Os pagamentos de R$132 milhões da empresa de Oi/Telemar ao grupo de Fábio Luís da Silva, entre 2004 a 2016, foram usados na compra do sítio do ex-presidente em Atibaia (SP), segundo indicam investigações da Lava Jato, que deflagrou nesta segunda-feira (10) sua 69ª fase, denominada de Operação Mapa da Mina.
Em novembro, o TRF-4 (Tribunal Regional Federal da 4ª Região) condenou Lula por corrupção e lavagem de dinheiro relativas a esse sítio e ainda aumentou a pena na primeira instância (12 anos e 11 meses de prisão) para 17 anos e 1 mês.
Ficha-suja e impedido de disputar eleições, Lula segue solto até fim dos recursos -ele também está condenado no caso do tríplex de Guarujá.
No caso do sítio, segundo a Justiça, Lula recebeu vantagens indevidas das empreiteiras Odebrecht e OAS em troca de favorecimento em contratos da Petrobras.
Segundo a sentença da Justiça, as reformas e benfeitorias realizadas pelas construtoras no sítio configuraram a prática dos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro.,
terça-feira, 10 de dezembro de 2019
GRETA GARBO, A DAMA DAS CAMÉLIAS
Por Altamir Pinheiro
Há mais de
80 anos estreava nos cinemas do mundo inteiro o clássico de 1936, A Dama das
Camélias, protagonizados pelo casal Greta Garbo e Robert Taylor. No auge de sua
beleza e talento(aos 31 anos de idade), Greta Garbo interpretaria Marguerite e Robert Taylor(aos 27 anos) personifica o
plebeu Armand. A Dama das Camélias é um filme que você vê, revê e não se cansa.
Seja pela interpretação do elenco e os cenários bem recriados, a aura do
romantismo, os figurinos, como
também a exuberante
atuação de Garbo ou sua simples presença... O próprio diretor do filme
ficou chocado ou pasmo com a leveza do toque dela - a frieza, a
perversidade com que interpretava a sua personagem. Na história da
cinematografia mundial, Greta Garbo tornou-se
um tipo de estrela, daquela que nunca se apaga.
Na versão em
preto & branco a estonteante
Greta
Garbo interpreta uma simples cortesã(Marguerite Gautier), que é uma mulher ambiciosa, fútil, caprichosa,
vive num ambiente de colegas a quem chama de seus únicos amigos. Ela vive do
dinheiro de homens. Todos se vestem muito bem, o ambiente é de festas, as
mulheres não leem e mal sabem escrever. Ao encontrar o amor ela o evita porque
é interesseira e pródiga, gasta mais do que pode, tem dívidas e não para de
contrair novas. Quando por fim resolve aceitar o amor, condições sociais lhe
são imposta de modo que se vê moralmente obrigada a deixá-lo. Então cai em
desgraça, fica doente e tudo perde o sentido.
Nesta
adaptação do famoso romance de Alexandre Dumas Filho, a radiante GARBO parece que veio de outro planeta. Ela tem uma
estranheza que faz com que até os momentos mais exageradamente sentimentais
dessa história funcionem. Ela tem um ar enigmático, mas mostra perfeita e
sutilmente todas as indecisões e dilemas da personagem. Ela é alma e coração
desse grande melodrama ao desempenhar o
papel de uma prostituta francesa na
Paris do século 19. Se apaixona por um jovem estudante, filho de uma família aristocrática,
mas sua má reputação não favorece o affair e ela termina por morrer de
tuberculose. O mundo inteiro derramou lágrimas com esse estrondoso sucesso, que
valeu para ela mais um prêmio do Círculo de Críticos de Cinema de Nova Iorque,
além de ser o seu filme favorito.
Sueca
naturalizada norte-americana, possivelmente tudo já foi dito sobre esta estrela
de rosto perfeito. Do cinema mudo passou para o falado, sem sofrer qualquer
arranhão em sua trajetória, muito pelo contrário, valorizando ainda mais o
status de Rainha de Hollywood. O ar andrógino e gélido solidificou a fama, conquistando
um lugar único na Sétima Arte. O que fez dela uma figura tão especial –
possivelmente o ícone mais duradouro das telas – foi o seu rosto. Insondável e
curiosamente duro, prestava-se a todas as leituras, levando-a ao estrelato. Com
seu talento e aura de mistério, tornou-se uma das atrizes mais fascinantes de
sempre, eleita pelo AMERICAN FILM INSTITUTE (AFI) como a quinta maior lenda da
história do cinema.
Mais uma vez
nos socorremos do conhecimento do bom cinéfilo e pesquisador Antonio Nahud para
falar sobre a divina e maravilhosa GARBO. No auge da fama, ela recebia, e
jamais leu, quinze mil cartas de fãs por semana, muitas delas pornográficas. Em
1941, aos 36 anos, inesperadamente, abandonou o cinema e durante os seguintes
50 anos tentou que o mundo a esquecesse, numa reclusão voluntária. Foi uma
tarefa impossível: considerada a mulher mais bonita do nosso planeta, GRETA
GARBO era prisioneira de seu próprio mito. Durante seu retiro, poucos amigos
tiveram acesso a sua intimidade. Nos tempos de glória, o visual sofisticado,
com sobrancelhas e pálpebras marcadas a lápis e pó de arroz bem claro, era
imitado por milhares de admiradoras.
