domingo, 16 de abril de 2017

JORNALISTA MATA A JARARACA E MOSTRA O PAU!!!



EM 2006, QUASE TODA A IMPRENSA SE DEDICOU A ISOLAR LULA DE SEUS ALOPRADOS. O BLOGUEIRO MARIO SABINO FOI O ÚNICO INDICIADO NO CASO. E EU, DIOGO, CONTINUEI PATETICAMENTE A APONTAR O DEDO PARA O COMANDANTE MÁXIMO DA ORCRIM. A DESCOBERTA DE QUE A PROPINA USADA PELOS ALOPRADOS PARA COMPRAR O DOSSIER VEDOIN FOI PAGA PELA ODEBRECHT ALEGROU AINDA MAIS A NOSSA PÁSCOA. SE TIVER TEMPO – MUITO TEMPO – RELEIA LOGO ABAIXO UMA COLUNA QUE PUBLIQUEI NA VEJA, EM OUTUBRO DE 2006:

Diogo Mainardi

O procurador-geral da República denunciou quarenta mensaleiros. O mais perto que ele chegou de Lula foi o 4º andar do Palácio do Planalto, ocupado por José Dirceu e seu bando. Agora ele terá de descer um lance de escadas e entrar diretamente no gabinete presidencial. Acompanhe-me, por favor. Cuidado com o degrau. Esta é a sala que pertencia a Freud Godoy, GORILA PARTICULAR DE LULA. E aquela é a porta do escritório do presidente. Cerca de dez passos. Toc-toc-toc. Tem alguém aí? Lula saiu? A gente volta mais tarde.

Na última terça-feira, Garganta Profunda me passou os dados de um documento bancário de Freud Godoy, encaminhado pelo Coaf à Polícia Federal. Em 24 de março de 2004, ele depositou 150 000 reais na conta da empresa de sua mulher, Caso Sistemas de Segurança. Importante: 150 000 reais em moeda sonante. No documento bancário, Freud Godoy declarou que o dinheiro era fruto de “SERVIÇOS PRESTADOS A CLIENTES”. Isso contradiz tudo o que ele alegou até agora. Num primeiro momento, disse que sacou os 150 000 reais para comprar equipamentos. Depois, informou que pediu um empréstimo a um amigo. Mentira. Não foi saque nem empréstimo: foi um depósito. O fato é que ninguém sabe de onde saiu tanto dinheiro e por que foi parar na conta do GORILA PARTICULAR DE LULA.

Como Robert Redford em Todos os Homens do Presidente, arregacei as mangas da camisa e fui procurar respostas na capital federal. Pedi à CPI dos Correios para fazer o cruzamento dos dados do valerioduto com o depósito de Freud Godoy. Encontrei uma espantosa coincidência. Em 23 de março de 2004, um dia antes de Freud Godoy depositar 150 000 reais na conta de sua mulher, foram sacados 150 000 reais da conta da SMPB, de Marcos Valério, no Banco Rural. Tudo em moeda sonante. Tudo de origem desconhecida. O saque no Banco Rural foi feito pelo policial aposentado Áureo Marcato. Que voltou ao banco dois dias depois e sacou mais 150 000 reais. Onde foram parar?

NA ÉPOCA DO DEPÓSITO, FREUD GODOY ERA ASSESSOR DIRETO DE LULA. MAS FAZIA UM BICO PARA O PT, MONTANDO O ESQUEMA DE SEGURANÇA DE DELÚBIO SOARES, QUE TRANSPORTAVA MALAS DE DINHEIRO SUJO DE UM LADO PARA O OUTRO. Freud Godoy alugou para ele um carro blindado, comprou duas motocicletas para seus batedores e contratou uma escolta de seis policiais militares. Os 150.000 reais depositados na conta de sua mulher podem ter sido o pagamento pelo serviço. Os policiais contratados para escoltar o tesoureiro do PT contaram a VEJA que Freud Godoy, entre outras coisas, era encarregado de organizar os encontros secretos entre Lula e Delúbio Soares. PODE-SE IMAGINAR O QUE ELES DISCUTIAM.

Lula está praticamente reeleito. Os brasileiros o perdoaram. Mas a bandidagem da qual ele se cercou continuará a rondá-lo para sempre. É assim que será recordado. Por mais que tente se esconder, Lula é o PT. Lula é Delúbio Soares. Lula é Marcos Valério. Lula é o golpismo do mensalão e do dossiê Vedoin. ABRA A PORTA, LULA. TOC-TOC-TOC.

Se tiver tempo – ainda mais tempo – releia um post que publiquei em O Blog Antagonista, em fevereiro de 2015:

Eu, Diogo, conto um episódio antigo (tenha paciência, por favor), mas acrescento um fato inédito que revela a promiscuidade entre a verba de publicidade da Petrobras e uma parcela da imprensa. Em primeiro lugar, o episódio antigo, uma coluna que publiquei na Veja em setembro de 2006, em pleno escândalo dos aloprados:

“Fim de agosto. Base aérea de Congonhas. Lula se encontra com Domingo Alzugaray, dono da IstoÉ. O encontro está fora da agenda presidencial. Alzugaray se lamenta dos problemas financeiros da revista. Lula pergunta como pode ajudá-lo. Alzugaray sugere o pagamento imediato de uma série de encartes encomendados pela Petrobras. Valor total: 13 milhões de reais. Lula promete se interessar pelo assunto. Duas semanas depois, a IstoÉ publica a matéria de capa com os Vedoin, incriminando os opositores de Lula. Quem relatou o encontro confidencial entre Lula e Alzugaray foi o editor da sucursal brasiliense da IstoÉ, Mino Pedrosa. E quem o relatou a mim foi o PFL. Creio que seja verdade. Creio em tudo o que contam de ruim a respeito de Lula. O que posso garantir é que a imprensa lulista funciona assim mesmo. O PRESIDENTE MANDA. O JORNALISTA PUBLICA. O CONTRIBUINTE PAGA".
Agora conto o fato inédito, que só me foi repassado sete anos mais tarde. Durante a Operação Monte Carlo, a PF apreendeu um vídeo realizado por um araponga dois dias depois da publicação daquele meu artigo. Nele, o jornalista da IstoÉ, Mino Pedrosa, comentava minha coluna e confirmava o encontro entre Lula e o dono da revista.

