segunda-feira, 12 de julho de 2010

CALA A BOCA, DILMA!!!

ADVINHEM QUEM PRONUNCIOU ESTE DISCURSO?!?!?! -ACERTOOOOOU!!!-

[Respira fundo, mão no peito, a expressão tensa, e começa.] "Eu digo pra vocês uma outra coisa [respira fundo, a mão no peito, a mão pra cima e pra baixo]... nessa questão da moradia, essa é uma questão fundamental, é uma questão cidadania... [faz esforço para engolir a saliva, a expressão tensa, procurando o que dizer, movimenta-se, gira o corpo, dá as costas para a platéia] eu vinha pra cá, eu vim... que a gente aqui... está... investindo, se não me engano, pra construir mil quatrocentas e poucas moradias, e oitocentos e sessenta e uma já começaram... [com a mesma e constante respiração tensa, vira-se para a platéia novamente, a mão subindo e descendo] a gente faz parceria com todo mundo pra resolver o problema da população brasileira, faz com os estados e faz com os municípios... [mais uma dose de ar nos pulmões e fala com mais força, talvez se preparando para dizer algo mais expressivo] acredito que um governo que pensa igual age mais rápido, faz a coisas acontecerem de forma mais rápida, porque nós... [mão na testa, coça a testa; mão nos cabelos, coça os cabelos] estamos prevendo um milhão de moradias [palma da mão direita no olho direito] até o final deste ano tem de estar contratada, e já deixamos pronto um projeto pra mais dois milhões a partir de 2011...pra quem são essas moradias, para a população brasileira que mais precisa, uma parte maior para quem ganha até seis salários mínimos, e depois para quem ganha de três a seis e uma menor para quem ganha de seis a dez... mas o grosso é para quem não tem como comprar, um só com seu dinheiro, e aí o governo federal tem que botá a mão no bolso [e gesticula forte, como se tirasse dinheiro do bolso] e botá o dinheiro... mas não é só isso... se a gente for ver, é no Brasil inteiro... [respira, toma ar] aqui em São Paulo, lá no Rio de Janeiro, em Belo Horizionte, Porto Alegre, no Ceará, em Recife, nós temos... colocado... recursos... nas populações... [engancha, quase não sai] mais pobres do nosso país... e isso tem dado um resultado muito bom pra nós... por quê? Porque ficou claro no governo do presidente Lula uma coisa, o Brasil cresce quando a gente distribui renda, o Brasil cresce quando a gente constrói casa pra população pobre do país, o Brasil cresce porque... nossa maior riqueza... apesar de sermos um país muito rico, é a nossa população ser de 190 milhões de pessoas... [uma parte do pessoal que está atrás, inicialmente prestando atenção, todo mundo muito compenetrado, com ar de seriedade, começa a conversar um com o outro, não prestando atenção no discurso dela] e aí, o que é que nós provamos? Nós provamos que quando essa população pode consumir [e começa a andar agitadamente, de um lado para o outro, animada, ao estilo Lula] ...ela cria tudo de bom... porque... aí ela consome, aí aumenta a produção das indústrias, aí se cria mais empregos, as pessoas passam a consumir mais, e aí a roda, né, [e começa a girar o braço em círculo, fazendo uma roda no ar] a roda... a roda... boa! a roda do bem, da economia roda melhor... [primeiras palmas! pausa para as palmas, e ela dá um leve sorriso]. Eu tô falando... [pausa com a mão no peito, toma ar] isso pra vocês... por um motivo...eu tava lendo hoje no jornal... porque vocês sabem o que acontece em época de eleição... né... em época de eleição... [pausa com a mão na testa buscando encontrar algo] as pessoas... algumas... principalmente nossos adversários... [coça a testa] eles chegam e dizem o seguinte... eu tenho um compromisso, vou dobrar o bolsa família... dobro o bolsa família, como, se aqui em São Paulo, o que aconteceu nos últimos anos, foi uma redução dos gastos em programas sociais... com o quê? com que roupa, como... a gente diz, com que roupa nós vamos acreditar... em promessas... a diferença que nós temos, é a seguinte... nós!... [puxada de ar] nós temos uma diferença de concepção... [expressão de que está procurando palavras para continuar o raciocínio] a gente não acha que um programa social... de