Em 18 de
setembro de 1905, em Estocolmo, na Suécia, nascia num dos mais miseráveis
bairros operários da capital sueca, Greta Lovisa Gustafsson, a caçula de três
filhos. Soberana nas telas em seus vestidos sofisticados, na vida real a deusa
era simples, inclusive muitas vezes esnobada porque se vestia mal. Em um dos seus maiores triunfos, Grande Hotel
de 1932, fala a famosa frase que a marcou pelo resto de sua vida: “I want to be
alone” (Desejo ficar só). O que realmente aconteceu em 1941, depois de “Duas
Vezes Meu”, retirando-se da carreira artística e nunca mais aparecendo
publicamente. Contestando essa frase mítica, numa de suas raras entrevistas,
GARBO declarou que “Nunca disse “Desejo ficar só”. Eu apenas disse “Quero ser
deixada em paz”. Existe uma grande diferença”.
Indicada
quatro vezes ao Oscar de Melhor atriz (“Anna Christie”, “Romance”, “A Dama das
Camélias” e “Ninotchka”), jamais chegou a ganhá-lo, o que para ela tinha pouca
importância. Em 1954 recebeu um Oscar Especial pelo conjunto da obra. Como era
de se esperar, não compareceu à cerimônia para receber a estatueta, cabendo a
Nancy Kelly receber o prêmio por ela. Em
1953, comprou um apartamento com sete
quartos em Nova Iorque, na Rua 52, nº 450, com vista para o East River, onde
passou o resto da vida. A moradia era luxuosamente decorada, com móveis do
século XVIII e obras de arte, mas sem qualquer fotografia ou jarro de flores.
Ocasionalmente era vista caminhando pelas ruas com roupas simplórias e enormes
óculos de sol, sempre evitando a todo custo olhares curiosos, paparazzis e
chamar qualquer tipo de atenção. Um dos seus prazeres secretos era escolher um
estranho nas ruas e segui-lo discretamente durante horas.
De
personalidade forte, entre a luz e as trevas. Era possessiva, narcisista e
sofria longos períodos de depressão. Complexa e excêntrica, solitária e
majestosa, construiu sua carreira sem escândalos, com firmeza e elegância.
Belíssima, altiva, distante, glacial, enigmática, irônica, culta e com senso de
humor: entre o encanto ambíguo e a sensualidade, a indiferença e a androginia.
Sonhava em desempenhar papéis masculinos – Dorian Gray, Hamlet e São Francisco
de Assis – e lutou por isso, mas a Metro-Goldwyn-Mayer (MGM) considerava tal
pretensão absurda. Ela não gostava do seu primeiro nome, GRETA, e não respondia
quando era chamada por ele. Sim, essa aí foi Greta Garbo...
A
pesquisadora de teatro e cinema Danielle
Crepaldi nos descreve a maestria com que
Hollywood tomou a desajeitada mocinha sueca e transformou-a na sinopse da
sedução e do mistério é digna de nota. A imagem da mulher inatingível que Greta
mantinha na imprensa, ao fugir das câmeras, viajar e hospedar-se sob
pseudônimos e se recusar a dar entrevistas, encontrava seu eco nas personagens
que desempenhava. Greta Garbo, a bela, esquiva, sedutora e andrógina Miss
Garbo, que raramente era premiada com o amor de seus pares românticos ao final
de seus filmes, e que, curiosamente (ou não), viveu, durante toda sua
existência, uma vida amorosa complicada e dúbia.
há algo de
sádico que circunda a criação de Greta Garbo e de tantos outros astros e
estrelas fabricados pela indústria cinematográfica, especialmente aqueles
encarregados de tipos exóticos. Esta grande atriz, de uma intensidade dramática
ímpar, temia envelhecer e, assim, perder aquilo que mantinha em pé sua imagem
de deusa, imagem sem a qual a Hollywood daqueles tempos supunha não poder
viver. No entanto, infelizmente sua maturidade como atriz chegou juntamente com
o desgaste do tipo que lhe foi criado, e ela se viu obrigada a abandonar as
telas aos 36 anos.
Greta viveu
mais quase 50 anos, todos eles para negar o “EU” que seus filmes lhe
imprimiram. Essa fotografia, logo abaixo,
é a prova disso. Aliás, a última fotografia de Greta Garbo do ano de 1990. Aí está ela, aos 84 anos,
flagrada antes da última visita que faria ao hospital, de onde não mais sairia.
Em 15 de abril de 1990 morreu em Nova York, Greta Lovisa Gustafsson, a
"ESFINGE SUECA" que se aposentou do mundo do cinema com apenas 36
anos, quando era a atriz mais bem paga de Hollywood, para fugir de uma vida
pública que, segundo muitos, sempre a aborreceu.
A seguir, clic no endereço abaixo para assistir na íntegra ao filme A Dama das Camélias.
segunda-feira, 9 de dezembro de 2019
A DUPLA AL PACINO E ROBERT DE NIRO COM CARA DE ÓSCAR PARA 2020
Por Altamir
Pinheiro
Há quem diga, eu também digo, que a fita O IRLANDÊS que já está na provedora global de
filmes NETFLIX e foi lançado este final de ano(outubro de 2019) nos principais
cinemas do país, tem tudo pra ser um
grande concorrente ao Oscar de filme do ano. Embora seja sobre uma temática
nada palatável pra bancada do júri aclamar em razão de muita violência. O filme
se caracteriza pela união de excelentes
atores como Al Pacino de 79 anos de idade, Robert De Niro 76 anos e Joe Pesci
também 76, tendo à frente esse
diretor fenomenal que é Martin Scorsese, quando recentemente completou 77 anos de idade. Quem assistiu a trilogia
do Poderoso Chefão (diretor Copolla) os
amantes da Sétima Arte vão amar, entender
e bater palmas de pé pra essa obra prima de Scorsese. Essa é uma trinca de ases de Hollywood que
não se reúne à toa não... Então pode esperar que O Irlandês é um
filme classe A. Na verdade, quando se trata de filme sobre MÁFIA, Scorcese é
petróleo e o resto é derivado. E pra variar, Al Pacino e Robert De Niro roubaram as cenas.
