sexta-feira, 22 de novembro de 2019

A PONTE DO RIO KWAI, DO EXTRAORDINÁRIO DIRETOR DAVID LEAN



Por Altamir Pinheiro


Pessoalmente,  confesso que,  detesto e tenho pavor a filme de guerra, mas A PONTE DO RIO KWAI é um marco do cinema dessa modalidade. Uma obra prima do genial David Lean, onde inclusive lhe rendeu o Oscar de melhor diretor, destaque ainda para o elenco  espetacular, começando pelo ganhador do Oscar de melhor ator Alec Guinness, ainda tendo William Holden e Sessue Hayakawa aqui indicado a coadjuvante. O roteiro é muito bom, com o seu desenvolvimento bem construído com excelentes diálogos. No total foi agraciado com sete estatuetas, incluindo o filme. A Ponte do Rio Kwai é um grande filme na história da cinematografia da luta armada entre nações que é ou são ou foram as famigeradas duas grandes guerras mundiais.

Nessa película cinematográfica do ano de 1957 tem muitas curiosidades e rumores, entre tantos, destaca-se o disse me disse ou boato sobre o elenco do filme, mas a maioria das fontes afirmam que Charles Laughton era a escolha original para o papel do coronel Nicholson em "A Ponte do Rio Kwai". Laughton recusou o papel, pois ele não sabia como interpretá-lo de maneira convincente por não entender as motivações do personagem. Ele disse que só entendeu o personagem depois de ver o filme completo e o desempenho de Alec Guinness como o Coronel Nicholson. Alec Guinness inicialmente recusou o papel do coronel Nicholson, mas logo após foi convencido e resolveu encarar o personagem  que lhe reservava e terminou abocanhando o Oscar de melhor ator.

O filme se compõe de dois trabalhos: um para construir e outro para destruir. Conforme nos contam os escritos, realmente,  a tal da guerra  é como disse o medico Clipton: LOUCURA, LOUCURA!!! Durante a Segunda Guerra Mundial, prisioneiros britânicos recebem o encargo dos japoneses de construir em plena selva uma ponte de transporte ferroviário sobre o rio Kwai, na Tailândia. O coronel Nicholson, que está à frente dos prisioneiros, é o oficial britânico que procura uma forma de elevar o moral de seus homens. Vê a ponte como uma forma de consegui-lo, tendo-os ocupados na construção e fazendo-os sentirem-se orgulhosos da obra. Por sua vez, o major americano Shears, prisioneiro no mesmo campo, só pensa em fugir. Ao final, ele o consegue e, contra a sua vontade, volta algumas semanas depois, guiando um comando inglês, cuja missão é destruir a ponte no instante em que passasse o primeiro trem, para anular a rota de transporte de armas dos japoneses, que pretendiam utilizá-la para invadir a Índia.

A história desse filme nos conta que  é baseado em  pura  ficção, mas a história real de Kanchanaburi (oeste da Tailândia), durante a Segunda Guerra Mundial, começou no início de 1942, após o país ter declarado guerra à Grã Bretanha e aos EUA e permitido que tropas do Japão ocupassem seu território. Os japoneses planejaram construir, em cinco ou seis anos, uma ferrovia para ligar a Tailândia à  Birmânia, incluindo uma ponte sobre o rio Kwai. A obra terminou em menos de três anos e provocou a morte por maus-tratos ou doenças de cerca de 16 mil prisioneiros de guerra, além de 240 mil asiáticos, empregados na construção.

Quem assiste ao filme há de perceber que aconteceu uma verdadeira aula de princípios humanos, da parte do Coronel Nicholson, e uma verdadeira demonstração de tenacidade do soldado Shears.  O modo de pensar do Shears é absolutamente coerente, saindo um pouco do tradicional código de honra dos britânicos. Ele dá valor à vida, enquanto Nicholson dá valor à honra, e no final os dois acabam sofrendo o mesmo fim. Mesmo nas condições de prisioneiros, o Coronel quis demonstrar sua superioridade para os captores, mas um brilho de luz o fez perceber a burrada que fez, e o final era o esperado, finalmente. Obra-prima do cinema, sem dúvidas. E a história por trás das cenas finais é fascinante. Graças ao incrível empenho do diretor David Lean.

Como nas antigas tragédias gregas, todos os principais personagens morrem. No final, quando um grupo de comandos destrói a ponte, um dos sobreviventes murmura: “É Loucura!!! Pura loucura!!!”. Vencedor de 7 Oscars, marcou como a consolidação dos filmes épicos que se estabeleceram em meados dos anos 50 até os anos 60 em Hollywood, com  Alec Guiness em uma  interpretação perfeita. Uma das trilhas sonoras mais marcantes da história do cinema, impossível assistir e não tentar assobiar junto. Além disso, é um grande filme e um dos épicos de guerra mais clássicos. Parodiando o excelente comentarista Andries Voljoen  não se pode terminar esta narração  se não dessa maneira: "Fiu fiu, fiu fiu fiu fiu fiu fiiiiu, fiu fiu, fiu fiu fiu fiu fiu fiiiiiiu ♪"...

Dublagem, atores, trilha sonora, cenário, tudo é encantador nas filmagens de A PONTE DO RIO KWAI, além de excelente áudio e imagem que são de primeira grandeza. Assista a seguir, na íntegra, um filme encantador de quase 3 horas de projeção que chegou às telas dos cinemas no mundo inteiro  há mais de 60 anos. Nele, quase que não existe  efeitos especiais. Uns dos filmes clássicos, de guerra, do embate de ingleses contra japoneses que marcou a minha geração como obra prima de filme de guerra!!!

https://www.youtube.com/watch?v=XCzV9mVOeDE



quinta-feira, 21 de novembro de 2019

AS LOROTAS DO MARGINAL LULA NA CIDADE DO RECIFE

O SEBOSO DE CAETÉS VEM A GARANHUNS APRESENTAR SUA NOIVA "JANJA, QUE TEM APELIDO  DE QUENGA”  AO SEU MUNDIÇAL REMELENTO. OS GARANHUENSES ESTÃO SEDENTOS PARA  RECEPCIONÁ-LO...


Por Tonico Magalhães

O último domingo (17) teve vários eventos para acompanhar no Recife, ao vivo ou pela tv: como o jogo do Sport; a partida que deu o tetra campeonato mundial à seleção brasileira de futebol sub-17; a corrida de Fórmula Um em São Paulo, o palhaço Chocolate no Morro da Conceição; e até o festival Lula Solto no Pátio do Carmo, com música, poesia, protestos e a fala do Lula da Silva aos convertidos do Partido dos Trabalhadores.

