O
ex-presidente Lula foi acusado nesta semana de receber R$ 40 milhões em propina
na delação de Marcelo Odebrecht e voltou a chamar a atenção da população e da
mídia. Em sua capa, a revista Istoé coloca "Lula perto do fim" e foca
acusação do empreiteiro.
Marcelo
disse que tratava dos repasses com o ex-ministro Antonio Palocci e que
determinadas quantias chegaram ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Os
depoimentos de segunda-feira (10) estavam em sigilo, mas foram tornados
públicos na manhã da última quarta-feira (12).
O
empresário, que está preso na Superintendência da Polícia Federal em Curitiba
em função das investigações da Operação Lava Jato, prestou depoimento no
processo em que Palocci é réu pelos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro.
Na oitiva, Marcelo Odebrecht relatou que Palocci era responsável pelas
indicações de pagamentos que deveriam ser feitos a campanhas políticas. Segundo
o empreiteiro, os recursos eram depositados em um conta informal que o PT tinha
com a empreiteira em troca de favorecimentos.
"Eu
combinei com o Palocci o seguinte [...] a gente sabia que ia ter demandas de
Lula, a questão do instituto e para outras coisas. Então, a gente disse foi
seguinte [...]. Vamos pegar e provisionar uma parte saldo, botamos R$ 35
milhões no saldo amigo, que é Lula. Então [...] para o uso que fosse orientação
de Lula", diz trecho do depoimento.
Depois
disso, Odebrecht fala em R$ 40 milhões repassados ao ex-presidente da
República. “A gente botou R$ 40 milhões que viriam para atender demandas que
viessem de Lula. Veja bem: o Lula nunca me pediu diretamente. Eu combinei via
Palocci. Óbvio, ao longo dos usos, ficou claro que era realmente para o Lula.
[...] O Palocci me pedia para descontar do saldo 'amigo'."
O
empreiteiro disse que os fatos ocorreram quando Lula já tinha deixado a
presidência e contavam com sua influência sobre o PT. Durante o depoimento,
Marcelo disse que Lula nunca pediu recursos diretamente a ele e que os repasses
teriam sido combinados com Palocci. – Fonte: O ESTADÃO. -
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