Por mim, O Irlandês levaria a maioria das
estatuetas de 2020. Agora, de uma coisa estejamos certos, dificilmente
tirarão o Oscar de melhor coadjuvante do Joe Pesci. Talvez não seja a melhor obra do Scorsese nem as melhores
atuações de De Niro, Pacino ou Joe Pesci, mas está à altura dos pontos altos de
todos eles. Parece ser, mais uma vez, a
última obra prima definitiva do diretor. Já descambando pros 80 anos e naquela que provavelmente será sua
derradeira parceria com De Niro e Al
Pacino. Pecado mortal desse filme foi não ter escolhido uma excelente trilha sonora
e/ou uma música tema para o filme para o deixar mais épico ainda. Já pensou, se o maestro italiano Ennio
Morricone tivesse sido convidado!!! Mesmo assim, o brasileiro não tem o que
reclamar, pois na trilha sonora tem uma versão maravilhosa do músico
Waldir Azevedo. Gente, aos 22
minutos de filme ouve-se o chorinho delicioso,
sabe-se lá com Waldir Azevedo ou Altamiro Carrilho, na cena que entram 2 mafiosos na barbearia ao
som instrumental da música DELICADO(que parece muito com brasileirinho), além de um deleite é prazeroso ouvir o som do
cavaquinho.
Para os níveis de filmes originais da provedora Netflix
os críticos revelam que O Irlandês é uma
obra de arte. São mais de 3 horas que passam rápido, final triste e melancólico
que mostra uma faceta interessante da vida de um mafioso. Scorsese explora, com
louvor, a natureza do mafioso. O mafioso que luta, sobretudo, para existir,
criar seus filhos e encarar a solidão e o peso de suas escolhas. Isso, sem
contar as atuações do Deus Pacino, do Gênio De Niro e do Incrível Pesci. É
preciso ter fôlego para acompanhar a história do mafioso Frank Sheeran (De
Niro), o irlandês que dá título à história. É maravilhoso rever Joe Pesci
atuando. Quanto a De Niro e Al Pacino
estão excepcionais. Não só eles. Todos os atores fazem um excelente trabalho. E sem contar
que, ver esses monstros sagrados
juntos é o máximo. De forma geral, a fita é muito boa. Só ficou um pouco
estranho o excelente De Niro fazendo
cena agressiva com o rosto rejuvenescido num corpo velho....
O estudioso em filmes quando se referem a mafiosos,
Anderson Gomes, nos relata que o trio já citado é composto de atores históricos
do cinema americano, todos os três marcantes por filmes de máfia agora se
encontram e protagonizam uma atuação que vai além do "MUITO
BOM". Três ótimos atores que
enfrentam os problemas de seus personagens com afinco, sutileza e explosão, e
até vivem seus dramas em suas vidas reais, o medo do esquecimento, os dramas
familiares, são atuações profundas de três gênios que aparentemente haviam
deixado sua genialidade no século passado voltam e se provam novamente, é lindo
ver três ícones de filmes de máfia atuando tão bem, De Niro, Al Pacino e Joe
Pesci merecem uma indicação ao Oscar, De Niro fazendo um personagem frio e
contido, porém o mais expressivo, Al Pacino fazendo um clássico personagem
explosivo e manipulador, muito comum em sua filmografia porém que sempre
funciona, e aqui temos muito mais profundidade do que apenas gritaria, e Joe
Pesci, para mim, o melhor do filme fazendo um personagem contido, muito
profundo e extremamente ameaçador. Diz o cinéfilo Anderson.
Além da dificuldade desse elenco se juntar, ambos
estufam o peito com seu trabalho. “Tivemos a sorte de estarmos disponíveis para
filmar”, admitem De Niro e Pacino perante os jornalistas que os entrevistaram.
O Irlandês sofreu incontáveis atrasos durante anos, causados pelo seu orçamento
–enorme para um filme de Scorsese– de 175 milhões de dólares (cerca de 730
milhões de reais), necessário para rejuvenescer digitalmente os rostos dos
protagonistas. No caso do papel desempenhado
por De Niro, vai desde seus 24 anos, quando se tornou um assassino
impiedoso na Segunda Guerra Mundial, até os 83, quando morreu. O filme é um
verdadeiro rejuvenescimento digital. O Irlandês também reflete sobre o
envelhecimento. Daí, a pergunta dos repórteres: Como ambos lidam com isso? De
Niro: “É a vida!”. Pacino: “Estamos tão mal assim?”.
No campo da pessoalidade, Alfredo James Pacino nasceu
em Nova Iorque em 25 de abril de 1940.
De ascendência italiana, o seu pai era da cidade de Corleone na Sicília. Foi o primeiro na história do Oscar a ser
indicado no mesmo ano nas categorias de melhor ator e melhor ator coadjuvante;
trabalhou com Robert De Niro em quatro
oportunidades; como ATOR COADJUVANTE foi indicado 7 vezes ao Oscar não levando
nenhuma vez a estatueta; seu único Oscar que ganhou como ator foi com o filme
Perfume de Mulher de 1992, no filme ele faz o papel de um cego com uma
estupenda interpretação; ele é
considerado um dos atores mais injustiçado de Hollywood no que diz respeito a
prêmios que deixou de receber da academia de Artes e Ciências
Cinematográficas. Al Pacino é um
dos poucos astros hollywoodianos que nunca se casou(apesar de ter 3 filhos).