Quero aqui falar das lorotas e exageros do ex-presidiário no seu discurso recheado de pós-verdades, fatos que não condizem com a realidade, como costuma dizer a TV Globo para não chamar de mentiras.

Nas primeiras palavras, afirmou, sem cerimônia, que passou 580 dias trancado numa solitária na Polícia Federal em Curitiba e que só conversava com os advogados e carcereiros, o que todos sabem que não aconteceu. Mandava cartinhas para o PT, recebia correligionários e adeptos, dava entrevistas à imprensa e recebia até políticos de outros países, como o então candidato, depois eleito presidente da Argentina Alberto Fernandez.  

Lula da Silva nunca esteve só ao cumprir parcialmente a sua pena por crimes de corrupção e lavagem dinheiro. Ele disse que saiu da cadeia melhor do que entrou. Há controvérsia nessa afirmação. No Pátio do Carmo foi o sindicalista de sempre, exaltando o que não fez e detonando o que os outros vêm tentando consertar.

Para ele, o atual governo federal  vem destruindo o País. Mas a insuspeita para a esquerda, jornalista Míriam Leitão, acha o contrário e publicou neste mesmo dia n’O Globo um balanço da gestão petista à frente da administração federal.

Disse ela que “quando o PT saiu do Planalto a economia estava em ruínas: o PIB encolheu 3,5%, a inflação havia batido  em 10%, os juros estavam em 14% (hoje estão em 5%), o desemprego havia disparado de 6% para 11,4%  em um ano e meio, a dívida pública subia em espiral, o país perdera o grau de investimento, as contas públicas estavam no vermelho. E há uma falta mais grave da perspectiva de um partido de esquerda: ele transferiu renda para cima”.

O discursante também agrediu verbalmente os culpados de sempre para ele, como Sérgio Moro, Dalton Dallagnol e Jair Bolsonaro. Para Lula da Silva, a Lava Jato tirou 580 dias de liberdade de um cidadão de bem. E que não quis passar para o regime semi-aberto porque sua casa não era prisão nem sua canela era de pombo para usar tornozeleira. Na verdade já esperava a controversa decisão do Supremo Tribunal Federal que liberou os condenados em segunda instância de cumprir pena na cadeia.

Comparou-se aos heróis locais do passado, como Frei Caneca e Padre Roma. E destacou a dignidade dos pernambucanos que ele levou com o pai e a mãe quando a família migrou para São Paulo. Uma afronta aos pernambucanos não convertidos ao credo do PT, uma vez que dignidade não é exclusiva de estados ou regiões, mas, sim, de pessoas íntegras que não se corrompem. Enfatizou ainda, repetindo a frase quando foi preso há um ano e sete meses, que “não era mais Lula, mas uma ideia”. Uma péssima ideia, por sinal.

O saldo dessa passagem pelo Recife foi uma torrente de pós-verdades que nunca serão comprovadas. Lula da Silva fala da boca para fora o que não pode resolver. O escritor e professor israelense Yuval Harari, no seu livro Lições para o século 21, registra que “para bem ou para o mal eleições não têm a ver com o que pensamos. Tem a ver com o que sentimos”. É nisso que aposta o ex-presidiário, conclamando os sentimentos da massa para uma utopia que não existe, nem existirá.

Os blogs amigos do PT e alguns veículos de comunicação, com exceção da TV Globo que ele chamou de mentirosa, noticiaram com ênfase a retomada da caravana petista  e promoveram o maior festival de fake news do domingo passado no Recife.

@@@ - A manchete e a imagem não fazem parte do texto original. - 

O ARRUACEIRO LULA INCITA A MILITÂNCIA À BADERNA NAS RUAS DO BRASIL


Em matéria especial desta semana, assinada pelo competente jornalista Sérgio Pardellas, a Revista Crusoé, uma das mais vendidas no atual cenário digital do Brasil, traz revelações de planos já em processo de gestação, como a reunião de empresários ligados à esquerda para bancar campanhas já no próximo ano, quando Lula e o PT tentarão avançar sobre o maior número de cidades possível.

Sérgio Pardellas desvenda que entre os empresários procurados por Lula está José Seripieri Junior, dono da Qualicorp, maior administradora de benefícios na área de saúde. Conta ainda que a empresária Rosane Gutjahr, do ramo da educação, tem contribuído financeiramente nos bastidores ao Partido dos Trabalhadores.

"Em abril deste ano, ela torrou 227 mil reais num leilão de fotografias de Lula autografadas pelo petista. O dinheiro foi revertido para os cofres do Instituto Lula. Mas não parou por aí: defensora do “Lula Livre” desde a sua concepção, Rosane estaria disposta a fazer doações mensais de pelo menos 100 mil reais ao PT".

Nas conversas com aliados, nos últimos dias, o ex-presidente afirmou que vai fazer de tudo para manter o “ambiente inflamado” nas ruas para que o governo Bolsonaro fique “sangrando” até 2022. Para isso, ficará em contato permanente com João Pedro Stédile, do MST, e Guilherme Boulos, do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto.

Outro objetivo do ex-presidente petista é reativar o financiamento da chamada imprensa amiga e da tropa de blogs aliados. Conforme apurou Crusoé, uma das operações envolve diretamente empresários ligados ao presidente da Venezuela, Nicolás Maduro. "O ditador avalizou uma operação, aprovada por Lula, destinada a irrigar as contas de uma publicação semanal brasileira", diz o jornalista.

O fato é que Lula se mantém disposto a colocar em marcha o que explicitou em discurso em São Bernardo, no dia seguinte à sua soltura, quando disse que é preciso seguir o exemplo do “povo do Chile”. “Não é resistir. Na verdade, é lutar, é atacar e não apenas se defender”.

Embora adote a tática do silêncio sobre o tema, a mais de uma pessoa, nos últimos dias, o petista reconheceu que, sim, acalenta o desejo de concorrer a um terceiro mandato presidencial, gesto que será vendido às massas como fruto de um “chamamento nacional”.


OLIVIA DE HAVILLAND: UMA LENDA VIVA DE ...E O VENTO LEVOU COMPLETA 103 ANOS




Por Altamir Pinheiro

Tão longínqua quanto Kirk Douglas(que completará em dezembro de 2019,  103 anos), Olivia de Havilland, uma Lenda Viva da Sétima Arte completou 103 anos de existência. Ela é uma das poucas reminiscências vivas dos anos dourados do cinema, Olivia foi participante ativa de diversos clássicos das telas, celebrados por inúmeros fãs da Sétima Arte. As Aventuras de Robin Hood talvez seja o mais lembrado de todos por uma geração mais jovem, junto à outra obra prima, E O VENTO LEVOU. No primeiro se consagrou como a parceria romântica do galã e aventureiro Errol Flynn (que morreu aos 50 anos de idade), com quem atuou oito vezes, e no segundo, ela é a única atriz viva do elenco principal do que é considerado “O MAIOR FILME DE TODOS OS TEMPOS”, realizado em 1939 e onde viveu a doce e gentil Melanie.