saneamento... [mão pra cima, contando nos dedos, buscando lembrar] de construção de moradia... de transformar a comunidade, como Heliópolis, em bairros.... não vão ser chamados mais de favelas, de assentamentos precários, o que nós queremos, é uma coisa muito simples [e aponta o dedo pra cima], que eu tenho certeza de que é o que quer a comunidade de Heliópolis, é que Heliópolis seja um bairro popular, e ái... [volta-se para um grupo na lateral] a Cleide e a Jenezia... como a Marta diz, mostrando que as mulheres... estão... né... eu diria até imposicionadas [ri, vira-se novamente para a platéia, coloca a palma da mão na testa e nos olhos, buscando uma conclusão e, tão longo a encontra, tira a mão da testa, retorna ao grupo da lateral e continua, encontrando o fio da meada] a Cleide e a Jenezia sabe... que transformar em bairro é garantir pra essa comunidade... coisas... [dedo na testa] que são...fundamentais, pra que... as crianças e os homens, os jovens e as mulheres tenham uma vida melhor... é transformar num bairro popular... [mão espalmada no peito, tomada de ar] Quando nós fizemos o PAC, Programa de Aceleração de Crescimento 2, nós colocamos um programa que chama Cidade Melhor, porque o grande problema das cidades, hoje no Brasil, é esse abandono em que todo o Estado brasileiro se retirou e deixou o pessoal na hora veja, e o pessoal então montou uma estratégia de sobrevivência, e o mais importante é que sobreviveu... eu estava lendo a história de vocês, e as mães crecheiras esse... vigor! porque essas, essa... essa.. comunidade, pelo que eu percebi, as mulheres sempre tiveram um papel atuante, as mães crecheiras criaram a solidariedade necessária para a e não é à organização, e não é à toa que tem duas mulheres nessa direção... sem desfazer dos homens alí atrás, rindo pra mim [segunda leva de palmas] E aí, a partir disso, dessa concepção que uma comunidade tem de ter... né, Mercadante? tem de ter... escolas, escola profissionalizante, tem de ter também... unidade de pronto atendimento 24 horas, e... [boca aberta sem dizer nada] nós temos de ter quadras poliesportivas cobertas pros jovem poder... os jovens e as crianças poder usar, porque se não for coberta, aqui chove, bastante ao longo do ano, não vão ser usadas permamentemnete, eu tava vendo aqui, que foi uma grande... uma grande obra ser coberto, porque não usava cobrir, fazia um campinho e largava de mão, deixasse o pessoal se virar, nã época de chuva não podia usar... e aí eu quero dizer uma coisa pra vocês, sabe qual é a nossa diferença pra... pra diferença deles? É que há... [dedo na fronte, um branco, um buraco total] um critério que a gente julga, qualquer um, ninguém acredita só em promessa... se acredita, numa promessa... se ôce sabe que a pessoa cumpre a... promessa... e ôce só sabe se a pessoa cumpriu ou não a promessa, se ela realizou alguma coisa. E aí eu pergunto pra vocês, pro que acreditar... que podem fazer mais... quem o governo fez menos [olha pra baixo, pausa] se podem fazer mais... por que no governo, fez menos? Por que que reduziu os programas sociais? Porque, aqui em São paulo, na cidade... tem trezentos e quarenta mil pessoa, pelo menos eu li isso hoje no jornal, que... podiam ser cadastradas... só cadastraram cento e setenta e quatro mil... pra ganhar o bolsa família... Por quê?! Então... não [perde-se mais uma vez, levanta o indicador, vira-se, fica de costa pra platéia, consegue se reencontrar com o que estava dizendo antes] tava me referindo ao bolsa família... então eu me pergunto... estava se referindo ao bolsa família... mas... é um pouco mais que nós vamos aqui pra São Paulo... em termos de bolsa família... mas eu me pergunto como é... com que... com que... [perde o tom da voz, que fica aguda, rouca e estridente] com que autoridade... alguém, que acabou de sair de um governo, diz que vai... dobrar... o bolsa família, se não deram o bolsa família... [silêncio abrupto. Ela termina a sua participação, dessa forma, sem nenhum aviso, quase uma surpresa para quem a ouve. Começam os aplausos finais, fracos e tímidos] – Extraído do Blog Pânico Político -



