sábado, 24 de março de 2018

NO TEMPO DAS DILIGÊNCIAS



Por Altamir Pinheiro

No ano de 1939, lá se vão 80 anos, o jovem diretor, JOHN FORD, aos 44 anos, mas com uma bagagem de 20 filmes nas costas, foi ousado ao inovar no faroeste que já dava sinais ou começava   a entrar em decadência, pois ele segurou a peteca  ao  arriscar todas as suas fichas em um jovem ator para interpretar o papel de um bandido   procurado pela justiça. Pois bem, o ator chamava-se JOHN WAYNE(32 anos) e a película cinematográfica intitulava-se No Tempo das Diligências... Diga-se de passagem, a primeira obra prima do faroeste na longínqua década dos anos trinta!!!  Começava ali a mais brilhante carreira de um ator no cinema norte-americano, John Wayne,  e para sorte nossa, um ator de faroestes. Obrigado por isso, John Ford!!!

A  sinopse nos conta que, um grupo de estranhos viaja em uma diligência para o Novo México: uma prostituta  e um bêbado, expulsos da cidade por uma "liga da moral"; um banqueiro, um cavaleiro do Sudeste; a esposa grávida de um oficial da cavalaria; o vendedor de uísque; o delegado Curly; e o condutor, Buck. No meio do caminho eles encontram o cowboy Ringo Kid (John Wayne), fugitivo da cadeia. O delegado não tem escolha senão prender Kid e mantê-lo algemado sob custódia. Mais à frente eles encontram um destacamento militar, que lhes avisa que os apaches estão no caminho. A grávida começa a passar mal, mas os passageiros resolvem seguir em frente. Quando os índios surgem, o delegado solta Ringo Kid para ajudar na luta. Haverá mortes entre os passageiros, até se chegar ao desfecho final.

O cinéfilo Darci Fonseca relata muito bem o cenário onde se desenrolou toda a filmagem  de uma fita que se tornou obra prima do faroeste norte-americano que tinha o título de Diligência nos Estados Unidos, A Cavalgada Heroica em Portugal e no Brasil foi gravado com este nome:  No Tempo das Diligências. O que mais marca o espectador em “No Tempo das Diligências” é o esplendoroso cenário no qual aparentemente transcorre a maior parte da história. Este western foi o primeiro filme com sequências filmadas no Monument Valley, para onde John Ford retornaria inúmeras vezes para filmar outros westerns nos próximos 25 anos.

O diretor John Ford era tão caprichoso que não ficou satisfeito com a entrada de Ringo Kid em cena, achando-a fraca. Após o filme concluído, Ford convocou John Wayne para refazer a cena à frente de um cenário em back-projection. Foi quando teve a ideia de Ringo Kid rodar seu rifle criando um impacto visual que nunca mais seria esquecido. Inesquecível também a participação do dublê Yakima Canutt em duas sequências da perseguição à diligência. A primeira quando ele como um apache salta sobre os cavalos e acaba caindo entre as parelhas. A segunda espetacular cena de ação é quando Ringo Kid (John Wayne substituído pelo dublê Yakima) salta da boleia sobre as parelhas para deter a diligência desgarrada. Segundo o cinéfilo paulista,  “No Tempo das Diligências” é um faroeste com brilhantes sequências de ação, mas nunca antes e poucas vezes depois o gênero produziu um filme que expusesse de forma tão admirável e profunda tantos personagens em admiráveis interpretações.

É curioso pensar que este filme, que ressuscitou o filão num momento onde o western era visto como um gênero ultrapassado e pouco comercial, tenha sido o responsável por revelar ao mundo a maior estrela da história dos filmes de faroeste, a encarnação do cinema de bang bang em pessoa: John Wayne que se transformou no Papa dos filmes de faroestes.

Conforme assegura o expert em faroeste Juliano Mion, até então um ator de filmes pouco expressivos, Wayne já havia tido suas incursões no cinema, mas nada o alavancou mais do que esta produção. Aqui se consolidaria de forma definitiva a parceria entre Wayne e o diretor John Ford, que viu naquele rapaz um tanto rude e explosivo a personificação do caubói destemido. Wayne serviu de exemplo, de padrão de herói norte-americano, do homem simples e de personalidade forte, que doma o imaculado território estadunidense como um vaqueiro domestica seu gado.

