terça-feira, 3 de dezembro de 2019

JOHN WAYNE: O HERÓI DAS PLANÍCIES E PENHASCOS DO OESTE AMERICANO

 

Por Altamir Pinheiro

Cavalgando no seu alazão  puro de  origem pelas  vastas  planícies e enormes penhascos, montanhas e desfiladeiros   do Oeste Cinematográfico,  o PAPA do FAROESTE se tornou uma lenda imortal. O curioso na vida pessoal  desse astro é que o seu nome de batismo é MARION (nome afeminado ou feminino)  que na sua meninice  foi motivo de gozação por parte dos garotos do seu tope ou idade. Quem diria que o maior cowboy do cinema mundial, símbolo do machismo e virilidade, tinha em seu nome da eucaristia do sacramento e do registro de nascimento  um nome de mulher?

A Trajetória de Wayne se confunde com a
própria história do cinema americano, já que iniciou sua carreira em 1927. Ganhou um apelido tão logo ingressou na Meca do cinema, Hollywood, a alcunha de “Duke”. O grandalhão Duke em  sua vida pessoal,  também tinha suas preferências. Com acentuada atração por mulheres latinas, John Wayne foi casado com duas mexicanas: JOSEPHINE SAENZ (33/44) de quem teve os filhos Melinda, Michael (que se tornou produtor) e Patrick (ator) e ESPERANZA BAUER (46/53). Em 1954 casou-se com a peruana PILAR PALETTE, que lhe deu os filhos Aissa, Marisa e Ethan (nome de seu personagem em Rastros de ódio), e terminou em divórcio em 1973.


Entre tantos, os dois maiores pesquisadores e estudiosos, aqui no Brasil, da biografia de John Wayne são Paulo Telles e Darci Fonseca – Outro muito bom é o  pernambucano de Caruaru Joaílton -  O carioca Telles, em suas pesquisas e seus escritos nos informa que, “Se medirmos a grandeza dos astros pelo número de pessoas que vai assistir aos seus filmes, Wayne talvez possa ser considerado o maior astro de cinema em todos os tempos. Na verdade, recuando a 1932 e verificando, daí em diante, o produto das bilheterias de todos os filmes produzidos no mundo, vamos perceber logo que ele é a maior atração do Cinema sonoro, tendo alcançado o estrelato e ficado entre os dez maiores sucessos de cada ano, a partir de 1949 até 1974”.

Já o paulista Darci Fonseca nos confirma que, “Em 1958 John Wayne se considerava (e era considerado) um homem rico e tinha muitas razões para isso. A partir de 1949 o Duke(como era apelidado) esteve sempre na lista dos dez atores cujos filmes mais arrecadavam nas bilheterias, tendo encabeçado essa lista nos anos de 1950, 1951 e 1954, sendo o segundo em 1956 e 1957 e terceiro em 1952, 1953 e 1955. WAYNE COBRAVA 500 MIL DÓLARES POR FILME e ainda recebia porcentagem pelo lucro dos mesmos, isto além de produzir muitos filmes com a sua produtora independente”. A partir da década de 1960 John Wayne não era mais uma grande atração de bilheteria, haja vista  que sua saúde  não ia nada bem e era impossível esconder dos jornalistas que em seus últimos filmes ele atuava com a desagradável companhia de um cilindro de oxigênio para compensar sua dificuldade respiratória, além de um batalhão de dublês...

Seu grande bilhete de sorte foi quando conheceu o diretor John Ford que acabou sendo um de seus maiores amigos e exerceria uma grande influência em sua vida artística. Em 1939, acontece a grande chance de sua carreira: NO TEMPO DAS DILIGÊNCIAS “Stagecoach”, considerado um dos maiores clássicos do Western. A princípio, os produtores relutaram em aceitar um principiante saído de faroestinhos baratos e de orçamento duvidoso para o papel célebre de Ringo Kid. Mas John Ford decidiu que já havia dado o papel a Wayne e que jamais voltaria atrás. Já O Homem que Matou o Facínora do ano de 1962 fez com que os dois se separassem. Um dos maiores clássicos do Western que tinha um elenco formado por John Wayne, James Stewart, Lee Marvin e o negão Woody Strode. O Homem que Matou o Facínora registrou o último filme da parceria Wayne/Ford.