CITO O RELATÓRIO DA PF:

“MINO mostra-se preocupado com seu futuro na ISTOÉ em função de um texto publicado na VEJA por DIOGO MAINARDI sobre um encontro entre o dono da ISTOÉ e o então presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Este encontro teria sido viabilizado por MINO, segundo ele próprio confidencia".
Dois meses depois do encontro entre Lula e o dono da IstoÉ, a CPI dos Sanguessugas revelou que o chefe dos aloprados, Hamilton Lacerda, trocara dezenas de telefonemas com o diretor de Marketing da Petrobras, Wilson Santarosa.

NA ÉPOCA, ESCREVI O SEGUINTE:

“Analisando os telefonemas de Hamilton Lacerda, descobri que ele recebeu também chamadas do celular de Dudu Godoy. Dudu Godoy é um dos sócios da Quê, agência de propaganda que atende a Petrobras. Ele foi um dos marqueteiros da campanha de Lula, em 1998, e fez carreira em Campinas, assim como Wilson Santarosa, que presidiu o sindicato dos petroleiros local. De maio a setembro de 2006, a IstoÉ veiculou 58 páginas de anúncios da Petrobras. Pelos dados do Ibope Monitor, foram 2,6 milhões de reais investidos pela estatal na revista. Carta Capital lucrou ainda mais, proporcionalmente à sua tiragem. Foram 789.000 reais".
Se você chegou até aqui, peço desculpas. Não tenho o menor interesse em me vangloriar por artigos escritos quase dez anos atrás. Só quero dar essa pista aos investigadores da Lava Jato, que leem regularmente O Blog Antagonista. BOM DOMINGO PARA VOCÊ E PARA ELES TAMBÉM.

PITACO DO BLOG CHUMBO GROSSO: - JORNALISMO DE DETERMINAÇÃO E PERSISTÊNCIA.  O LULA SEMPRE FOI A ANTA PREFERIDA DO JORNALISTA DIOGO MAINARDI.

A DELAÇÃO DA ODEBRECHT É ARMAÇÃO


Itamar Garcez

A leitura das justificativas de autoridades acusadas de corrupção não deixa dúvida. Marcelo Odebrecht, o patriarca Emílio e as sete dezenas de executivos da gigante do cimento devem estar participando de um embuste. Afinal, as centenas de denúncias contidas na maior delação premiada da operação Lava-Jato FORAM CATEGORICAMENTE DESMENTIDAS POR TODOS OS IMPLICADOS. NENHUM DELES ADMITE CULPA. QUASE TODOS DEMONSTRAM REVOLTA. São muitas as alegações dos supostos meliantes do erário para rebater a sanha denunciatória do clã Odebrecht. A Justiça Eleitoral aprovou minhas contas, as doações foram legais, não tenho nenhuma relação com os executivos, nego as irregularidades, é preciso distinguir mentiras e versões alternativas da verdade, não recebi nenhum centavo deles. Há reações mais exaltadas. Trata-se de citação leviana, ESTOU INDIGNADO, os delatores estão desesperados, ESTOU PERPLEXO com a menção a meu nome, tenho convicção da minha inocência. Por fim, promessas. Se alguém descobrir que roubei, renuncio o mandato; não sou nem jamais serei corrupto. Como se vê, somente muita má vontade para duvidar das autoridades denunciadas. Resta saber, agora, por que os delatores resolveram engendrar uma trama inexistente, embora consistentemente detalhada. Não há como negar, por exemplo, que os depoimentos revelam verossimilhança. O que significa que foi necessário combinar 77 denúncias para que não houvesse contradições. Provavelmente todos foram treinados para evitar inconsistências. Foi preciso, ainda, conceber um enredo contendo um departamento de propina, documentos incriminatórios, softwares específicos e planilhas com apelidos comprometedores. Também é certo que a empreiteira vai pagar uma dinheirama à Justiça, mais de R$ 6 bilhões, uma espécie de multa pelo pagamento da propina. MAS SE OS DELATORES ESTÃO MENTINDO, POR QUE DEVOLVER O DINHEIRO QUE NÃO FOI ROUBADO? Capricho de bilionários? Vá entender.

MAIS DE 3,3 BILHÕES DE DÓLARES EM PROPINAS. TUDO ISSO ROUBADO NO GOVERNO LULA & DILMA, DE 2006 A 2013



O executivo Hilberto Mascarenhas, um dos delatores da Odebrecht, entregou à Operação Lava Jato, uma tabela com o valor total movimentado pelo Setor de Operação Estruturadas, o departamento de propina da empreiteira. ENTRE 2006 E 2014, FORAM GIRADOS APROXIMADAMENTE US$ 3,37 BILHÕES. Os anos de 2012 e 2013 tiveram a maior movimentação de recursos ilícitos: US$ 730 MILHÕES. Em 2014, ano da deflagração da Lava Jato, o setor diminuiu os repasses, chegando a US$ 450 MILHÕES.


Em anexo da delação premiada, entregue por Hilberto Mascarenhas à Lava Jato, o delator afirma que a partir de 2009, passou a alertar Marcelo Odebrecht sobre o volume de recursos ilícitos.

“Ressalte-se que apesar da área ter sido criada com o intuito de controlar e dar segurança às operações de pagamento de propina pela Odebrecht, desde 2009 passei a alertar Marcelo que o volume de recursos estava crescendo de forma brutal e por mais que criássemos mecanismos de segurança, operações estruturadas para pagamento, apenas pelo tamanho do volume de recursos e pela quantidade de pessoas cada vez maior que tinha envolvimento com a área era impossível garantir a segurança”, relatou.

