sábado, 8 de julho de 2017

STEVE MCQUEEN, O HOMEM DA ESCOPETA



Por Altamir Pinheiro
STEVE MCQUEEN protagonizou um papel de um ex-soldado do Exército Confederado, personagem conhecido como JOSH RANDALL que se transformou  em um ser temido, determinado e solitário caçador de recompensas. Esse personagem comum no Velho Oeste não era tolerado em muitas cidades e era visto com antipatia pela Justiça. Randall, ao invés do tradicional Colt 45, usava uma arma bastante estranha que era um rifle Winchester com dois canos, ambos cortados, e que disparavam cartuchos de diferentes calibres (.30 e .40). Medindo aproximadamente 50 cm, esse tipo de ESCOPETA é também chamado de PATADA DE MULA. Uma arma assim especial tinha também uma cartucheira especial que Josh Randall tanto carregava na cintura ou no ombro. E o caçador de recompensas manuseava a arma com incrível habilidade e pontaria certeira.

O cineasta, cinéfilo  e pesquisador Darci Fonseca estudioso da biografia de STEVE MCQUEEN costuma afirmar que ele tinha a indiferença e frieza de Humphrey Bogart somadas porém à rebeldia de James Dean, isto nos conturbados anos 60 em que os jovens procuravam no cinema o que haviam encontrado na música com Bob Dylan e com os Beatles. Steve McQueen parecia ser essa resposta e seu amor pela velocidade completou uma das imagem mais perfeitas de uma época. Milhões de jovens no mundo inteiro tinham na parede o famoso poster de McQueen pilotando uma motocicleta alemã, foto extraída do filme “FUGINDO DO INFERNO”. Mesmo fazendo poucos westerns Steve é também lembrado como um cowboy, ainda que tenha declarado que não gostava muito de cavalos. Porém quando empunhou seu rifle(escopeta),    colocou o surrado chapéu e saiu à caça dos bandidos Steve McQueen deixou uma marca muito forte e pode-se afirmar sem medo de errar que nunca houve um cowboy tão anti-herói como Steve McQueen.

Mais lembrado por seu papel em "PAPILLON" (1973), e uma série de
outros filmes de ação. É considerado um dos maiores atores de todos os tempos. Em 1974, Steve McQueen se tornou o astro de cinema mais bem pago do mundo. Ele foi também um piloto ávido de motocicletas e carros de corridas. Passava os finais de semana competindo em corridas de moto. Steve também é lembrado por dispensar o uso de "dublês" em seus filmes, pois ele mesmo realizava as cenas de ação. McQueen continuou a se equilibrar entre o cinema e a TV até que tirou a sorte grande ao conseguir um dos principais papéis de SETE HOMENS E UM DESTINO(1960), faroeste clássico de John Sturges, com Yul Brynner comandando um elenco repleto de outros jovens candidatos a astros, como Robert Vaughn, James Coburn e Charles Bronson.

Durante quatro anos, de 1958 a 1961, Steve McQueen estrelou a série “PROCURADO VIVO OU MORTO” que era transmitido pela CBS sempre com ótima audiência. Esse programa transformou Steve McQueen numa celebridade interpretando o caçador de recompensas Josh Randall, sempre armado com sua famosa escopeta. Sucesso na televisão é quase uma garantia de melhores filmes em Hollywood e Steve McQueen atuou em “Quando Explodem as Paixões” com Frank Sinatra e fez o papel principal numa produção mediana intitulada “O Grande Roubo de St. Louis”. Em 1960 John Sturges estava compondo o cast para a versão norte-americana de “Os Sete Samurais” e chamou Steve McQueen para ser um dos sete homens desse western intitulado “Sete Homens e Um Destino”. Esse filme  fez bastante sucesso nos Estados Unidos, e ainda bateu recordes de público em todos os países em que foi exibido, inclusive no Brasil. Depois de “Sete Homens e um Destino” Steve McQueen passou a ser um nome famoso também no cinema mas ainda não era o grande ídolo que estava destinado a ser.

Steve McQueen mesclou papeis de ação, como no filme de corrida de carros “AS 24 HORAS DE LE MANS”, com papeis como no drama "PAPILLON", demonstrando que, além de galã, era também bom ator. Depois de “O Inferno na Torre”, uma das melhores fitas de catástrofe realizada em 1974, onde dividiu a tela com ator do porte de Paul Newman.  McQueen foi um grande aficionado da adrenalina, especialmente em automobilismo e motociclismo – no transcurso da carreira chegou a considerar seriamente converter-se em piloto de corrida. Foi amigo pessoal do mestre em artes marciais Bruce Lee, Casou-se com sua terceira e última esposa, Bárbara,   em janeiro de 1980, dez meses antes de falecer.

O sucesso continuou em diversas películas bem acolhidas pelo público, com PAPILLON e logo após veio O INFERNO NA TORRE. No entanto, McQueen era um solitário por natureza e sua insociabilidade atingiu o ápice entre 1974 e 1978, quando preferia ficar trancado em casa, bebendo cerveja e engordando. Chegou a recusar convites milionários, como atuar em "Apocalypse Now", de Francis Ford Coppola ou trabalhar ao lado de SOPHIA LOREN. Seu único interesse eram os carros e chegou ao ponto de pedir a seu mecânico para ler os roteiros que recebia e mostrar a ele apenas os mais interessantes. Finalmente, voltou ao cinema no fracassado "O Inimigo do Povo" (1978). Sua última atuação foi no "Caçador Implacável" (1980), já debilitado pela doença que o levaria à morte.