Para além da figura do americano duro e vigoroso,  John Wayne é considerado um dos atores mais conservadores e reacionários da história de Hollywood. Ele  protagonizou heróis imbatíveis em dezenas de filmes, pretendendo simbolizar a característica típica de um norte-americano vigoroso, duro e rápido no gatilho. Fora das telas, Wayne se tornou conhecido por suas visões políticas reacionárias, pois era um REPUBLICANO convicto. Produziu, dirigiu e atuou em “O Álamo” (1960) e “Os Boinas Verdes” (1968), com recursos próprios,  ambos refletindo suas inclinações nacionalistas e conservadoras. O roteiro  da Guerra do Vietnã deste último alimentou a fúria dos opositores a essa intervenção militar estadunidense, que realizaram vários protestos contra a exibição do filme.

Há uma grande confusão, por parte de muitos críticos, entre as interpretações de Wayne no Cinema, como um grande individualista, bem como as posições políticas e reacionárias do homem, como republicano de direita, onde realmente ele se opunha a qualquer atitude mais liberal. Por incrível que possa parecer, o maior inimigo que teve em vida não foi no cinema, e sim, na vida real, e começou a caçá-lo em 1964. Era o Câncer.  Em 1964, Wayne foi obrigado a tirar um pulmão. Ele morreu de câncer do pulmão (fumava seis maços de cigarros por dia) em 1979  aos  72 anos de idade. Precisamente  há  40 anos falecia o número um do faroeste mundial.

Em 1976, Wayne daria ao mundo sua maior performance num duelo de vida e morte, onde se despediu das telas e realizou sua derradeira fita, O Último Pistoleiro (The Shootist), dirigido por Don Siegel, com Lauren Bacall e Ron Howard (que se tornaria um grande cineasta como bem o conhecemos), no papel de um velho caubói morrendo de câncer mas ainda lutando para sobreviver. O roteiro, que tinha muito a ver com a própria vida do astro trazia a história de um velho e lendário pistoleiro que sofria de câncer e procurava um local onde pudesse morrer em paz. Mas não conseguia escapar de sua reputação. Este foi o último filme  em  vida  da fascinante carreira de John Wayne.

Independente de gostos partidários ou posições políticas que o Duke defendia,   mesmo nos anos 60/70, onde pareciam querer sepultar o faroeste, lá estava o nosso cowboy, mesmo doente, cansado, despedaçado, ali seguia ele, ereto em sua cela, brigando, disparando e ainda nos enchendo da alegria e prazer de vê-lo em ação. Assim era o velho, enfermo e cansado Wayne, Marion ou  Duke que, através de seu derradeiro filme do ano de 1976, O ÚLTIMO PISTOLEIRO, Wayne se despediu da vida com uma pistola na mão. Lamentavelmente,  o Duke nos abandonou para sempre em 1979. A vida nos privou de novidades do nosso grande herói do faroeste, mas nos legou o trabalho de toda sua vida em prol dessa modalidade de cinema: o filme faroeste de cowboy ou bang, bang!!!

E para encerrar, pode-se dizer que a marca John Wayne é tão espetacular que a espalhafatosa  cantora Lady Gaga estourou nas paradas de sucesso com o clipe de um dos seus  LP’s,  CD’s ou ÁLBUNS intitulado “John Wayne”. Curta as palhaçadas da POP STAR MUNDIAL...








sábado, 30 de novembro de 2019

A REVOLUÇÃO DOS BICHOS DO ESPETACULAR GEORGE ORWELL



Por Altamir Pinheiro 

A Revolução dos Bichos(Animal Farm) que foi baseado no best-seller de mesmo nome do espetacular escritor indiano/inglês George Orwell. O livro  é um romance satírico  publicado na Inglaterra  no ano de  1945 e apontado pela revista americana Time entre os cem melhores da língua inglesa. Já o filme foi lançado no ano de 1999. Em sua sinopse está escrito que  “Os animais moradores da Granja do Solar, cansados dos maus tratos rotineiros, se rebelam contra o dono do local, o beberrão Sr. Jones. Após o expulsarem, os bichos se organizam e instauram novas regras, formando uma comunidade democrática, livre do domínio dos humanos. Os inteligentes porcos, no entanto, logo tratam de impor suas ideias e um novo reinado do terror ganha forma”. É uma película  de aventura,  animação, comédia e drama, como também   uma  semelhança entre os personagens do filme comparados com os homens responsáveis pela Revolução Russa que aconteceu em 1917. Dá uma impressão que seja um simples filme da sessão da tarde ou que vai começar o TELECURSO 2000,  o que não é verdade.


