Por Altamir
Pinheiro
Há quem diga, eu também digo, que a fita O IRLANDÊS que já está na provedora global de
filmes NETFLIX e foi lançado este final de ano(outubro de 2019) nos principais
cinemas do país, tem tudo pra ser um
grande concorrente ao Oscar de filme do ano. Embora seja sobre uma temática
nada palatável pra bancada do júri aclamar em razão de muita violência. O filme
se caracteriza pela união de excelentes
atores como Al Pacino de 79 anos de idade, Robert De Niro 76 anos e Joe Pesci
também 76, tendo à frente esse
diretor fenomenal que é Martin Scorsese, quando recentemente completou 77 anos de idade. Quem assistiu a trilogia
do Poderoso Chefão (diretor Copolla) os
amantes da Sétima Arte vão amar, entender
e bater palmas de pé pra essa obra prima de Scorsese. Essa é uma trinca de ases de Hollywood que
não se reúne à toa não... Então pode esperar que O Irlandês é um
filme classe A. Na verdade, quando se trata de filme sobre MÁFIA, Scorcese é
petróleo e o resto é derivado. E pra variar, Al Pacino e Robert De Niro roubaram as cenas.
Por mim, O Irlandês levaria a maioria das
estatuetas de 2020. Agora, de uma coisa estejamos certos, dificilmente
tirarão o Oscar de melhor coadjuvante do Joe Pesci. Talvez não seja a melhor obra do Scorsese nem as melhores
atuações de De Niro, Pacino ou Joe Pesci, mas está à altura dos pontos altos de
todos eles. Parece ser, mais uma vez, a
última obra prima definitiva do diretor. Já descambando pros 80 anos e naquela que provavelmente será sua
derradeira parceria com De Niro e Al
Pacino. Pecado mortal desse filme foi não ter escolhido uma excelente trilha sonora
e/ou uma música tema para o filme para o deixar mais épico ainda. Já pensou, se o maestro italiano Ennio
Morricone tivesse sido convidado!!! Mesmo assim, o brasileiro não tem o que
reclamar, pois na trilha sonora tem uma versão maravilhosa do músico
Waldir Azevedo. Gente, aos 22
minutos de filme ouve-se o chorinho delicioso,
sabe-se lá com Waldir Azevedo ou Altamiro Carrilho, na cena que entram 2 mafiosos na barbearia ao
som instrumental da música DELICADO(que parece muito com brasileirinho), além de um deleite é prazeroso ouvir o som do
cavaquinho.
Para os níveis de filmes originais da provedora Netflix
os críticos revelam que O Irlandês é uma
obra de arte. São mais de 3 horas que passam rápido, final triste e melancólico
que mostra uma faceta interessante da vida de um mafioso. Scorsese explora, com
louvor, a natureza do mafioso. O mafioso que luta, sobretudo, para existir,
criar seus filhos e encarar a solidão e o peso de suas escolhas. Isso, sem
contar as atuações do Deus Pacino, do Gênio De Niro e do Incrível Pesci. É
preciso ter fôlego para acompanhar a história do mafioso Frank Sheeran (De
Niro), o irlandês que dá título à história. É maravilhoso rever Joe Pesci
atuando. Quanto a De Niro e Al Pacino
estão excepcionais. Não só eles. Todos os atores fazem um excelente trabalho. E sem contar
que, ver esses monstros sagrados
juntos é o máximo. De forma geral, a fita é muito boa. Só ficou um pouco
estranho o excelente De Niro fazendo
cena agressiva com o rosto rejuvenescido num corpo velho....
O estudioso em filmes quando se referem a mafiosos,
Anderson Gomes, nos relata que o trio já citado é composto de atores históricos
do cinema americano, todos os três marcantes por filmes de máfia agora se
encontram e protagonizam uma atuação que vai além do "MUITO
BOM". Três ótimos atores que
enfrentam os problemas de seus personagens com afinco, sutileza e explosão, e
até vivem seus dramas em suas vidas reais, o medo do esquecimento, os dramas
familiares, são atuações profundas de três gênios que aparentemente haviam
deixado sua genialidade no século passado voltam e se provam novamente, é lindo
ver três ícones de filmes de máfia atuando tão bem, De Niro, Al Pacino e Joe
Pesci merecem uma indicação ao Oscar, De Niro fazendo um personagem frio e
contido, porém o mais expressivo, Al Pacino fazendo um clássico personagem
explosivo e manipulador, muito comum em sua filmografia porém que sempre
funciona, e aqui temos muito mais profundidade do que apenas gritaria, e Joe
Pesci, para mim, o melhor do filme fazendo um personagem contido, muito
profundo e extremamente ameaçador. Diz o cinéfilo Anderson.