Steve McQueen morreu em 07/11/1980 COM APENAS 50 ANOS DE IDADE, no "Tucson Medical Center" em Tucson (Arizona - EUA), vítima de uma ataque cardíaco (Infarto), após uma cirurgia para tratamento de "MESOTELIOMA" (câncer na membrana que envolve os pulmões), também chamada de  "DOENÇA DO AMIANTO". Quando Steve faleceu, possuía sua própria empresa cinematográfica, a SOLAR  e era um dos mais populares astros norte-americanos. O Corpo de Steve McQueen foi cremado e suas cinzas foram espalhadas no Oceano Pacífico, conforme sua vontade.

Assista ao trailer de um bom filme de guerra com esta cena histórica de uma das mais belas tomadas do cinema do meio motociclístico: Steve McQueen no filme "FUGINDO DO INFERNO", numa fuga mirabolante dos alemães. Uma grande cena que ficou marcada e reconhecida por grandes astros do cinema como a melhor tomada sobre duas rodas do antigo cinema. McQueen não usava dublês. Lembrando-se de que a cena se passa em 1963.

https://www.youtube.com/watch?v=e3PNcyouDpU











sexta-feira, 7 de julho de 2017

LULA, O SEBOSO DE CAETÉS, É UM FALASTRÃO E ENGANADOR...



A estratégia lulopetista de sobrevivência está focada no quanto pior, melhor, que visa a manter o Brasil paralisado e a crise econômica e social se agravando. É uma lógica irresponsável e socialmente cruel, mas que oferece aos salvadores da Pátria nostálgicos do poder – ou ameaçados pela Justiça – o falacioso argumento de que é necessário lutar para que “os trabalhadores continuem com os seus direitos”, como declarou Lula, na quarta-feira passada, em entrevista a uma rádio da Paraíba. Na entrevista, o ex-presidente até falou em conspiração, mas para levantar a suspeita de que o governo norte-americano esteve por trás do afastamento do PT do governo.

O chefão do PT, que enxerga na sua candidatura à Presidência a melhor maneira de se livrar da cadeia, está como sempre no palanque disposto a fazer pouco da inteligência e do discernimento dos brasileiros. Em franca campanha, sabe que eleições diretas serão realizadas, de acordo com a lei, em outubro do ano que vem. Mas, para manter o discurso populista, continua defendendo “Diretas Já”. Não será de estranhar, portanto, que, quando as urnas se abrirem em outubro de 2018, proclamará tratar-se de conquista sua. E insiste também no “Fora Temer”, para manter coerência com sua própria história: com maior ou menor empenho, esteve por trás do “Fora Sarney”, do “Fora Collor”, do “Fora Itamar” e do “Fora FHC”. Ou seja, mesmo que outros sejam eleitos, só o PT tem legitimidade para governar o País.

A quarta-feira passada foi pródiga em oportunidades para o falastrão, que se proclama “o homem mais honesto do País”, se comportar como se o Brasil não tivesse passado pela experiência de tê-lo, e a sua pupila Dilma Rousseff, na chefia do Executivo. Na entrevista à emissora paraibana, Lula começou atacando o alvo preferencial do revanchismo petista, a quem responsabiliza por todos os males que afligem os brasileiros: “Ninguém quer mais o afastamento do Temer do que nós. Queremos a saída do Temer e eleições diretas porque queremos fazer com que os trabalhadores continuem com seus direitos”. Quer dizer: até a chegada de Lula ao Planalto, os trabalhadores não tinham direitos. A partir de então o Brasil tornou-se um campeão dos direitos civis, um verdadeiro “protagonista internacional”: “Nenhum país conseguiu fazer o que o Brasil fez em 12 anos. Acho que tinha interesse americano que o Brasil não desse certo”. Aí vieram os “golpistas”, derrubaram Dilma e seguiu-se o “governo ilegítimo” de Temer, que conspira contra os direitos dos brasileiros e as eleições diretas.

Embora a estratégia lulopetista de conquista e manutenção do poder tenha sido, desde sempre, a de dividir o País em “nós” contra “eles” – uma reprodução tosca da luta sindical da qual Lula copiou os fundamentos de sua ação política –, o estadista de Garanhuns condenou na entrevista o clima de “ódio e intolerância” que domina a política brasileira, atribuindo a responsabilidade por isso, especialmente, a Michel Temer e Aécio Neves. E acrescentou, em tom irônico, que ambos estão agora experimentando o “próprio veneno”.

Na mesma quarta-feira, ao falar em Brasília na solenidade oficial de posse da senadora Gleisi Hoffmann (PR) na presidência nacional do PT, Lula partiu para cima do presidente da Câmara, Rodrigo Maia, que “deve estar se preparando para ser o próximo presidente da República como seguidor do golpe, e não podemos achar que um golpista é melhor do que outro”. Logo, se for o caso, “Fora Maia”. E emendou, como se as eleições diretas para presidente tivessem sido abolidas: “A mudança que queremos é que o povo brasileiro volte a ter o direito de escolher o seu presidente. Errando ou acertando é o povo que tem o direito de tirar e colocar pessoas”.

É verdade. Errando ou acertando, foi o povo quem elegeu Dilma Rousseff e seu vice, Michel Temer, que agora é presidente porque os senadores e deputados nos quais o povo votou livremente em 2014 cassaram o mandato da titular. - O Estado de S.Paulo                                                                                                                      -

BOLINHA ESTÁ MAIS ENROLADO NA JUSTIÇA DO QUE ‘’PENTEIO DE AFRICANO’’



O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), primeiro na linha sucessória de Michel Temer (PMDB-SP), também é alvo de inquéritos no Supremo Tribunal Federal. Recaem sobre ele citações de delatores da Odebrecht sobre repasses, via caixa dois, nas eleições de 2008, 2010 e 2012. O valor total dado pela empreiteira,  às margens da lei eleitoral, é de R$ 1 milhão, segundo relataram os colaboradores à Procuradoria-Geral da República. Nas planilhas do departamento de propinas da Odebrecht, Maia era identificado por ‘Botafogo’, time pelo qual torce. Somente com base nas delações da empreiteira, dois inquéritos tramitam no Supremo.