A crítica do livro, A REVOLUÇÃO DOS BICHOS, é ao sistema totalitário da União Soviética que cerceava a liberdade. O livro foi escrito como forma de deixar claro que para ele socialismo era algo oposto ao que estava acontecendo na Rússia, ou seja, o socialismo deveria ser interpretado como liberdade e igualdade, ao contrário do regime totalitário de Stálin e não me digam que é muito difícil para alguém  compreender que o cara tinha posicionamento socialista mas era pró liberdade, consequentemente contrário ao comunismo totalitário. A prova é tanta que, Orwell costumava afirmar que "A liberdade, se é que significa alguma coisa, significa nosso direito de dizer às pessoas o que elas não querem ouvir". Há quem diga que o livro foi escrito com uma dose maciça de críticas duras, propositais e diretas  ao regime de   Stálin.


A Revolução dos Bichos é um dos mais
emblemáticos clássicos da literatura moderna. Na obra dividida em 10 capítulos, Orwell realiza uma sátira contundente sobre a ditadura stalinista. Aborda temas como as fraquezas humanas, o poder, a revolução, o totalitarismo, a manipulação política e outras coisitas bastante sacaninhas.  Além da sátira política, a obra é também considerada uma fábula, em que a moralidade é uma das principais características. Escrita no final de segunda guerra mundial (1945), o romance faz uma releitura sobre as figuras históricas, como podemos perceber nas personagens criadas pelo escritor. Como exemplos, temos Napoleão (que seria Stálin) e o Bola-de-Neve (como Trotsky). A linguagem utilizada é simples e com a presença do discurso direto, que aponta fidelidade na fala das personagens. A ideia de utilizar os bichos como atuantes da cena política, traz à tona a questão de animalização dos homens.



Eis os personagens do livro/filme: • Sr. Jones: fazendeiro do sítio  que explora os animais. - • Major Porco: figura responsável pela ideia da revolução contra o fazendeiro. -  • Porco Bola-de-neve: líder da revolução, depois da morte do Major. -  • Porco Napoleão: figura autoritária que chega a liderar o grupo. - • Sr. Whymper: advogado de Napoleão. -  • Porco Garganta: defensor e amigo de Napoleão. - • Sansão: cavalo muito trabalhador. - • Benjamin: burro, animal mais idoso da fazenda.


Trata-se de uma das obras mais emblemáticas do escritor e ensaísta indiano. Um fato interessante e porque não dizer, peculiar,  é que os direitos de adaptação da obra foram comprados pela CIA assim que o autor faleceu no ano de 1950. A agência norte-americana financiou o filme, uma sátira do comunismo soviético. Este Best-seller foi transposto para o cinema em 1999 (EUA) com direção de John Stephenson, dentro de um padrão que não faz fronteira com o glamour hollywoodiano, porém preserva a particularidade das articulações políticas satirizadas sabiamente por Orwell. Certamente, a obra literária, para os mais puritanos, tem nuances que o diretor da película não se ateve, entretanto, o intento da tônica do pensamento de George Orwell é exprimido de forma honesta.


Boa parte dos críticos de livros e cinemas, no tocante à história descrita pelo autor,  nos informa ou orienta que  podemos acompanhar as desavenças entre Bola-de-neve e Napoleão – os dois porcos responsáveis pelas decisões, até Napoleão expulsar Bola. – alguns animais que lutam mais ou menos, trabalham mais ou menos, ajudam mais ou menos. A disputa pelo poder entre quem pensa de forma mais racional ou emocional. Os que preferem o diálogo e o pensar no futuro enquanto outros preferem se aproveitar de ocasiões e passar por cima de todos. Temos as contraposições entre os que são mais fortes e subjugam os mais fracos. Temos presente aqui tudo que caracteriza ou já caracterizou as batalhas revolucionárias humanas.


O filme é uma sátira ácida das práticas do ditador Joseph Stálin e da própria história da União Soviética, feito por um socialista democrático crítico ao que o regime instituído pela Revolução Russa se tornara. E está, claro, repleto de lições sobre o que foi o mundo no meio século 20. Não foram só leitores comuns que aprenderam muito com A Revolução dos Bichos. No topo da lista de ídolos que fizeram música inspirada na obra de Orwell está o Pink Floyd com o álbum Animals. Em 1987 o R.E.M. escreveu a canção "Disturbance at the Heron House" com o escritor britânico em mente, às vésperas do anúncio de que o conservador George H. W. Bush – pai do Bush que era presidente na época dos ataques de 11 de setembro – iria concorrer à presidência.

