quinta-feira, 7 de julho de 2011

Os preguiçosos sempre têm vontade de fazer alguma coisa.

A VIDA MANSA DOS MINISTROS DO BAIXO CLERO

Augusto Nunes
Existem três elefantes brancos do Planalto: O MINISTÉRIO DA PESCA E AQUICULTURA, o MINISTÉRIO DO TURISMO e a SECRETARIA DE ASSUNTOS ESTRATÉGICOS. O minucioso exame das agendas comprova que esses braços da burocracia federal são comandados por MINISTROS DO BAIXO CLERO que compensam a falta de verbas e prestígio com o salário de R$ 26,7 mil e privilégios que garantem a vida mansa e boa ─ TÃO BOA E MANSA QUE AS VEZES PARECE UM INTERMINÁVEL FERIADÃO. ELES TRABALHAM POUCO, VIAJAM MUITO, concedem-se folgas de executivo de multinacional e, mais importante ainda, não temem cobranças de Dilma Rousseff. Ou por saber que ambos administram elefantes brancos, ou  porque nem sabe quem são, a presidente não conversou a sós uma única vez, nos últimos seis meses, com Wellington Moreira Franco (Assuntos Estratégicos) e Pedro Novais (Turismo). Ideli Salvatti nunca foi chamada ao gabinete de Dilma para tratar de pesca. Substituto de Ideli, LUIZ SÉRGIO ESTÁ CONDENADO A SÓ CONTEMPLAR A CHEFE NO RETRATO PENDURADO NA PAREDE DA SALA. A reportagem publicada na seção O País quer Saber conduz a uma conclusão desoladora: se fossem incorporados a ministérios relevantes, AS TRÊS INUTILIDADES FARIAM TANTA FALTA QUANTO UM MINISTÉRIO DE ASSUNTOS EXTRATERRESTRES. Vão continuar existindo por dois motivos. PRIMEIRO: os contratos com a base alugada incluem cláusulas que tratam da concessão de cargos no primeiro escalão. SEGUNDO: os brasileiros se habituaram a pagar sem queixas todas as contas do governo. O dinheiro dos impostos banca tanto a gastança injustificável, como a dos ministros do baixo clero.

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