No filme E O Vento Levou não se deve confundir os papéis da protagonista   Vivien Leigh que tinha como  personagem  Scarlett O'Hara com Olivia de Havilland  que representava a personagem  de Melanie Hamilton. O cinéfilo Paulo Telles nos faz uma brilhante observação quando diz que   “Não foi só de canduras que viveu esta grande atriz dentro e fora das telas. Ela se impôs como mulher e artista, desafiando o sistema hollywoodiano de estúdios e com isso, conquistando o respeito de seus amigos e colegas de profissão (entre os quais, se destaca Bette Davis”.  Ela foi premiada pela Academia em duas ocasiões. Dame Olivia Mary de Havilland é uma atriz britânico-américo-francesa NASCIDA NO JAPÃO, hoje, radicada na França e tendo como seu esporte predileto o ciclismo que pratica diariamente no vigor dos seus 103 anos.

Um dos maiores estudiosos do cinema, o brasileiro e natalense Antonio Nahud, é um profundo conhecedor da história pessoal de Olívia de Havilland( nascida no Japão e hoje com 103 anos de idade) & Joan Fontaine(também nascida em Tóquio, Japão, e falecida em 2013 aos 96 anos de idade). O cinéfilo Nahud nos conta que,  AS DUAS ATRIZES IRMÃS ERAM INIMIGAS FIGADAL e jamais se conciliaram em vida mesmo vivendo no estrelato em seus longínquos anos.  Essas duas atrizes como Havilland, em contraste com sua imagem pública comportada e boazinha, sempre teve um temperamento inflexível e brigão. Fontaine, insossa e sofisticada, em cena parece estar repetindo o mesmo personagem de inúmeros outros filmes que fez: a vítima apaixonada, frágil e desorientada, mas sempre foram duas excelentes atrizes.

Raras irmãs alcançaram o estrelato no cinema, como são os casos de Lillian e Dorothy Gish (anos 10 e 20); Norma e Constance Talmadge (anos 20); Constance e Joan Bennett (anos 30 e 40); Eva e Zsa Zsa Gabor (anos 50); Catherine Deneuve e Françoise Dorléac (anos 60); Vanessa e Lynn Redgrave (dos anos 60 em diante). Mais recentemente, Natasha e Joely Richardson; Patricia e Rosana Arquette; Jennifer e Meg Tilly. No entanto, as mais famosas irmãs estrelas de cinema de todos os tempos são OLIVIA DE HAVILLAND  e JOAN FONTAINE Irmãs e inimigas mortais. Para entender essa rivalidade e quem quiser se aprofundar no assunto leia o bem documentado IRMÃS: A HISTÓRIA DE OLIVIA DE HAVILLAND & JOAN FONTAINE publicado no ano de 1984, de Charles Higham.

Através do livro de Charles Higham e os escritos de Antonio Nahud podemos conhecer os “puxavancos” de cabelos que rolavam entre as irmãs inimigas. Elas sempre tiveram uma relação difícil, começando na infância, quando Olivia teria rasgado uma roupa de Joan, forçando-a a costurá-la novamente. A rivalidade e o ressentimento resultam também da percepção de Joan em relação ao fato de Olivia ser a filha favorita da mãe delas, a atriz Lillian Augusta Ruse. JOAN FONTAINE, certa vez, declarou: “Lamento, mas não me lembro de um ato de bondade de minha irmã durante toda a minha infância. Em 1933, quando ela tinha 17 anos, jogou-me na laje da piscina e pulou em cima de mim, fraturando a minha clavícula”. Segundo o biógrafo Higham, OLIVIA DE HAVILLAND nunca conseguiu dividir a atenção maternal com a irmã mais nova, além disso ela se via como “a mais bonita e a mais talentosa”, chegando a fazer um testamento, em uma de suas brincadeiras de criança, deixando toda a sua beleza para a sua irmã, “que nada possui”. Nos estudos, no entanto, era Joan quem se destacava.

Ambas vencedoras do Oscar, com estrelas na Calçada da Fama de Hollywood e aclamadas por seus papéis em filmes maravilhosos dos anos 30, 40 e 50, OLIVIA DE HAVILLAND foi a primeira a se tornar atriz, estreando na comédia “Esfarrapando Desculpas em  1935. Enquanto sua carreira decolava, através de clássicos de aventuras ao lado de Errol Flynn (com quem fez oito filmes), como “Capitão Blood, “A Carga da Brigada Ligeira de  1936 e “As Aventuras de Robin Hood 1938, JOAN FONTAINE  desenvolvia um “complexo de Cinderela” e se via como coitadinha. Para piorar as coisas, sua mãe exigiu que mudasse seu sobrenome para Fontaine, evitando uma possível associação com Olivia, e proibiu-a de aceitar um interessante contrato com a Warner Bros., “porque era o estúdio de sua irmã”.

Em 1942, elas foram nomeadas para o Oscar de Melhor Atriz. Joan indicada pela atuação em “SUSPEITA”, de Alfred Hitchcock, e Olivia por “A Porta de Ouro. Joan acabou levando a estatueta. O biógrafo Charles Higham descreveu os eventos da cerimônia de premiação, afirmando que Joan avançou empolgada para receber seu prêmio, rejeitando as tentativas da irmã cumprimentá-la. Olivia acabou se ofendendo com essa atitude. Depois, Joan declararia: “Quando foi anunciado o meu nome como vitoriosa, percebi que Olivia teve vontade de dar um salto e me agarrar pelos cabelos”. Anos mais tarde, em 1947, seria a vez de Olivia ganhar o Oscar, pela atuação no melodrama “SÓ RESTA UMA LÁGRIMA”.

Nesse episódio, o  prêmio era para ser dado por Joan Crawford, mas a Academia, talvez acreditando que não poderia haver melhor cenário para a reconciliação das irmãs, substituiu-a em cima da hora por Joan. Esta, chamou a irmã para subir ao pódio. Mas quem esperou um sorriso afetuoso ou um abraço fraternal de reconciliação, enganou-se, Olivia se recusou a apertar a mão da irmã, numa comentada saia-justa. Segundo o biógrafo, na ocasião Joan fez um comentário leviano sobre o então marido de Olivia, ofendendo-a. Ela não quis receber os cumprimentos de sua irmã por este motivo.