Hilberto Mascarenhas trabalhou na Odebrecht por 40 anos por ‘predomínio na área financeira’. Em 2006, relatou, estava na tesouraria da Odebrecht S.A sem programa específico, quando foi ‘intimado’ por Marcelo Odebrecht, que na época era o presidente da Construtora Norberto Odebrecht, para assumir a área de Operações Estruturadas, subordinada a ele.
O delator afirmou que ’em princípio’, relutou a aceitar o cargo ‘tendo em vista a grande exposição e risco’ que o trabalho traria, mas ‘depois de alguma insistência’, aceitou a proposta. Hilberto afirmou que haveria ‘remuneração e pelos benefícios que passaria a ter, tais como carro com motorista, apartamento em São Paulo para trabalho e passagem de volta a Salvador nos finais de semana’, onde residia a família.

Segundo Hilberto, a área fazia duas formas de pagamentos: EM ESPÉCIE NO BRASIL e em DEPÓSITO BANCÁRIO EM CONTAS NO EXTERIOR. Os repasses no País eram entregues em ‘PACOTES/MALA DE DINHEIRO EM LOCAIS PREDETERMINADOS’. As transferências bancárias no exterior eram feitas a partir de offshores.


A partir ele 2009, informou o delator à Lava Jato, Marcelo Odebrecht delegou aos Líderes Empresariais (“LEs”) a responsabilidade pela aprovação dos pagamentos relacionados às suas respectivas áreas/empresas. Os principais LEs solicitadores de pagamentos, afirmou, eram Benedicto Junior, Márcio Faria, Ernesto Baiardi, Henrique Valadares, Luiz Mameri e Fernando Reis, além do próprio Marcelo Odebrecht, que também fazia solicitações. (AE)

sábado, 15 de abril de 2017

TEM GENTE QUE COMPARA O LULA AO FERNANDINHO BEIRA-MAR. EU O VEJO IGUALZINHO AO PAPA FRANCISCO...



Josias de Souza

A julgar pela entrevista que concedeu a uma emissora de rádio na manhã desta quinta-feira, nem o próprio Lula se apega mais ao mito Lula. O personagem falou como ex-Lula. “… Nós estamos vivendo uma situação em que todo mundo está com medo. Todo mundo está acovardado. E nós estamos sendo governados por uma operação lá de Curitiba”, disse a certa altura, sem se dar conta de que, no seu caso, a vida é governada pela Odebrecht.

Antes, Lula limitava-se a exaltar a própria honestidade. Agora, com seu nome jorrando dos lábios de delatores como água em chafariz, o ex-Lula se esforça para desmerecer a investigação: “Você pega o Fernandinho Beira-Mar, está preso, incomunicável, matou mais de 600 pessoas, chama ele pra fazer uma delação premiada. Ele vai acusar até a mãe dele. […] A delação premiada é uma coisa espontânea. Não é uma coisa sob tortura.” Para azar do personagem, as 78 delações foram filmadas.

As cenas foram expostas na televisão, no rádio, na internet, nos jornais, em toda parte. Exibem executivos metódicos. Munidos de anotações, falam pausadamente. Tortura-os apenas a vigilância dos seus advogados, regiamente remunerados para funcionar como babás jurídicas. Ouvindo-os, o país confirmou o que já sabia: o limite entre o que pode e o que não pode no Brasil depende apenas da capacidade do transgressor de enxergar o valor do gestor público.

Não podendo mais negar o inegável, o ex-mito se defende como quem joga porções de barro na parede, na expectativa de que cole. “Tem um cidadão que diz que Odebrecht dava R$ 5 mil pro meu irmão Frei Chico. (…) Eu nunca dei um real pro meu irmão porque ele nunca precisou e nunca pediu pra mim. Se a Odebrecht resolveu das R$ 5 mil, problema da Odebrecht. Por que vem colocar o meu nome nisso?” É mesmo infinita a generosidade do empresariado nacional! Paga mesada até a quem nunca pediu.

“Meu filho estava envolvido no futebol americano, tinha patrocínio. Ora, qual é o crime?”, indagou o entrevistado, sem fazer menção ao apelo que dirigiu a Emílio Odebrecht para que ajudasse o seu caçula a empreender. Nada que o patriarca da empreiteira não pudesse entender, sobretudo porque pedia a ajuda de Lula num empreendimento bem mais lucrativo: azeitar as relações do filho Marcelo com a então presidente Dilma Rousseff. Ambos falavam de negócios de pai para filho, do tipo uma mão suja a outra.

“Fui incriminado por um apartamento que não é meu, (…) sou acusado de uma reforma de um sítio em Atibaia. O sítio não é meu. O sítio tem dono, tem cartório, tem tudo. Mas como eles contaram uma mentira, eles não têm agora como sair.” De fato, a mentira aprisiona as pessoas. Mas o ex-Lula terá a oportunidade de esclarecer por que não desautorizou Emílio quando foi comunicado, no Planalto, de que a reforma que sua mulher Marisa Letícia encomendara seria entregue no prazo.

Ex-Lula prosperou muito desde que deixou a Presidência. Mas suspeita que tem gente faturando em seu nome. “Quem tiver contando mentiras, quem tiver inventando historinhas, quem tiver dizendo que criou uma conta pra mim, para um terceiro… Já faz sete anos que eu deixei a Presidência. Essa conta está onde? Esse terceiro está onde? Esse cara deve estar comendo, então, o dinheiro que era pra mim, porra!”

