do governo Lula, entre 2007 e 2010, e vice-presidente da Caixa Econômica Federal de março de 2011 a dezembro de 2013, quando a presidente era Dilma Rousseff. Mais: a transferência para a gaiola ocorreu com o amigo Michel Temer alojado no Planalto. Mas as bandalheiras descobertas pela Polícia Federal foram praticadas no cargo que Geddel ganhou da amiga Dilma por ordem do amigo Lula, um entusiasta dos dotes administrativos do político baiano cuja gula por dinheiro lhe valeu o apelido de Jacaré.

Em 2010, ao saber que Geddel deixaria o primeiro escalão para ser surrado na disputa pelo governo da Bahia, Lula lamentou em vários comícios a perda irreparável. O vídeo abaixo registra um dos momentos da cerimônia do adeus a um servidor da nação. “Você foi um cumpridor de tarefa extraordinário”, derrama-se o orador de olhos postos no ministro que se vai. “E isso eu tenho ouvido não apenas da minha boca, que viajo com você, mas da companheira Dilma, que conviveu contigo”. Enquanto o motivo da choradeira retórica capricha na pose de estadista sertanejo, Lula contempla a plateia amestrada e segue em frente. “Eu disse ao Geddel outro dia: é uma pena que você deixa o governo, você poderia continuar no governo (…) pela grandeza do teu trabalho.”




Não era pouca coisa. Mas não era tudo, informou a continuação do espetáculo da pieguice demagótica. “Eu acho que o Temer deveria pegar os deputados aqui, de todos os partidos, e levar pra ver algumas obras que estão acontecendo no Nordeste brasileiro, pra saber o que que tá acontecendo no Nordeste brasileiro”, viaja na redundância. Todas as obras tinham como parteiros o presidente e o ministro. Por exemplo, a transposição das águas do Rio São Francisco.“O canal da integração é uma obra que vocês vão perceber por que que Dom Pedro II queria fazer essa obra em 1847, e eu espero que até 2012 a gente conclua ela inteira. Então, Geddel, meus agradecimentos por todo o teu trabalho nesses três anos e meio de governo”.

Passados mais de sete anos, a promessa não desceu do palanque, o ministro insubstituível está na cadeia e o falastrão fantasiado de Pedro III tem sucessivos pesadelos que misturam celas, grades, catres e camburões com placas de Curitiba. Separados politicamente pelo impeachment, os dois prontuários ambulantes continuam atados por laços indissolúveis. Lutaram juntos pela institucionalização da corrupção impune, assaltaram juntos milhares de cofres públicos, conviveram fraternalmente na organização criminosa disfarçada de aliança partidária. Caso se reencontrem no mesmo pátio de presídio, Lula e Geddel imediatamente entenderão que nasceram um para o outro. - texto gentilmente roubado lá do blog da besta fubana -