Como também um dos poucos atores de
Hollywood quase oitentão que continua um coroa enxuto e relativamente bem conservado.
No tocante ao ator Robert De Niro, ele possui
atuações monstruosas em O Poderoso Chefão - Parte II, Taxi Driver, Touro
Indomável, Cabo do Medo, Era Uma Vez na
América e outras diversas atuações
ótimas, é sem sombra de dúvidas um dos melhores atores de todos os tempos. Sem
sombra de dúvida é um dos atores prediletos de quaisquer cinéfilos, mas podem
reparar que ele sempre tem a mesma postura e trejeitos, parece não possuir
técnicas apuradas de dramaturgia. Sempre com os mesmos olhares e reações diante
das situações apresentadas nos filmes. Mesmo assim é uma lenda no cinema atual.
Apesar de estar muito longe de ser um AL Pacino, este sim é o maior de todos!!!
Foi reconhecida pela Academia de Artes e
Ciências Cinematográficas, que lhe concedeu dois Oscar. O primeiro como ator
coadjuvante, ao interpretar o jovem Vito Corleone em O Poderoso Chefão 2, e o
segundo como ator principal por Touro Indomável. Recebeu ainda outras quatro
indicações, todas como melhor ator, por Taxi Driver, O Franco Atirador (1978),
Tempo de Despertar (1990) e Cabo do Medo (1991).
Em se tratando da
temporada de premiação do Oscar(2020) parece ser o ano do filme O Irlandês. O filme de Martin Scorsese foi
nomeado o filme do ano pela ASSOCIAÇÃO DE CRÍTICOS DE NOVA YORK, um dos
termômetros de previsão para o Oscar. A honra vem um dia depois de o filme
ganhar a mesma nomeação pela National Board of Review. Além de melhor filme,
Joe Pesci levou o prêmio de melhor ator coadjuvante por sua interpretação.
Vamos aguardar quantas estatuetas O IRLANDÊS vai abocanhar. Apesar de violento,
no frigir dos ovos, a mensagem que o filme deixa para o telespectador é a
dolorosa solidão no final da vida de cada um dos gângsteres.
sexta-feira, 6 de dezembro de 2019
VEREADORA DE GARANHUNS COBRA INSTALAÇÃO DE INTERNET, SERVIÇO DE WI FI E TOMADAS USB PARA CELULARES NAS LINHAS DE ÔNIBUS DA CIDADE
A ESFORÇADA VEREADORA ANDRÉA NUNES LADEADA PELO SEU DINÂMICO CHEFE DE GABINETE ALMIR |
Por Altamir
Pinheiro
Não é à toa
que Andréa Nunes consagrou-se como a vereadora REVELAÇÃO do ano de 2019 na Câmara Municipal de Garanhuns, por ela ter uma visão privilegiada e ser uma
autêntica futurista que acompanha a modernização das linhas de ônibus nas
capitais brasileiras como também que serviço é prestado aos passageiros das
capitais europeias e nas principais cidades norte-americanas e do Canadá nos transportes de massa daquelas
civilizações que estão muito mais adiantado de que nós no que diz respeito ao
advento da Internet e das redes sociais como um todo. Em algumas áreas
metropolitanas do Brasil, hoje, grande parte das empresas de ônibus estão
aderindo uma modalidade digital que amplia a satisfação de seus clientes e,
através da visionária vereadora, Garanhuns pode vir a se inserir nesse contexto
por meio de um moderno processo tecnológico em razão de sua cobrança as
empresas prestadora de serviço à população.
O feliz
ponto de vista da vereadora traz em seu bojo uma boa maneira de toda uma
população que depende da rede de transporte de
coletivos da cidade em se manter conectada à internet no caminho de
ida e volta ao trabalho e ainda chegar em casa
com o celular totalmente carregado.
A ideia tem uma função social tão brilhante por parte da parlamentar que,
quando houver uma necessidade extrema e urgente na situação em que o passageiro
esteja sem crédito no seu aparelho de telefone celular é só usufruir do WI FI
interno do ônibus e fazer sua devida ligação
avisando em casa ou a sua empresa
onde trabalha se por acaso acontecer alguma emergência ou algum problema inesperado em seu respectivo
trajeto. É bom que se frise que o acesso gratuito à internet e instalação de
tomadas USB não representa qualquer custo para o município ou para o usuário do
transporte coletivo e nem pode ser incluída nos reajustes anuais das passagens.
Já foi
apresentado o requerimento na Câmara que teve uma aprovação por unanimidade e
as conversações que a vereadora Andréa Nunes pretende estabelecer
com o chefe do executivo municipal e os proprietários das empresas de
coletivos que rodam na cidade é informá-los desse novo "CONCEITO DE MODERNIZAÇÃO" que
deve ser introduzido por lei municipal e
as negociações em relação ao custo e viabilidade da implantação destas tomadas,
a vereadora diz que a tecnologia tende a ser barateada com o decorrer dos anos
e que as concessionárias poderão arcar os custos por meio de publicidade.
Diante de
tudo isso, o que se vê é a determinação da ideia bem apresentada pela vereadora
que tem tudo para ser muito bem sucedida, pois depende da boa vontade de ambas
as partes. A instalação de pontos de energia elétrica para o carregamento de
celulares e outros dispositivos móveis na frota de ônibus de Garanhuns pode se tornar obrigatório através de Projeto de Lei. Andréa Nunes tem muita
esperança que o prefeito vista esta camisa, arregace as mangas e venha apoiar
esse brilhante e oportuno requerimento
apresentado pela vereadora que usou de suas atribuições como representante do
povo com a intenção de modernizar a
frota de ônibus da cidade, com ar-condicionado, Wi-Fi, tomadas USB e outros
itens que se fazem necessários.
