DECLARAÇÃO
DO MINISTRO JOAQUIM BARBOSA SOBRE CONLUIO ENTRE OS HOMENS DE PRETO É PROCEDENTE
A declaração do ministro Joaquim Barbosa, presidente do Supremo
Tribunal Federal (STF) e do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), de que há um “CONLUIO
ENTRE ADVOGADOS E JUÍZES” provocou a reação de entidades que representam a magistratura, mas
é preciso reconhecer que não se trata de uma inverdade. Barbosa disse, em
outras palavras, o que afirmou a então corregedora do CNJ, ministra Eliana
Calmon, de que no Brasil há “BANDIDOS DE TOGA”. O que não se deve é pasteurizar a afirmação, pois há no País
magistrados sérios e com currículos invejáveis, mas uma minoria lamentavelmente
compromete a imagem da categoria. É A TESE DA MAÇÃ PODRE ENTRE AS BOAS. O conluio entre
advogados e magistrados é conhecido e os operadores do Direito precisam admitir
a existência dessa prática espúria, que fica evidente em decisões judiciais
absurdas e que contrariam a mais absurda interpretação das leis. Não é preciso
muito esforço para perceber que, em casos isolados, o padrão de vida de alguns
magistrados não coaduna com os seus proventos mensais. QUEM QUISER
ENCONTRAR ALGUNS MAGISTRADOS QUE ANDAM FORA DA LEI E SÃO FINANCIADOS POR GRUPOS
DE ADVOGADOS BASTA IR A MIAMI NAS FÉRIAS DE FINAL DE ANO. POR LÁ SEMPRE HÁ
DESEMBARGADORES HOSPEDADOS EM HOTÉIS CAROS E LUXUOSOS, SEMPRE ÀS CUSTAS DE
ADVOGADOS QUE TÊM INTERESSES TERCEIROS E ESCUSOS. VIAJAM COM A FAMÍLIA NA
PRIMEIRA CLASSE DE COMPANHIAS AÉREAS E EM RARÍSSIMAS OCASIÕES COLOCAM A MÃO NO
BOLSO. VEZ POR OUTRA, DA OUTRORA MAIOR CIDADE BRASILEIRA DOS ESTADOS UNIDOS
PARTEM PARA O CARIBE EM BADALADOS TRANSATLÂNTICOS, SEMPRE CONTANDO COM A
BENEVOLÊNCIA DE ADVOGADOS. No contraponto, agora no âmbito legal, o conluio mencionado pelo
ministro Joaquim Barbosa se dá por meio de empresas e instituições financeiras
que patrocinam eventos da magistratura brasileira, o que torna uma missão
hercúlea a briga de um reles cidadão contra um banco. A situação torna-se ainda
mais escandalosa quando analisados os quadros de profissionais do Direito que
trabalham em alguns escritórios de advocacia do País. No Rio de Janeiro, por
exemplo, um determinado banqueiro se vale de escritórios de advocacia que
mantém entre os contratados familiares próximos a juízes e desembargadores. É
preciso ressalvar que há excelentes advogados no País e que manter amizade com
magistrados não é crime, mas não se pode confundir o bom exercício profissional
com o conchavo de bastidor. O Brasil está a anos-luz de alcançar o status de país minimamente
sério (Fonte: ucho.info – As manchetes e a imagem não fazem parte do
texto original).
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