Relatório da Polícia Federal também chegou a apontar, supostas propinas de R$ 1 milhão da OAS ao parlamentar, em 2013. Maia pode assumir a Presidência se Temer não resistir à pressão política que sofre desde que a Procuradoria-Geral da República o denunciou pelo crime de corrupção passiva no caso JBS.

Em um inquérito, o presidente da Câmara é citado como integrante de um grupo de deputados que teria ajudado, em troca de doações não contabilizadas, a Braskem com alterações no texto da Medida Provisória 613/2013, que tratava de benefícios fiscais a produtores de etanol por meio da redução de PIS/Pasep e Cofins.

O delator Cláudio Melo filho, que era funcionário do Setor de Operações Estruturadas, o ‘departamento de propinas’ da Odebrecht, relatou que o lobby da empreiteira pela iniciativa envolveu a abertura de um caixa de R$ 7 milhões para os senadores e deputados que se comprometessem a colaborar com os anseios do grupo.

Segundo o inquérito, teriam sido beneficiados os senadores Romero Jucá (PMDB-RR), com quem teria sido feito o primeiro contato da empreiteira sobre o tema no Congresso, Renan Calheiros (PMDB-AL), Eunício Oliveira (PMDB-CE), o então líder do DEM, Rodrigo Maia, e Lúcio Vieira Lima (PMDB-BA), irmão do ex-ministro do governo Temer, Geddel Vieira Lima, preso desde segunda-feira, 3, na Papuda.


Segundo Cláudio Melo Filho, o principal contato na Câmara era com Lúcio, mas, por relações pessoais de amizade, chegou a procurar Maia. “Conhecia o deputado e sabia que se eu pedisse a ele olharia com carinho”, afirmou. Melo Filho, da Odebrecht, afirmou que, apesar de não ter recebido a ajuda esperada do deputado, recebeu uma solicitação. “Ele perguntou: ‘Cláudio, tem como ajudar?’ Ele tinha sido candidato em 2012 e ficou um resto de campanha a pagar”.

A título da possível ajuda com a Medida Provisória que beneficiaria em especial a Braskem (empresa do setor petroquímico pertencente à Odebrecht), Maia teria recebido R$ 100 mil, em 2013, via caixa dois, sob o codinome de seu time do coração, o Botafogo.

Em outro inquérito contra o presidente da Câmara, o mesmo delator relatou ter indicado pagamentos de R$ 350 mil, em 2008, quando Maia se candidatou, sem sucesso, à Prefeitura do Rio de Janeiro, e R$ 600 mil em 2010, em sua campanha a deputado federal.

No âmbito da Operação Lava Jato, a Polícia Federal chegou a identificar mensagens de celular entre Maia e o empreiteiro Léo Pinheiro, ex-presidente da OAS, que apontavam para supostas propinas de R$ 1 milhão ao deputado.

Segundo o inquérito da PF, em troca dos valores, o parlamentar teria defendido interesses da empreiteira no Congresso, entre 2013 e 2014, como na apresentação de emenda a uma Medida Provisória que definia regras para a aviação regional, em benefício da construtora. À época em que as investigações foram reveladas, o presidente da Câmara afirmou que elas eram ‘um absurdo’.(AE).


PSDB ESTÁ BOTANDO NO FOPA DE MICHEL TEMER SEM CUSPE E SEM VASELINA...




Reinaldo Azevedo

Nenhum partido exerce um papel tão pusilânime e asqueroso na crise que aí está como o PSDB. Ignoro que tenha havido algo similar na história. Nem os golpistas silenciosos do antigo PSD se equiparam. Tornou-se mera correia de transmissão das vozes que defendem abertamente um “by pass” no regime democrático e no Poder Judiciário. A propósito: depois de vomitar ontem impropérios totalitários na GloboNews, Rodrigo Janot dava há pouco plantão no QG do Movimento Derruba Temer: a Rede Globo. Na prática, pregava a deposição do presidente no “Jornal Nacional”. O país está indo para o buraco. Será preciso fazer, no tempo certo, as devidas atribuições de responsabilidades.



Volto ao PSDB. de Tasso Jereissati, o presidente interino do partido, que teve participação modestíssima no impeachment de Dilma — ou alguém o viu a incendiar os corações e as mentes por aí, como diria aquele fanático do clichê? —, agora se tornou um agente escancarado da deposição do presidente. E, ora vejam, ele deposita o futuro do Brasil na mão de um outro bandido: Eduardo Cunha! Joesley Batista já não lhe basta!

A coluna de Mônica Bergamo, na Folha, publica que o presidente é um dos alvos da delação de Cunha. Ora, não me digam… Vocês esperavam o quê? Depois de tudo o que há contra o ex-deputado; depois das condenações em curso, o que é que lhe pediria o Ministério Público Federal? Nada menos do que o que foi pedido a Joesley Batista: a cabeça presidencial. Só essa mercadoria seria grande o bastante para o tamanho do gigante criminoso, não é?

Segundo Tasso, se Cunha acusar Temer, aí a coisa está acabada. Entenderam? Aquele monumento moral decide agora ao menos quem não é presidente do Brasil.