A bem da verdade, empresa que se preza
acredita piamente que, no mundo dos negócios, só será
bem-sucedida se conseguir satisfazer seus clientes. Pensando nisso,
todas as empresas de ônibus de Garanhuns deve atender a oportuna
sugestão e cobrança da competente e
atuante vereadora ANDRÉA NUNES no que diz respeito a instalação de
INTERNET, serviço de WI FI e tomadas USB para celulares dos usuários das linhas
de ônibus que vai atender com toda a
comodidade de Garanhuns que faz uso do
transporte coletivo para seu deslocamento.
DE PARABÉNS A VEREADORA ANDRÉA NUNES PELA BRILHANTE INICIATIVA, NOTA MIL!!!
quinta-feira, 5 de dezembro de 2019
O CATASTRÓFICO NAUFRÁGIO DO TITANIC: SALVE-SE QUEM PUDER!!!
Por Altamir Pinheiro
O longa-metragem mais amado e aclamado do mundo foi escrito e dirigido
por James Cameron(o visionário
diretor de “Avatar”) e teve como protagonistas Leonardo DiCaprio (Jack) que na
época, 1997, tinha apenas 23 anos e sua namorada Kate Winstel (Rose), 22. A
trama é de um artista pobre e uma jovem rica que se conhecem num Cruzeiro
Londres/Nova Iorque e se apaixonam. Titanic é um filme trágico, um drama onde
se mistura o romance, que serve de fio condutor à tragédia, e a ação, em que os
excessos de efeitos especiais ocupam o lugar de honra. Baseado em fatos reais,
retrata o desastre marítimo, ocorrido no início do século XX(1912), que deixou
marcas profundas na história da navegação universal. O maior transatlântico de todos os tempos,
considerado o mais seguro,
surpreendentemente, afundou nos mares do Atlântico Norte após, à
noite, bater num ICEBERG. 1.500 pessoas morreram e quase 800 salvaram-se. Entre as que escaparam, 90% foram
mulheres e crianças. As mortes tanto se deram por afogamentos como
também por hipotermia causada pelas águas geladas do oceano. Neste texto faça a
viagem, apaixone-se e viva o Titanic, no
bom sentido, claro!!!
Símbolo sagrado
da ousadia humana, orgulho da engenharia náutica, colosso de 269 metros
de comprimento e 46 mil toneladas, obra-prima de 7,5 milhões de dólares foi o
custo na época, TITANIC, tido como indestrutível pelos mais
insuspeitos especialistas, naufragou em sua viagem inaugural. Desde a tragédia,
O TITANIC apareceu em todos os meios de comunicação de massa do século 20 -
livros, canções, peças teatrais, filmes, e até minisséries. Sua imagem se tornou um símbolo da cultura popular
desde quando desapareceu nas águas gélidas do Atlântico Norte. Das primeiras
manchetes as primeiras fitas, tornou-se parte da nossa consciência coletiva, e
uma história reinventada no cinema de várias formas, do melodrama a propaganda
política, de lendas de coragem a atos de sacrifício por amor.
Até então, 1996,
foi o 1º filme na história do cinema a ultrapassar a barreira do um
bilhão de dólares arrecadados apenas nas bilheterias. O filme permaneceu na
lista das 10 maiores bilheterias da semana, nos Estados Unidos, por quase seis
meses. O filme Titanic custou mais do
que o navio em si. A construção do navio, que ocorreu entre 1910 e 1912, custou
US$ 7,5 milhões, que corrigidos para valores de 1997 ficariam em torno de US$
150 milhões. Por sua vez, a produção cinematográfica foi orçada em US$ 200
milhões, que à época fazia da obra a mais cara de todos os tempos. A 20th
Century Fox precisou construir um estúdio novo para comportar a equipe de
filmagem de Titanic e a réplica do navio, que tinha quase a mesma escala do
original e que não cabia em nenhuma outra propriedade da empresa. A companhia
comprou 15 hectares de terra no litoral sul do México, onde construiu um tanque
com mais de 60 milhões de litros d’água.
Oscar de Melhor Filme, Melhor Direção e mais
nove
estatuetas. Globo de Ouro de Melhor Filme e Melhor Direção. Usou o malfadado
navio como pano de fundo para uma história de amor épica. Seu orçamento de 200
milhões de dólares foi um dos maiores de toda a história do cinema. Lotou os
cinemas do mundo todo, transformando DiCaprio e Winslet em estrelas. O trágico e inesperado naufrágio fez com que,
na telona, surgisse uma dezena de versões, mas os dois melhores são
TITANIC de 1997 e SOMENTE DEUS POR TESTEMUNHA DE 1958, outro
muito bom é O DESTINO DO POSEIDON de 1972. O interessante em tudo isso é saber
que, o primeiro filme a ser produzido
sobre a tragédia data do mesmo ano, 1912, e ainda mais interessante que a atriz
protagonista é uma das reais sobreviventes. O primeiro filme sobre o naufrágio,
“Salva do Titanic”, foi realizado ainda no cinema mudo, em 1912, seguido do
alemão “Na Noite e no Gelo”, lançado no mesmo ano. Outros apenas se inspiraram
no famoso naufrágio, como Atlantis DE
1913 -, Atlantic DE 1929 -, A História
Começou a Noite DE 1937 -, O Grande Naufrágio de
1960 -, O Destino do Poseidon
de 1972 -, e o Dramático Reencontro do Poseidon de 1979.