IMPRESSIONANTE!!!!!




UM PAÍS DE FRANCENILDOS
Por Mary Zaidan

Desde que se comprovou a quebra do sigilo fiscal do caseiro Francenildo Costa, única vítima de fato da armação espúria para proteger o então ministro da Fazenda Antônio Palocci no caso da mansão dos prazeres de Brasília, a Receita Federal teve sua aura trincada. Deveria zelar pelos contribuintes, mas, sob as ordens do governo de plantão, passou a proteger aqueles que querem denegrir adversários e beneficiar cupinchas.
A violação do sigilo de Eduardo Jorge Caldas Pereira, vice-presidente do PSDB, é mais um episódio visível dessa série sórdida. Sabe-se lá quantos outros existem às escondidas.
Se por si só a reincidência já era terrível, a nota explicativa da Receita sobre os acessos às declarações de renda de Eduardo Jorge escancara ainda mais o escândalo do suposto dossiê engendrado pela turma expurgada pela campanha de Dilma Rousseff.
Do primeiro ao último tópico, a nota é um tributo à desfaçatez, um atentado à inteligência até dos menos atentos. A saber:
“1. NÃO HOUVE VIOLAÇÃO OU INVASÃO POR PARTE DE TERCEIROS AOS SISTEMAS INFORMATIZADOS DA INSTITUIÇÃO.” A Receita informa que o contribuinte pode dormir tranqüilo porque nenhum aloprado “externo” invadiu ou violou os seus sistemas. Garante. Foi gente de dentro.
“2. FORAM IDENTIFICADOS TODOS OS ACESSOS ÀS DECLARAÇÕES DO CONTRIBUINTE EDUARDO JORGE CALDAS PEREIRA DOS EXERCÍCIOS DE 2008 E 2009.” Embora não esclareça o motivo, aqui a Receita confirma que as declarações de 2008 e 2009 de Eduardo Jorge realmente foram acessadas. Ou seja, alguém que trabalha lá dentro e recebe salário pago pelos impostos do contribuinte estava mesmo ajudando ou tentando fazer um dossiê.
“3. OS ACESSOS OCORRERAM POR PESSOAS AUTORIZADAS, MEDIANTE USO DE SENHA PESSOAL E CERTIFICAÇÃO DIGITAL” Esse é o ponto nevrálgico da nota. A Receita reconhece que pode, facilmente, identificar o ou os aloprados “internos” que acessaram a conta. Possui dispositivos avançados de certificação digital que, para quem não sabe, permitem o mapeamento imediato do usuário e dos caminhos percorridos por um documento.
“4. AS INVESTIGAÇÕES PROSSEGUEM ATRAVÉS DA INSTAURAÇÃO DE PROCESSO ADMINISTRATIVO DISCIPLINAR, PARA APURAR SE OS ACESSOS FORAM MOTIVADOS POR RAZÃO DE SERVIÇO. CASO CONTRÁRIO, O RESPONSÁVEL PELO ACESSO IMOTIVADO ESTARÁ SUJEITO A PENALIDADE DE ADVERTÊNCIA OU SUSPENSÃO DE ATÉ 90 DIAS.” Após 20 dias da denúncia, a Receita desconhece as motivações para o acesso aos dados. Nem mesmo sabe se existe “razão de serviço” (seja lá o que isso signifique) para tal. Pior: a penalidade branda para “acesso imotivado” é quase um estímulo ao vazamento de dados.
“5. CASO A INVESTIGAÇÃO INDIQUE A OCORRÊNCIA DE VAZAMENTO DE INFORMAÇÕES SIGILOSAS E CONCLUA PELA QUEBRA DE SIGILO FUNCIONAL, O AUTOR ESTARÁ SUJEITO À PENA DE DEMISSÃO E O INQUÉRITO SERÁ ENCAMINHADO AO MPF PARA ADOÇÃO DAS MEDIDAS NECESSÁRIAS NA ESFERA CRIMINAL.” Aqui cabe a pergunta. Quem foi o autor da quebra de sigilo de Francenildo? O ex-presidente da Caixa Jorge Mattoso assumiu o mando e pagou quase nada pelo crime, permutando sua condenação por pena alternativa. Nada se sabe sobre o servidor que cumpriu a ordem. Foi suspenso? Demitido? Que nada. Deve continuar por lá.
Pateticamente, a Receita encerra a nota enaltecendo a “integridade e a segurança de seus sistemas informatizados”. Muito justo. Talvez aí esteja o único ponto em que ela acerta. Os sistemas são mesmo de última geração, impenetráveis, confiáveis. As pessoas e o governo a que elas servem, não.
A violação de dados fiscais feita pela instituição que deveria garantir o sigilo é mais do que um acinte. É prática criminosa, que só prospera em regimes totalitários que põem sua ambição de poder acima de tudo e todos. Que, assim como Lula, partidarizam o Estado e tentam transformar o cidadão em refém de suas vaidades e pretensões.