A situação é de tal sorte absurda que, saibam, na petição inicial em que pede a Edson Fachin que autorize procedimentos para investigar o presidente, o procurador-geral informa que não há crimes anteriores — do futuro investigado: Temer — e que as diligências e ações solicitadas visam a evitar crimes futuros. Vale dizer: Janot pediu a Fachin um procedimento de exceção para que ele pudesse fabricar, em sentido literal, as provas do mal que ainda seria cometido. E sabemos hoje que um advogado de Joesley teve aula de delação 15 dias antes de esse patriota contumaz gravar a conversa com o presidente. O nome daquilo? PROVA ILÍCITA!

Mas volto. Notem: Joesley confessou 245 crimes. Ainda que verdadeiros fossem, quantos estão relacionados a Temer? Não obstante, o presidente está com a cabeça a prêmio e, a depender do andar da carruagem, ela rolará no patíbulo, E LULA, O CHEFÃO DO PARTIDO QUE COMANDOU O MENSALÃO E O PETROLÃO, PODE VOLTAR À PRESIDÊNCIA. Quanto a Joesley, bem…

Quando afirmei, no fim de janeiro e início de fevereiro, que a tanto nos conduziriam ainda a Lava Jato e a direita xucra, recebi o quê? Xingamentos, demonização, patrulha… Chegaram a me acusar até de… “petralha”, usando contra mim a palavra que criei. E, por óbvio, eu denunciava um caminho estúpido, que acabaria conduzindo, alertava, para a RESSUSCITAÇÃO DA ESQUERDA. E ELA ESTÁ AÍ, RESSUSCITADA. E PELAS MÃOS DO MPF E DA DIREITA XUCRA.

O ódio a mim foi tal que resolveram — não sei se PF, MPF ou ambos —, em meio a mais de duas mil gravações, pinçar uma conversa minha com Andrea Neves, minha fonte. E o que havia lá? Nada! E até os inimigos tiveram de reconhecer. O objetivo era me tirar do debate. O efeito foi contrário. Meu blog continua firme e forte, como se vê. Falava por uma hora do rádio; agora, tenho 20 minutos a mais, na BandNews FM, entre 18h e 19h20. Por enquanto. Não reclamo, é claro! Até porque, objetivamente, trabalho em melhores condições. Mas sei bem o que passei. E irei até o fim para que os responsáveis por aquelas aflições paguem — e caro! — por seus crimes. Também pelos crimes morais e éticos.

Pior: Tasso está usando com Rodrigo Maia (DEM-RJ), presidente da Câmara, o canto da sereia, que ou arrasta para os “pélagos profundos” os que se deixam seduzir ou os sequestra. Diz o tucano que Maia pode ser o presidente da República. É mesmo? E o deputado articularia sua candidatura estando no comando da Câmara, é isso? Presidindo a Casa de um dos Poderes, ele se apresentaria para presidir o outro? Teria de renunciar ao comando da Casa? Afastar-se apenas? Mas quem levaria a sério tal afastamento?.

Mais: como Tasso fará para evitar o movimento em favor da antecipação de eleições? Botará as, digamos, massas tucanas nas ruas?

A denúncia de Janot é o que se viu. É fraca! Achar que, a esta altura, eventuais palavras de Cunha contra o presidente tenham alguma credibilidade corresponde a coonestar esse misto de Estado Policial e pantomima em que o MPF transformou o país. Se não se derruba Temer com uma flecha, tenta-se com outra. E mais uma. E depois mais outra.

Uma pessoa aplaude o espetáculo de pé: LULA!  Sim, seu partido sofreu bastante. Mas passou. Janot não se esqueceu, quero crer, de ser grato. Afinal, como ignorar aquele telefonema do ex-presidente a Sigmaringa Seixas, em que informa que o governo, o seu governo, usou métodos “não-formais” para fazer de Janot o procurador-geral? Ou, notou o petista, o hoje chefe do MPF teria tomado caracu. CUIDADO, “COMPANHEIROS” DA DIREITA! OLHEM QUE, ANTES DE LULA SER PRESO AMANHÃ, HÁ O RISCO DE ELE SER ELEITO AMANHÃ. QUE GRANDE ARTE, NÃO? – a manchete não faz parte do texto original -






quinta-feira, 6 de julho de 2017

LULA TENTA ESCONDER OS RECURSOS DE SUA DEFUNTA...






A DEFESA DO TIRANETE PEDIU SEGREDO PARA QUE SEUS DADOS DA RECEITA FEDERAL E EXTRATOS BANCÁRIOS E DE INVESTIMENTOS SEJAM "DEVASSADOS PELA IMPRENSA". A JUÍZA NEGOU O PEDIDO:





A juíza Fatima Cristina Ruppert Mazzo, responsável pelo inventário de bens da ex-primeira-dama Marisa Letícia na 1.ª Vara de Família e Sucessões de São Bernardo do Campo (SP), negou o pedido do ex-presidente Lula para que o processo corresse em segredo de Justiça. Lula, por meio de seus advogados, havia requisitado o sigilo processual para que evitar que seus dados na Receita Federal e extratos de contas bancárias e de investimentos fossem “devassados pela imprensa”, expondo a intimidade e o patrimônio da família.



A juíza entendeu não haver razão para decretar o segredo de Justiça, argumentando que pessoas públicas estão submetidas ao princípio da transparência de seus atos. Se o segredo de Justiça tivesse sido decretado, apenas pessoas envolvidas no inventário poderiam ter acesso aos dados do processo.



A abertura de um inventário é uma exigência legal para promover a partilha de bens de uma pessoa falecida –Marisa Letícia morreu em 3 de fevereiro. Lula e a ex-primeira-dama foram casados em regime de comunhão de bens; e os quatro filhos do casal têm direito a uma parte da herança da mãe.