Para os profundos conhecedores de todo ou o maquinário de filmagem, Em 1939 ainda não havia o formato Cinemascope, que permitia ao cinema a configuração  widescreen, com sua grande amplitude horizontal. Ford compensa isso nos diversos enquadramentos que faz nas pradarias do Monnument Valley, na divisa entre os estados de Arizona e Utah. Para compensar o formato até então quadrado do cinema, preenchia quase todo o quadro com o céu e a paisagem natural, reservando um pequeno espaço na base  para o solo, um recurso que foi utilizado inclusive no final de O Vento Levou, após o discurso inflamado de Scarlett O’Hara.

Com isso Ford conseguiu dar uma noção visual da dimensão e da vastidão e complexidade que é o território norte-americano, com suas disputas entre homens e índios, bandidos e mocinhos. As colinas de arenito do Monnument Valley viraram símbolos do próprio faroeste. Talvez por sua perenidade, por sua capacidade de resistir ao tempo e registrar toda a história de uma nação e de um cinema – algo que No Tempo das Diligências representa. E mais: o plano em que Ford enquadra  o rosto de John Wayne com apenas 32 anos é como quem anuncia o nascimento de um mito. Este filme foi um divisor de águas e o  início de uma longa parceria, a primeira das muitas colaborações entre John Ford e John Wayne.


Talvez a maior contribuição de No Tempo das Diligências para a sétima arte,  seja no que se refere a sua linguagem cinematográfica. Ford era antes de mais nada um preservador da estética, um homem que conseguia fazer cinema de autor dentro de propostas comerciais do sistema de gêneros imposto pelos estúdios. Para se ter ideia, Orson Welles, quando questionado quais seus três diretores favoritos, respondeu categoricamente: John Ford, John Ford e John Ford.

Venha conosco nesta grande aventura através de uma paisagem de enormes formações rochosas, donde,  Cinéfilos de filmes faroestes do mundo inteiro visitam anualmente o MONUMENT VALLEY que fica na divisa ou faz fronteira com os Estados do Arizona-Utah, cenário dos famosos filmes do diretor John Ford e do ator John Wayne. Nessa enorme extensão que é uma das maravilhas da natureza há enormes dunas de areia, trilhas rochosas, vestígios históricos visitado por um grupo de pessoas lideradas por guias turísticos,  montando seus cavalos que é alugado aos turistas que se propõem cruzar o cenário mais conhecido dos filmes de faroestes do velho oeste americano.







TRIBUTO A JOHN WAYNE, O ÚLTIMO PISTOLEIRO QUE SE DESPEDIU DA VIDA COM UMA PISTOLA NA MÃO





















Por Altamir Pinheiro

Costumeiramente,  neste Blog, sempre postamos textos de faroestes relatando a carreira das grandes estrelas de Hollywood. Mais uma vez vamos prestar  um magnífico tributo ao grande cowboy que foi John Wayne, e para atingir tal proeza, através de uma minuciosa pesquisa, entre tantas,  procuramos nos  socorrer do papa dos cinéfilos dos filmes da modalidade bang bang, cowboy ou faroeste. Trata-se do paulista Darci Fonseca que é nota dez sem comentários a respeito do assunto. Em pauta vamos tratar do derradeiro filme protagonizado por John Wayne(morreria 3 anos  após as filmagens). Logo ele, que era símbolo, por excelência. Pois John Wayne foi  melhor que qualquer outro ator que personificou o íntegro, destemido e aparentemente indestrutível homem do Oeste norte-americano. O filme  chama-se O Último Pistoleiro(que eu recomendo assisti-lo) foi quando Wayne se despediu da vida com uma pistola na mão.


Para dirigir o  derradeiro, real e doloroso embate cinematográfico de John Wayne a Paramount contratou Don Siegel(faleceu em 1991, aos 88 anos), cujo nome foi aprovado por Wayne, principalmente pela bem sucedida ligação de Siegel com Clint Eastwood(está com 88 anos de idade). Wayne e Eastwood se admiravam mutuamente. A bem da verdade, talvez houvesse  dezenas, talvez centenas, de atores melhores e com mais talento dramático que o cidadão Marion Robert Morrison, conhecido por John Wayne(morreu em 1979 aos 72 anos). Não é difícil fazer uma lista. Mas por tudo que ele significou para a indústria, para a bilheteria, para o cinema, para a imagem americana, para o western e para os fãs ele foi, e é, o MAIOR de todos eles.