Na planilha do departamento de propinas da Odebrecht, a conta destinada ao “Amigo” Lula tinha um saldo inaugural de R$ 40 milhões, disse o delator Marcelo Odebrecht ao juiz Sergio Moro. Os desembolsos eram ordenados pelo grão-petista Antonio Palocci, que indicou um auxiliar para buscar o dinheiro vivo, sempre que necessário. Palocci está trancafiado em Curitiba. Com a intuição já meio cansada, ex-Lula ainda não se deu conta de que o companheiro pode estar na fila da delação.


“Que a Operação Lava Jato funcione, que ela explore quem fez corrupção, que apure e que prenda as pessoas que roubaram, está tudo correto”, declarou Lula, antes de voltar a perder o nexo: “O que não está correto é você paralisar o país por conta de uma investigação. Não está correto. Daqui a pouco, está entrando o papa Francisco nesse negócio. Daqui a pouco acusa todo mundo, todo mundo, todo mundo… E sem provas, apenas porque alguém falou, que ouviu dizer, que não sei das contas.” – A manchete e a imagem não fazem parte do texto original - 

sexta-feira, 14 de abril de 2017

CHEGOU AO FIM A PUREZA DA ALMA "MAIS HONESTA"...



REVELAÇÕES DA ODEBRECHT ARRASTAM LULA PARA O CENTRO DO ESQUEMA DE CORRUPÇÃO E PÕEM FIM AO MITO. A CONDENAÇÃO EM PRIMEIRA INSTÂNCIA, AGORA, É UMA QUESTÃO DE TEMPO. A PÁ DE CAL SERÁ O DEPOIMENTO DE LEO PINHEIRO, DA OAS, AO JUIZ SÉRGIO MORO NESTA SEMANA
Sob os escombros das delações da Odebrecht, o personagem regente de nossas transformações políticas por quase 40 anos submerge ferido de morte. Luiz Inácio Lula da Silva nunca mais será o mesmo. Talvez, um Silva. Ou um Luiz Inácio. NUNCA MAIS UM LULA. AQUELE LULA, NUNCA MAIS. Acabou. É como o Edson sem o Pelé. Para o petista, as delações dos executivos da Odebrecht foram acachapantes. Restaram claro que a autoproclamada “ALMA MAIS HONESTA”, a quem um dia milhares de brasileiros confiaram a missão de mudar radicalmente a maneira de fazer política no País, se beneficiou pessoalmente dos ilícitos – E ESTENDEU AS BENESSES AOS SEUS FAMILIARES. Sem sequer corar a face, o petista abandonou ao léu sua principal bandeira, a da ética – SE É QUE UM DIA FOI VERDADE.

Os fatos –, e eles são teimosos, deles não há como escapar, – nos conduzem à crença na impostura lulopetista como uma espécie de dogma de ação. Senão vejamos: segundo Marcelo Odebrecht, LULA CHEGOU A REGISTRAR UM SALDO DE R$ 40 MILHÕES DE REAIS EM SUA CONTA-PROPINA, administrada pelo ex-ministro Antonio Palocci. Desse total, Lula sacou, no mínimo, 30 milhões de reais. EM DINHEIRO VIVO, conforme antecipou ISTOÉ com exclusividade em reportagem de capa de novembro de 2016. Gravíssimo. Como explicar tanto dinheiro na conta ante o povo sofrido do Nordeste? “Nós contra eles”? “NÓS” QUEM, CARA PÁLIDA? Também teve mesada em espécie para o irmão, o Frei Chico, pixuleco para o sobrinho, Taiguara Rodrigues, e pedido de apoio aos negócios do filho caçula, Luís Cláudio, em troca de azeitar a relação da Odebrecht com o governo de sua pupila, Dilma Rousseff. Sem falar no pagamento de despesas estritamente pessoais, COMO A REFORMA DO SÍTIO DE ATIBAIA, NO INTERIOR DE SÃO PAULO, A AQUISIÇÃO DE IMÓVEIS PARA USO PARTICULAR E DO DINHEIRO PARA A INSTALAÇÃO DO INSTITUTO BATIZADO COM O SEU NOME. Nem mesmo as palestras ministradas pelo petista sobrevivem incólume ao escrutínio da Justiça. Tido como homem de Lula na Odebrecht, Alexandrino Alencar contou aos procuradores que as palestras de US$ 200 mil – padrão Bill Clinton – a Lula foram uma maneira de compensar a ajuda do petista à Odebrecht durante seus dois mandatos. E QUE AJUDA!

Atuando como se fosse um embaixador da Odebrecht, o petista chegou a impedir que a Petrobras adquirisse ativos da Ipiranga para garantir que o grupo permanecesse com a hegemonia do setor, em detrimento dos interesses da estatal. “Compreendo que nossa presteza e o nosso volume de pagamentos feitos a pretexto de contribuição para a campanha contribuíram nas decisões que tanto o ex-presidente Lula quanto integrantes do PT tomaram durante sua gestão, coincidentes com nossos interesses”, sapecou o patriarca da família, Emílio Odebrecht. A promiscuidade era tanta que Emílio pediu a Lula que segurasse sua turma: “ELES TÊM A GOELA MUITO GRANDE”, afirmou.

Os negócios pessoais do ex-presidente se confundiam tanto com as decisões de governo que nem o próprio petista conseguia distingui-los mais. Hoje, há quase um consenso entre procuradores e agentes federais de que quase todo dinheiro amealhado pelo petista, nos últimos 13 anos, FOI PRODUTO DE CRIME. Para a imagem do ex-presidente, a constatação é NITROGLICERINA PURA.