SITUAÇÃO EXCEPCIONAL



Inventários de bens costumam correr na Justiça sem sigilo. A defesa de Lula reconhece que essa é a regra geral. Mas requisitou o segredo argumentando que o caso do ex-presidente é “uma situação excepcional”. Segundo a petição, Lula e Marisa “são pessoas que possuem alta evidência no cenário político nacional, sujeitos à constante atenção da imprensa”.



Os advogados afirmaram ainda que o ex-presidente terá de apresentar nos autos “documentação financeira sua e de sua falecida mulher, o que trará uma indesejável exposição sobre informações de sua vida privada e de seu patrimônio”. Segundo a defesa, informações da Receita Federal e extratos de contas e de investimentos (...) “com certeza serão devassados pela imprensa (...) causando exposição incompatível com os princípios constitucionais e legais que asseguram ao cidadão o direito aos sigilos fiscal e bancário”.



Os defensores de Lula destacaram na petição que o artigo 5.º da Constituição determina que a publicidade geral e irrestrita pode ser danosa a outros direitos essenciais, como à intimidade – e que esse seria o caso do ex-presidente. Eles pediram a decretação do sigilo com base no artigo 189 do Código de Processo Civil.



OS ARGUMENTOS DA JUÍZA



A petição de segredo de Justiça feita por Lula – assinado pelos advogados Roberto Teixeira, Cristiano Zanin Martins, Maria de Lourdes Lopes e Maurício Custódio Dourado – foi formulado em 21 de junho. No dia 29, a juíza Fatima Cristina Ruppert Mazzo indeferiu o pedido.



A juíza diz, no despacho, não ver razões para abrir uma exceção à regra geral da publicidade processual nesse caso. Ela cita jurisprudência do Tribunal de Justiça de São Paulo segundo a qual “pessoas públicas têm seus direitos à intimidade”, mas que eles devem ser “reduzidos em relação às pessoas em geral porque suas profissões as deixam mais sujeitas a exposição”.



“Não se vislumbra interesse público na manutenção do sigilo”, conclui então a juíza no despacho. “Ao contrário, considerando-se a notoriedade das pessoas envolvidas, (...) o interesse público justamente recomenda a transparência de seus atos.”



Fatima Mazzo destaca ainda que o acesso aos autos digitais é permitido apenas aos advogados de defesa e pessoas previamente autorizadas e que os dados “não ficam liberados irrestritamente, não havendo que se falar em ofensa ao direito de privacidade”. (Gazeta do Povo, Curitiba).

quarta-feira, 5 de julho de 2017

LULA GARANTE QUE GEDDEL É UM EXEMPLO A SEGUIR

                      

Caso se reencontrem no mesmo pátio de cadeia, o ex-presidente e seu ex-ministro saberão que são ligados por laços indissolúveis


Preso ex-ministro de Temer, noticiaram os grandes jornais nesta terça-feira. A informação é incompleta: Geddel Vieira Lima foi ministro-chefe da Secretaria de Governo do atual presidente, mas também foi ministro da Integração Nacional do governo Lula, entre 2007 e 2010, e vice-presidente da Caixa Econômica Federal de março de 2011 a dezembro de 2013, quando a presidente era Dilma Rousseff. Mais: a transferência para a gaiola ocorreu com o amigo Michel Temer alojado no Planalto. Mas as bandalheiras descobertas pela Polícia Federal foram praticadas no cargo que Geddel ganhou da amiga Dilma por ordem do amigo Lula, um entusiasta dos dotes administrativos do político baiano cuja gula por dinheiro lhe valeu o apelido de Jacaré.

Em 2010, ao saber que Geddel deixaria o primeiro escalão para ser surrado na disputa pelo governo da Bahia, Lula lamentou em vários comícios a perda irreparável. O vídeo abaixo registra um dos momentos da cerimônia do adeus a um servidor da nação. “Você foi um cumpridor de tarefa extraordinário”, derrama-se o orador de olhos postos no ministro que se vai. “E isso eu tenho ouvido não apenas da minha boca, que viajo com você, mas da companheira Dilma, que conviveu contigo”. Enquanto o motivo da choradeira retórica capricha na pose de estadista sertanejo, Lula contempla a plateia amestrada e segue em frente. “Eu disse ao Geddel outro dia: é uma pena que você deixa o governo, você poderia continuar no governo (…) pela grandeza do teu trabalho.”




Não era pouca coisa. Mas não era tudo, informou a continuação do espetáculo da pieguice demagótica. “Eu acho que o Temer deveria pegar os deputados aqui, de todos os partidos, e levar pra ver algumas obras que estão acontecendo no Nordeste brasileiro, pra saber o que que tá acontecendo no Nordeste brasileiro”, viaja na redundância. Todas as obras tinham como parteiros o presidente e o ministro. Por exemplo, a transposição das águas do Rio São Francisco.“O canal da integração é uma obra que vocês vão perceber por que que Dom Pedro II queria fazer essa obra em 1847, e eu espero que até 2012 a gente conclua ela inteira. Então, Geddel, meus agradecimentos por todo o teu trabalho nesses três anos e meio de governo”.

Passados mais de sete anos, a promessa não desceu do palanque, o ministro insubstituível está na cadeia e o falastrão fantasiado de Pedro III tem sucessivos pesadelos que misturam celas, grades, catres e camburões com placas de Curitiba. Separados politicamente pelo impeachment, os dois prontuários ambulantes continuam atados por laços indissolúveis. Lutaram juntos pela institucionalização da corrupção impune, assaltaram juntos milhares de cofres públicos, conviveram fraternalmente na organização criminosa disfarçada de aliança partidária. Caso se reencontrem no mesmo pátio de presídio, Lula e Geddel imediatamente entenderão que nasceram um para o outro. - texto gentilmente roubado lá do blog da besta fubana -


SÍTIO E TRÍPLEX DO LULA ESTÃO ENTREGUES ÀS MOSCAS...