O filme foi rodado no ano de 1976, porém, havia dois problemas com John Wayne: em 1975 ele já deixara de frequentar a lista dos TOP-TEN MONEY MAKING STARS, pois já não era mais uma grande atração de bilheteria; o segundo problema era a saúde dele que não ia nada bem e era impossível esconder dos jornalistas que em seus últimos filmes Wayne atuava com a desagradável companhia de um cilindro de oxigênio para compensar sua dificuldade respiratória. Hollywood sempre pensou em primeiro lugar em dinheiro e John Wayne, aos 69 anos de idade, significava altíssimo risco para investimentos em produções por ele estreladas.  Tendo sido dada a palavra final  pelo produtor Dino De Laurentiis que foi taxativo: “Ninguém melhor para um western que John Wayne”.

A atriz escolhida para fazer pareia com o conservador republicado John Wayne foi  Lauren Bacall, esposa do liberal Humphrey Bogart, que repudiava as posições políticas reacionárias de Wayne. Já haviam trabalhado juntos,  mas o  reencontro de Wayne com Bacall  foi frio e em poucos dias os dois mal se falavam. Além das posições políticas antagônicas que faziam com que Wayne permanecesse sempre irritado e de mau humor com seus colegas, O ator ficou internado por duas semanas, o que o levou quase ao desespero, ele que sempre foi inimigo maior daqueles que, geralmente por ataque de estrelismo, atrasavam as produções. Durante a ausência de Wayne, Don Siegel fez o que pode para não atrasar as filmagens, filmando todas sequências possíveis sem a presença do ator ou utilizando um dublê para ele. 

Em plena filmagem, certa manhã Wayne não apareceu para trabalhar pois teve que ser levado às pressas para o hospital.  Quase sempre, Wayne era acometido de crises violentas de tosse, tendo chegado a se agachar e sentar no chão desesperado com os acessos. Muitas sequências tiveram que ser interrompidas devido a essas crises nas quais Wayne muitas vezes expelia sangue misturado ao catarro. Temia-se que  não pudesse terminar as filmagens. Pensando assim, a equipe rumou para os  estúdios da Warner Bros. Situada a 185 metros de altitude, acreditava-se que John Wayne reagiria melhor quanto ao problema respiratório, mas isso não aconteceu. Uma das causas óbvias era o cigarro que ele não conseguia abandonar, ainda que o vício tenha sido reduzido para dois ou três maços por dia, a metade do que Wayne fumava em seus tempos saudáveis.


O organismo do gigante e aparentemente indestrutível John Wayne cobrava os excessos do tabagismo e das incontáveis garrafas de tequila e uísque consumidos ao longo da vida. O ator Richard Boone seu grande amigo que trabalha no filme e os dois travam   um bom  duelo   conta que encontrou um Duke diferente durante as filmagens. Mais reservado, falando quase nada, diferente do John Wayne entusiasmado e sempre cheio de projetos de outros tempos. Pareceu a Richard Boone que o amigo sabia que aquele seria seu último trabalho como ator. E não podia ser de outra forma pois ninguém melhor que John Wayne conhecia os inúmeros outros problemas de saúde que tinha, além da inseparável companheira que era a tosse.

O excelente faroeste O Último Pistoleiro(no Brasil) e O Atirador(nos Estados Unidos), se passa no ano de 1901, na cidade de Carson City em Nevada. De um certo modo é um filme que podemos chamá-lo de moderno. É uma película  toda outonal, sobre uma época que está acabando, que a rigor, a rigor, já acabou – a época da colonização do far West, do distante Oeste, a época sem lei e sem alma, a época dos pistoleiros, dos atiradores. Já há luz elétrica, água encanada, telefone e bondes – ainda puxados por cavalos, mas às vésperas da eletrificação.  A projeção começa JB Books – interpretado, é claro, pelo velho Duke(apelido de John Wayne na infância), entrando em Carsom City em pleno começo do Século XX(1901). Cabelos grisalhos, uma barbicha grisalha, rugas no rosto tão conhecido de todos nós, aos 69 anos de idade.

As pessoas na rua olham para aquele senhor e o chamam de velho cansado. Um garoto que o vê logo que ele chega usa essa expressão: velho cansado. Logo depois, JB Books, o garoto e o espectador ficarão sabendo que se trata de Gillom Rogers, o filho da própria senhora Rogers, que aluga quartos em sua ampla casa (e é interpretada por Lauren Bacall). O garoto  é interpretado por Ron Howard,   um ator com uma cara assim meio de bobo, mas que de bobo não tem nada, e nos anos seguintes se imporia como um dos grandes diretores de Hollywood. O personagem JB Books(John Wayne) vai pegar o bonde várias vezes – inclusive quando nos aproximamos da última sequência do filme, em que ele sai da casa da senhora Rogers com sua melhor roupa, recém lavada a seco, cabelo cortado, barba feita, para enfrentar seu destino.

