“Que me desculpem as feias, mas beleza é fundamental”...
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Por Altamir Pinheiro
O potiguar Antonio Nahud, talvez seja o cinéfilo brasileiro que
melhor faz ou escreve biografias das
duplas ou casais românticas de Hollywood
e, dentre elas consta do seu belíssimo
acervo cinematográfico um casal
antológico e um dos mais lendários do Século XX: trata-se de Richard Burton
& Elizabeth Taylor. Pois bem!!!
Temperamental, carismática e rebelde, ela casou-se oito vezes, duas delas com o
mesmo Burton. Liz não deixava suas paixões passarem em branco, começava tudo de
novo como se fosse a primeira vez: com festa, convidados, flores, cerimônia e
lua de mel. Suas relações eram apaixonadas, intensas, quase sempre atribuladas.
Foi com o ator inglês Richard Burton que protagonizou os maiores altos e baixos
de sua vida amorosa.
Eles se casaram em março de 1964. Levaram uma vida de luxúria,
regada a álcool e abrilhantada por muitas joias, presentes de Richard para Liz,
entre elas o famoso diamante Krupp (anel), de 33 quilates, e o diamante
Taylor-Burton (pingente), com 69 quilates. A primeira união durou quase 10
anos, marcada por acontecimentos positivos e negativos de igual intensidade. Do
lado bom havia muito amor, paixão e admiração. Do lado mau estavam discussões,
ciúmes, tapas, ofensas, descontrole de drogas e excesso de bebida. Mas não há
dúvida de que Richard Burton foi o homem da vida de Elizabeth Taylor, e
vice-versa.
Liz e Burton, viviam num clima de amor e ódio. Parodiando o
grande intérprete Emílio Santiago (que morreu em 2013 depois de sofrer um AVC,
aos 66 anos), o apartamento deles era UM PEDAÇO DE SAIGON... Pois
não é à toa que, certo dia, Liz ficou uma arara
em razão de, a famosa revista Time ter publicado uma foto do Burton
dançando com a nossa Florinda Bolkan insinuando que Burton estava traindo Liz
com a nova estrela brasileira que fazia ponta num filme do Visconti, "The
Damned". Na verdade era golpe de publicidade da Condessa italiana, a
sapatão Marina Cicogna Volpi, produtora
do Visconti e amante da cearense Florinda Bolkan que era lésbica assumida.
Liz
com aqueles olhos Inigualáveis e linda
da adolescência à velhice, certa vez disse
em entrevista à revista “Vanity Fair” que Richard foi magnífico em tudo o que
fez. Ele era o pai mais carinhoso, divertido e gentil. Todos meus filhos o
adoravam. Richard Burton também declarou seu amor pela atriz inúmeras vezes.
Chegou a dizer que seus famosos olhos cor de violeta eram “tão sexy que
equivaliam a pornografia”. Isso é o que podemos chamar de Paixão alucinante
de dois seres fascinantes. Mas... Porém, contudo, todavia, por
incompatibilidade de gênio separaram-se
em 1973, depois de muitas reconciliações e brigas, provocadas principalmente
pelo alcoolismo dele. O divórcio veio em 1974 e ocupou as manchetes dos jornais com o título
"O DIVÓRCIO DO SÉCULO".
No ano seguinte, casaram-se novamente. A segunda união durou
menos de um ano. Liz e Burton continuaram amigos, se falavam longamente pelo
telefone, e trocaram cartas de amor até a morte dele, em 1984. Dias antes de
morrer na Suíça, vítima de uma hemorragia cerebral, ele escreveu a última
carta, que ela recebeu na Califórnia quando voltou para casa, após comparecer
ao funeral do ex-marido. Dizia: “Nós
nunca nos separamos realmente, e nunca iremos”.
Juntos,
Liz e Richard no cinema, fizeram vários filmes, entre eles: Cleópatra(1963); -
Gente Muito Importante(1963); - Adeus às Ilusões(1965); - Quem Tem Medo de
Virginia Woolf? - 1966 – (filme que eu recomendo); - Doutor Faustus(1967), um filme de Franco
Zeffirelli; - Os Farsantes(1967); - O Homem que Veio de Longe(1968), e A Megera Domada. Depois de um Oscar
bastante questionado em 1960, por “Disque Butterfield 8”, o segundo, e
merecido Oscar de Elizabeth Taylor veio
com “Quem Tem Medo de Virginia Woolf” (1966), seu filme favorito dentre todos
os que fez, e em que contracena com Burton. O ator nunca ganhou a estatueta da
Academia, embora tenha sete indicações, inclusive no filme que sua esposa
ganhou o segundo Oscar.