Embora sejam separados por mais de 150 quilômetros, o sítio de Atibaia e o triplex do Guarujá estão unidos por um destino. As duas propriedades atribuídas ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva pelo Ministério Público Federal (MPF) ESTÃO VAZIAS, SEM USO. No caso do sítio, foi-se o glamour das visitas presidenciais e o cheiro de churrasco. Já no Condomínio Solaris, o apartamento 164-A ESTÁ TRANCADO, sem perspectiva de ocupação – e o edifício inteiro parece ter se “desvalorizado”.

Vizinhos do sítio comentam que o local já não tem o brilho de quando era frequentado pela família de Lula. “Não tem vindo mais ninguém aí, a não ser vocês da imprensa. O último acontecimento foi quando a Polícia Federal entrou e revistou tudo”, disse a vizinha Ana Lúcia Farias da Silva.

Naquele dia – em 4 de março do ano passado –, os agentes pediram à sobrinha dela, Marina, que fosse testemunha das buscas. “Foi a única vez que alguém da família entrou lá. Depois, até os churrascos pararam. Antes, a gente via fumaça e sentia o cheiro de carne assada”, disse. “Vinha sempre um carro com vidros ‘filmados’, diziam que era ele.” Hoje, o acesso ao sítio, por estrada exclusiva, ESTÁ ÀS MOSCAS, disse outra vizinha, a auxiliar administrativa Roberta Kubota.

Gerente de uma padaria próxima, Gesuldo Gomes disse que a ex-primeira-dama Marisa Letícia, já falecida, parava o carro na porta, mas não entrava. “Era sempre outra pessoa, uma empregada, que comprava pão, cerveja e refrigerante. Ela ficava no carro, COM O VIDRO ABAIXADO, FUMANDO.”

Hoje, quem passa em frente ao sítio já pode observar SINAIS DE ABANDONO na entrada. Algumas pranchas da ponte de madeira que dá acesso ao portão apodreceram. O interfone ainda funciona, mas apenas na quarta tentativa o caseiro Élcio Pereira Vieira atendeu à chamada. Ao ser informado de que se tratava de reportagem, afirmou que não há ninguém na propriedade a não ser ele. “Não posso permitir a entrada sem autorização do proprietário”, disse.

Questionado se o proprietário é Lula, como diz o MPF, respondeu: “Que eu saiba o dono aqui é Jacó Bittar (ex-prefeito de Campinas e amigo de Lula).”

A reportagem entrou em contato com o escritório Toron Advogados, que atua em nome de Bittar, e foi informada de que o advogado Alberto Zacharias Toron é o único que fala sobre o assunto, mas ele está em férias. O advogado Ary Bergher, que defende Jonas Suassuna, disse que seu cliente não é dono do Sítio Santa Bárbara, mas do Sítio Santa Denise, uma propriedade contígua, com outra matrícula.

Em um sítio vizinho – local de onde o jornal Estado fez as fotos –, foi possível observar que OS JARDINS ESTÃO COM MATO ALTO. Os dois pedalinhos em forma de cisne ainda estão em um dos lagos. Mas não se veem animais, como os pavões ou as galinhas que eram presas de gambás, conforme relatado pelo caseiro em e-mail enviado ao Instituto Lula que consta da denúncia. O MPF acusa Lula de ser dono do imóvel, supostamente adquirido com dinheiro desviado da Petrobrás. Em depoimento ao juiz federal Sérgio Moro, da Lava Jato, O PETISTA NEGOU SER DONO DA PROPRIEDADE

O triplex. O Condomínio Solaris, na Praia de Asturias, no Guarujá, ainda resiste como ponto turístico involuntário. Não é raro ver alguém apontando o celular para o prédio com o firme propósito de tirar uma selfie – tendo “O TRIPLEX DO LULA” como cenário. Os mais ousados chegam a tocar o interfone e fazer perguntas ao porteiro: “É DELE MESMO?”

Na tarde desta sexta-feira, 30, uma família da Bahia estacionou sua picape bem na frente do edifício. Do carro, desceram seis pessoas. “Somos fãs do Lula. Meu pai é nascido na cidade de Caculé, no interior. Antes do Lula o lugar não tinha nem iluminação”, contou o empresário William de Lima, de 47 anos. Mas nem todos os curiosos param para demonstrar apoio. “ESTOU FOTOGRAFANDO PORQUE TAMBÉM É MEU. FOI FEITO COM DINHEIRO QUE ROUBARAM DO POVO”, disse uma mulher que preferiu não se identificar.

Segundo moradores e funcionários, O TRIPLEX ESTÁ FECHADO, com acesso bloqueado e sem nenhuma perspectiva de ocupação. Após a exposição do caso, o prédio passou a ser considerado um “MICO” por corretores imobiliários da região – o valor de um apartamento comum (não um triplex) caiu de R$ 700 mil para R$ 550 mil e não há quase procura.

Em um voo de drone feito pela reportagem do Estado, foram notados dois trabalhadores na área próxima ao triplex. Como o edifício está em reforma, dois homens foram vistos dentro do limite do apartamento e logo depois pularam para a unidade ao lado. A assessoria de imprensa da OAS afirmou que o apartamento está fechado, mas que, eventualmente, funcionários podem entrar na área externa para trabalhos de reforma.