O drama que foi atuar em  O Último Pistoleiro “The Shootist” chegou ao final no dia 5 de abril de 1976, quando as filmagens foram completadas. A saúde de John Wayne deteriorou-se implacavelmente tendo ele sofrido diversas internações até sucumbir em 11 de junho de 1979 com diagnóstico de câncer no pulmão e no estômago. O que se vê na tela ao assistir ao filme(que eu recomendo) é o drama de um pistoleiro que percebe que sua vida chegou ao fim, personagem interpretado por um ator que sabia que seus próximos anos de vida também seriam de dor e de sofrimento. Outros atores passaram por situação parecida, atuando mesmo cientes que tinham seus dias contados, mas nenhum interpretou, como John Wayne, um personagem – John Bernard Books – tão próximo a ele próprio: o último grande pistoleiro.

Quem quiser assistir esta magistral película, na íntegra  e com uma  formidável dublagem, eis aqui o endereço eletrônico:
 https://www.youtube.com/watch?v=Ltribefd0Rc





ELIZABETH TAYLOR POSSUÍA OLHOS DE COR VIOLETA TÃO SEXY QUE EQUIVALIAM A PORNOGRAFIA...


“Que me desculpem as feias, mas beleza é fundamental”...





Por Altamir Pinheiro

O potiguar Antonio Nahud, talvez seja o cinéfilo brasileiro que melhor faz ou escreve  biografias das duplas ou casais  românticas de Hollywood e, dentre elas  consta do seu belíssimo acervo cinematográfico um  casal antológico e um dos mais lendários do Século XX: trata-se de Richard Burton & Elizabeth Taylor.  Pois bem!!! Temperamental, carismática e rebelde, ela casou-se oito vezes, duas delas com o mesmo Burton. Liz não deixava suas paixões passarem em branco, começava tudo de novo como se fosse a primeira vez: com festa, convidados, flores, cerimônia e lua de mel. Suas relações eram apaixonadas, intensas, quase sempre atribuladas. Foi com o ator inglês Richard Burton que protagonizou os maiores altos e baixos de sua vida amorosa.

Eles se casaram em março de 1964. Levaram uma vida de luxúria, regada a álcool e abrilhantada por muitas joias, presentes de Richard para Liz, entre elas o famoso diamante Krupp (anel), de 33 quilates, e o diamante Taylor-Burton (pingente), com 69 quilates. A primeira união durou quase 10 anos, marcada por acontecimentos positivos e negativos de igual intensidade. Do lado bom havia muito amor, paixão e admiração. Do lado mau estavam discussões, ciúmes, tapas, ofensas, descontrole de drogas e excesso de bebida. Mas não há dúvida de que Richard Burton foi o homem da vida de Elizabeth Taylor, e vice-versa.

Liz e Burton, viviam num clima de amor e ódio. Parodiando o grande intérprete Emílio Santiago  (que morreu em 2013 depois de sofrer um AVC, aos 66 anos), o apartamento deles era UM PEDAÇO DE SAIGON... Pois não é à toa que, certo dia, Liz ficou uma arara em razão de,  a famosa  revista Time ter publicado uma foto do Burton dançando com a nossa Florinda Bolkan insinuando que Burton estava traindo Liz com a nova estrela brasileira que fazia ponta num filme do Visconti, "The Damned". Na verdade era golpe de publicidade da Condessa italiana, a sapatão  Marina Cicogna Volpi, produtora do Visconti e amante da cearense Florinda Bolkan que era lésbica assumida.

Liz com aqueles olhos  Inigualáveis e linda da adolescência à velhice, certa vez disse em entrevista à revista “Vanity Fair” que Richard foi magnífico em tudo o que fez. Ele era o pai mais carinhoso, divertido e gentil. Todos meus filhos o adoravam. Richard Burton também declarou seu amor pela atriz inúmeras vezes. Chegou a dizer que seus famosos olhos cor de violeta eram “tão sexy que equivaliam a pornografia”. Isso é o que podemos chamar de Paixão alucinante de dois seres fascinantes. Mas... Porém, contudo, todavia, por incompatibilidade de gênio separaram-se em 1973, depois de muitas reconciliações e brigas, provocadas principalmente pelo alcoolismo dele. O divórcio veio em 1974 e  ocupou as manchetes dos jornais com o título "O DIVÓRCIO DO SÉCULO".