Elas muitas vezes disputaram os mesmos homens e papéis. JOAN FONTAINE foi a primeira a se casar – com o popular astro do cinema britânico Brian Aherne -, gerando novo atrito entre elas. Na festa de casamento, o namorado de OLIVIA DE HAVILLAND – o bilionário Howard Hughes - dançou com a noiva e tentou seduzi-la, procurando convencê-la a desistir do casamento e se casar com ele. Olivia se chocou, culpando a irmã pela situação humilhante. No caso de “... E o Vento Levou”, Joan foi considerada muito chique para o personagem e Olivia ganhou o papel da doce e simplória Melanie Hamilton, mas na disputa pelo cobiçado papel da versão de Alfred Hitchcock para o romance de Daphne du Maurier, “REBECCA”, Joan se saiu vitoriosa.

A relação entre as irmãs continuou a deteriorar-se após os incidentes na cerimônia do Oscar. Em 1975, aconteceria algo que faria com que elas deixassem de se falar definitivamente: segundo Joan, Olivia não a convidou para um ritual religioso em homenagem a mãe delas recentemente falecida. Mais tarde, Olivia afirmou que tentou comunicar Joan, mas ela se encontrava muito ocupada para atendê-la. Charles Higham também diz que Joan tem uma convivência distante com suas próprias filhas, talvez porque tenha descoberto que elas sempre mantiveram uma amizade secreta com a tia Olivia. Até pouco antes de JOAN morrer  as irmãs se recusavam a falar publicamente sobre sua delicada situação, apesar de JOAN FONTAINE ter comentado em entrevista que muitos boatos a respeito delas surgiram dos “cães de publicidade” do estúdio.

Ocasionalmente, uma rara trégua acontece entre elas. Em 1961, passaram o Natal juntas no apartamento de Joan, em Nova York, mas a noite terminou em briga. Oito anos depois, Joan recebeu um pedido de ajuda de OLIVIA DE HAVILLAND, então adoentada e em dificuldades financeiras. “Deixei um gordo cheque”, lembra Joan. Mas os ressentimentos e a mesquinha antipatia continuaram. Quando a mãe morreu de câncer, deixou sua herança para os filhos de Olivia e nada para as filhas (uma delas, adotiva) de Joan. Vingativa, Joan lançou em 1978 a autobiografia “No Bed of Roses” (Nenhum Mar de Rosas), que segundo um dos seus ex-maridos – William Dozier – não contém nenhuma verdade, fazendo um retrato cruel da irmã, inclusive descrevendo-a como venenosa.


Há nove anos, em 2010, Olivia de Haviland, vencedora de dois Oscars foi homenageada no Palácio de Élysée em Paris, pelo presidente Nicolas Sarkozy, que na ocasião lhe deu uma legião de Honra Haviland, que mora em Paris há 60 anos, estava com sua filha Gisele, entre outros membros de sua família e Jacqueline Bisset. Mas uma pessoa de sua família estava ausente: JOAN FONTAINE, sua única irmã e é igualmente vencedora na sua carreira nas telas. Quando o Presidente colocou a fita vermelho-sangue e a estrela da Legião de Honra em Olivia, Joan estava na Califórnia, ignorando sistematicamente a ocasião, apenas mais uma ao longo de décadas de separação.

quarta-feira, 20 de novembro de 2019

CASO O SEBOSO DE CAETÉS NÃO SEJA LOGO DETIDO PODE CAUSAR UMA GUERRA CIVIL NO BRASIL



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Lula da Silva deu a ordem: nada de “autocrítica” no PT. Ou seja, o partido nem se dará ao trabalho de fingir que tem consciência dos inúmeros desastres – e crimes – que protagonizou nos últimos anos e, desse modo, enganar os incautos a respeito de uma suposta regeneração.

Melhor assim. “Autocrítica”, no léxico da esquerda autoritária, é um processo que em nada se assemelha a um exame de consciência, na busca honesta da identificação de erros e acertos. Trata-se, na verdade, de uma farsa montada para reafirmar os objetivos centrais do partido e castigar os que se atrevem a contestá-los.

Lula da Silva está tão seguro de sua liderança despótica no PT que dispensou até mesmo a empulhação de uma “autocrítica”. Ele concentra poderes tais que pouca gente hoje no PT é capaz de sugerir qualquer mudança de rota para recuperar um pouco da imagem do partido, destroçada depois de anos de desmandos, corrupção e incompetência administrativa. Isso já era claro antes de Lula da Silva ser preso por corrupção e lavagem de dinheiro, mas a cadeia serviu para levar ao clímax a narrativa martirológica que pretende elevar o chefão petista à categoria de divindade – e palavra de “deus” é mandamento.

Munido de tais poderes, Lula da Silva, falando aos devotos em sua primeira “atividade partidária” depois de ser solto, conforme a descreveram os órgãos do PT, determinou que o partido tem que ser “mais unido” e “mais disposto a brigar”. Dizendo que “tem companheiro do PT que fala que tem que fazer autocrítica”, Lula afirmou: “Será que os petistas que dizem que o PT deve fazer autocrítica têm consciência que nós conseguimos criar o maior partido da América Latina?”. Trata-se de uma clara advertência aos que ousarem criticá-lo.

Lula da Silva não está preocupado nem mesmo em parecer democrático. Sem esperar as resoluções do congresso do partido que se realizará nos próximos dias, o demiurgo de Garanhuns já determinou que o PT lance candidaturas “em todas as cidades que for possível” nas eleições para prefeito no ano que vem, pois “o PT não nasceu para ser partido de apoio”. Nisso também não há nenhuma novidade, pois o PT nunca admitiu abrir mão do protagonismo nas alianças eleitorais que montou ao longo de sua história. De tempos em tempos, os petistas até discutem a possibilidade de serem coadjuvantes em alguns palanques, dando espaço para partidos aliados e para o surgimento de novas lideranças no “campo progressista”, mas no fundo todos sabem que se trata de fingimento: no frigir dos ovos, a decisão sobre a formação de chapas cabe exclusivamente ao dono do partido, Lula da Silva.

Assim, o líder petista interditou qualquer possibilidade de transformar o PT num partido genuinamente interessado em fazer oposição democrática ao atual governo, nem tampouco, caso volte à Presidência da República, em governar disposto a dividir o poder e a respeitar a oposição. “O PT polarizou em todas as eleições e vai continuar polarizando”, anunciou Lula da Silva, relembrando, a quem interessar possa, que essa é a natureza petista.

É lamentável que o maior partido da oposição seja movido por esse discurso raivoso, que ajuda a manter o País prisioneiro de um insuperável antagonismo, que em nada colabora para a resolução dos graves problemas nacionais. Ao contrário, drena as energias políticas necessárias para articular saídas duradouras para a crise – cuja gênese, sempre é bom lembrar, está na desastrosa passagem do PT pelo Palácio do Planalto.