Questionada sobre a reforma, a assessoria do Instituto Lula disse desconhecer a obra e afirmou que o ex-presidente não é dono do apartamento. Nas alegações finais, a defesa do petista informou que o imóvel, desde 2010, é de propriedade de um fundo gerido pela Caixa Econômica Federal. A sentença pode sair a qualquer momento. – Fonte O Estadão -



A LADROAGEM ENDÊMICA TRANSFORMOU A ROTINA DO LULA NUM TORMENTO PENAL E LEVOU A PRESIDENTA DILMA AO ABISMO.






Josias de Souza

A investigação que levou Geddel Vieira Lima para a cadeia envolve a Caixa Econômica Federal. Dinheiro do sacrossanto FGTS foi usado em empréstimos fraudulentos para empresas corruptas, ENTRE ELAS A J&F DO DELATOR JOESLEY BATISTA. A encrenca que ameaça o mandato de Michel Temer é parte da roubalheira endêmica que transformou a rotina de Lula num tormento penal e levou a Presidência de Dilma ao abismo.

O PMDB da Câmara, coordenado por Michel Temer, aproximou-se do PT no segundo mandato de Lula. A exemplo do que já fazia o PMDB do Senado, de Renan Calheiros e José Sarney, O GRUPO DE TEMER PLANTOU APADRINHADOS NA MÁQUINA DO ESTADO. Nessa época, Geddel virou ministro da Integração Nacional. Tocava a obra da Transposição do São Francisco.

NO GOVERNO DE DILMA, Geddel foi nomeado vice-presidente da área que lidava com empresas na Caixa Econômica. Eduardo Cunha nomeou um afilhado, Fábio Cleto, para a vice-presidência de loterias, FGTS e outras mumunhas. HOJE, DILMA SILENCIA SOBRE A PILHAGEM. LULA DIZ EM DEPOIMENTO QUE NÃO SABIA. TEMER FAZ POSE DE LIMPINHO. E a plateia descobre o que Romero Jucá queria dizer quando declarou que era preciso estancar a sangria. Resta torcer para que a hemorragia seja levada às últimas conseqüências...

terça-feira, 4 de julho de 2017

NO BRASIL, ATÉ O PASSADO É IMPREVISÍVEL




Por Maria Lucia Victor Barbosa

A frase que dá título a esse artigo, de autoria de Pedro Malan é um misto de ironia e humor e visa traduzir o que somos, especialmente quando atualmente é desnudada de modo mais amplo a barafunda nacional na qual os governantes, associados a grandes magnatas, nos transformaram numa Réucracia que luta para continuar impune.
Para reforçar a ideia cito Raymundo Faoro que em sua obra-prima, “Os Donos do Poder”, escreveu de modo lapidar: “A civilização brasileira, como personagem de Machado de Assis, chama-se Veleidade, sombra coada entre sombras, ser e não ser, ir e não ir, a indefinição das formas e da vontade criadora”.
Escrito em 1958, a afirmação de Faoro continua atual sendo que as sombras que nos envolvem se estendem agora mais tenebrosas, envolvendo os Três Poderes e obscurecendo o futuro cada vez mais imprevisível.
Desse modo, quando a presidente do Supremo Tribunal Federal, ministra Cármen Lúcia, exorta o povo a acreditar na Justiça, dá a impressão de que a ilustre magistrada paira fora da realidade na medida em que nos atuais julgamentos, em que pese o linguajar jurídico das sentenças, o conteúdo é claramente político.
Por exemplo, nada acontece com o senador Renan Calheiros, que acumulando processos há anos debochou do STF ao não atender um oficial de Justiça. Por uma manobra política ele continuou no cargo de presidente do Senado, portanto do Congresso. Relembre-se o episódio do impeachment de Dilma Rousseff em que Calheiros, em articulação com o PT, rasgou a Constituição juntamente com o presidente do STF Ricardo Lewandowski ao salvaguardar os direitos políticos da presidente cassada. Como se vê, ele tem boas relações políticas.
Ao contrário, o STF mandou prender o senador Delcídio do Amaral. Afastou o presidente da Câmara, Eduardo Cunha que, finalmente cassado foi preso. Os ministros discutem sobre foro privilegiado, mas parece que isso é algo relativo, pois tudo começa com o afastamento do parlamentar feito por eles e não pelo Congresso.
Recentemente, o senador Aécio Neve foi afastado de suas funções, sua prisão chegou a ser pedida, mas, em um daqueles “ir e vir” que faz parte de nossa Veleidade foi restituído ao cargo.
Tudo isso não quer dizer que os políticos que comentem crimes não davam ser julgados, mas, sim que sejam feitos julgamentos a partir da lei igual para todos e não do Direito Alternativo, aquele que julga conforme as emoções, inclinações pessoais e interesses de juízes. Pode-se dizer também diante do que acontece, que o Judiciário rompeu o equilíbrio entre os Poderes e governa o país.
E o que comentar sobre um dos casos mais clamoroso, o dos Irmãos Joesley e Wesley Batista, donos da J&F o triunfante conglomerado de empresas? Sua trajetória fulminante foi fruto de esforço, competência, trabalho árduo? Não. Quem lhes abriu as portas às instâncias governamentais para que pudessem subornar, traficar influência, receber bilhões, cometer quaisquer práticas criminosas e ajudar a desgraçar ainda mais a combalida economia brasileira foi Lula da Silva. 
Joesley, na sua famosa gravação clandestina com o presidente Temer acabou de conturbar o quadro político e ainda ganhou com compra de dólares. O que aconteceu com ele? Nada. O procurador-geral Rodrigo Janot, defendeu os termos de sua delação premiada, o que foi referendado pelo ministro Edison Fachin e os irmãos receberam uma espécie de “indulgência plenária”.   Inclusive, qualquer denúncia oferecida contra eles será transformada em perdão judicial e nenhuma denúncia futura será apresentada. Desculpe, ministra Cármen Lúcia, mas não dá para acreditar na Justiça. Infelizmente.
Numa outra vertente destaca-se de modo diferente o Juiz Sérgio Moro. Íntegro, competente, correto ele entrou para a História com a Operação Lava Jato a mais importante, consistente, efetiva já havida no país. Entretanto, conseguirá o juiz de primeira instância condenar o chefão Lula, presidente que logrou institucionalizar nossa histórica corrupção? O que se tem visto ultimamente é o STF mandando soltar o que Moro prendeu, sendo que a decisão do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4 de reformar a decisão de Moro e absolver o ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto, apelidado de Moch por carregar uma mochila recheada de propinas, é sinal do que pode acontecer deixando livre o “homem mais honesto do mundo”, inclusive, para continuar em campanha. Conforme o resultado do que virá seremos todos condenados ou não.
Não poderia finalizar esse texto deixando de lembrar um pequeno trecho do artigo do melhor analista político brasileiro, J. R. Guzzo (Veja 05/06/2017):
“Os dois mandatos de Lula na Presidência da República foram um monumento sem precedente ao vício. Sua performance mais espetacular, como ficou demonstrado com dezenas de confissões públicas e provas materiais, foi a capacidade sem limites para roubar dinheiro público”.