No ano seguinte, casaram-se novamente. A segunda união durou menos de um ano. Liz e Burton continuaram amigos, se falavam longamente pelo telefone, e trocaram cartas de amor até a morte dele, em 1984. Dias antes de morrer na Suíça, vítima de uma hemorragia cerebral, ele escreveu a última carta, que ela recebeu na Califórnia quando voltou para casa, após comparecer ao funeral do ex-marido.  Dizia: “Nós nunca nos separamos realmente, e nunca iremos”.

Juntos, Liz e Richard no cinema, fizeram vários filmes, entre eles: Cleópatra(1963); - Gente Muito Importante(1963); - Adeus às Ilusões(1965); - Quem Tem Medo de Virginia Woolf? - 1966 – (filme que eu recomendo);  - Doutor Faustus(1967), um filme de Franco Zeffirelli; - Os Farsantes(1967); - O Homem que Veio de Longe(1968),  e A Megera Domada. Depois de um Oscar bastante questionado em 1960, por “Disque Butterfield 8”, o segundo, e merecido  Oscar de Elizabeth Taylor veio com “Quem Tem Medo de Virginia Woolf” (1966), seu filme favorito dentre todos os que fez, e em que contracena com Burton. O ator nunca ganhou a estatueta da Academia, embora tenha sete indicações, inclusive no filme que sua esposa ganhou o segundo Oscar.

Sua primeira indicação ao Oscar, por A Árvore da Vida (1957), é também o início de outras três indicações consecutivas, algo que também foi comum apenas para Jennifer Jones (1943-46), Thelma Ritter (1950-53), Marlon Brando (1951-54) e Al Pacino  (1972-75), e a nossa querida  e recordista  MERYL STREEP(68 anos), que já foi indicada 21 vezes para receber o Oscar e 29 para o Globo de Ouro, tendo abocando 3 estatuetas e 9 prêmios Globo de Ouro. Como Mulher, Liz  tinha sido  a primeira atriz a receber US$ 1 milhão por um papel em um filme, no caso o título foi Cleópatra (1963). No ano de 1963, quando um alto executivo americano recebia US$ 650 mil e o presidente Kennedy tinha um salário de US$ 150 mil, ela ganhou  cerca de US$ 2.4 milhões.

Durante toda sua vida passou por várias clínicas de reabilitação, pois era uma viciada em drogas, cigarros e bebidas até receber um diagnóstico errado de câncer; em 1997 foi internada no hospital após uma convulsão cerebral; neste mesmo ano foi submetida a uma cirurgia para retirada de um tumor benigno do cérebro; fez tratamento de radioterapia para cuidar de um tipo de câncer de pele em 2002; Em maio de 2006 foi no programa "Larry King Live" para negar que estava com Mal de Alzheimer e perto da morte. Internada com falência cardíaca e pneumonia em julho de 2008 e chegou a sobreviver com auxílio de máquinas; submetida a uma cirurgia  em outubro de 2009,  veio a falecer  dois anos depois(março de 2011), aos 79 anos, vítima  de insuficiência cardíaca por não resistir a uma outra cirurgia no coração; Famosa por seus inúmeros casamentos, a inglesa Liz Taylor teve três filhos e nove netos. Sua grande Paixão, Richard Burton foi um ator britânico nascido no País de Gales e morreu em 1984 com apenas 59 anos de idade.

Quando o cinema tinha rosto, Liz  apareceu na capa da famosa revista People cerca de 14 vezes, perdendo apenas para a Princesa Diana no ano de 1996. Conhecida mundialmente por ter uma coleção de joias famosas e caríssimas de diamantes e pérolas era  apaixonada por perfumes top de linha  que   ficaram conhecidos como seus: Passion (1987), White Diamonds (1991), Diamonds and Rubies, Diamonds and Emeralds, Diamonds and Sapphires and Black Pearls (1995). Entre as famosas joias de sua coleção, o famoso anel de casamento comprado por Richard Burton foi leiloado para arrecadar fundos para as vítimas da AIDS.