Quem pagou e continua a pagar a parte mais salgada da conta por essa situação são os mais pobres, justamente aqueles que o PT diz proteger. Se estivesse honestamente interessado em ajudar essa população vulnerável, o PT reconheceria que não é possível fazer justiça social dilapidando os cofres públicos, que governantes petistas erraram ao transformar a irresponsabilidade fiscal em política de Estado e, finalmente, que o partido institucionalizou a corrupção como ferramenta para se manter no poder. Ao fazer isso, o PT se apresentaria como partido democrático de fato, disposto a aceitar como legítimos outros projetos para o País. Mas aí então esse não seria o PT de Lula da Silva, um partido que só existe para sustentar o ego de um político que se julga acima da lei - Finte: O Estadão. -

LULA LIVRE É GOLPE: DERAM UM CAVALO DE PAU NA LEI


Guilherme Fiuza

O Supremo Tribunal Federal se reuniu para rasgar sua própria decisão de apenas três anos antes sobre prisão após condenação em segunda instância por quê? De onde veio a motivação? Qual foi a divindade que instou os companheiros togados a dar esse cavalo de pau na aplicação da lei?

Como no período não houve qualquer mudança de conjuntura em termos de jurisprudência, leis ou Constituição, não é difícil identificar que divindade foi essa: Luiz Inácio Lula da Silva, O BOM LADRÃO – que, por uma coincidência divina, é o padrinho dessa vergonhosa corte, montada à imagem e semelhança do seu amo e senhor.

Exatamente isso: a única coisa que mudou no cenário judicial brasileiro entre 2016 e 2019 foi a prisão de Lula – e de vários de seus comparsas. Foi por isso que o STF foi desenterrar uma matéria sobre a qual já decidira em plenário – e não cabe a uma corte suprema ficar mudando suas decisões ao sabor do vento, como quem muda de toga. O Supremo se desdisse para soltar Lula.

E veja que detalhe eloquente no julgamento que ficará na história da Justiça (sic) como o casuísmo mais escancarado em favor de uma quadrilha: o ministro Gilmar Mendes, que em 2016 tinha votado com grande convicção a favor da prisão em segunda instância – lembrando inclusive que esta era a regra vigente nos países mais civilizados do mundo – deu uma PIRUETA e não apenas votou contra si mesmo, como fez questão de atacar ostensivamente, no seu voto, o juiz responsável pela prisão de Lula, Sergio Moro.

E o eminente Gilmar fez isso da forma mais subterrânea possível: citando as mensagens roubadas por hackers de procuradores da Lava Jato em conversas com Moro – muamba esta que rendeu um novelão na imprensa marrom, tentando incriminar Moro com interpretações fantasiosas a partir de um conteúdo que não comprometia absolutamente nenhum processo da força-tarefa. Pois veja que atestado inegável de boa fé: o ministro muda o seu voto ornando-o com alegorias do submundo da arapongagem petista, jogando esse balde de leviandade sobre o juiz que prendeu aquele que a imaculada corte estava reunida para soltar. Contando ninguém acredita.

Estão dizendo por aí que foi mais uma vergonha protagonizada pelo STF. Não, essa descrição está imprecisa. Tamanho e manifesto abuso de poder com a consequência única de beneficiar criminosos ligados inegavelmente a membros desse tribunal não é só uma vergonha – é um ataque à democracia. Onde está aquela estridente resistência contra o autoritarismo? Enjoou do teatro democrático?

Parece que sim. Sobre essa gente esclarecida que está celebrando uma manobra imunda para soltar o homem que vendeu o Brasil a um cartel de empreiteiras – um presidente que virouadespachante da Odebrecht para ficar milionário chupando o sangue do povo – o que se pode dizer é que, no eterno dilema entre ignorância e canalhice, são pessoas condenadas ao drama perpétuo de não pode alegar que não sabem ler.

Então é melhor mesmo se jogar com tudo no autoengano e beber até se esquecer de si na rave Lula Livre. Aliás, onde é a festa? No PT, na OAB, no PCC ou na P...?

Diante desse escândalo com um baralho inteiro de cartas marcadas – guerra declarada ao Direito – a força-tarefa pode e deve continuar o cerco a essa gangue, visando sua recaptura por flagrante tráfico de influência. Lava Jato, peça a prisão preventiva de Lula. Demonstre que ele permanece à frente da quadrilha que tenta obstruir a Justiça –  nas investigações decorrentes das delações de Antonio Palocci e Léo Pinheiro. O modus operandi é conhecido – e já foi flagrado diversas vezes, como nos conluios e coações que resultaram no sepultamento da operação Castelo de Areia.  A liberdade de Lula ameaça o combate à corrupção no Brasil."

SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL: A BANDA PODRE TRIUNFOU



Josias de Souza

O Supremo Tribunal Federal atravessa uma fase de inédito desprestígio. Encontra-se sob ataque implacável. Mas, ironicamente, o desgaste da Corte não decorre das críticas vindas do Congresso, do noticiário, das ruas ou das mesas de bar. O Supremo é o único responsável pela desconstrução da reputação do Supremo.

Graças a uma liminar subscrita por Dias Toffoli há quatro meses, a tese segundo a qual movimentações financeiras suspeitas só podem ser compartilhadas após decisão judicial transformou o velho Coaf num arquivo morto. Se for avalizado pelo plenário no julgamento que começa nesta quarta-feira (20), esse entendimento aprofundará o processo de autodestruição do Supremo.

Criado em 1998, o Coaf tornou-se peça central da engrenagem anticrime. Casos de corrupção são intoleráveis. Ninguém gosta de dar de cara com a podridão. Mas os escândalos, quando desvendados, são bons. Oferecem a sensação de que criminosos foram desmascarados. Quando resultam em punição, são muito bons. Quando delinquentes poderosos tornam-se presidiários impotentes, os escândalos são ótimos. O Coaf ajudou a transformar a punição de larápios em algo corriqueiro.

Não há na legislação exigência de autorização judicial para comunicar ao Ministério Público transações com cheiro de crime. Mudar regras no meio de um jogo que corre há duas décadas é ruim. Alterar as normas num instante em que a corrupção perdia de goleada é muito ruim. Fazer isso a pedido de um filho do presidente da República que foge de uma investigação cabeluda é péssimo.

No processo autodestrutivo a que se dedica o Supremo, a investida contra o Coaf é apenas mais um golpe da Corte contra sua própria reputação. Chega nas pegadas de uma notável sequência de decisões corrosivas. Por exemplo:

1) O Supremo transferiu a competência para o julgamento dos crimes de corrupção, quando conexos com delitos eleitorais, de uma Justiça Federal crescentemente implacável para uma Justiça Eleitoral cujo desaparelhamento conduz à impunidade.

2) Considerou inconstitucional a condução coercitiva, que vigorava havia quase 80 anos.