O livro escrito em 1945 ou a película cinematográfica que foi lançada em 1999  é uma aula de política, uma metáfora explorada de forma extremamente clara e inequívoca de como quem luta pelo poder, pode acabar sendo influenciado da pior maneira possível, logo depois de perceber que parece estar acima de tudo e de todos.  A história ou o enredo nos faz crer ou deixou uma lição bem clara que, se tornou  impossível distinguir quem era homem, quem era porco. O filme deixa uma mensagem reflexiva, meditativa e altamente serena:  “TODOS OS ANIMAIS SÃO IGUAIS, MAS ALGUNS ANIMAIS SÃO MAIS IGUAIS DO QUE OS OUTROS”...


sexta-feira, 29 de novembro de 2019

CANTANDO NA CHUVA COM GENE KELLY


 
Por Altamir Pinheiro

Em se tratando de coreografia, a conhecida cena de Gene Kelly cantando na chuva de guarda-chuva em punho é uma referência musical quando se trata da sétima arte. Atire a primeira pedra aquele ou aquela que nunca teve vontade de fazer isso para extravasar todo um sentimento por estar feliz com a namorada ou de uma pessoa que expressa alegria ao seu lado. Toda aquela cena mágica sendo sapateada na chuva nos faz refletir que,  “Os grandes momentos da vida podem estar nas pequenas coisas...”. Uma cena  do cinema clássico quando Gene Kelly faz transparecer todo seu amor com um jogo de música, canto, dança e o bom e velho sapateado. A projeção cinematográfica do ano de 1952 representa um lirismo  animador, além da trama original, clima festivo, diálogos espirituosos e inteligentes é um musical de    tirar o fôlego. Um filme imperdível, para ser visto e revisto.

Gene Kelly que faleceu em 1996 aos 83 anos de idade, além de ator foi diretor, produtor, cantor, dançarino  e um dos  maiores coreógrafos que o mundo das artes já conheceu. Em 1945 Gene recebeu sua primeira indicação ao Oscar de melhor ator, por seu papel em Marujos do Amor. Em 1951, uniu-se a Vincent Minelli para fazer Sinfonia de Paris, um filme “desenhado” nos mínimos detalhes, e que acabou levando 7 Oscars no ano. Gene ganhou um prêmio especial por sua versatilidade como ator, cantor e dançarino. Seu maior sucesso sem dúvida alguma é SINGIN IN THE RAIN(Dançando na Chuva de 1952), a história é baseada em   altas doses de comédia e romance. A imagem do cantor sapateando no meio da chuva é sem dúvida alguma uma das mais famosas da história do cinema. Na década de 90  ele  chegou a ser consultor de dança da cantora Madonna, em sua turnê Girl Show.

Cantando na chuva é um marco secular
cinematográfico pela época que foi produzido, haja vista que naquele período da nrrativa do filme   foi inserido um importante momento da história do cinema: A CHEGADA DO SOM. Com a chegada do som,    todos na indústria do cinema precisam se adaptar à nova forma de fazer filmes, e nem mesmo os grandes astros terão vida fácil neste difícil momento de transição. Conforme nos conta o cinéfilo Roberto Siqueira, O roteiro do musical  aborda também outro tema interessante, a resistência das pessoas às novidades tecnológicas. O vídeo de exibição do cinema falado causa diversas reações. Alguns acham que o som vai estragar o cinema, outros que o som nunca vai vingar. É comum a rejeição às inovações técnicas no cinema, foi assim também com o filme colorido e  o conflito entre cinema e teatro.


O filme se passa em 1927, onde Hollywood passava pela transição do cinema mudo para o falado e na época Don Lockwood (Gene Kelly) e Lina Lamont (Jean Hage) eram o casal mais querido do cinema e tinham que se adaptar a esse novo tipo de cinema. Vendo o sucesso feito pela tecnologia do som no cinema, um grande estúdio de Hollywood decide fazer um filme que não seja mudo e, para isso, usa duas maiores estrelas, Don Lockwood e Lina Lamont. Para ajudá-los no trabalho, o estúdio contrata o músico Cosmo Brown, grande amigo de Don. Durante a passagem do cinema mudo para o sonoro, Don Lockwood (Kelly) se apaixona pela cantora Kathy Selden (Debbie Reynolds) escolhida para dublar a voz esganiçada da estrela Lina Lamont (Jean Hagen).