Elizabeth Taylor foi uma mulher marcada pelo seu belo rosto e corpo escultural que  viveu regida por suas paixões e viu a vida em tons de violeta - a cor rara de seus belíssimos olhos. Casamentos, divórcios, amores, filmes, joias, Oscars, calçada da fama,  excessos, assim foi a trajetória de uma atriz que viveu quando o cinema tinha rosto...

Os dois vídeos abaixo são constatações puras e cristalinas da famosa frase:  QUEM TE VIU QUE TE VÊ... No primeiro, Liz aparece em várias vinhetas simplesmente  esplendorosa; no segundo, dois anos antes de morrer, Em 2009, doente e frágil, Elizabeth Taylor fez uma aparição pública surpresa em um evento  para arrecadar fundos na luta contra o HIV/AIDS. Sua atitude representou sua própria beleza por dentro e por fora. Taylor foi relevante, pragmática e cheia de compaixão.  Mesmo assim, há de se perceber que o tempo é implacável, não perdoa!!!  E assim caminha a humanidade, fazer o quê?!?!?! É a vida, assim como ela é...

 https://www.youtube.com/watch?v=flYI5Y80LpA

https://www.youtube.com/watch?v=uAg85v2xNtE

sexta-feira, 23 de março de 2018

A LEI?!?!?! ORA, A LEI!!! – Parte VI

INSTITUTO LULA CRIA  A “PIZZA PROVISÓRIA” PARA MANTER LULA SOLTO ATÉ O DIA 4


Apesar da afirmação da ministra Cármen Lúcia de que o ex-presidente seria tratado como qualquer outro condenado, os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) resolveram proteger Lula, condenado a 12 anos e 1 mês de cadeia por corrupção. Atropelando o Tribunal Regional Federal (TRF-4), a súmula 691 e o entendimento de todas as instâncias que negaram o benefício, o STF criou uma “PIZZA PROVISÓRIA”, proibindo a prisão do corrupto condenado antes do julgamento do habeas corpus, em 4 de abril. A informação é do colunista Cláudio Humberto, do Diário do Poder. Ministros do STF e advogados de Lula não pareciam surpresos com  a “PIZZA PROVISÓRIA” de ontem. Perplexidade só havia mesmo nas ruas. O STF não julgará o habeas corpus na próxima semana, alegando o “ FERIADO DE PÁSCOA". Que cai na sexta, quando raramente há sessões. Com a sessão avançando na madrugada, disse Ricardo Lewandowski, a “matéria ficaria prejudicada”. E a Justiça também, faltou dizer. O movimento “Vem Pra Rua” não parou de reproduzir em Brasília, ontem, o áudio em que Lula chama o STF de “acovardado”.



A LEI?!?!?! ORA, A LEI!!! – Parte V


Percival Puggina

Não, três vezes não! Eles não farão um Brasil à sua hedionda imagem e semelhança.  Na noite de 22 de março, enquanto escrevia, sinto o coração apertado. Sei que, neste momento, os ratos se regozijam nos porões do submundo e os grandes abutres festejam nas iluminadas coberturas do poder. Aos olhos escandalizados da nação, o STF testemunhou contra si mesmo. Falou aos trancos com o “humanitário” Gilmar Mendes. Soprou vaidade e ironia matreira com Marco Aurélio Mello. Tartamudeou e olhou assustado com Rosa Weber. Perdeu resquícios de pudor militante e se fantasiou de amor ao próximo com Ricardo Lewandowski e Dias Toffoli. Deu razão a Saulo Ramos com os floreios monocórdios de Celso de Mello.

Enquanto confessavam suas culpas e exaltavam a impunidade, viralizava o crime, a corrupção e o pandemônio moral. Suas palavras nos aprisionavam ainda mais, corroendo esperanças que juízes de verdade haviam plantado em nossas almas. Acabamos o dia numa cidadania vã, sugados feito bagaço, desprovidos de qualquer poder e capturados pelo mecanismo que nos tomou como servos submissos, pagadores das contas que não cessam de nos impor. Ironicamente, queriam convencer-nos de que era tudo para o nosso bem! Ora, isso é tão ridículo que não prosperará!

Reconheço. Assim como, em Cuba, tive medo do Estado, esta tarde tive medo aqui. Medo de também nos tomarem a esperança. Senti a dormência de sua perda e me lembrei das palavras lidas por Dante no sinistro portal do Inferno: “Por mim se vai a cidade dolente; por mim se vai a eterna dor; por mim se vai a perdida gente…”. E, ao fim do verso, a sentença terrível que, há sete séculos, ecoa com letras escuras nas horas sombrias: “Lasciate ogni speranza voi ch’entrate” (Deixai toda esperança, vós que entrais).