3) Transferiu para o Legislativo a palavra final sobre medidas cautelares – afastamento do mandato, por exemplo – impostas a parlamentares pilhados na prática de crimes (pode me chamar de Aécio Neves).

4) Concedeu mais de 50 habeas corpus para abrir as celas de gente graúda. Sobretudo no Rio de Janeiro, um estado devastado pela corrupção.

5) Valeu-se de uma norma não prevista em lei para atrasar o relógio de processos em que réus delatores e delatados juntaram suas alegações finais nos processos simultaneamente. Decidiu-se que os dedurados precisam falar por último.

6) Alterando jurisprudência que havia confirmado em quatro julgamentos, o Supremo revogou a regra que permitia a prisão de larápios condenados na primeira e na segunda instância. Abriu dezenas de celas, entre elas a de Lula. E restabeleceu o cenário em que a concretização da justiça é um momento infinito, que os advogados caros e a prescrição impedem de chegar.

Se houvesse uma unidade entre os 11 ministros que compõem o plenário do Supremo essas decisões seriam ruins. Num colegiado marcado pelas concepções diferentes sobre a aplicação do Direito, as deliberações são muito ruins. Sacramentados em votações nas quais a maioria prevalece por 6 votos a 5, os veredictos proporcionam uma sensação de insegurança jurídica que é péssima.

O problema não é saber se a opinião pública deve pautar ou não o Supremo. A questão é que, com o seu processo decisório confuso e imprevisível, o Supremo premia corruptos e joga no lixo o trabalho de juízes de instâncias inferiores, de procuradores e de policiais federais.

A plateia fica tentada a interrogar os seus botões: Ora, se os temas são controversos a ponto de atear divisão no plenário, por que diabos a maioria não opta pela interpretação desfavorável aos criminosos?

No julgamento do mensalão, o Supremo amealhara um prestígio social jamais visto em sua história centenária. Hoje, o mesmo Supremo leva sua reputação pela trilha que conduziu a vaca para o brejo. As decisões do Supremo geram uma impressão de que não adianta.

A um escândalo sempre se sucederá outro. Políticos condenados reincidirão nos crimes enquanto recorrem em liberdade aos tribunais de Brasília. Empresários corruptores não voltarão a abrir o bico em acordos de delação, pois nenhuma premiação será maior do que a liberdade perpétua.

Num cenário assim, tão desolador, é impossível o Supremo ter de volta a simpatia da sociedade. A sensação é de cansaço. Aquilo que alguns ministros do Supremo chamam de reputação constitui, na verdade, a soma dos palavrões que seus veredictos inspiram nas mesas de bar. Ali, prevalece a impressão de que a banda podre triunfou.

terça-feira, 19 de novembro de 2019

DILMA FAZ OPÇÃO POR NATAL NO "STATES" SABOREANDO CHAMPANHE A NOSSAS CUSTAS


Circulando pelas redes sociais uma foto da ex-presidente Dilma Rousseff viajando pelo mundo em 1ª classe. A foto evidentemente apenas retrata uma situação absurda e incompreensível. Uma ex-presidente envolvida em escabrosos casos de corrupção, defenestrada do cargo por improbidade, que recentemente teve sua prisão requerida pela Polícia Federal, sendo bancada em seu luxo desnecessário pelo povo brasileiro. Em 2018, Dilma apresentou uma fatura de mais de meio milhão de reais ao Palácio do Planalto. O dinheiro pagou viagens de assessores mantidos à sua disposição pelo governo. A petista gastou mais do que a soma de despesas dos ex-presidentes José Sarney, Fernando Collor, Fernando Henrique Cardoso e Luiz Inácio Lula da Silva – que também têm direito ao benefício. Somente com os assessores, Dilma gastou em 2018, a bagatela de R$ 632,2 mil. Isso praticamente só com passagens e diárias, sem contar os salários. A ex-presidente tem a sua disposição 8 assessores e 10 veículos oficiais, a exemplo de todos os demais ex-presidentes, além de outras regalias desnecessárias e afrontosas. Sem dúvida, um incomensurável absurdo. Fonte: Correio Braziliense



NO COMBATE AO CRIME ORGANIZADO, MINISTRO MORO JÁ FEZ MAIS QUE FHC, LULA, DILMA E TEMER

Moro isolou chefes de grandes organizações em presídios federais


Breno Pires

Com dificuldades de fazer o pacote anticrime avançar no Congresso, o ministro da Justiça e da Segurança Pública, Sérgio Moro, tem apostado no combate às facções criminosas para tentar marcar sua atuação no governo e se reposicionar no jogo político.

O ministério comandado pelo ex-juiz da Lava Jato intensificou a política de isolamento dos chefes de grandes organizações em presídios federais e, de janeiro até a semana passada, transferiu 321 líderes e integrantes de facções como PCC, Comando Vermelho e Família do Norte de celas de presídios estaduais para o Sistema Penitenciário Federal.

ESTRATÉGIA – A estratégia fez com que o número de detentos em suas cinco unidades dobrasse. Há ainda 400 vagas disponíveis. Na gestão de Moro na Justiça, a Polícia Federal passou a priorizar o combate ao crime organizado. Em governos passados, o órgão era voltado especialmente ao desmantelamento de esquemas de corrupção.

Além do aumento do número de presos, as cinco penitenciárias federais sofreram mudanças estruturais. Uma delas foi a construção de parlatórios de vidro, que acabaram com os contatos físicos entre presos e visitantes. “Os presídios federais não eram utilizados para isolar os presos”, afirmou o delegado federal Fabiano Bordignon, diretor do Departamento Penitenciário Nacional (Depen), subordinado a Moro.

“É um trabalho que tem sido bem árduo, mas os resultados estão aparecendo. Isso não quer dizer que a gente vai querer recorde de inclusão de presos”, completou ele, ao destacar que o uso do sistema federal “deve ser cada vez mais excepcional”.

FTIP – No esforço para sufocar as facções que comandam presídios estaduais e territórios de vendas de drogas nas cidades, o ministério aposta também no uso da Força-Tarefa de Intervenção Penitenciária (FTIP), vinculada ao Depen e integrada por agentes federais e estaduais.

A atuação da força, no entanto, é criticada pelo Mecanismo Nacional de Prevenção e Combate à Tortura, um órgão do Ministério da Mulher, que aponta violações aos direitos humanos. Em outras frentes contra as organizações criminosas, a equipe de Moro espera a aprovação, pelo Congresso, de uma proposta incluída no pacote anticrime idealizado pelo ministro para impedir a progressão de regime a presos integrantes das facções. Os projetos aguardam votação.

CENTRALIZAÇÃO – O Depen prepara ainda um sistema para centralizar as fichas de toda população carcerária. Pelas estimativas dos setores de inteligência, o número de integrantes de facções criminosas não chega a 10% dos presos no País.