O episódio trouxe curiosidades bastante peculiares como por exemplo e também por ironia do destino havia um treinamento de emergência
marcado com os passageiros para a mesma data em que o navio afundou, mas o
capitão por algum motivo resolveu cancelar. Se o treinamento agendado realmente
tivesse acontecido, provavelmente mais pessoas teriam sido salvas; posteriormente foi constatado que, muitos dos barcos salva-vidas não estavam com
a sua capacidade máxima de pessoas a bordo. Se estivessem, seria possível
salvar 53% dos passageiros, mas apenas 32% deles sobreviveram; outro fato bastante hilariante ou homérico
aconteceu com um dos rapazes que trabalhava na cozinha do navio (Charles
Joughin), que conseguiu sobreviver na
água por duas horas em temperaturas abaixo de zero porque tinha bebido muito
whisky antes do naufrágio, o que manteve seu corpo aquecido tempo suficiente
para o resgate.
Crenças à parte, há quem diga que, o naufrágio do
Titanic foi castigo divino em razão do proprietário do navio Bruce Ismay, e Thomas Andrews, o projetista, tenham
usado a famosa e infame declaração que
ainda hoje é lembrada como a culpa da tragédia.
Eis a frase arrogante que alegam ter sido proferida: “NEM DEUS PODE AFUNDAR O TITANIC”. No
entanto, o momento não é baseado em qualquer fato ou pessoa verídica, mas sim
na crença não confirmada de que a frase tenha sido usada na época. Conforme a
fonte destinodosnavios, o que se sabe é que a revista ''The Shipbuilder'' em 1911 (um ano
antes do naufrágio), se referindo à segurança dos novos navios, publicou apenas
a seguinte declaração sobre os dois navios que estavam sendo fabricados, o Olympic e o Titanic: ''NA MEDIDA DO QUE É
POSSÍVEL CONCEBER, ESTES DOIS MARAVILHOSOS NAVIOS SÃO PROJETADOS PARA SEREM
INAFUNDÁVEIS''. No entanto, apesar de
muitos reveses sobre as informações, a famosa frase jamais foi utilizada com a
palavra “DEUS” envolvida.
terça-feira, 3 de dezembro de 2019
JOHN WAYNE: O HERÓI DAS PLANÍCIES E PENHASCOS DO OESTE AMERICANO
Por Altamir Pinheiro
Cavalgando no seu alazão puro de origem pelas vastas planícies
e enormes penhascos, montanhas e
desfiladeiros do Oeste
Cinematográfico, o PAPA do FAROESTE se
tornou uma lenda imortal. O curioso na vida pessoal desse astro é que o seu nome de batismo é
MARION (nome afeminado ou feminino) que
na sua meninice foi motivo de gozação
por parte dos garotos do seu tope ou idade.
Quem diria que o maior cowboy do cinema mundial, símbolo do machismo e virilidade,
tinha em seu nome da eucaristia do sacramento e do registro de nascimento um nome de mulher?
A Trajetória de Wayne se confunde com a
própria
história do cinema americano, já que iniciou sua carreira em 1927. Ganhou um
apelido tão logo ingressou na Meca do cinema, Hollywood, a alcunha de “Duke”. O
grandalhão Duke em sua vida
pessoal, também tinha suas preferências.
Com acentuada atração por mulheres latinas, John Wayne foi casado com duas
mexicanas: JOSEPHINE SAENZ (33/44) de quem teve os filhos Melinda, Michael (que
se tornou produtor) e Patrick (ator) e ESPERANZA BAUER (46/53). Em 1954
casou-se com a peruana PILAR PALETTE, que lhe deu os filhos Aissa, Marisa e
Ethan (nome de seu personagem em Rastros de ódio), e terminou em divórcio em
1973.
Entre tantos, os dois maiores pesquisadores e
estudiosos, aqui no Brasil, da biografia de John Wayne são Paulo Telles e Darci
Fonseca – Outro muito bom é o pernambucano de Caruaru Joaílton - O carioca Telles, em suas pesquisas e seus
escritos nos informa que, “Se medirmos a grandeza dos astros pelo número de
pessoas que vai assistir aos seus filmes, Wayne talvez possa ser considerado o
maior astro de cinema em todos os tempos. Na verdade, recuando a 1932 e
verificando, daí em diante, o produto das bilheterias de todos os filmes
produzidos no mundo, vamos perceber logo que ele é a maior atração do Cinema
sonoro, tendo alcançado o estrelato e ficado entre os dez maiores sucessos de
cada ano, a partir de 1949 até 1974”.
Já o paulista Darci Fonseca nos confirma que, “Em
1958 John Wayne se considerava (e era considerado) um homem rico e tinha muitas
razões para isso. A partir de 1949 o Duke(como era apelidado) esteve sempre na
lista dos dez atores cujos filmes mais arrecadavam nas bilheterias, tendo
encabeçado essa lista nos anos de 1950, 1951 e 1954, sendo o segundo em 1956 e
1957 e terceiro em 1952, 1953 e 1955. WAYNE COBRAVA 500 MIL DÓLARES POR FILME e
ainda recebia porcentagem pelo lucro dos mesmos, isto além de produzir muitos
filmes com a sua produtora independente”. A partir da década de 1960 John Wayne
não era mais uma grande atração de bilheteria, haja vista que sua saúde
não ia nada bem e era impossível esconder dos jornalistas que em seus
últimos filmes ele atuava com a desagradável companhia de um cilindro de
oxigênio para compensar sua dificuldade respiratória, além de um batalhão de
dublês...