Não exagero, leitor amigo. Ali estava, mesmo, o portal do Averno, do Inframundo. Cinco dos sete pecados capitais eram encenados por uma tribo de togas. Os dardos da ira cruzavam o salão como tiroteio na favela. A soberba se refestelava na própria voz. Ah, o poder sem freios! A inveja se esbaforia entre duas malquerenças: a do brilho e a da altivez. A preguiça, sim ela, fez parar a sessão às 18 horas da tarde; ela mesma admitiu as férias pascais. A avareza fremia de cupidez, olhos postos nos bilhões em honorários que se derramarão para a imediata soltura de milhares de criminosos endinheirados, já cumprindo pena de prisão por condenação em segunda instância. São sentenciados cujas condenações extinguiram completamente a presunção de inocência, mas em relação às quais não se completou – e talvez não se complete jamais – o rito do trânsito em julgado. Ao menos enquanto houver talão de cheques com fundos suficientes para puxar os cordéis da impunidade.


Todavia, não! Este é o país de Bonifácio, de Pedro II, de Nabuco, de Caxias! Esse STF fala por si e haverá de passar! Os corruptos não nos convencem nem nos vencem. Trouxeram-nos às portas do Inferno. Exibiram-nos o portal de Dante. Que entrem sozinhos. Perseveraremos.


A LEI?!?!?! ORA, A LEI!!! – Parte IV




Eliane Catanhêde
O Supremo Tribunal Federal decidiu não decidir e isso joga a principal questão jurídica e política do País num limbo inacreditável, não por algumas horas ou alguns dias, mas ao longo da Semana Santa, até 4 de abril. O EX-PRESIDENTE LULA VAI OU NÃO SER PRESO? SE FOR, QUANDO?

Essa não-decisão é angustiante para os eleitores, os candidatos, os partidos, os investigadores, os advogados. Imagine-se como está sendo para o próprio alvo do habeas corpus que deveria, mas não foi julgado: o próprio Lula.

A questão fica ainda mais dramática por causa do calendário da própria Justiça, já que o TRF-4, em Porto Alegre, vai concluir o julgamento de Lula na próxima segunda-feira. Se os desembargadores votarem os embargos de declaração de forma unânime, como é esperado, Lula já poderá ser preso a qualquer momento após os cumprimentos de formalidades.

Então, Lula já poderá ser preso, sem que ninguém saiba se o Supremo vai, ao final e ao cabo, acatar ou não o habeas corpus que pode suspender e adiar a prisão do ex-presidente mais popular desde a redemocratização. Em resumo: Lula poderá ser preso, mas não poderá ser preso. Estará de malas prontas para uma sala especial na Polícia Federal ou equivalente, MAS SEM SABER SE O AVIÃO VAI DECOLAR _ OU O CAMBURÃO VAI ENGATAR PRIMEIRA.

Sinceramente, a posição do Supremo foi um vexame foi ainda agravada pela história inacreditável da liminar inédita. Agora, é preciso que fiquem claros os motivos do adiamento de hoje. Havia “FORÇA MAIOR”? OU MINISTROS ESTAVAM MORRENDO DE PRESSA PARA CORRER PARA O AEROPORTO DE BRASÍLIA?

Tudo isso ocorre justamente na semana em que o Brasil assistiu ao vivo, e em insistentes repetições pela TV, pelo rádio, pela internet, aquele pugilato verbal entre Suas Excelências Gilmar Mendes e Luis Roberto Barroso, em que as trocas de desaforos saíram perigosamente de limites minimamente razoáveis, com Gilmar falando de “ESPERTEZAS” e ilustrando com votos de Barroso e este acusando o colega de ser “UMA VERGONHA” para o Supremo, “UMA MISTURA DO MAL COM O ATRASO E PITADAS DE PSICOPATIA”.

Talvez os ministros da mais alta corte brasileira não estejam entendendo devidamente o que está acontecendo: um enorme desgaste do tribunal e deles próprios. E num momento de muita irritação com as instituições, seus personagens, decisões e erros.