PÁ DE CAL

Nos bastidores da Lava Jato, a condenação de Lula em primeira instância é tida como questão de tempo. Conforme apurou ISTOÉ, na quinta-feira 20, em depoimento ao juiz Sergio Moro, o ex-sócio da OAS, Leo Pinheiro, irá jogar a pá de cal sobre o processo do tríplex, no Guarujá, no qual Lula é réu por corrupção passiva, lavagem de dinheiro e ocultação de patrimônio. O empreiteiro confirmará que O IMÓVEL FOI, SIM, UM REGALO AO PETISTA EM TROCA DE BENEFÍCIOS FRAQUEADOS POR LULA À CONSTRUTORA. O ex-presidente insiste na cada vez mais inverossímil versão de que não é o dono do apartamento – um argumento incapaz de se equilibrar em pé. O depoimento de Pinheiro somado às mais recentes revelações do ex-zelador do tríplex, publicadas com exclusividade por ISTOÉ, sacramenta a tempestade perfeita em torno do ex-presidente. De acordo com José Afonso, ele viu, numa das visitas ao tríplex, dona Marisa pedir aos funcionários da OAS para que instalassem o elevador privativo no imóvel. “QUEM PEDIRIA PARA CONSTRUIR UM ELEVADOR NUM APARTAMENTO QUE NÃO É SEU?”, questiona o arguto zelador. O aparelho ascensor constituiu apenas um item da reforma empreendida pela OAS no imóvel. A pedido do petista, o quarto de empregada e uma área da sala viraram um escritório, o piso foi revestido de porcelanato e uma generosa área gourmet foi erguida no último andar, onde há um deck e uma pequena piscina. O acerto envolveu ainda a compra, junto à Kitchens, dos eletrodomésticos que equiparam a cozinha, com instalações pré-fabricadas, geladeira e microondas, avaliadas em mais de R$ 200 mil. Tudo isso aconteceu no ano de 2014, sob a coordenação de Leo Pinheiro, sócio-presidente da OAS. Ou seja, enquanto se dizia vítima das elites, em palanques País afora, LULA TINHA UM APARTAMENTO REFORMADO PELAS MÃOS DA QUINTESSÊNCIA DESSA MESMA ELITE. Quem, nesse País, desfruta do privilégio de ter um imóvel remodelado por um presidente de empreiteira e, ainda por cima, DE GRAÇA? NÓS? OU ELE?
A derradeira fase do processo do tríplex será o depoimento de Lula a Sergio Moro no dia 3 de maio, quando os dois ficarão tête-à-tête pela primeira vez. O interrogatório tem tudo para virar um espetáculo. Militantes da CUT, UNE e do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto, pretendem se revezar em discursos inflamados do lado de fora. Há mais de um mês, Lula depôs na 10ª Vara Federal de Brasília, no processo que investiga a tentativa de compra do silêncio de Nestor Cerveró, ex-diretor internacional da Petrobras. Como tudo o que envolve Lula, a audiência virou um comício. Como dizia Marx, guru ao qual o petismo nutre fidelidade quase canina, A HISTÓRIA SE REPETIRÁ. COMO FARSA. Sergio Moro, que já foi criticado e agora é adulado por Lula, não parece exibir um perfil de quem cairá nessa.
Nem todas as ações penais dependem de Moro. Além de responder pelo apartamento de três decks, Lula é réu em mais quatro processos: POR OBSTRUÇÃO DE JUSTIÇA, POR TRÁFICO DE INFLUÊNCIA E CORRUPÇÃO PASSIVA, ACUSADO DE USAR SUA INFLUÊNCIA EM ÓRGÃOS DO GOVERNO E NO BNDES PARA BENEFICIAR A EMPREITEIRA ODEBRECHT EM CONTRATOS DE OBRAS EM ANGOLA, ORGANIZAÇÃO CRIMINOSA, POR INTEGRAR UM ESQUEMA DE VENDA DE VANTAGENS NO GOVERNO EM BENEFÍCIOS DE EMPRESAS, E POR LAVAGEM DE DINHEIRO, PELO FATO DE TER RECEBIDO PROPINA DA EMPREITEIRA ODEBRECHT NA FORMA DA COMPRA DE UM TERRENO (AVALIADO EM 12,5 MILHÕES DE REAIS) PARA A CONSTRUÇÃO DO INSTITUTO LULA. Diante das revelações dos delatores, não há muita escapatória. A briga da defesa de Lula residirá no ringue da segunda instância, onde os processos desaguarão em 2018. Condenado, terá como destino a cadeia e se tornará automaticamente um político ficha-suja, razão pela qual ficará impedido de concorrer a qualquer cargo eletivo. Por isso, estrategicamente, Lula antecipa sua candidatura ao Planalto. Trabalha para transformar uma decisão eminentemente jurídica numa contenda político-ideológica. A ideia é constranger o Judiciário sob o pretenso argumento de que ele está sendo vítima de táticas de lawfare (guerra jurídica) e, por isso, “quem deve julgá-lo é o povo”. Nem uma nem outra. Mais uma vez, o petista quer colocar-se acima das leis. A era dos privilégios, no entanto, parece ter acabado. ASSIM COMO O ENCANTO DA POPULAÇÃO, em quem um dia depositou as mais sinceras esperanças, se quebrou.
Se as eleições fossem hoje, o petista poderia até alcançar o segundo turno, a julgar pelas recentes pesquisas, mas com uma rejeição acima de 50% estaria impossibilitado de regressar à Presidência. E a repulsa tende a aumentar, com o acréscimo dos fatos novos. O ex-presidente da Câmara dos Deputados e conhecido político mineiro José Bonifácio de Andrada, tetraneto do Patriarca da Independência, costumava repetir pelos corredores do Congresso: “EM POLÍTICA, TODOS OS COMPROMISSOS E DETERMINAÇÕES DEVEM SER CUMPRIDOS, MENOS QUANDO SURGEM O FATO NOVO E O FATO CONSUMADO.” Os dois fatores, combinados ou não, justificaram as mais importantes reviravoltas políticas ao longo da história. Aqui, o fato novo, representado pelas delações dos executivos da Odebrecht, encontra-se associado ao fato consumado, a morte política de Lula.
Não foi sempre assim. Nas últimas quatro décadas, a expectativa do poder pessoal de Lula serviu como uma bússola da política nacional. Guindou-o, aos olhos do regime militar, ainda em meio às greves do ABC, a um adversário mais empedernido do que muitos dos inimigos tradicionais da ditadura como Miguel Arraes e Ulysses Guimarães. Fundador de um PT que ainda engatinhava, soube alimentar, durante a campanha das Diretas-Já e o governo José Sarney, uma dicotomia em que era tratado, pelo resto da oposição, ora como potencial aliado, ora como virtual adversário. Saiu da primeira eleição direta, em 1989, como uma grande força política, sofreu duas duras derrotas eleitorais, mas ressurgiu como uma fênix para dois mandatos consecutivos e a ascensão a mito. Em 2010, elegeu a sucessora e o resto já é história.


