O
patriarca do Grupo Odebrecht, Emilio Odebrecht, disse que tratou com o
ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva de uma obra no sítio em Atibaia, no
interior de São Paulo, usado pelo petista. Em delação premiada, EMILIO ODEBRECHT
DISSE QUE A OBRA ERA CONSIDERADA UMA “SURPRESA”, MAS AFIRMOU TER FALADO DO
ASSUNTO COM LULA EM 30 DE DEZEMBRO DE 2010, penúltimo dia de seu segundo mandato
como presidente.
“Eu
estive com ele lá em Brasília e aí eu disse: ‘OLHE, CHEFE, O SR. VAI TER UMA
SURPRESA E NÓS VAMOS GARANTIR O PRAZO NAQUELE PROGRAMA LÁ DO SÍTIO’. Ele não fez nenhum
comentário, mas não botou nenhuma surpresa”, disse Emilio.
Questionado
pelos procuradores se a reação do ex-presidente era uma demonstração de que ele
sabia da obra, respondeu: “Eu entendi não ser mais surpresa. Já estava
sabendo”.
MARISA
PEDIU… – O patriarca da Odebrecht declarou que a
ex-primeira-dama Marisa Letícia pediu pessoalmente a funcionários da
empreiteira, no fim de 2010, que fizessem a obra, que custou cerca de R$ 700
mil, bancados pela própria construtora. Quem tratou do assunto foi o ex-diretor
da empresa Alexandrino Alencar.
“Dona
Letícia pediu a ele [Alexandrino] que ajudasse, que ela não ia conseguir
terminar as obras […] e queria dar essa surpresa quando o Lula terminasse [o
mandato]”, declarou Emilio aos procuradores.
Emilio
diz que, nas conversas sobre a obra, referia-se ao local como “sítio de Lula”.
“Se era de uso dele, propriedade dele, usufruto, não tenho a mínima noção”,
completou.
DIZ
O ADVOGADO… – Em nota, o advogado Cristiano Zanin Martins, que
representa o ex-presidente, afirma que as delações comprovam “a inocência de
Lula”, e que o petista “não praticou nenhum crime”.
“É
nítido que a força-tarefa só obteve dos delatores acusações frívolas, pela ausência
total de qualquer materialidade. O que há são falas, suposições e ilações –e
nenhuma prova. As fantasiosas condutas a ele atribuídas não configuram crime”,
declarou o defensor.
“Desde
4 de março de 2016, o ex-presidente passou a ser vítima direta de sucessivas
ilegalidades e arbitrariedades praticadas no âmbito da Operação Lava Jato para
destruir sua trajetória, construída em mais de 40 anos de vida pública. Lula já
foi submetido à privação da liberdade sem previsão legal; buscas e apreensões;
interceptações telefônicas de suas conversas privadas e divulgação do material
obtido; e levantamento dos sigilos bancário e fiscal, dentre outras medidas
invasivas”, afirmou, em nota. – Fonte: Blog Tribuna da Internet -
Um comentário:
AGORA FICOU MAIS FÁCIL, MORTO NÃO FALA !!!!!!!!!
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