Além da dificuldade desse elenco se juntar, ambos
estufam o peito com seu trabalho. “Tivemos a sorte de estarmos disponíveis para
filmar”, admitem De Niro e Pacino perante os jornalistas que os entrevistaram.
O Irlandês sofreu incontáveis atrasos durante anos, causados pelo seu orçamento
–enorme para um filme de Scorsese– de 175 milhões de dólares (cerca de 730
milhões de reais), necessário para rejuvenescer digitalmente os rostos dos
protagonistas. No caso do papel desempenhado
por De Niro, vai desde seus 24 anos, quando se tornou um assassino
impiedoso na Segunda Guerra Mundial, até os 83, quando morreu. O filme é um
verdadeiro rejuvenescimento digital. O Irlandês também reflete sobre o
envelhecimento. Daí, a pergunta dos repórteres: Como ambos lidam com isso? De
Niro: “É a vida!”. Pacino: “Estamos tão mal assim?”.
No campo da pessoalidade, Alfredo James Pacino nasceu
em Nova Iorque em 25 de abril de 1940.
De ascendência italiana, o seu pai era da cidade de Corleone na Sicília. Foi o primeiro na história do Oscar a ser
indicado no mesmo ano nas categorias de melhor ator e melhor ator coadjuvante;
trabalhou com Robert De Niro em quatro
oportunidades; como ATOR COADJUVANTE foi indicado 7 vezes ao Oscar não levando
nenhuma vez a estatueta; seu único Oscar que ganhou como ator foi com o filme
Perfume de Mulher de 1992, no filme ele faz o papel de um cego com uma
estupenda interpretação; ele é
considerado um dos atores mais injustiçado de Hollywood no que diz respeito a
prêmios que deixou de receber da academia de Artes e Ciências
Cinematográficas. Al Pacino é um
dos poucos astros hollywoodianos que nunca se casou(apesar de ter 3 filhos).
Como também um dos poucos atores de
Hollywood quase oitentão que continua um coroa enxuto e relativamente bem conservado.
No tocante ao ator Robert De Niro, ele possui
atuações monstruosas em O Poderoso Chefão - Parte II, Taxi Driver, Touro
Indomável, Cabo do Medo, Era Uma Vez na
América e outras diversas atuações
ótimas, é sem sombra de dúvidas um dos melhores atores de todos os tempos. Sem
sombra de dúvida é um dos atores prediletos de quaisquer cinéfilos, mas podem
reparar que ele sempre tem a mesma postura e trejeitos, parece não possuir
técnicas apuradas de dramaturgia. Sempre com os mesmos olhares e reações diante
das situações apresentadas nos filmes. Mesmo assim é uma lenda no cinema atual.
Apesar de estar muito longe de ser um AL Pacino, este sim é o maior de todos!!!
Foi reconhecida pela Academia de Artes e
Ciências Cinematográficas, que lhe concedeu dois Oscar. O primeiro como ator
coadjuvante, ao interpretar o jovem Vito Corleone em O Poderoso Chefão 2, e o
segundo como ator principal por Touro Indomável. Recebeu ainda outras quatro
indicações, todas como melhor ator, por Taxi Driver, O Franco Atirador (1978),
Tempo de Despertar (1990) e Cabo do Medo (1991).
Em se tratando da
temporada de premiação do Oscar(2020) parece ser o ano do filme O Irlandês. O filme de Martin Scorsese foi
nomeado o filme do ano pela ASSOCIAÇÃO DE CRÍTICOS DE NOVA YORK, um dos
termômetros de previsão para o Oscar. A honra vem um dia depois de o filme
ganhar a mesma nomeação pela National Board of Review. Além de melhor filme,
Joe Pesci levou o prêmio de melhor ator coadjuvante por sua interpretação.
Vamos aguardar quantas estatuetas O IRLANDÊS vai abocanhar. Apesar de violento,
no frigir dos ovos, a mensagem que o filme deixa para o telespectador é a
dolorosa solidão no final da vida de cada um dos gângsteres.
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