A FARSA DO CAIXA 2

A reputação ilibada do petista começou a ruir no longínquo ano de 2005. Ainda está bem viva na memória da maioria a célebre entrevista em Paris em que Lula, cândida e calmamente, diante das câmeras, tentou justificar o mensalão, reduzindo-o a mero caixa dois: “O QUE O PT FEZ, DO PONTO DE VISTA ELEITORAL, É O QUE É FEITO NO BRASIL SISTEMATICAMENTE. SE O PARTIDO COMETEU ERROS, TEM DE EXPLICAR PARA A SOCIEDADE ONDE ERROU, PORQUE ERROU E O QUE VAI FAZER PARA CONSERTAR O ERRO. MAS NÃO É POR CAUSA DO ERRO DE UM DIRIGENTE OU DE OUTRO QUE VOCÊ PODE DIZER QUE O PT ESTÁ ENVOLVIDO EM CORRUPÇÃO”. Ali, brasileiros concederam a ele e ao PT o benefício da dúvida. A presunção da inocência. Anos depois, descobriu-se que tudo não passava de uma tentativa de dourar mais uma narrativa. Concomitante ao MENSALÃO, veio o aparelhamento da máquina do Estado a serviço de um projeto de perpetuação no poder. O PETROLÃO representou a sofisticação do escândalo anterior. A ele, foi embutido, além do projeto de poder, o benefício pessoal e o enriquecimento próprio, por meio de uma corrupção institucionalizada responsável POR SANGRAR ESTATAIS. A farsa se materializou. “A CORRUPÇÃO DEVERIA SER CONSIDERADA CRIME HEDIONDO. E, QUEM SAQUEIA O ESTADO, MERECE IR DIRETO PARA A CADEIA”. A frase é da lavra de um autor conhecido: o ex-presidente Lula, em entrevista concedida a um jornal operário ainda na década de 80. AQUELE LULA ACABOU.

“REMUNERAMOS LULA PELO QUE ELE FEZ PARA O NOSSO GRUPO”

“Nosso objetivo inicial foi conseguir um projeto que pudesse remunerar o ex-presidente Lula, face o que ele fez durante muitos anos para o grupo. E que fosse de uma maneira lícita, transparente.
Buscamos, então, algo que é uma prática comum com ex-mandatários, de vários países, inclusive do Brasil.
Usaram como referência (para pagar US$ 200 mil para palestras de Lula) os valores pagos para o presidente americano Bill Clinton. Aliás, subiram um pouco a régua. Até porque era um novo player no mercado”. – As imagens de CHARGES não fazem parte do texto original da Revista ISTOÉ -


O SÍTIO DE ATIBAIA NÃO ERA DO LULA, PERTENCIA A MARISA LETÍCIA. LULA É APENAS O HERDEIRO...


O patriarca do Grupo Odebrecht, Emilio Odebrecht, disse que tratou com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva de uma obra no sítio em Atibaia, no interior de São Paulo, usado pelo petista. Em delação premiada, EMILIO ODEBRECHT DISSE QUE A OBRA ERA CONSIDERADA UMA “SURPRESA”, MAS AFIRMOU TER FALADO DO ASSUNTO COM LULA EM 30 DE DEZEMBRO DE 2010, penúltimo dia de seu segundo mandato como presidente.
“Eu estive com ele lá em Brasília e aí eu disse: ‘OLHE, CHEFE, O SR. VAI TER UMA SURPRESA E NÓS VAMOS GARANTIR O PRAZO NAQUELE PROGRAMA LÁ DO SÍTIO’. Ele não fez nenhum comentário, mas não botou nenhuma surpresa”, disse Emilio.
Questionado pelos procuradores se a reação do ex-presidente era uma demonstração de que ele sabia da obra, respondeu: “Eu entendi não ser mais surpresa. Já estava sabendo”.
MARISA PEDIU… – O patriarca da Odebrecht declarou que a ex-primeira-dama Marisa Letícia pediu pessoalmente a funcionários da empreiteira, no fim de 2010, que fizessem a obra, que custou cerca de R$ 700 mil, bancados pela própria construtora. Quem tratou do assunto foi o ex-diretor da empresa Alexandrino Alencar.
“Dona Letícia pediu a ele [Alexandrino] que ajudasse, que ela não ia conseguir terminar as obras […] e queria dar essa surpresa quando o Lula terminasse [o mandato]”, declarou Emilio aos procuradores.
Emilio diz que, nas conversas sobre a obra, referia-se ao local como “sítio de Lula”. “Se era de uso dele, propriedade dele, usufruto, não tenho a mínima noção”, completou.
DIZ O ADVOGADO… – Em nota, o advogado Cristiano Zanin Martins, que representa o ex-presidente, afirma que as delações comprovam “a inocência de Lula”, e que o petista “não praticou nenhum crime”.
“É nítido que a força-tarefa só obteve dos delatores acusações frívolas, pela ausência total de qualquer materialidade. O que há são falas, suposições e ilações –e nenhuma prova. As fantasiosas condutas a ele atribuídas não configuram crime”, declarou o defensor.
“Desde 4 de março de 2016, o ex-presidente passou a ser vítima direta de sucessivas ilegalidades e arbitrariedades praticadas no âmbito da Operação Lava Jato para destruir sua trajetória, construída em mais de 40 anos de vida pública. Lula já foi submetido à privação da liberdade sem previsão legal; buscas e apreensões; interceptações telefônicas de suas conversas privadas e divulgação do material obtido; e levantamento dos sigilos bancário e fiscal, dentre outras medidas invasivas”, afirmou, em nota. – Fonte: Blog Tribuna da Internet -




PILANTRA versus PROPINA – MARCELO ODEBRECHT versus O “AMIGO” LULA...


