BRASIL DE TODOS: CONTA DE MUITOS, CONFORTO DE POUCOS
Economista Bruno Bezerra
Mesmo fazendo um grande estrago mundo afora, mesmo ganhando a patente de crise mundial, a famigerada crise é norte-americana. No Brasil – o país das desigualdades – a crise americana chegou e já foi logo ajudando a incrementar a já extensa coleção de desigualdades brasileiras. Agora temos a desigualdade no conforto ofertado as empresas. Para justificar a Medida Provisória do governo federal autorizando a Caixa Econômica Federal, e o Banco do Brasil, a comprarem bancos privados em dificuldade. Segundo o ministro Mantega, a medida busca proporcionar mais 'conforto' para o sistema financeiro. Pergunta básica: por que bancos privados merecem mais conforto para funcionar em momentos de crise e as micro e pequenas empresas não? Em momentos de crise o pequeno empreendedor brasileiro sacrifica até o conforto da própria família para que o empreendimento sobreviva, e assim ajuda e muito a estrutura econômica do país. Quando tem dois carros, vende um; se usa ar-condicionado em casa passa a usar ventilador, tira o filho do curso de inglês, corta itens do cardápio e do lazer e diversão dos familiares entre outras ações de corte de gastos. No caso dos bancos privados – até quando quebram – o que se observa são as empresas (pessoa jurídica) falidas, e os banqueiros (pessoa física) milionários. Já no caso do governo não existe corte de gastos. E o governo federal preocupado apenas em ofertar conforto a meia-dúzia de banqueiros milionários. Esse é o Brasil de todos, onde a conta é de muitos, e o conforto... de poucos.
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