Ao mesmo tempo, o ministério aumentou o número de operações da Polícia Federal e da Polícia Rodoviária Federal nas estradas e fronteiras. Os 82 quilos de cocaína confiscados de janeiro até o dia 4 de novembro representam um recorde anual desde o início da série comparativa, em 1995.

ÍNDICES – A equipe de Moro avalia que o combate às facções ajudou a reduzir os índices de violência neste ano. Os dados de homicídios dolosos e de latrocínios entre janeiro e julho de 2019 caíram, ambos, 22% na comparação com o mesmo período em 2018.

Especialistas afirmam, porém, que não há como comprovar a correlação entre o trabalho atual da pasta e a queda do número de homicídios e roubos. A redução dos crimes faz parte, segundo eles, de tendência iniciada no ano passado.

“MEIAS VERDADES” – “O governo Bolsonaro, na segurança pública, vive de meias verdades. A tendência de redução começou em 2014 em alguns Estados e se tornou ampla em 2018”, disse o presidente do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, Renato Sergio de Lima. Ele elogia, no entanto, a transferência de líderes de facções e o aumento dos esforços da Polícia Federal no combate à lavagem de dinheiro.

Lima afirma, ainda, que o combate à criminalidade sofrerá um abalo, com cortes de recursos, se for aprovada a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) dos fundos, elaborada pela equipe do ministro da Economia, Paulo Guedes.

Ele observa que entre os fundos que o ministro Guedes quer extinguir estão o Fundo Nacional Penitenciário (Funpen) e o Fundo Nacional de Segurança Pública (Funasp).

MAUS TRATOS – Responsável por fiscalizar as condições do sistema prisional, o Mecanismo Nacional de Prevenção e Combate à Tortura identificou maus tratos e tortura praticados pela Força-Tarefa de Intervenção Penitenciária (FTIP) em vistorias no Amazonas, Ceará, Espírito Santo e Pará.

Um relatório publicado pelo órgão no começo deste mês apontou que a Força-Tarefa vinculada ao Departamento Penitenciário Nacional (Depen) atuou de forma ilegal no presídio Centro de Recuperação Regional de Altamira, no Pará, onde 58 presos foram mortos durante rebelião em julho. A visita dos peritos federais ocorreu de 16 a 21 de setembro.

“Em todos os espaços visitados em graus diferenciados, encontramos a prática de tratamentos cruéis, desumanos, degradantes e tortura”, disse José Ribamar Silva, coordenador-geral do mecanismo.

LENIÊNCIA – Ribamar acusa o governo atual de, “no mínimo”, leniência. O problema, segundo ele, é que falta uma regulamentação da ação dessa força tática de intervenção do sistema prisional.

“É necessário ter um protocolo de uso da força, um cronograma de atuação da Força-Tarefa de Intervenção Penitenciária nos Estados. Já solicitamos diversas vezes essas informações ao Ministério da Justiça, que tem o dever de prestar informações ao mecanismo, mas não recebemos”, disse.

“SEM PROVAS” – O diretor do Depen, Fabiano Bordignon, questiona as acusações do mecanismo. Em entrevista ao Estado, ele disse que não há provas das denúncias e que alguns relatos foram desmentidos.

“Não concordamos (com os relatórios), mas mandamos apurar. Alguns relatórios têm fotos de presos que tiveram dedos quebrados, mas não fomos informados quem seriam, para averiguar”, afirmou. “Há laudos do IML apontando autolesão. Se tiver problemas encontrados, serão punidos. Mas não tem nada e, se tem, eles deviam ter nos avisado e não fazer uma discussão midiática.”

RETOMADA DO CONTROLE – O diretor observa que a Força-Tarefa fez cerca de 60 mil assistências de saúde e também possibilitou a retomada do controle dos presídios. Na avaliação de Bordignon, a presença do grupo de intervenção ajuda a diminuir os índices de violência nos Estados. “Ceará, Roraima e Pará foram os que tiveram maior redução de homicídios”, disse.

O subprocurador-geral da República Domingos Sávio Dresch, coordenador da Câmara de Controle Externo da Atividade Policial e Sistema Prisional do Ministério Público Federal (MPF), afirmou que os relatórios do mecanismo não podem ser desconsiderados. “Os relatórios são fidedignos e sérios, são alinhados com as recomendações internacionais, inclusive da ONU.”

GILMAR DESBANCOU LULA: SÍMBOLO NACIONAL DA LADROAGEM



J.R.GUZZO

Quanta gente, afinal, foi às ruas das cidades brasileiras este domingo (17/11/2019) para pedir que Gilmar Mendes seja expulso do STF e renovar o seu apoio à luta contra a corrupção? É mais um mistério da tumba do faraó, desses que jamais serão relevados para os mortais comuns. É assim, no Brasil de hoje.

O número de pessoas presentes à manifestações classificadas como “contrárias às instituições”, ou coisa que o valha, subiram à categoria de “informação sensível” – e não convém, assim, que o público fique sabendo de nada a respeito.

Esse tipo de notícia, como se sabe, é perigoso para “a democracia”, etc. etc. e, portanto, deve ser tratado como segredo de estado pelos comunicadores responsáveis.

Além do mais, manifestações que tenham gente vestida de verde e amarelo, ou mostrem bandeiras do Brasil, não podem ser consideradas “populares”.

É tudo apenas uma bobagem a mais. Havia nos protestos de rua, neste domingo (17/11/2019), exatamente o número de pessoas que foram à rua protestar contra a corrupção. Essa realidade não depende do que se divulgou a seu respeito para existir ou não – mesmo porque há fotos e vídeos suficientes, feitos por gente anônima, para mostrar o que houve.

A verdade é que existe aí um fenômeno possivelmente único no mundo – cidadãos vão às ruas para protestar contra um magistrado que virou o símbolo nacional da ladroagem pública e da proteção ao crime.

Ele, e a mídia aflita com os riscos para a democracia brasileira, acham que não houve nada: foi tudo o trabalho de robôs. Ilusão de ótica, apenas isso. Nossas instituições podem continuar dormindo em paz.

O SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL ESTÁ POLUÍDO DE DELINQUENTES


J.R.GUZZO

Das duas uma: ou o ministro Antônio Dias Toffoli, presidente do STF, tem intenções para lá de ruins, e está cometendo mais um ato de delinquência em série, ou é uma alma extraordinariamente pura, e você pode acreditar em 100% do que ele diz.