Sua primeira indicação ao Oscar, por A Árvore da Vida (1957), é também o início de outras três
indicações consecutivas, algo que também foi comum apenas para Jennifer Jones
(1943-46), Thelma Ritter (1950-53), Marlon Brando (1951-54) e Al Pacino (1972-75), e a nossa querida e recordista
MERYL STREEP(68 anos), que já foi indicada 21 vezes para receber o Oscar
e 29 para o Globo de Ouro, tendo abocando 3 estatuetas e 9 prêmios Globo de
Ouro. Como Mulher, Liz tinha sido a primeira atriz a receber US$ 1 milhão por
um papel em um filme, no caso o título foi Cleópatra (1963). No ano de 1963, quando um alto executivo
americano recebia US$ 650 mil e o presidente Kennedy tinha um salário de US$
150 mil, ela ganhou cerca de US$ 2.4
milhões.
Durante toda sua vida passou por várias clínicas de
reabilitação, pois era uma viciada em drogas, cigarros e bebidas até receber um
diagnóstico errado de câncer; em 1997 foi internada no hospital após uma
convulsão cerebral; neste mesmo ano foi submetida a uma cirurgia para retirada
de um tumor benigno do cérebro; fez tratamento de radioterapia para cuidar de
um tipo de câncer de pele em 2002; Em maio de 2006 foi no programa "Larry
King Live" para negar que estava com Mal de Alzheimer e perto da morte.
Internada com falência cardíaca e pneumonia em julho de 2008 e chegou a
sobreviver com auxílio de máquinas; submetida a uma cirurgia em outubro de 2009, veio a falecer dois anos depois(março de 2011), aos 79 anos,
vítima de insuficiência cardíaca por não
resistir a uma outra cirurgia no coração; Famosa por seus inúmeros casamentos,
a inglesa Liz Taylor teve três filhos e nove netos. Sua grande Paixão, Richard
Burton foi um ator britânico nascido no País de Gales
e morreu em 1984 com apenas 59 anos de idade.
Quando
o cinema tinha rosto, Liz apareceu na
capa da famosa revista People cerca de 14 vezes, perdendo apenas para a
Princesa Diana no ano de 1996. Conhecida mundialmente por ter uma coleção de
joias famosas e caríssimas de diamantes e pérolas era apaixonada por perfumes top de linha que
ficaram conhecidos como seus: Passion (1987), White Diamonds (1991),
Diamonds and Rubies, Diamonds and Emeralds, Diamonds and Sapphires and Black
Pearls (1995). Entre as famosas joias de sua coleção, o famoso anel de
casamento comprado por Richard Burton foi leiloado para arrecadar fundos para
as vítimas da AIDS.
Elizabeth Taylor foi uma mulher marcada
pelo seu belo rosto e corpo escultural que
viveu regida por suas paixões e viu a vida em tons de violeta - a cor rara de seus
belíssimos olhos. Casamentos, divórcios, amores, filmes, joias, Oscars, calçada
da fama, excessos, assim foi a
trajetória de uma atriz que viveu quando o cinema tinha rosto...
Os
dois vídeos abaixo são constatações puras e cristalinas da famosa frase: QUEM TE VIU QUE TE VÊ... No primeiro, Liz
aparece em várias vinhetas simplesmente
esplendorosa; no segundo, dois anos antes de morrer, Em 2009, doente e
frágil, Elizabeth Taylor fez uma aparição pública surpresa em um evento para arrecadar fundos na luta contra o
HIV/AIDS. Sua atitude representou sua própria beleza por dentro e por fora.
Taylor foi relevante, pragmática e cheia de compaixão. Mesmo assim, há de se
perceber que o tempo é implacável, não perdoa!!! E assim caminha a humanidade, fazer o
quê?!?!?! É a vida, assim como ela é...
https://www.youtube.com/watch?v=uAg85v2xNtE
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