A Crítica de cinema Jornalista Claudia Farias, nos afirma através de suas análises que o  cinema serviu como forma de registro para o desempenho da dança e teve papel fundamental na sua preservação no século XX. O filme musical combinou formas americanas de balé (dança de salão, sapateado e bailado acrobático) com a ópera cômica e romântica. Historicamente, o musical nasceu com o cinema sonoro, em 1927, inaugurou ao mesmo tempo o cinema falado e o cinema cantado. Contudo, o filme musical se firmou nos Estados Unidos segundo o modelo dos espetáculos da Broadway, e teve o seu verdadeiro apogeu com Vincent Minelli, que trouxe para a grande tela a sua experiência no teatro musical. Além de Minelli, destacam-se os grandes criadores de musicais, como os diretores Busby Berkeley, Stanley Donen, os atores Fred Astaire e Gene Kelly.

Já o estudioso da Sétima Arte, Carlos Massari,  afirma que no seu entender acredita que raramente um único filme conseguiu ser tão emocionante e hilariante ao mesmo tempo como "Cantando na Chuva", um musical repleto de passagens antológicas e que marcaram a história do cinema. Hoje, infelizmente, esse gênero que deu tantas obras-primas à sétima arte está quase morto. Tudo o que podemos fazer é torcer para que um dia Hollywood volte a ter o bom senso de produzir filmes tão contagiantes como esses. Vivemos em uma época onde a maioria das obras vem rotuladas com "ação", "suspense" e sempre coisas parecidas. É impossível rotular os musicais dessa maneira, eles mesclam tudo, comédia, drama, romance, suspense, e todos os gêneros possíveis. É o cinema arte, que todos os fãs dos verdadeiros filmes lutam incansavelmente para tirar do túmulo.

Segundo observação do estudioso de filmes Roberto Siqueira quando ele afirma e nos assegura que apesar do final previsível e do citado deslize no longo número musical da Broadway (“Broadway Rhythm Ballet”), “Cantando na Chuva” é bastante agradável e deixa o espectador com uma gostosa sensação de satisfação com o que viu. Além disso, a clássica cena que dá origem ao título já seria motivo suficiente para a apreciação do filme. Goste ou não de musicais, o espectador tem o privilégio de assistir um grande espetáculo e ainda entender melhor um momento importante da história do cinema. Pode ainda fazer uma última reflexão. Até mesmo nos dias mais chuvosos podemos encontrar a felicidade.

Cantando na Chuva  foi lançado nos Estados Unidos, no ano de 1952, e teve um enorme sucesso de público e bilheteria. Passando, com o tempo, a desfrutar do reconhecimento da crítica. Está em 10º lugar como um dos melhores filmes dos últimos 70 anos pelo American Filme Institute. Para o seu deleite total, click no vídeo abaixo e assista aos  dois dançarinos históricos que se tornaram os melhores de Hollywood e do Universo, Gene Kelly e Fred Astaire.

quinta-feira, 28 de novembro de 2019

A SITUAÇÃO DO SEBOSO É DE FAZER PENA : ELE VAI PRECISAR MUITO DE GILMAR E TOFFOLI PARA RESOLVER SUA AMARGURADA VIDA...



J.R.GUZZO

O ex-presidente Lula nem bem completou duas semanas fora do xadrez e já foi condenado, mais uma vez, por corrupção, e mais uma vez em segunda instância, pelo Tribunal Federal Regional da quarta região, em Porto Alegre.

Foi realmente uma maravilha, para ele, o presente que acabou de receber da facção Pró-Imunidade Eterna do STF, livrando os criminosos condenados em segunda instância do aborrecimento de começarem a cumprir suas penas de prisão após receberem as sentenças.

Não poderia haver um “timing”, como se diz, mais favorável a ele – se não fosse pelos seus defensores no Supremo, já poderia estar se preparando para voltar à prisão, agora com 17 anos de cadeia no lombo, depois de cumprir a pena (quer dizer, 1/6 da pena, como permite a lei) que tomou em sua primeira condenação. Sai o “triplex do Guarujá”, entra o “sítio de Atibaia” – e a degeneração da carreira de Lula continua, agora com a vantagem de que ele pode esperar em liberdade a decisão do seu caso na terceira instância, no STJ. (Da última vez que passou por lá, perdeu por 5 a 0.)

E depois? Depois há o terceiro processo, e o quarto, e o quinto e sabe Deus o que mais.

Lula vai precisar de muito Toffoli, de muito Gilmar, de muita Rosa, etc. para resolver a sua vida. Não está fácil.