Como a segunda hipótese, por força dos atos concretos praticados pelo presidente do Supremo Tribunal Federal, é difícil de ser engolida até por uma criança com 10 anos de idade, não é preciso passar o resto desse artigo explicando qual é a “uma” que sobra das “duas”. Não interessa, aqui, o que o ministro diz que é, nem o que as pessoas acham que ele é. O que interessa é o que ele faz. E o retrospecto do que tem feito é o enredo pronto e acabado de um filme-catástrofe.

Toffoli, em seu último surto conhecido como chefe, ao mesmo tempo, dos poderes Judiciário, Legislativo e Executivo, mandou que as autoridades fiscais lhe enviassem as informações financeiras de 600.000 pessoas e empresas brasileiras. Como assim? Essas informações só podem ser abertas por ordem judicial – e só quando a situação das contas de um indivíduo específico, com nome, endereço e CPF, é relevante para o julgamento de algum processo legal no qual ele é parte.

Nenhum juiz, nem o presidente do Supremo (que, aliás, nunca foi juiz, pois não conseguiu passar nos dois concursos públicos que prestou para o cargo), pode exigir que lhe mandem os extratos bancários de seu vizinho, por exemplo, ou de quem quer que seja. O sujeito, para ter suas contas abertas, precisa estar sendo processado numa vara de Justiça – e é preciso que exista uma razão objetiva para exigirem que mostre seus dados financeiros.

Toffoli não está julgando nenhum processo onde haja, ao mesmo tempo, 600.000 suspeitos, acusados ou réus – nem ele e mais ninguém, no Brasil e no mundo. Não cabe ao ministro, por sinal, julgar coisa nenhuma nesse nível. Cabe menos ainda exigir as informações que exigiu. Porque diabo, então, fez isso – negando, inclusive, as ponderações do procurador-geral da República para que não fizesse?

Sua resposta oficial é um fenômeno do além. Toffoli diz que quer “entender” melhor os sistemas legais que acessam dados financeiros dos cidadãos. Pior: prometeu não ler os dados de nenhum dos 600.000 infelizes escalados para lhe abrirem suas contas. Isso mesmo: exige que lhe entreguem os dados, mas diz que não vai ler nada.

Nada disso tem pé nem cabeça, é claro. Não é da sua conta “entender” coisa nenhuma a respeito do assunto – quem tem de entender, e explicar o que faz com os dados, é o Poder Executivo, através dos Ministérios da Fazenda e da Justiça, basicamente, a PGR e eventualmente alguma CPI do Legislativo. Aos ministros do STF cabe apenas julgar os casos sobre o tema que chegarem à sua apreciação, quando houver dúvidas constitucionais a serem resolvidas.

Quanto à sua promessa de não ler as informações de ninguém – bem, é melhor não dizer nada. Outra alternativa é decidir que tudo isso é história de leigo que não entende de Direito – mais um “Zé da Esquina”, como diz o ministro Gilmar Mendes, que não tem capacidade para entender questões jurídicas de alta complexidade.

O fato é que mais uma vez o STF, pela ação de um dos seus ministros, está assumindo o papel de inimigo número 1 da lei, da ordem e das instituições brasileiras. Estão transformando o Brasil numa republiqueta africana qualquer, dessas onde o mesmo ditador manda há mais de 30 anos – ou em coisa ainda pior. O mundo já começa a perceber essa aberração.

quarta-feira, 13 de novembro de 2019

VEREADORA ANDRÉA NUNES VALORIZA CLASSE ARTÍSTICA DE GARANHUNS NA MAGIA DO NATAL DE 2020




Por Altamir Pinheiro 

Um dos eventos mais esperados do ano, o tradicional MAGIA DO NATAL, a partir de 2020 poderá ter através de anúncio das secretarias municipais competentes a presença  de compositores, cantores e atores selecionados que darão vida ao tão prestigiado  espetáculo.  Nesta quarta-feira(13), a vereadora Andréa Nunes entrou com um tempestivo REQUERIMENTO no sentido de oportunizar a classe artística e em especial aos músicos de Garanhuns  para que sejam comtemplados em apresentar e divulgar seu potencial e talento artísticos. Visando assim, uma melhor distribuição da produção musical que é feita para representar a magnitude do natal. A realização de um projeto desse nível nos seus dois meses de apresentação irá beneficiar e muito os artistas que comporão os elencos que se alternariam no palco da prefeitura.


A bem da verdade ou de um certo modo,   a classe artística da região do agreste pernambucano enfrenta resistências ao promover seu trabalho. Porém, essa moçada  tem aumentado consideravelmente  nos últimos anos em função do ensino de EDUCAÇÃO ARTÍSTICA nas escolas primárias e tem se apresentado como uma opção de desenvolvimento dos municípios cuja atividade industrial seja limitada. Apesar de haver   uma certa recusa  ou indiferença por parte do poder público a esse pessoal, o requerimento da vereadora   que chega numa boa hora é propício e bastante adequado para uma classe que merece toda a nossa reverência e que tem tido papel fundamental na divulgação da consciência, diversidade, diversão e no fomento de valores essenciais de construção da nossa sociedade que são os bons artistas que vivem ao nosso redor.


Na visão da vereadora, o orçamento municipal deveria chegar mais junto ou o   suficiente para as artes local. Há muito que  a classe artística clama pelo chamamento ou uma melhor abertura ou divisão do bolo   na verba da classe artística, pois sabe, como ninguém, que uma cidade que tem uma festa como A MAGIA DO NATAL  não pode viver sem valorizar  a arte e cultura dos artistas da terra. Reconhecer nossa arte se faz ainda mais do que necessário quando se luta contra forças da indústria cultural que seduz milhares de pessoas e investe em apenas alguns segmentos(como é o caso dos artesãos). “Mais do que isso, a valorização da cultura local é essencial para entendermos um pouco mais sobre o nosso território, a nossa gente e a maneira de pensar e produzir de nossa população”. Frisa a parlamentar garanhuense.


A vereadora Andréa Nunes enfatiza muito bem que, culturalmente, existe uma visão impregnada de preconceitos, clichê ou  chavão de comportamento  com os “artistas da terra”.  Nota-se uma dificuldade das empresas ou mesmo do poder público em apoiar projetos culturais com raízes locais. Este tipo de patrocínio é muito recente, e no Brasil, a classe artística representa uma mistura de Deus e o diabo, envolta num manto divino e profano. É uma classe que se distingue, que tem características próprias e que é capaz de alimentar sentimentos como admiração e, ao mesmo tempo, descomprometimento e descrença. Visando tal dicotomia  que é uma oposição entre duas coisas, geralmente entre dois conceitos: o bem e o mal  é que a vereadora Andréa Nunes está pedindo aos poderes constituídos a valorização da classe artística de Garanhuns na Magia do Natal para o ano de 2020. Resta-nos pedir ao poder público o que é de praxe: publique-se, registre-se e cumpra-se!!!