O ex-presidente Lula foi acusado nesta semana de receber R$ 40 milhões em propina na delação de Marcelo Odebrecht e voltou a chamar a atenção da população e da mídia. Em sua capa, a revista Istoé coloca "Lula perto do fim" e foca acusação do empreiteiro.
Marcelo disse que tratava dos repasses com o ex-ministro Antonio Palocci e que determinadas quantias chegaram ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Os depoimentos de segunda-feira (10) estavam em sigilo, mas foram tornados públicos na manhã da última quarta-feira (12).
O empresário, que está preso na Superintendência da Polícia Federal em Curitiba em função das investigações da Operação Lava Jato, prestou depoimento no processo em que Palocci é réu pelos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro. Na oitiva, Marcelo Odebrecht relatou que Palocci era responsável pelas indicações de pagamentos que deveriam ser feitos a campanhas políticas. Segundo o empreiteiro, os recursos eram depositados em um conta informal que o PT tinha com a empreiteira em troca de favorecimentos.
"Eu combinei com o Palocci o seguinte [...] a gente sabia que ia ter demandas de Lula, a questão do instituto e para outras coisas. Então, a gente disse foi seguinte [...]. Vamos pegar e provisionar uma parte saldo, botamos R$ 35 milhões no saldo amigo, que é Lula. Então [...] para o uso que fosse orientação de Lula", diz trecho do depoimento.
Depois disso, Odebrecht fala em R$ 40 milhões repassados ao ex-presidente da República. “A gente botou R$ 40 milhões que viriam para atender demandas que viessem de Lula. Veja bem: o Lula nunca me pediu diretamente. Eu combinei via Palocci. Óbvio, ao longo dos usos, ficou claro que era realmente para o Lula. [...] O Palocci me pedia para descontar do saldo 'amigo'."
O empreiteiro disse que os fatos ocorreram quando Lula já tinha deixado a presidência e contavam com sua influência sobre o PT. Durante o depoimento, Marcelo disse que Lula nunca pediu recursos diretamente a ele e que os repasses teriam sido combinados com Palocci. – Fonte: O ESTADÃO. -






quinta-feira, 13 de abril de 2017

LULA LADRA, MAS NÃO MORDE!!! - LULA NEGA SER LADRÃO, MAS NÃO PROCESSA DELATORES!!! - LULA CHAMA OS DELATORES DE "MENTIROSOS", MAS NÃO OS PROCESSA...



A cada denúncia sobre seu papel protagonista no maior escândalo de corrupção da História, o ex-presidente Lula nega ser o ladrão que as delações revelam, reclama de “perseguição” e “vazamentos seletivos”, chama os delatores de “mentirosos” etc, mas nem sequer ameaça processá-los. Marcelo Odebrecht, o mais devastador dos delatores, revelou vários pagamentos de propina a Lula, o “Amigo” da Odebrecht. A informação é do colunista Cláudio Humberto, do Diário do Poder. A força-tarefa crê que Lula e Dilma não processam Marcelo Odebrecht, por exemplo, porque o empresário guarda ainda de muitos segredos. Se mentisse ao confessar pagamentos de propina a Lula, Marcelo Odebrecht estaria sujeito a processo por crime de calúnia. A cada depoimento, a Justiça conhece os detalhes mais sórdidos da relação promíscua de Lula e Dilma com a Odebrecht. Dilma se diz vítima daqueles que, para se livrar de prisão, “inventam fatos” tentando envolvê-la no caso. Mas não processa os delatores.

O "AMIGO" LULA E SUA TURMA ERAM "GOELA LARGA" E FAZIAM PRESSÃO PARA RECEBER MAIS PROPINAS DA ODEBRECHT


O empresário Emílio Odebrecht, presidente do Conselho de Administração da Odebrecht, disse em relato por escrito à Procuradoria-Geral da República (PGR), no âmbito de sua colaboração na Lava Jato, que discutia com o então presidente Luiz Inácio Lula da Silva doações para campanhas do PT. O “apoio” ao petista e seus aliados, segundo o empreiteiro, remonta à época em que ele nem sequer era candidato e se estendeu ao período em que ele comandou o País. “Lembro de, em uma dessas ocasiões, ter disso ao então presidente que o pessoal dele estava com a goela muito aberta. Estavam passando de jacaré para crocodilo’”, contou Emílio. O relato do empresário faz parte dos documentos que serviram de base para os pedidos de abertura de inquérito remetidos pela PGR ao Supremo Tribunal Federal (STF). O empresário disse que pedidos de ajuda eram sempre feitos por Lula diretamente a ele, mas que os dois sempre designavam um representante de cada lado para negociar valores e tratar de detalhes. No caso do PT, inicialmente o interlocutor era o ex-ministro Antonio Palocci (Casa Civil e Fazenda), atualmente preso em Curitiba. Do lado da Odebrecht, os designados foram Pedro Novis e, a partir de 2009, Marcelo Odebrecht, filho de Emílio, que assumiu o comando da holding da empreiteira. Em algumas ocasiões, segundo Emílio, Marcelo pediu ao pai que conversasse com Lula para “informar valores e esclarecer dúvidas”. “Lembro de, algumas vezes, ter dito a ele algo como: ‘Presidente, seu pessoal quer receber o máximo possível, e meu pessoal quer pagar o mínimo necessário. Já instruí meu pessoal para chegar ao melhor acordo, e peço também ao senhor para conversar com seu pessoal para aliviar a pressão’”, afirmou Emílio. - MSN -