segunda-feira, 3 de julho de 2017

SENTENÇA DO JUIZ SÉRGIO MORO NAS COSTAS DO LULA SERÁ IMPLACÁVEL!!!  





Investigadores, assessores e advogados que acompanham de perto o andamento dos processos da Lava Jato em Curitiba avaliam que o juiz Sérgio Moro deve demorar mais alguns dias para dar a sentença no processo em que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva é réu no caso do triplex no Guarujá. Tanto no Ministério Público Federal (MPF) quanto na Justiça Federal no Paraná há o entendimento de que a extensão das alegações finais da defesa do petista, com 363 páginas, vai demandar mais tempo de Moro. Além disso, o juiz da 13.ª Vara Criminal Federal de Curitiba deve ser ainda mais meticuloso na decisão sobre Lula, sobretudo pelo peso político da decisão. “O Moro sabe da importância dessa sentença. Portanto, vai revisar e revisar antes de proferir a decisão”, afirmou uma fonte.

A decisão do Tribunal Regional Federal da 4.ª Região (TRF-4) de reformar a decisão de Moro e absolver o ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto, preso desde 2015, colabora com essa expectativa. Tanto no Judiciário paranaense quanto no entorno de Lula, a notícia foi interpretada como um sinal claro do tribunal de segunda instância para a Lava Jato Moro havia condenado Vaccari a 15 anos e 4 meses de prisão por corrupção passiva, lavagem de dinheiro e associação criminosa. Na semana passada, o TRF-4 absolveu o ex-tesoureiro petista alegando que não haviam provas contra Vaccari além da palavra de delatores.

“Comemoramos duplamente. Primeiro porque foi feita justiça ao Vaccari, segundo porque o TRF-4 abriu uma nova perspectiva e nos deixou muito animados. Agora temos muita convicção de que não há como o Moro condenar o Lula, não há uma única prova material no caso do triplex”, disse o ex-ministro da Secretaria-Geral da Presidência Gilberto Carvalho.

Segundo fontes próximas a Moro, a decisão do TRF-4 deve dificultar uma sentença contrária a Lula. Elas avaliam que, para condenar o petista, o juiz teria de aplicar a teoria do domínio do fato, alegando que Lula tinha controle sobre tudo o que acontecia. Do contrário, as provas recaem sobre a ex-primeira-dama Marisa Letícia, morta em fevereiro em decorrência de um aneurisma cerebral – foi Marisa quem decidiu comprar uma cota da Bancoop no prédio do Guarujá e quem mais vezes esteve no imóvel.

Expectativa. A iminência da publicação da sentença no caso do triplex é motivo de apreensão no mundo político e especulações no mercado. Nesta sexta-feira, 30, boatos de que Moro anunciaria a decisão ainda antes do fim de semana circularam entre operadores da área financeira. A boataria não se confirmou. Naquele dia, Moro, que voltava de viagem aos Estados Unidos, ouviu depoimentos de Paulo Okamotto, presidente do Instituto Lula, e dos diretores da entidade Paulo Vanucchi, Luiz Dulci e Clara Ant, mas no caso que apura a doação de um terreno ao instituto pela construtora Odebrecht. 

Lula é acusado de corrupção passiva e lavagem de dinheiro no processo sobre o triplex. Segundo o Ministério Público Federal (MPF), o ex-presidente teria recebido R$ 3,7 milhões em propinas (por meio do apartamento e do armazenamento de parte do acervo presidencial do petista) da empreiteira OAS em troca de vantagens em contratos com a Petrobrás. A defesa de Lula alega que o petista nunca foi dono nem sequer usufruiu do apartamento e que o MPF não conseguiu produzir provas além do depoimento do ex-presidente da OAS Léo Pinheiro.

Se for condenado em primeira e segunda instâncias, Lula pode ser enquadrado na Lei da Ficha Limpa e ficar impedido de disputar as eleições de 2018. O petista lidera as pesquisas. Além disso, o ex-presidente é réu em outros dois processos. Um deles apura repasses de empreiteiras investigadas pela Lava Jato à LILS, empresa de palestras do petista. O terceiro processo é sobre o sítio usado por Lula e sua família em Atibaia
- FON TE: O ES TADÃO -