Guilherme Fiuza
O Supremo Tribunal Federal se reuniu para rasgar sua própria decisão de apenas três anos antes sobre prisão após condenação em segunda instância por quê? De onde veio a motivação? Qual foi a divindade que instou os companheiros togados a dar esse cavalo de pau na aplicação da lei?
Como no período não houve qualquer mudança de conjuntura em termos de jurisprudência, leis ou Constituição, não é difícil identificar que divindade foi essa: Luiz Inácio Lula da Silva, O BOM LADRÃO – que, por uma coincidência divina, é o padrinho dessa vergonhosa corte, montada à imagem e semelhança do seu amo e senhor.
Exatamente isso: a única coisa que mudou no cenário judicial brasileiro entre 2016 e 2019 foi a prisão de Lula – e de vários de seus comparsas. Foi por isso que o STF foi desenterrar uma matéria sobre a qual já decidira em plenário – e não cabe a uma corte suprema ficar mudando suas decisões ao sabor do vento, como quem muda de toga. O Supremo se desdisse para soltar Lula.
E veja que detalhe eloquente no julgamento que ficará na história da Justiça (sic) como o casuísmo mais escancarado em favor de uma quadrilha: o ministro Gilmar Mendes, que em 2016 tinha votado com grande convicção a favor da prisão em segunda instância – lembrando inclusive que esta era a regra vigente nos países mais civilizados do mundo – deu uma PIRUETA e não apenas votou contra si mesmo, como fez questão de atacar ostensivamente, no seu voto, o juiz responsável pela prisão de Lula, Sergio Moro.
E o eminente Gilmar fez isso da forma mais subterrânea possível: citando as mensagens roubadas por hackers de procuradores da Lava Jato em conversas com Moro – muamba esta que rendeu um novelão na imprensa marrom, tentando incriminar Moro com interpretações fantasiosas a partir de um conteúdo que não comprometia absolutamente nenhum processo da força-tarefa. Pois veja que atestado inegável de boa fé: o ministro muda o seu voto ornando-o com alegorias do submundo da arapongagem petista, jogando esse balde de leviandade sobre o juiz que prendeu aquele que a imaculada corte estava reunida para soltar. Contando ninguém acredita.
Estão dizendo por aí que foi mais uma vergonha protagonizada pelo STF. Não, essa descrição está imprecisa. Tamanho e manifesto abuso de poder com a consequência única de beneficiar criminosos ligados inegavelmente a membros desse tribunal não é só uma vergonha – é um ataque à democracia. Onde está aquela estridente resistência contra o autoritarismo? Enjoou do teatro democrático?
Parece que sim. Sobre essa gente esclarecida que está celebrando uma manobra imunda para soltar o homem que vendeu o Brasil a um cartel de empreiteiras – um presidente que virouadespachante da Odebrecht para ficar milionário chupando o sangue do povo – o que se pode dizer é que, no eterno dilema entre ignorância e canalhice, são pessoas condenadas ao drama perpétuo de não pode alegar que não sabem ler.
Então é melhor mesmo se jogar com tudo no autoengano e beber até se esquecer de si na rave Lula Livre. Aliás, onde é a festa? No PT, na OAB, no PCC ou na P...?
Diante desse escândalo com um baralho inteiro de cartas marcadas – guerra declarada ao Direito – a força-tarefa pode e deve continuar o cerco a essa gangue, visando sua recaptura por flagrante tráfico de influência. Lava Jato, peça a prisão preventiva de Lula. Demonstre que ele permanece à frente da quadrilha que tenta obstruir a Justiça – nas investigações decorrentes das delações de Antonio Palocci e Léo Pinheiro. O modus operandi é conhecido – e já foi flagrado diversas vezes, como nos conluios e coações que resultaram no sepultamento da operação Castelo de Areia. A liberdade de Lula ameaça o combate à corrupção no Brasil."
2 comentários:
Um cavalo de pau na lei, não, caro Guerrilheiro. Um cavalo de pau na gente, isso sim, na população honesta e trabalhadora.
A justiça brasileira não é cega nem tem o menor decoro, é vesga e biscate, biscatão sifilítica.
http://amarretadoazarao.blogspot.com/2019/11/a-justica-brasileira-e-uma-puta.html
Corrupção da classe dirigente -* 1 Ai de Jerusalém, a rebelde, a contaminada, a cidade opressora! 2 Cidade que não escutou o chamado, que não aprendeu a lição. Ela não confiou em Javé, nem se aproximou do seu Deus. 3 Seus chefes são leões que rugem; seus juízes são lobos à tarde, que não comeram nada desde a manhã; 4 seus profetas são uns fanfarrões, mestres de traição; seus sacerdotes profanam as coisas santas e violentam a lei de Deus. 5 Mas no meio dela está Javé, que é o justo, que não pratica a injustiça. Todo dia ele dá a sua sentença; não há uma só manhã em que ele deixe de comparecer. O criminoso, porém, não reconhece a sua culpa.
Jerusalém não aprendeu a lição -* 6 Eu destruí nações inteiras: suas torres de vigia foram arrasadas, fiz suas ruas ficarem desertas, sem nenhum transeunte. As cidades ficaram devastadas, sem ninguém, sem nenhum habitante. 7 Eu pensava: «Talvez agora ela me tema, aprenda a lição, e sua morada não pereça quando eu lhe pedir contas». Mas eles madrugavam para perverter suas ações. 8 Por isso - oráculo de Javé - esperem pelo dia em que eu me levantarei como testemunha! Pois eu decidi reunir as nações e aliar os reinos para despejar contra vocês o meu furor, todo o ardor da minha ira. A terra inteira será consumida pelo fogo do meu ciúme.
http://www.paulus.com.br/biblia-pastoral/_PUI.HTM
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