JÁ QUE A CONSTITUIÇÃO(LEIA-SE SUPREMO) NÃO QUER MANDAR LULA PRO CEMITÉRIO(FUZILÁ-LO) QUE O MANDE PRA CADEIA, ORA BOLAS!!!


A indômita turma do TRF-4 de Porto Alegre enfiou mais 17 anos de xilindró goela abaixo e toba adentro do Sapo Barbudo! Mais uma condenação em segunda instância para o maior ladrão de cofres públicos da história do Brasil e do planeta.

O inquebrantável TRF-4 não só negou o pedido cara de pau da defesa de Lula para anular a condenação em primeira instância dada pela bela juíza Gabriela Hardt, a Sérgio Moro de saias, no caso do Sítio de Atibaia, como foi além, aumentou a pena do Seboso de Caetés, de 12 anos e 11 meses para 17 anos, 1 mês e 10 dias. Enfiou mais quatro anos de pena no toba arrombado do Seboso.

A decisão foi unânime! Decisão que se faz exceção à regra Rodrigueana de que toda unanimidade é burra; foi inteligentíssima, neste caso.

Lula só permanece livre por conta da canalhice da máfia de Toga, o STF, que contradisse e anulou a decisão tomada pelo próprio STF há três anos, que previa a prisão de condenados em segunda instância. Só pela safadeza dos paus mandados que Lula e o PT colocaram no STF durante seus governos é que o Nove-Dedos ainda está livre.

Mas, acredito, que logo isso será resolvido. Tramita, manquitola e claudica,  pela Câmara e pelo Senado, um projeto de lei que, se aprovado, estabelecerá, de uma vez por todas, a prisão após condenação em segunda instância. Uma vez aprovado o projeto, o Barbudo volta pro xilindró. Se não pelo caso do Triplex, cujo um sexto da pena ele já cumpriu, sim, dessa vez, pelo caso do Sítio de Atibaia. E Lula ainda é réu em mais sete processos. Honestíssimo o ídolo dos sociólogos, dos professores de História e Geografia e outros vermelhoides afins.

Lula é um fóssil politico! Um dinossauro, um mamute! Não há razão para a sua volta. Sua figura agora só é cabível num museu e nos livros de história, como o maior saqueador dos cofres públicos do planeta. Lula morreu politicamente e se esqueceu de deitar. Só não apodreceu ainda por completo porque está curtido em álcool e porque tem o ego abastecido por toda a canalhada e a jumentalha que o segue e o idolatra. - Este texto foi gentilmente roubado lá do Blog  A MARRETA DO AZARÃO. http://amarretadoazarao.blogspot.com/2019/11/trf-4-enfia-mais-17-anos-de-cadeia-no.html#comment-form

O ZÉ BONECO DE CERA QUE SE DIZ ADVOGADO DO SEBOSO NÃO PASSA DE UM RÁBULA DE PORTA DE CADEIA FAZENDO TEATRINHO.


J.R.GUZZO

O julgamento do último recurso que o ex-presidente Lula socou em cima do Tribunal Regional Federal da 4ª Região é mais um exemplo da maciça falsificação do direito de defesa que ele próprio, seus advogados e suas milícias estão fazendo na Justiça brasileira.

Há três anos, pelo menos, Lula gasta milhões de reais e toma o tempo de juízes e de tribunais com a apresentação de recursos, apelos, agravos, embargos e tudo o mais que se pode imaginar em matéria de chicana jurídica para embaçar as suas condenações.

Gasta, junto, outros tantos milhões em dinheiro público ocupando tempo, gente e verbas do judiciário com os seus problemas penais – a justiça do Brasil, nesses anos, praticamente tem estado a serviço de um indivíduo só.

Isso não é se defender. É, apenas, o mais flagrante caso de contrafação dos direitos de um réu jamais visto na justiça brasileira. São centenas, literalmente, de ações feitas pelo ex-presidente, com as alegações mais fúteis e abusivas à sua disposição, para adiar, prolongar, confundir, complicar e, no fim das contas, sabotar as penas e decisões tomadas legalmente contra ele até agora.

Lula, no TRF-4, quis simplesmente anular a sentença de condenação que recebeu no seu segundo processo – com desculpas paupérrimas em termos de lógica, desonestas na argumentação e mal-intencionadas em tudo o mais.

Foi mais uma exigência absurda. Foi, também, mais um insulto a ideia de que os crimes neste país devem ser punidos, e que o tamanho do réu não lhe dá o direito de usar a justiça como um serviço de despachantes.