Aliás, um registro importantíssimo do dia, que estava prometido como um dia histórico: o “povo”, onde estava o “povo”? Quem circulou pela Praça dos Três Poderes se deparou com um forte esquema policial, alguns megafones e um único momento de estresse quando agentes impediram o uso de balões, até do “Pixuleco”, que reproduz a imagem do Lula vestido de presidiário e viaja pelo País.

A militância petista, favorável a Lula e ao habeas corpus, não deu as caras. A militância antipetista, contrária a Lula e ao HC, também não se deu ao trabalho de lotar a praça e manifestar indignação para um lado ou para outro. HAVIA MAIS POLICIAIS DO QUE MILITANTES, O QUE DIZ TUDO.

É assim que o Brasil vai aos trancos e barrancos, com as instituições surpreendendo, apagões prejudicando 70 milhões de pessoas, milícias suspeitas de assassinar uma vereadora defensora dos direitos humanos... Enquanto os brasileiros perdem a energia, o ânimo e talvez a crença de que vale a pena LUTAR, GRITAR, COBRAR, EXIGIR. É mais confortável ficar sentado diante de um celular ou de um computador e jorrar impropérios a torto e a direito. – A manchete e as imagens não fazem parte do texto original -




A LEI?!?!?! ORA, A LEI!!! – Parte III


Celso de Mello votou a favor da liminar que a defesa de Lula pediu. Com isso, o STF decidiu que Lula não será preso enquanto a corte não decidir sobre o mérito de seu pedido de habeas corpus. Como o Supremo só volta em 4 de abril, depois da Semana Santa, o condenado por corrupção e lavagem de dinheiro não será preso na semana que vem.

Encerrem IMEDIATAMENTE a Operação Lava Jato e ACABEM com essa palhaçada de “Força Tarefa” - Já deu: o Brasil JÁ entendeu que vocês NÃO tem Poder para decidir mais NADA – é tudo mentira! O Supremo Tribunal Federal está sob controle da Organização Criminosa que vocês querem "prender" e NÃO existe saída nenhuma dentro da Lei! Parem de mentir para  os brasileiros!!!


A LEI?!?!?! ORA, A LEI!!! – Parte II



Boa parte da população do Brasil teve fortalecidas suas convicções de que o Supremo Tribunal Federal do país é uma VERGONHA e que funciona como refúgio de criminosos poderosos. O povo, mesmo com toda sua ignorância, tem a impressão de que os ministros da Corte desfilam erudição em favor de criminosos e usam dispositivos legais e regras criadas por eles próprios para blindarem bandidos ricos e influentes.

O Brasil não se esqueceu que a Corte Suprema do país compactuou com a mais vergonhosa trama engendrada da Procuradoria-Geral da República, em conluio com os criminosos da JBS, para tentar derrubar um governo. O Brasil não se esqueceu que um de seus ministros, Luiz Fux, adiou a decisão de rever o vergonhoso auxílio-moradia concedido a quase 40 mil juízes e procuradores da República que recebem mais de R$ 4 mil do dinheiro do contribuinte para morarem em suas próprias casas, incluindo ai a filha do próprio Luiz Fux. Apenas este ano, o privilégio vergonhoso vai custar ao contribuinte mais de R$ 1.2 bilhão. Quem paga? Até os catadores de latinhas e os pedintes enfermos que imploram por moedinhas nas esquinas.

Após a vergonhosa manobra para garantir a impunidade do ex-presidente Lula, proibindo que o TRF-4 e o juiz Sérgio Moro decretem a prisão do condenado nos próximos dias, cresceu a convicção na nação de que o STF é a maior vergonha nacional. Lula não é um 'paciente' com direitos especiais sobre os demais, como impuseram os ministros do Supremo na tarde desta trágica quinta-feira, 22. Lula é um criminoso condenado logo de cara no primeiro, se um total de sete ações criminais que investigam centenas de atos de lavagem de dinheiro, organização criminosa, corrupção e tráfico de influência internacional praticados pelo petista.

Apesar de ser este um ano eleitoral, dificilmente algum dos pré-candidatos à Presidência da República terão coragem de apontar o dedo para o STF como alvo da vergonha nacional. Isto por que qualquer um que for eleito, estará sujeito aos "ENTENDIMENTOS", "CONVENIÊNCIAS" e "ERUDIÇÃO" dos já desmoralizados ministros do Supremo. O país vai escolher o próximo presidente, mas os ministros do STF, escolhidos por outras vergonhas nacionais como Lula e Dilma, permanecerão no poder por muitos e muitos anos ainda. - Fonte: Imprensa Viva -