O "AMIGO" LULA RECEBEU ADIANTADO 40 MILHÕES DE REAIS DA ODEBRECHT



Estelita Hass Carazzai

Em depoimento ao juiz Sergio Moro, o herdeiro do grupo Odebrecht, Marcelo Odebrecht, afirmou que o pagamento a políticos em caixa dois era recorrente na empreiteira. Em uma de suas planilhas, as doações eleitorais oficiais eram identificadas como ‘bônus’. “Três quartos do custo estimado das campanhas era caixa dois. Então, o pessoal precisava de caixa dois”, disse o executivo, em audiência realizada na segunda (10) e tornada pública nesta quarta (12).
No depoimento, o herdeiro voltou a afirmar que o ex-presidente Lula era tratado internamente como ‘AMIGO’, e diz que a empresa disponibilizou a ele um SALDO DE R$ 40 MILHÕES DE PROPINA, ao final do seu mandato. “A GENTE ENTENDIA QUE O LULA AINDA IA TER INFLUÊNCIA NO PT. O Lula nunca me pediu diretamente isso; eu combinava com o [ex-ministro Antonio] Palocci”, afirmou.
EM DINHEIRO VIVO – O executivo diz não saber o destino de todo o dinheiro, mas sabe que alguns valores foram sacados em espécie, por exemplo, a pedido de Palocci, e descontados do saldo “AMIGO”. “Quando ele pedia isso, eu sabia que estava se referindo a Lula”, declarou o empreiteiro. Parte do saldo também serviu para a compra de um terreno que seria doado ao Instituto Lula, num plano que acabou sendo abortado. A Odebrecht, depois, vendeu o terreno e “CREDITOU” o valor no saldo “AMIGO” novamente, segundo contou Marcelo.

DEPARTAMENTO DE PROPINAS – O atual delator da Lava Jato admitiu que a Odebrecht estruturou um departamento de propinas no início da década de 1990, simultaneamente ao escândalo dos anões do orçamento, em 1993, e à internacionalização da companhia. A ideia era acabar com o “descontrole total” da contabilidade e continuar atendendo às demandas dos políticos. Com isso, passou a pagar propinas no exterior —chamadas pelo empreiteiro de “pagamento não contabilizado”. Os presidentes de cada unidade de negócios tinham autonomia para fazer seus pagamentos. Parte deles era feita em offshores. Outra parte, paga em dinheiro em espécie, por meio de doleiros que recebiam os valores da Odebrecht no exterior e se encarregavam de convertê-los para reais.

ABRIR PORTAS – “Essa questão de eu ser o grande doador, no fundo, é também [para] abrir portas”, afirmou. Segundo o delator, qualquer pedido que ele fizesse a um político no Brasil, mesmo que de um pleito legítimo, gerava uma “expectativa de retorno financeiro”. “Infelizmente, em toda relação empresarial com um político, por mais que o empresário peça pleitos legítimos, no fundo, tudo gera uma expectativa de retorno”, afirmou. No depoimento, Marcelo também confirmou que o apelido “ITALIANO” era uma referência ao ex-ministro ANTONIO PALOCCI, tido como seu principal interlocutor no governo do PT.

BOBO DA CORTE – Ele voltou a afirmar que se sentia “o bobo da corte” do governo, ao assumir projetos caros por pressão do governo federal, como os estádios da Copa. “É um absurdo. O governo cria os problemas para a gente, e depois, quando a gente entope nossa agenda para solucionar, eles criam a expectativa de que a gente vai doar”, afirmou. “A gente fica lá mendigando para o governo resolver os problemas que me criou”.  O executivo também contou um episódio em que o ex-ministro Guido Mantega teria dito, em meio à negociação de um programa de refinanciamento, que tinha a expectativa de que A ODEBRECHT DOASSE R$ 50 MILHÕES À CAMPANHA DA EX-PRESIDENTE DILMA ROUSSEFF EM 2010.

PÓS-ITÁLIA – Esse valor está incluído nos créditos da planilha “Programa Especial Italiano”. Mantega, nessa tabela, é referido como o “PÓS-ITÁLIA”. “Ele não chegou para mim e falou para mim: ‘Olha, só vou fazer isso por causa disso’. Mas a gente estava discutindo um assunto, ele botou [o número] no papel e disse que tinha a expectativa”, afirmou Odebrecht. OS VÍDEOS DO INTERROGATÓRIO, OCORRIDO NO INÍCIO DA SEMANA, FORAM DIVULGADOS NESTA QUARTA (12), após o levantamento do sigilo da delação da Odebrecht pelo STF (Supremo Tribunal Federal).
OUTRO LADO – Em nota, o Instituto Lula informou que o ex-presidente nunca pediu valor indevido à Odebrecht nem “a qualquer outra pessoa”. “Lula não tem nenhuma relação com qualquer planilha na qual outros possam se referir a ele como ‘Amigo'”, diz. O advogado de Palocci, José Roberto Batochio, que também defende Lula e Mantega, vem afirmando que o ex-ministro é inocente e que jamais intercedeu em favor da Odebrecht, mas cumpria seu papel. O apelido “ITALIANO”, segundo ele, não se refere a Palocci, mas “é um apelido em busca de um personagem”. MANTEGA TEM NEGADO IRREGULARIDADES.


PITACO DO BLOG CHUMBO GROSSO: - DE UMA COISA A GENTE TEM QUE RECONHECER E TIRAR O CHAPÉU PARA A ODEBRECHT: ELA PAGAVA ADIANTADO AO “AMIGO”...