O QUE VEIO DEPOIS DO LONGO SILÊNCIO DA RECEITA
Por Igor Gielow

Depois de um longo silêncio, a Receita divulgou nota em que subverte a ordem das coisas e anuncia que não houve invasão “externa” do sigilo fiscal do vice-presidente do PSDB. Segundo o texto, é quase detalhe que o fisco confirme que auditores bisbilhotaram sem ordem aparente as declarações de renda de Eduardo Jorge -que teve investigação sobre suposta irregularidade arquivada.
É preocupante a ligeireza com a qual é tratado um crime, e como isso se aproxima da mulher que almeja ser presidente e seu partido.
Dilma Rousseff afirma que nunca ordenou a confecção de tal dossiê, que circulou entre petistas. Fica em seu favor o benefício da dúvida, embora ela tenha dito o mesmo sobre um papelório com gastos de FHC e de sua mulher -apenas para sabermos que ele foi gestado nos computadores da repartição na qual ela dava as ordens.
No poder, o PT acostumou-se com a prática de fuçar o alheio, e o caso dos aloprados de 2006 é apenas a prova mais vistosa. É sintomático que o Rasputin da Medvedev de Lula atenda pelo nome de Antonio Palocci. “Boa fonte”, como dizem alguns jornalistas, geralmente os mesmos que relativizam sua participação no episódio da quebra de sigilo do caseiro Francenildo para abafar a divulgação de lobbies “y otras cositas más”.
Todos os políticos fazem dossiês e os vazam para a imprensa. O chamado jornalismo investigativo não passa, em digamos 90% dos casos, de apuração de informações que surgem de interesses contrariados. É do jogo. Mas há uma diferença entre levantar informações públicas e usar de meios ilegais para a desconstrução do adversário -em especial quando o resultado é manipulado para parecer algo que não é.
É o caso do dossiê contra EJ. Que diz menos ao tucano e mais à segurança da sociedade. É imperativo saber o nome de quem quebrou seu sigilo, e para quem ele foi vazado.

COMENTÁRIO DO BLOG CHUMBO GROSSO: - Num regime que predomina o Estado Democrático de Direito, um governo bisbilhotar a vida de um cidadão comum sem ordem judicial é o cúmulo do cúmulo do absurdo. isso é coisa mesquinha desse aglomerado de cínicos, crápulas, imundos e gorilas do PT.........  


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