DILMA ORGANIZAVA E
DISTRIBUÍA GRANADAS,
FUZIS E METRALHADORAS.
Da Folha de São Paulo:
A presidente eleita, Dilma Rousseff, ZELAVA, junto com outros dois militantes, pelo arsenal da VAR-Palmares, organização que combateu a ditadura militar (1964-1985). Entre os armamentos, havia 58 FUZIS MAUSER, 4 METRALHADORAS INA, 2 REVÓLVERES, 3 CARABINAS, 3 LATAS DE PÓLVORA, 10 BOMBAS DE EFEITO MORAL, 100 GRAMAS DE CLOROFÓRMIO, 1 ROJÃO DE FABRICAÇÃO CASEIRA, 4 LATAS DE "DINAMITE GRANULADA" E 30 FRASCOS COM SUBSTÂNCIAS PARA "CONFECÇÃO DE MATÉRIAS EXPLOSIVAS", COMO ÁCIDO NÍTRICO. ALÉM DE CAIXAS COM CENTENAS DE MUNIÇÕES. A descrição consta do processo que a ditadura abriu contra Dilma e seus colegas nos anos 70. A Folha teve acesso a uma cópia do documento. Com tarja de "RESERVADO", até anteontem ele estava trancado nos cofres do Superior Tribunal Militar. Trata-se de depoimento dado EM MARÇO DE 1970 POR JOÃO BATISTA DE SOUSA, MILITANTE DO MESMO GRUPO DE GUERRILHA DO QUAL DILMA FOI DIRIGENTE...
Quarenta anos depois, SOUSA confirmou à Folha o que havia dito aos policiais e deu mais detalhes. DILMA já havia admitido, em entrevista à Folha em fevereiro, que na juventude fez treinamento com armas de fogo. O documento do STM, porém, é a primeira peça que a vincula diretamente à ação armada durante a ditadura. Procurada pela Folha, a presidente eleita não quis falar sobre o assunto. O armamento foi roubado do 10º Batalhão da Força Pública do Estado de São Paulo em São Caetano do Sul (SP), de acordo com o DOPS (Departamento de Ordem Política e Social). A ação ocorreu em junho de 1969, mês em que as organizações VPR e Colina se fundiram na VAR-Palmares.
SOUSA disse que foi responsável por guardar o arsenal após a fusão. Com medo de ser preso, fez um "CÓDIGO" com o endereço do "APARELHO" como eram chamados os apartamentos onde militantes se escondiam. Para sua própria segurança e do arsenal, Sousa dividiu o endereço do "APARELHO" em Santo André (SP) em duas partes. Assim, só duas pessoas juntas poderiam saber onde estavam as armas. Uma parte da informação foi entregue a DILMA, codinome "LUISA". A outra, passada a Antonio Carlos Melo Pereira, guerrilheiro anistiado pelo governo depois de morrer. O documento registra assim a informação: "Que, tal código, entregou a "Tadeu" e "Luisa", sendo que deu a cada um uma parte e apenas a junção das duas partes é que poderia o mencionado código ser decifrado". "FIZ ISSO PARA QUE DILMA, MINHA CHEFE NA VAR, PUDESSE ENCONTRAR AS ARMAS", diz, hoje, Sousa.
SOUSA contou que tinha três "PONTOS" -como eram chamados os locais e horas de encontro na clandestinidade - com DILMA nos dias seguintes à sua prisão. Mas disse que não entregou as datas e endereços durante as sessões de tortura -inclusive com choques elétricos na "CADEIRA DO DRAGÃO". Sousa participou de operações armadas, como assaltos a bancos e mercados. "Informava todas as ações para DILMA COM TRÊS DIAS DE ANTECEDÊNCIA", declarou. Com a "DINAMITE GRANULADA", por exemplo, ele afirma ter feito bombas com canos de água "cortados no tamanho de quatro polegadas, com pregos dentro". Quando 18 militares à paisana cercaram seu "APARELHO", Sousa os recebeu com rajadas de metralhadoras e com as bombas caseiras. Um militar ficou ferido. Os agentes conseguiram uma trégua após duas horas de intenso tiroteio. SOUSA diz que, meses depois, DILMA contou a ele que, quando ele não apareceu nos encontros previstos, ela usou o código para pegar o arsenal: DILMA e MELO ENCONTRARAM A CASA PERFURADA DE BALAS E A RUA SEMELHANTE A UMA TRINCHEIRA DE GUERRA, COM ENORMES BURACOS. O DEPOIMENTO REGISTRA 13 BOMBAS JOGADAS CONTRA OS MILITARES.
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