Seu grande bilhete de sorte foi quando conheceu o
diretor John Ford que acabou sendo um de seus maiores amigos e exerceria uma
grande influência em sua vida artística. Em 1939, acontece a grande chance de
sua carreira: NO TEMPO DAS DILIGÊNCIAS “Stagecoach”, considerado um dos maiores
clássicos do Western. A princípio, os produtores relutaram em aceitar um
principiante saído de faroestinhos baratos e de orçamento duvidoso para o papel
célebre de Ringo Kid. Mas John Ford decidiu que já havia dado o papel a Wayne e
que jamais voltaria atrás. Já O Homem que Matou o Facínora do ano de 1962 fez
com que os dois se separassem. Um dos maiores clássicos do Western que tinha um
elenco formado por John Wayne, James Stewart, Lee Marvin e o negão Woody
Strode. O Homem que Matou o Facínora registrou o último filme da parceria
Wayne/Ford.
Para além da figura do americano duro e vigoroso, John Wayne é considerado um dos atores mais
conservadores e reacionários da história de Hollywood. Ele protagonizou
heróis imbatíveis em dezenas de filmes, pretendendo simbolizar a característica
típica de um norte-americano vigoroso, duro e rápido no gatilho. Fora das
telas, Wayne se tornou conhecido por suas visões políticas reacionárias, pois
era um REPUBLICANO convicto. Produziu, dirigiu e atuou em “O Álamo” (1960) e
“Os Boinas Verdes” (1968), com recursos próprios, ambos refletindo suas inclinações
nacionalistas e conservadoras. O roteiro
da Guerra do Vietnã deste último alimentou a fúria dos opositores a essa
intervenção militar estadunidense, que realizaram vários protestos contra a
exibição do filme.
Há uma grande confusão, por parte de muitos críticos,
entre as interpretações de Wayne no Cinema, como um grande individualista, bem
como as posições políticas e reacionárias do homem, como republicano de
direita, onde realmente ele se opunha a qualquer atitude mais liberal. Por
incrível que possa parecer, o maior inimigo que teve em vida não foi no cinema,
e sim, na vida real, e começou a caçá-lo em 1964. Era o Câncer. Em 1964, Wayne foi obrigado a tirar um pulmão.
Ele morreu de câncer do pulmão (fumava seis maços de cigarros por dia) em
1979 aos
72 anos de idade. Precisamente há 40 anos falecia o número um do faroeste
mundial.
Em 1976, Wayne daria ao mundo sua maior performance
num duelo de vida e morte, onde se despediu das telas e realizou sua derradeira
fita, O Último Pistoleiro (The Shootist), dirigido por Don Siegel, com Lauren
Bacall e Ron Howard (que se tornaria um grande cineasta como bem o conhecemos),
no papel de um velho caubói morrendo de câncer mas ainda lutando para
sobreviver. O roteiro, que tinha muito a ver com a própria vida do astro trazia
a história de um velho e lendário pistoleiro que sofria de câncer e procurava
um local onde pudesse morrer em paz. Mas não conseguia escapar de sua reputação.
Este foi o último filme em vida
da fascinante carreira de John Wayne.
Independente de gostos partidários ou posições políticas que o Duke
defendia, mesmo nos anos 60/70, onde pareciam querer
sepultar o faroeste, lá estava o nosso cowboy, mesmo doente, cansado,
despedaçado, ali seguia ele, ereto em sua cela, brigando, disparando e ainda
nos enchendo da alegria e prazer de vê-lo em ação. Assim era o velho, enfermo e
cansado Wayne, Marion ou Duke que,
através de seu derradeiro filme do ano de 1976, O ÚLTIMO PISTOLEIRO, Wayne se
despediu da vida com uma pistola na mão. Lamentavelmente, o Duke nos abandonou para sempre em 1979. A
vida nos privou de novidades do nosso grande herói do faroeste, mas nos legou o
trabalho de toda sua vida em prol dessa modalidade de cinema: o filme faroeste
de cowboy ou bang, bang!!!
E para encerrar, pode-se dizer que a marca John Wayne
é tão espetacular que a espalhafatosa cantora Lady Gaga estourou nas paradas de
sucesso com o clipe de um dos seus LP’s,
CD’s ou ÁLBUNS intitulado “John Wayne”.
Curta as palhaçadas da POP STAR MUNDIAL...
sábado, 30 de novembro de 2019
A REVOLUÇÃO DOS BICHOS DO ESPETACULAR GEORGE ORWELL
Por
Altamir Pinheiro
A
Revolução dos Bichos(Animal Farm) que foi baseado no best-seller de mesmo nome
do espetacular escritor indiano/inglês George Orwell. O livro é um romance satírico publicado na Inglaterra no ano de
1945 e apontado pela revista americana Time entre os cem melhores da
língua inglesa. Já o filme foi lançado no ano de 1999. Em sua sinopse está
escrito que “Os animais moradores da
Granja do Solar, cansados dos maus tratos rotineiros, se rebelam contra o dono
do local, o beberrão Sr. Jones. Após o expulsarem, os bichos se organizam e
instauram novas regras, formando uma comunidade democrática, livre do domínio
dos humanos. Os inteligentes porcos, no entanto, logo tratam de impor suas
ideias e um novo reinado do terror ganha forma”. É uma película de aventura,
animação, comédia e drama, como também
uma semelhança entre os
personagens do filme comparados com os homens responsáveis pela Revolução Russa
que aconteceu em 1917. Dá uma impressão que seja um simples filme da sessão da
tarde ou que vai começar o TELECURSO 2000,
o que não é verdade.
A
crítica do livro, A REVOLUÇÃO DOS BICHOS, é ao sistema totalitário da União
Soviética que cerceava a liberdade. O livro foi escrito como forma de deixar
claro que para ele socialismo era algo oposto ao que estava acontecendo na
Rússia, ou seja, o socialismo deveria ser interpretado como liberdade e
igualdade, ao contrário do regime totalitário de Stálin e não me digam que é
muito difícil para alguém compreender
que o cara tinha posicionamento socialista mas era pró liberdade,
consequentemente contrário ao comunismo totalitário. A prova é tanta que,
Orwell costumava afirmar que "A liberdade, se é que significa alguma
coisa, significa nosso direito de dizer às pessoas o que elas não querem
ouvir". Há quem diga que o livro foi escrito com uma dose maciça de
críticas duras, propositais e diretas ao
regime de Stálin.
A
Revolução dos Bichos é um dos mais
emblemáticos clássicos da literatura
moderna. Na obra dividida em 10 capítulos, Orwell realiza uma sátira
contundente sobre a ditadura stalinista. Aborda temas como as fraquezas
humanas, o poder, a revolução, o totalitarismo, a manipulação política e outras
coisitas bastante sacaninhas. Além da
sátira política, a obra é também considerada uma fábula, em que a moralidade é
uma das principais características. Escrita no final de segunda guerra mundial
(1945), o romance faz uma releitura sobre as figuras históricas, como podemos
perceber nas personagens criadas pelo escritor. Como exemplos, temos Napoleão
(que seria Stálin) e o Bola-de-Neve (como Trotsky). A linguagem utilizada é
simples e com a presença do discurso direto, que aponta fidelidade na fala das
personagens. A ideia de utilizar os bichos como atuantes da cena política, traz
à tona a questão de animalização dos homens.
Eis
os personagens do livro/filme: • Sr. Jones: fazendeiro do sítio que explora os animais. - • Major Porco:
figura responsável pela ideia da revolução contra o fazendeiro. - • Porco Bola-de-neve: líder da revolução,
depois da morte do Major. - • Porco
Napoleão: figura autoritária que chega a liderar o grupo. - • Sr. Whymper:
advogado de Napoleão. - • Porco
Garganta: defensor e amigo de Napoleão. - • Sansão: cavalo muito trabalhador. -
• Benjamin: burro, animal mais idoso da fazenda.
Trata-se
de uma das obras mais emblemáticas do escritor e ensaísta indiano. Um fato
interessante e porque não dizer, peculiar,
é que os direitos de adaptação da obra foram comprados pela CIA assim
que o autor faleceu no ano de 1950. A agência norte-americana financiou o
filme, uma sátira do comunismo soviético. Este Best-seller foi transposto para
o cinema em 1999 (EUA) com direção de John Stephenson, dentro de um padrão que
não faz fronteira com o glamour hollywoodiano, porém preserva a particularidade
das articulações políticas satirizadas sabiamente por Orwell. Certamente, a
obra literária, para os mais puritanos, tem nuances que o diretor da película
não se ateve, entretanto, o intento da tônica do pensamento de George Orwell é
exprimido de forma honesta.
Boa
parte dos críticos de livros e cinemas, no tocante à história descrita pelo
autor, nos informa ou orienta que podemos acompanhar as desavenças entre
Bola-de-neve e Napoleão – os dois porcos responsáveis pelas decisões, até
Napoleão expulsar Bola. – alguns animais que lutam mais ou menos, trabalham
mais ou menos, ajudam mais ou menos. A disputa pelo poder entre quem pensa de
forma mais racional ou emocional. Os que preferem o diálogo e o pensar no
futuro enquanto outros preferem se aproveitar de ocasiões e passar por cima de
todos. Temos as contraposições entre os que são mais fortes e subjugam os mais
fracos. Temos presente aqui tudo que caracteriza ou já caracterizou as batalhas
revolucionárias humanas.
O
filme é uma sátira ácida das práticas do ditador Joseph Stálin e da própria
história da União Soviética, feito por um socialista democrático crítico ao que
o regime instituído pela Revolução Russa se tornara. E está, claro, repleto de
lições sobre o que foi o mundo no meio século 20. Não foram só leitores comuns
que aprenderam muito com A Revolução dos Bichos. No topo da lista de ídolos que
fizeram música inspirada na obra de Orwell está o Pink Floyd com o álbum
Animals. Em 1987 o R.E.M. escreveu a canção "Disturbance at the Heron
House" com o escritor britânico em mente, às vésperas do anúncio de que o
conservador George H. W. Bush – pai do Bush que era presidente na época dos ataques
de 11 de setembro – iria concorrer à presidência.
O
livro escrito em 1945 ou a película cinematográfica que foi lançada em
1999 é uma aula de política, uma
metáfora explorada de forma extremamente clara e inequívoca de como quem luta
pelo poder, pode acabar sendo influenciado da pior maneira possível, logo
depois de perceber que parece estar acima de tudo e de todos. A história ou o enredo nos faz crer ou deixou
uma lição bem clara que, se tornou
impossível distinguir quem era homem, quem era porco. O filme deixa uma
mensagem reflexiva, meditativa e altamente serena: “TODOS OS ANIMAIS SÃO IGUAIS, MAS ALGUNS
ANIMAIS SÃO MAIS IGUAIS DO QUE OS OUTROS”...
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